Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus


BREVES REFLEXÕES SOBRE OS MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA DO MARANHÃO




Introdução
O ensino de história tem sido objeto de estudo para muitos pesquisadores, dado o seu valor para a formação do indivíduo enquanto sujeito ativo da sua própria história. Desse modo, damos destaque neste trabalho ao ensino da História local/regional, especificamente, ao Ensino de História do Maranhão que há décadas enfrenta o problema da falta de materiais didáticos apropriados, atualizados e em sintonia com as exigências legais. Mais recentemente, com a implementação do Exame Nacional de Ensino Médio [ENEM], que ainda eram contemplados no currículo nacional, deixaram de ser exigidos, enquanto no currículo estadual houve uma diminuição da já insignificante carga horária dedicada a esses conteúdos, resultando no menor interesse dos estudantes pela história local, reflexos também na menor dedicação dos professores[as] na pesquisa e ensino da História do Maranhão.

A historiadora Circe Bittencourt [2015, p. 168] advoga que a história regional proporciona, na dimensão do: “estudo do singular, um aprofundamento do conhecimento sobre a história nacional, ao estabelecer relações entre as situações históricas diversas que constituem a nação”, e coloca a importância da memória para a história local. Para a autora, a “memória é, sem dúvida, aspecto relevante na configuração de uma história local tanto para os historiadores como para o ensino”.

Desse modo, o objetivo em fazer esse trabalho é chamar a atenção para a ausência de materiais didáticos sobre a História do Maranhão e a necessidade urgente de reversão desse quadro, com a elaboração de produções didáticas capazes de levarem os alunos[as] ao conhecimento da História local/regional, bem como na reflexão sobre os processos históricos para ajudar na sua formação enquanto sujeitos ativos, capazes de lerem o mundo a sua volta de forma crítica:

“Para a maioria das propostas curriculares, o ensino de História visa contribuir para a formação de um “cidadão crítico”, para que o aluno adquira uma postura crítica em relação à sociedade em que vive. As introduções dos textos oficiais reiteram, com insistência, que o ensino de História, ao estudar as sociedades passadas, tem como objetivo básico fazer o aluno compreender o tempo presente e perceber-se como agente social capaz de transformar a realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática”. [Bittencourt, 2015, p. 19]

Nesse sentido, a importância de se ter materiais sobre o ensino de História do Maranhão contribui para que os estudantes tenham acesso as interpretações da História local/regional e pensem sobre as suas origens e identidades, sobre os processos socioeconômicos e políticos, com suas as mudanças e permanências, e valorizem a pluralidade étnica e cultural que constitui a formação social do Maranhão.  

Ensino de História
Os professores[as] de história com seu trabalho produzem em seus alunos[as] parte das suas identidades pessoais, políticas e profissionais, participando da construção da identidade do outro [Cerri, 2011]. A história se faz pelo agir do homem no tempo e no espaço, constrói-se com o agir individual, e cada ser humano é um sujeito histórico que participa ativamente da história, e nenhum agente nasce sem história e em um mundo sem história, afirma Estevão Martins  [2011].

No Brasil, os anos de 1980 e 1990 foram marcados por tentativas de professores[as] e intelectuais, que tinham interesses com o ensino de história, de formularem propostas que congregassem a nova identidade nacional a formar alunos[as] socialmente críticos, revendo a história dos vencedores e dando espaço para outras histórias, como a dos vencidos, dessa maneira tentando trazer para sala de aula homens e mulheres comuns e sensibilizando os estudantes do protagonismo essencial do povo nos processos históricos [Cerri, 2011].

Os métodos do ensino de história na escola e da história acadêmica são distintos, porque o primeiro mobiliza outros recursos e saberes para além daqueles utilizados na construção da história na academia. O conhecimento acadêmico se orienta pelas regras de um método de análise crítica das fontes e pelo exercício da narrativa escrita, dessa maneira o conhecimento ganha uma forma complexa, que age com recortes, porém, propõe grande número de articulações entre eles, de maneira a mobilizar os recursos críticos do leitor, juntamente, estimular sua sensibilidade e emoções. A história escolar se orienta por regras pedagógicas próprias, adaptadas aos diferentes graus de formação dos alunos[as]; por práticas aprendidas e pela erudição conquistada mediante a formação profissional/intelectual do docente como historiador; por saberes obtidos na vida e pela vivência em sala de aula [Gontijo, Magalhães, Rocha, 2008].

