BREVES REFLEXÕES SOBRE OS MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA DO MARANHÃO
Introdução
O ensino de
história tem sido objeto de estudo para muitos pesquisadores, dado o seu valor
para a formação do indivíduo enquanto sujeito ativo da sua própria história.
Desse modo, damos destaque neste trabalho ao ensino da História local/regional,
especificamente, ao Ensino de História do Maranhão que há décadas enfrenta o
problema da falta de materiais didáticos apropriados, atualizados e em sintonia
com as exigências legais. Mais recentemente, com a implementação do Exame
Nacional de Ensino Médio [ENEM], que ainda eram contemplados no
currículo nacional, deixaram de ser exigidos, enquanto no currículo estadual
houve uma diminuição da já insignificante carga horária dedicada a esses
conteúdos, resultando no menor interesse dos estudantes pela história local,
reflexos também na menor dedicação dos professores[as] na pesquisa e ensino da
História do Maranhão.
A historiadora Circe Bittencourt [2015, p. 168] advoga
que a história regional proporciona, na dimensão do: “estudo do singular, um aprofundamento do conhecimento
sobre a história nacional, ao estabelecer relações entre as situações
históricas diversas que constituem a nação”, e coloca a importância da memória para a história
local. Para a autora, a “memória é, sem dúvida, aspecto relevante na
configuração de uma história local tanto para os historiadores como para o
ensino”.
Desse modo, o objetivo em fazer esse trabalho é chamar a atenção para a ausência de materiais didáticos
sobre a História do Maranhão e a necessidade urgente de reversão desse quadro, com a
elaboração de produções didáticas capazes de levarem os alunos[as] ao
conhecimento da História local/regional, bem como na reflexão sobre os
processos históricos para ajudar na sua formação enquanto sujeitos ativos,
capazes de lerem o mundo a sua volta de forma crítica:
“Para a maioria das propostas curriculares, o ensino de
História visa contribuir para a formação de um “cidadão crítico”, para que o
aluno adquira uma postura crítica em relação à sociedade em que vive. As
introduções dos textos oficiais reiteram, com insistência, que o ensino de
História, ao estudar as sociedades passadas, tem como objetivo básico fazer o
aluno compreender o tempo presente e perceber-se como agente social capaz de
transformar a realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade
democrática”. [Bittencourt, 2015, p. 19]
Nesse sentido, a importância de se ter materiais sobre o
ensino de História do Maranhão contribui para que os estudantes tenham acesso
as interpretações da História local/regional e pensem sobre as suas origens e
identidades, sobre os processos socioeconômicos e políticos, com suas as
mudanças e permanências, e valorizem a pluralidade étnica e cultural que
constitui a formação social do Maranhão.
Ensino de
História
Os professores[as] de história com seu trabalho produzem
em seus alunos[as] parte das suas identidades pessoais, políticas e
profissionais, participando da construção da identidade do outro [Cerri, 2011].
A história se faz pelo agir do homem no tempo e no espaço, constrói-se com o
agir individual, e cada ser humano é um sujeito histórico que participa
ativamente da história, e nenhum agente nasce sem história e em um mundo sem
história, afirma Estevão Martins [2011].
No Brasil, os anos de 1980 e 1990 foram marcados por
tentativas de professores[as] e intelectuais, que tinham interesses com o
ensino de história, de formularem propostas que congregassem a nova identidade
nacional a formar alunos[as] socialmente críticos, revendo a história dos
vencedores e dando espaço para outras histórias, como a dos vencidos, dessa
maneira tentando trazer para sala de aula homens e mulheres comuns e
sensibilizando os estudantes do protagonismo essencial do povo nos processos
históricos [Cerri, 2011].
Os métodos do ensino de história na escola e da história
acadêmica são distintos, porque o primeiro mobiliza outros recursos e saberes
para além daqueles utilizados na construção da história na academia. O
conhecimento acadêmico se orienta pelas regras de um método de análise crítica
das fontes e pelo exercício da narrativa escrita, dessa maneira o conhecimento
ganha uma forma complexa, que age com recortes, porém, propõe grande número de
articulações entre eles, de maneira a mobilizar os recursos críticos do leitor,
juntamente, estimular sua sensibilidade e emoções. A história escolar se
orienta por regras pedagógicas próprias, adaptadas aos diferentes graus de
formação dos alunos[as]; por práticas aprendidas e pela erudição conquistada
mediante a formação profissional/intelectual do docente como historiador; por
saberes obtidos na vida e pela vivência em sala de aula [Gontijo, Magalhães,
Rocha, 2008].
Guimarães [2009] discorda daqueles que enxergam o “saber
escolar” como inferior em relação ao conhecimento científico. Explica que
muitos têm preconceitos com essa forma de conhecimento, mas lembra que a
ciência também se equivoca, basta lembrar-se das teorias raciais do século XIX.
O currículo recebe crítica de Ana Maria Monteiro [2003],
pois para ela o currículo já vem formado, organizado, pronto e acabado.
Conforme Garcia e Schmidt [2005], deve ocorrer uma renovação e reformulação dos
conteúdos, assim como da ideia do relacionar o ensino ao espaço da sala de
aula. Por outro lado, esses pesquisadores também defendem que a sala de aula é
um lócus privilegiado para a formação da consciência histórica com perspectiva
crítica, acrescentando que esse local é um espaço para compartilharem
experiências individuais e coletivas e que a produção escolar é possível e
acontece por diferentes saberes, pois a história estuda os homens e mulheres
recuperando o sentido de experiências individuais e coletivas. A história local
pode ser útil nessa finalidade apontada pelos autores acima.
História
Regional ou local: Maranhão e suas problemáticas
Muitas vezes a História local/regional tem permanecido
longe dos interesses e alcance dos alunos[as]. No caso do Maranhão, isso
acontece em parte devido a ausência de material didático que aborde a História
local/regional. Outro fator que tem diminuído o interesse pela história local
foi à adesão das universidades públicas ao ENEM, que fez com que os estudantes
dessem pouca atenção à história que contempla os estudos regionais. Acerca da
história regional, Giron diz que:
“[...] a história regional, filha do espaço e da dependência,
considerada por muitos como apenas bastarda do Clío [...] O preconceito contra a história regional é tão antigo como a
própria História. Já os gregos rejeitam a história regional, ao estudar grandes
mudanças históricas que excluem, não só a história local, como os historiadores
locais. A concepção histórica dos gregos, bem como sua filosofia, permanecem ao
longo dos séculos. A história regional continua sendo repelida para fora da
história geral, tanto então como agora. Tal rejeição tem um sentido e obedece a
alguns pressupostos teóricos e ideológicos”. [Giron, 2000, p. 28-29]
Segundo os PCN’S, a importância da história no
currículo escolar não se prende apenas a uma preocupação com a identidade
nacional, porém, a disciplina pode oferecer contribuição específica ao
desenvolvimento dos estudantes como sujeitos conscientes, capazes de apreender
a História como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. O Saber
histórico escolar, como conhecimento produzido no espaço escolar, desempenha um
papel de tornar o aluno[a] um observador atento das realidades em sua volta,
capacitado para estabelecer relações, comparações e relativizando sua atuação
no tempo e espaço. Isso é importante para a valorização de uma história local,
que historicamente tem sido parcialmente desconhecida, desvalorizada, esquecida
ou omitida. [BRASIL, 1997]
O surgimento da disciplina História no Maranhão acontece
no contexto do advento da República, em que essa disciplina acompanha a
tendência de elaborar uma memória nacional e também tencionava na construção da
identidade nacional guiada pelos ideais republicanos [Mateus, 2018]. Dayse
Marinho Martins [2014], em sua dissertação defendida, em 2014, no Programa de
Pós-Graduação em Cultura e Sociedade [PGCULT] intitulada Currículo e Historicidade: a disciplina História do Maranhão no sistema
público estadual de ensino [1902-2013], mostra o surgimento da disciplina
História do Maranhão. Para essa pesquisadora, a referida disciplina nasce pela
necessidade de abordagem no sistema oficial de ensino dos aspectos arrolados à
memória e à cultura local. Os conhecimentos sobre a História do Maranhão foram
organizados em obras que realçaram uma seleção de conteúdo.