Guimarães [2009] discorda daqueles que enxergam o “saber escolar” como inferior em relação ao conhecimento científico. Explica que muitos têm preconceitos com essa forma de conhecimento, mas lembra que a ciência também se equivoca, basta lembrar-se das teorias raciais do século XIX.

O currículo recebe crítica de Ana Maria Monteiro [2003], pois para ela o currículo já vem formado, organizado, pronto e acabado. Conforme Garcia e Schmidt [2005], deve ocorrer uma renovação e reformulação dos conteúdos, assim como da ideia do relacionar o ensino ao espaço da sala de aula. Por outro lado, esses pesquisadores também defendem que a sala de aula é um lócus privilegiado para a formação da consciência histórica com perspectiva crítica, acrescentando que esse local é um espaço para compartilharem experiências individuais e coletivas e que a produção escolar é possível e acontece por diferentes saberes, pois a história estuda os homens e mulheres recuperando o sentido de experiências individuais e coletivas. A história local pode ser útil nessa finalidade apontada pelos autores acima.

História Regional ou local: Maranhão e suas problemáticas
Muitas vezes a História local/regional tem permanecido longe dos interesses e alcance dos alunos[as]. No caso do Maranhão, isso acontece em parte devido a ausência de material didático que aborde a História local/regional. Outro fator que tem diminuído o interesse pela história local foi à adesão das universidades públicas ao ENEM, que fez com que os estudantes dessem pouca atenção à história que contempla os estudos regionais. Acerca da história regional, Giron diz que:

“[...] a história regional, filha do espaço e da dependência, considerada por muitos como apenas bastarda do Clío [...] O preconceito contra a história regional é tão antigo como a própria História. Já os gregos rejeitam a história regional, ao estudar grandes mudanças históricas que excluem, não só a história local, como os historiadores locais. A concepção histórica dos gregos, bem como sua filosofia, permanecem ao longo dos séculos. A história regional continua sendo repelida para fora da história geral, tanto então como agora. Tal rejeição tem um sentido e obedece a alguns pressupostos teóricos e ideológicos”. [Giron, 2000, p. 28-29]

Segundo os PCN’S, a importância da história no currículo escolar não se prende apenas a uma preocupação com a identidade nacional, porém, a disciplina pode oferecer contribuição específica ao desenvolvimento dos estudantes como sujeitos conscientes, capazes de apreender a História como conhecimento, como experiência e prática de cidadania. O Saber histórico escolar, como conhecimento produzido no espaço escolar, desempenha um papel de tornar o aluno[a] um observador atento das realidades em sua volta, capacitado para estabelecer relações, comparações e relativizando sua atuação no tempo e espaço. Isso é importante para a valorização de uma história local, que historicamente tem sido parcialmente desconhecida, desvalorizada, esquecida ou omitida. [BRASIL, 1997]

O surgimento da disciplina História no Maranhão acontece no contexto do advento da República, em que essa disciplina acompanha a tendência de elaborar uma memória nacional e também tencionava na construção da identidade nacional guiada pelos ideais republicanos [Mateus, 2018]. Dayse Marinho Martins [2014], em sua dissertação defendida, em 2014, no Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade [PGCULT] intitulada Currículo e Historicidade: a disciplina História do Maranhão no sistema público estadual de ensino [1902-2013], mostra o surgimento da disciplina História do Maranhão. Para essa pesquisadora, a referida disciplina nasce pela necessidade de abordagem no sistema oficial de ensino dos aspectos arrolados à memória e à cultura local. Os conhecimentos sobre a História do Maranhão foram organizados em obras que realçaram uma seleção de conteúdo.

Para tal escopo, os estudos se basearam em uma visão de História situada na narrativa e na transmissão de interpretações históricas. Assim, “na trajetória da instrução pública maranhense, a História do Maranhão se relacionou às necessidades do contexto histórico e social; predominando uma concepção factual de História que precisa ser redefinida nas propostas curriculares atuais”. [Martins, 2014, p. 14]

O interesse pelo ensino da História do Maranhão e a formação dos professores[as] não é recente. A historiadora Maria do Socorro Coelho Cabral, no artigo O ensino de História do Maranhão no 1º Grau [3ª e 4ª séries] [1987], é pioneira em abordar a realidade do ensino e dos livros didáticos referentes à História do Maranhão. A metodologia utilizada por Cabral se constituiu de questionários, aplicados a 125 professores[as] de quarenta escolas das redes federal, estadual, municipal. De acordo com Cabral [1987, p. 16-17], a História do Maranhão “tal como é contada nesses livros constitui-se, pois, numa representação mística da realidade maranhense. Nessa história, a ação, o movimento, o quotidiano do homem maranhense não tem lugar, está à margem”. A versão contada dessa história é “segundo a ótica de um determinado grupo, que passa a se constituir, depois de veiculada nas escolas, na visão de história do senso comum”.