Para tal escopo, os estudos se basearam em uma visão de
História situada na narrativa e na transmissão de interpretações históricas.
Assim, “na trajetória da instrução pública maranhense, a História do Maranhão
se relacionou às necessidades do contexto histórico e social; predominando uma
concepção factual de História que precisa ser redefinida nas propostas
curriculares atuais”. [Martins, 2014, p.
14]
O interesse pelo ensino da História do Maranhão e a
formação dos professores[as] não é recente. A historiadora Maria do Socorro
Coelho Cabral, no artigo O ensino de
História do Maranhão no 1º Grau [3ª e 4ª séries] [1987], é pioneira em
abordar a realidade do ensino e dos livros didáticos referentes à História do
Maranhão. A metodologia utilizada por Cabral se constituiu de questionários,
aplicados a 125 professores[as] de quarenta escolas das redes federal,
estadual, municipal. De acordo com Cabral [1987, p. 16-17], a História do
Maranhão “tal como é contada nesses livros constitui-se, pois, numa
representação mística da realidade maranhense. Nessa história, a ação, o
movimento, o quotidiano do homem maranhense não tem lugar, está à margem”. A
versão contada dessa história é “segundo a ótica de um determinado grupo, que
passa a se constituir, depois de veiculada nas escolas, na visão de história do
senso comum”.
Cabral [1987, p. 30] sugere que no ensino de História “o
professor, juntamente com os alunos devem, a partir de suas experiências dentro
da realidade em que vivem, selecionar os assuntos que julgam pertinentes e que
tem interesse em conhecer”. Destarte, essa historiadora chama atenção, no final
da década de 1980, para o modo de como se operava o ensino de História do
Maranhão, apontando os livros didáticos, a disciplina e os conteúdos ensinados
pelos professores[as]. Para Cabral [1987, p. 30], deveria haver “elevação do nível
de ensino de História do Maranhão”, mas adverte que “é uma tarefa árdua, lenta,
que exige o esforço e a participação, sobretudo, dos professores e dos alunos,
elementos mais envolvidos nesse processo”. Afirma ainda que “métodos prontos,
capazes de realizar tal façanha, não existem, uma vez que o caminho para se
atingir tais objetivos tem que ser descoberto, criado, sobretudo, por
professores e alunos a partir da realidade que os rodeia e de suas
experiências”.
Como pode-se observar, a necessidade de se dar mais
atenção à história que contempla os estudos da História do Maranhão não é um
problema novo. A professora Socorro Cabral realizou uma pesquisa com
professores[as], em 1987, a qual verificou a necessidade das aulas de História
contemplarem os estudos locais e regionais. Conforme essa pesquisadora:
“Todos os professores, com exceção apenas de 6 deles,
concordam que o aluno deve estudar mais História do Maranhão nas séries
posteriores. Muitos desses professores justificaram sua resposta, afirmando que
o aluno deve receber mais informações sobre seu Estado nas séries seguintes,
uma vez que o ensino ministrado em apenas uma ou duas séries [3a. e 4a.] não é
suficiente para possibilitar ao estudante um conhecimento mais amplo da
realidade de seu Estado”. [Cabral, 1987, p. 27]
Quando se trata dos livros didáticos, geralmente, trazem
em seu conteúdo temas mais gerais, e às vezes de cunho historiográfico
conservador, sem trazer à tona temas mais específicos da História Regional. Ao
observamos os livros didáticos, os espaços dados a História do Maranhão, quando
isso acontece, são minúsculos, sem muita expressão. Sabemos que para a produção
de um material didático há todo um processo complexo. Como salienta Engel
[2009], as produções didáticas são consideradas produto cultural dotado de alto
grau de complexidade, tendo sua autoria plural, na qual fazem parte, além do
autor, as figuras do editor, dos programadores visuais e dos ilustradores.