Cabral [1987, p. 30] sugere que no ensino de História “o professor, juntamente com os alunos devem, a partir de suas experiências dentro da realidade em que vivem, selecionar os assuntos que julgam pertinentes e que tem interesse em conhecer”. Destarte, essa historiadora chama atenção, no final da década de 1980, para o modo de como se operava o ensino de História do Maranhão, apontando os livros didáticos, a disciplina e os conteúdos ensinados pelos professores[as]. Para Cabral [1987, p. 30], deveria haver “elevação do nível de ensino de História do Maranhão”, mas adverte que “é uma tarefa árdua, lenta, que exige o esforço e a participação, sobretudo, dos professores e dos alunos, elementos mais envolvidos nesse processo”. Afirma ainda que “métodos prontos, capazes de realizar tal façanha, não existem, uma vez que o caminho para se atingir tais objetivos tem que ser descoberto, criado, sobretudo, por professores e alunos a partir da realidade que os rodeia e de suas experiências”.

Como pode-se observar, a necessidade de se dar mais atenção à história que contempla os estudos da História do Maranhão não é um problema novo. A professora Socorro Cabral realizou uma pesquisa com professores[as], em 1987, a qual verificou a necessidade das aulas de História contemplarem os estudos locais e regionais. Conforme essa pesquisadora:
“Todos os professores, com exceção apenas de 6 deles, concordam que o aluno deve estudar mais História do Maranhão nas séries posteriores. Muitos desses professores justificaram sua resposta, afirmando que o aluno deve receber mais informações sobre seu Estado nas séries seguintes, uma vez que o ensino ministrado em apenas uma ou duas séries [3a. e 4a.] não é suficiente para possibilitar ao estudante um conhecimento mais amplo da realidade de seu Estado”. [Cabral, 1987, p. 27]

Quando se trata dos livros didáticos, geralmente, trazem em seu conteúdo temas mais gerais, e às vezes de cunho historiográfico conservador, sem trazer à tona temas mais específicos da História Regional. Ao observamos os livros didáticos, os espaços dados a História do Maranhão, quando isso acontece, são minúsculos, sem muita expressão. Sabemos que para a produção de um material didático há todo um processo complexo. Como salienta Engel [2009], as produções didáticas são consideradas produto cultural dotado de alto grau de complexidade, tendo sua autoria plural, na qual fazem parte, além do autor, as figuras do editor, dos programadores visuais e dos ilustradores. Sobre quem produz o livro didático, Engel [2009, p. 30] diz que “enquanto formulador de um discurso historiográfico específico, o autor do livro didático pode utilizar a produção historiográfica acadêmica para fundamentar o conhecimento histórico abordado em termos de argumentos de autoridade, buscando sua legitimação”.

Como quase não existem livros didáticos sobre História do Maranhão para a Educação Básica, e por na maioria das vezes desconhecerem as produções acadêmicas, os professores[as] da educação básica quase não trabalham em suas aulas a história do seu Estado, quando trabalham utilizam as obras tradicionais dos historiadores por ofício, como Mário Martins Meirelles com sua obra História do Maranhão, publicada em 1960. O que leva na maioria dos casos os professores[as] a reproduzir o conteúdo ideológico desses livros sem tecer críticas e sem levarem os alunos[as] a refletir sobre os processos históricos. E também ainda é comum os docentes recorrem às apostilas que circulam no meio escolar, cuja autoria nem sempre é conhecida, para serem usadas em preparatórios pré-vestibulares ou de concursos, na finalidade do aluno[a] apenas decorar os fatos históricos para alcançarem aprovações nos exames que irão prestar.

A obra História do Maranhão, de Mário Meireles, publicada em 1960, tem uma escrita tradicional que apresenta uma história narrativa, linear e descritiva. “Meireles a planejou como uma grande unidade em que condensou todos os eventos políticos, econômicos e culturais que considerou relevantes para contar a “verdade” sobre a história do Maranhão” [Silva, 2008, p. 148]. O propósito da obra de síntese da história regional era proporcionar aos professores[as] os conteúdos considerados relevantes e centrais para a compreensão da história local. O modelo, salvo algumas diferenças, ainda era o mesmo que foi estabelecido no século XIX por Varnhagen, cuja ênfase dos conteúdos eram os fatos políticos e econômicos.