Sobre quem produz o livro didático, Engel [2009, p. 30] diz que “enquanto formulador
de um discurso historiográfico específico, o autor do livro didático pode
utilizar a produção historiográfica acadêmica para fundamentar o conhecimento
histórico abordado em termos de argumentos de autoridade, buscando sua
legitimação”.
Como quase não existem livros didáticos sobre História do
Maranhão para a Educação Básica, e por na maioria das vezes desconhecerem as
produções acadêmicas, os professores[as] da educação básica quase não trabalham
em suas aulas a história do seu Estado, quando trabalham utilizam as obras
tradicionais dos historiadores por ofício, como Mário Martins Meirelles com sua
obra História do Maranhão, publicada
em 1960. O que leva na maioria dos casos os professores[as] a reproduzir o
conteúdo ideológico desses livros sem tecer críticas e sem levarem os
alunos[as] a refletir sobre os processos históricos. E também ainda é comum os
docentes recorrem às apostilas que circulam no meio escolar, cuja autoria nem
sempre é conhecida, para serem usadas em preparatórios pré-vestibulares ou de
concursos, na finalidade do aluno[a] apenas decorar os fatos históricos para
alcançarem aprovações nos exames que irão prestar.
A obra História do
Maranhão, de Mário Meireles, publicada em 1960, tem uma escrita tradicional
que apresenta uma história narrativa, linear e descritiva. “Meireles a planejou
como uma grande unidade em que condensou todos os eventos políticos, econômicos
e culturais que considerou relevantes para contar a “verdade” sobre a história
do Maranhão” [Silva, 2008, p. 148]. O propósito da obra de síntese da história
regional era proporcionar aos professores[as] os conteúdos considerados
relevantes e centrais para a compreensão da história local. O modelo, salvo
algumas diferenças, ainda era o mesmo que foi estabelecido no século XIX por
Varnhagen, cuja ênfase dos conteúdos eram os fatos políticos e econômicos.
Nessa mesma linha, a obra História do Maranhão, de Carlos
Lima, publicada em 1981, traz uma síntese da história local com praticamente a
mesma organização dos conteúdos. Esse tipo de obra não atende as exigências dos
livros didáticos, foram escritas em outros momentos e não atendem às demandas
da atualidade, no entanto, são livros que fazem parte da realidade dos
professores[as] da educação básica que elaboram suas aulas a partir deles,
limitando-se em assuntos políticos, econômicos, deixando de lados temas
culturais, sociais, as relações de gêneros, participação popular, tão
necessários e pulsantes na contemporaneidade.
Na década de 2000, o pesquisador Joan Botelho, professor
de história das redes pública, particular e cursos preparatórios de vestibular
e concurso, lançou o livro intitulado Conhecendo
e debatendo a História do Maranhão [2007], que visou atender ao Ensino
Médio, as provas de vestibulares e concursos. Apesar do esforço em dialogar com
a historiografia maranhense atual, e em trazer novos temas para a discussão, a
exemplo das temáticas sociais, rurais e dos problemas atuais do Estado, a obra
não apresenta as características exigidas para os livros didáticos, nem no uso
da linguagem e nem os elementos metodológicos e avaliativos que proporcionam a
interação com os estudantes. Além dos conteúdos, a obra traz trechos de
documentos e inúmeras questões de vestibulares. Ainda assim, não se encaixa nas
exigências contidas Programa Nacional do Livro e do Material Didático
[PNLD].
Martins [2011] apresenta duas formas de ensino, um
chamado de “ensino tradicional” que transmite uma história positivista, e o
outro chamado de “ensino potencializador” com efeito formador e conformador da
consciência histórica, nas pessoas, nas comunidades. Para ele, o ponto de
partida do professor[o] deve ser as experiências atuais dos alunos. De tal
modo, acreditamos que o ensino da história do lugar em que o indivíduo habita
cumpre a função de formar e conformar a consciência histórica do estudante. Os
livros didáticos têm um papel importante nesse saber escolar, e são ferramentas
úteis para os professores[as] e estudantes no processo ensino-aprendizagem, os
quais devem questionar o próprio processo de produção desse material didático,
utilizando essa ferramenta de forma crítica e não passiva.
Recentemente, pesquisadores publicaram uma coletânea de
artigo, História do Maranhão na sala de aula: formação, saberes e sugestões, na pretensão de disponibilizar materiais que
sirvam de subsídios para professores da rede básica de educação, que, além de tratar de
temáticas como patrimônio e cultura popular do Maranhão é, também, sugerir
formas de trabalhar a história a partir do local, da ação que fomente reflexão
e pesquisa, ou seja, também trazer instrumentos que podem contribuir com a
formação de professores[a]. Trata-se de uma coletânea em formato de e-book, a qual está disponível na rede
mundial de computadores [internet], para que alunos[as] e professores[as]
possam consultar em qualquer momento e lugar apenas com acesso ao sinal de
internet, um notebook ou celular. [Constança;
Mateus, 2019]
Considerações
finais
Diante do exposto, consideramos urgente a renovação do
ensino de História do Maranhão, a produção de novos materiais didáticos, que
contribuam para a formação crítica dos alunos[as], para que os mesmos sejam
sujeitos ativos da sua própria história e atuem de forma consciente em sua
realidade histórica. O ensino de história ainda enfrenta dificuldades como a
desvalorização do “saber escolar” em oposição ao acadêmico, e quanto ao Ensino
de História do Maranhão os problemas enfrentados se somam à avaliação do ENEM
que exclui dos seus conteúdos a história local/regional. A falta de materiais
didáticos específicos sobre a História do Maranhão gera uma grande lacuna no
ensino de história local, contribuindo para um descaso da sociedade com sua
própria identidade, um descaso com a reflexão crítica sobre a produção do saber
escolar.
Referências
Doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação
em História e Conexões Atlânticas: culturas e poderes [PPGHIS], da Universidade
Federal do Maranhão [UFMA]. Mestre em
História, Ensino e Narrativa pelo Programa de Pós-Graduação em História, Ensino
e Narrativa [PPGHEN−UEMA], atual PPGHIST. Especialista em Supervisão, Gestão e
Planejamento Educacional. Especialista em Docência do Ensino Superior pelo
IESF/MA. Licenciado em História pela UEMA. Licenciado em Pedagogia e Bacharel
em Teologia pela FATEH.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos
e métodos. 12 ed. São Paulo, Cortez Editora, p. 183-220, 2015. [livro]
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MEIRELES, Mário [1960]. História do Maranhão. São
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MONTEIRO, Ana Maria F. C. A história ensinada: Algumas
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SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira Dos Santos; GARCIA,
Tânia Maria F. Braga. A formação da consciência histórica de alunos e
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2005. [artigo]
SILVA,
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Dissertação [Mestrado] – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo. [dissertação]
Parabéns Yuri pelo texto ! Muito relevante falar sobre saber escolar quando há um distanciamento de algumas disciplinas na graduação e sua condução por parte do professor distante da escola ! Como poderíamos encurtar esse distanciamento já no início do curso de História já que o Pibid e a Residência Pedagógica são para poucos alunos!
ResponderExcluirMuito Obrigado pelas considerações, Ana Paula. Acredito que deveriam existir mais disciplinas pedagógicas logo no início do curso,para que incentivem os estudantes a tornarem-se docentes.
ExcluirAtenciosamente,
Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.
Olá Yuri, Obrigado pelo texto e importantes reflexões. Gostaria de saber se para você a produção de artigos sobre a historia regional funciona bem com os professores da rede publica? ou se precisamos mudar um pouco a dinâmica dos textos, quem sabe se aproximando de um plano de aula, mais factível e adequado aos modelos de ensino. O que você acha? ABCS
ResponderExcluirEverton CArlos Crema
Grato pelas colocações, prof. Everton, vejo que as demandas dos professor@s são imensas. Por isso, é importante produções com linguagens acessíveis, que levem os debates atualizados feitos na academia, para além dos muros universitários. Pensando nisso, junto com a profa. Dra. Julia Constança, elaboramos uma coletânea de artigos com temáticas da História Local/Regional (Maranhão) serem trabalhadas em sala de aula, que em breve sairá o volume dois. Esse livro além de impresso está disponível para download. Segue o link:
ExcluirCAMÊLO, Júlia Constança Pereira; MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio [org.]. História do Maranhão na sala de aula: formação saberes e sugestões. São Luís: EDUEMA, 2019, 213p. disponível em:
http://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/09/coletanea-historia-do-maranhao-na-sala-de-aula-versao-final-isbn-1-1568040638.pdf [internet]
Atenciosamente,
Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.
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ExcluirOLÁ Yuri Givago!!! Parabéns pelo texto e pela temática. Realmente Yuri, fazer uma lista de livros didáticos sobre a História do Maranhão é tarefa complicada. Visto que os que possuímos, destoam das características do modelo didático. Ainda assim nos deparamos com uma lista de livros, considerados "clássicos", pelos usos, como é o caso do livro do Meireles e do Lima, estes conseguiram obter uma abrangência em boa parte do território maranhense, visto terem sido editados e ganharem divulgação. Minha pergunta: levando em conta a historiografia pertinente e as especificidades da história regional, o que você considera como um livro didático de História do Maranhão razoável?
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ExcluirGrato pelo comentário,Jessé Gonçalves Cutrim, considero um livro didático adequado aquele que permite ao estudante uma análise crítica reflexiva do local em que ele está inserido, e que mantenha uma historiografia com debates atualizados. É Preciso preciso um livro didático que não silencie conteúdos, tendo em vista que o Maranhão é diverso, como defendem estudos recentes.
ExcluirEste texto integra a minha dissertação de mestrado defendida pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIST-UEMA. Há uma lista com outros livros didáticos sobre a História do Maranhão.
Seguem o link da Dissertação e o Paradidático (porque, o Mestrado foi Profissional)
Dissertação:
http://www.ppghist.uema.br/wp-content/uploads/2016/12/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Yuri-com-as-assinaturas-da-banca.pdf
Paradidático:
http://www.ppghist.uema.br/wp-content/uploads/2016/12/Paradid%C3%A1tico-Yuri-vers%C3%A3o-p%C3%B3s-banca.pdf
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ResponderExcluirSeu texto é de bastante relevância para a sociedade, é muito importante que os alunos entendam o contexto histórico de sua cidade, já que umas das grandes problemáticas se dá porque os acadêmicos ao fazerem o seu trabalho de conclusão de curso (TCC) eles buscam pesquisarem sobre o Maranhão, sobre suas cidades, porém esses textos ficam somente dentro da universidade, em suas bibliotecas. Algo que deveria ser feito era os acadêmicos e professores ao ministrarem suas aulas, utilizassem seu conhecimento, aquilo que ele mesmo pesquisou, e ensinar para os seus alunos. Isso faria com que o conhecimento produzido dentro da universidade saísse dos muros no campo acadêmico, e passassem então a fazer parte do conhecimento dos alunos da Educação Básica. Além do livro didático, qual outro instrumento de aprendizagem você sugere com que os alunos aprendam sobre a História Local/Regional?
ResponderExcluir(Jesus Hellen Leal Conceição)
Obrigado pelo comentário, Jesus Hellen Leal Conceição, a internet pode ser uma aliada, para que o estudante tenha acesso e aprendam sobre a História Local/Regional. Um exemplo é o material que elaboramos, eu e a profa. Dra. Julia Constança: uma coletânea de artigos com temáticas da História Local/Regional (Maranhão) serem trabalhadas em sala de aula, que em breve sairá o volume dois. Esse livro além de impresso está disponível para download. Segue o link:
ResponderExcluirCAMÊLO, Júlia Constança Pereira; MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio [org.]. História do Maranhão na sala de aula: formação saberes e sugestões. São Luís: EDUEMA, 2019, 213p. disponível em:
http://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/09/coletanea-historia-do-maranhao-na-sala-de-aula-versao-final-isbn-1-1568040638.pdf [internet]