Nessa mesma linha, a obra História do Maranhão, de Carlos Lima, publicada em 1981, traz uma síntese da história local com praticamente a mesma organização dos conteúdos. Esse tipo de obra não atende as exigências dos livros didáticos, foram escritas em outros momentos e não atendem às demandas da atualidade, no entanto, são livros que fazem parte da realidade dos professores[as] da educação básica que elaboram suas aulas a partir deles, limitando-se em assuntos políticos, econômicos, deixando de lados temas culturais, sociais, as relações de gêneros, participação popular, tão necessários e pulsantes na contemporaneidade.   

Na década de 2000, o pesquisador Joan Botelho, professor de história das redes pública, particular e cursos preparatórios de vestibular e concurso, lançou o livro intitulado Conhecendo e debatendo a História do Maranhão [2007], que visou atender ao Ensino Médio, as provas de vestibulares e concursos. Apesar do esforço em dialogar com a historiografia maranhense atual, e em trazer novos temas para a discussão, a exemplo das temáticas sociais, rurais e dos problemas atuais do Estado, a obra não apresenta as características exigidas para os livros didáticos, nem no uso da linguagem e nem os elementos metodológicos e avaliativos que proporcionam a interação com os estudantes. Além dos conteúdos, a obra traz trechos de documentos e inúmeras questões de vestibulares. Ainda assim, não se encaixa nas exigências contidas Programa Nacional do Livro e do Material Didático [PNLD].  

Martins [2011] apresenta duas formas de ensino, um chamado de “ensino tradicional” que transmite uma história positivista, e o outro chamado de “ensino potencializador” com efeito formador e conformador da consciência histórica, nas pessoas, nas comunidades. Para ele, o ponto de partida do professor[o] deve ser as experiências atuais dos alunos. De tal modo, acreditamos que o ensino da história do lugar em que o indivíduo habita cumpre a função de formar e conformar a consciência histórica do estudante. Os livros didáticos têm um papel importante nesse saber escolar, e são ferramentas úteis para os professores[as] e estudantes no processo ensino-aprendizagem, os quais devem questionar o próprio processo de produção desse material didático, utilizando essa ferramenta de forma crítica e não passiva.

Recentemente, pesquisadores publicaram uma coletânea de artigo, História do Maranhão na sala de aula: formação, saberes e sugestões, na pretensão de disponibilizar materiais que sirvam de subsídios para professores da rede básica de educação, que, além de tratar de temáticas como patrimônio e cultura popular do Maranhão é, também, sugerir formas de trabalhar a história a partir do local, da ação que fomente reflexão e pesquisa, ou seja, também trazer instrumentos que podem contribuir com a formação de professores[a]. Trata-se de uma coletânea em formato de e-book, a qual está disponível na rede mundial de computadores [internet], para que alunos[as] e professores[as] possam consultar em qualquer momento e lugar apenas com acesso ao sinal de internet, um notebook ou celular. [Constança; Mateus, 2019]

Considerações finais
Diante do exposto, consideramos urgente a renovação do ensino de História do Maranhão, a produção de novos materiais didáticos, que contribuam para a formação crítica dos alunos[as], para que os mesmos sejam sujeitos ativos da sua própria história e atuem de forma consciente em sua realidade histórica. O ensino de história ainda enfrenta dificuldades como a desvalorização do “saber escolar” em oposição ao acadêmico, e quanto ao Ensino de História do Maranhão os problemas enfrentados se somam à avaliação do ENEM que exclui dos seus conteúdos a história local/regional. A falta de materiais didáticos específicos sobre a História do Maranhão gera uma grande lacuna no ensino de história local, contribuindo para um descaso da sociedade com sua própria identidade, um descaso com a reflexão crítica sobre a produção do saber escolar.
  
Referências
Doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História e Conexões Atlânticas: culturas e poderes [PPGHIS], da Universidade Federal do Maranhão [UFMA]. Mestre em História, Ensino e Narrativa pelo Programa de Pós-Graduação em História, Ensino e Narrativa [PPGHEN−UEMA], atual PPGHIST. Especialista em Supervisão, Gestão e Planejamento Educacional. Especialista em Docência do Ensino Superior pelo IESF/MA. Licenciado em História pela UEMA. Licenciado em Pedagogia e Bacharel em Teologia pela FATEH.

BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. 12 ed. São Paulo, Cortez Editora, p. 183-220, 2015. [livro]    

BOTELHO, Jean. Conhecendo debatendo a história do Maranhão. São Luis: Fort Gráfica, 2007. [livro]

BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997, v.5, p. 19-45.

CABRAL, Maria do Socorro Coelho. O ensino de História do Maranhão no 1º Grau [3a. e 4a. Séries]. Cad. Pesq. São Luís, UFMA, jul./dez. 1987. [artigo]

CAMÊLO, Júlia Constança Pereira; MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio [org.]. História do Maranhão na sala de aula: formação saberes e sugestões. São Luís: EDUEMA, 2019, 213p. disponível em:
http://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/09/coletanea-historia-do-maranhao-na-sala-de-aula-versao-final-isbn-1-1568040638.pdf  [internet]

CERRILuís Fernando. Ensino de história e consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. [livro]

ENGEL, Magali Gouveia. Memórias e histórias dos balaios: Interpretações entre os saberes acadêmicos e a história ensinada. In: ROCHA, Helenice, Magalhães, Marcelo e Gontijo, Rebeca. A escrita da história escolar. Memória e historiografia. RJ: FGV editora, 2009. p.329-344. [artigo]

GIRON, Loraine Slomp. Da memória nasce a História. In: LENSKIJ, Tatiana; HELFER, Nadir Emma [orgs] A memória e o ensino de História. Santa Cruz do Sul: EDUNISC – ANPUH – RS, 2000, p. 23-38. [artigo]

GODÓIS, Antônio Batista Barbosa de. História do Maranhão: Para uso dos alunos da escola normal. 2 Ed. São Luís: EDUEMA, 2008. [livro]

GUIMARÃES, Manoel Luís Salgado. A Escrita da História e Ensino da História: Tensões e paradoxos. In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca [orgs.] A Escrita da História Escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 35- 50. [artigo]

MARTINS, Dayse Marinho. Currículo e Historicidade: a disciplina História do Maranhão no sistema público estadual de ensino [1902-2013]. 2014. 263 f. Dissertação [Mestrado em Cultura e Sociedade] – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2014. [dissertação]

MARTINS, Estevão C. de Rezende. História: Consciência, Pensamento, Cultura, Ensino. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 42, out./dez., Editora UFPR, p. 43-58, 2011. [artigo]

MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio. A BALAIADA NA SALA DE AULA: ensino de História do Maranhão Imperial e a produção do paradidático “A Guerra da Balaiada”. 2018. 196 f. Dissertação [Mestrado] – Programa de Pós-Graduação em História, Ensino e Narrativas, PPGHEN – Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2018. [dissertação]

MEIRELES, Mário [1960]. História do Maranhão. São Luís: Siciliano, 2001.  [livro]

MONTEIRO, Ana Maria F. C. A história ensinada: Algumas configurações do saber escolar. História & Ensino, v. 9, p. 37-62, out. 2003. [artigo]

ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca. A Escrita da História Escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p.13-32. [artigo]

SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira Dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de história. Caderno Cedes, Campinas, vol. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez. 2005. [artigo]

SILVA, A.L.C. Falas de decadência, moralidade e ordem: a “História do Maranhão” de Mário Martins Meireles. 2008. 177f. Dissertação [Mestrado] – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. [dissertação]


15 comentários:

  1. Parabéns Yuri pelo texto ! Muito relevante falar sobre saber escolar quando há um distanciamento de algumas disciplinas na graduação e sua condução por parte do professor distante da escola ! Como poderíamos encurtar esse distanciamento já no início do curso de História já que o Pibid e a Residência Pedagógica são para poucos alunos!

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    1. Muito Obrigado pelas considerações, Ana Paula. Acredito que deveriam existir mais disciplinas pedagógicas logo no início do curso,para que incentivem os estudantes a tornarem-se docentes.

      Atenciosamente,

      Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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  2. Olá Yuri, Obrigado pelo texto e importantes reflexões. Gostaria de saber se para você a produção de artigos sobre a historia regional funciona bem com os professores da rede publica? ou se precisamos mudar um pouco a dinâmica dos textos, quem sabe se aproximando de um plano de aula, mais factível e adequado aos modelos de ensino. O que você acha? ABCS

    Everton CArlos Crema

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    1. Grato pelas colocações, prof. Everton, vejo que as demandas dos professor@s são imensas. Por isso, é importante produções com linguagens acessíveis, que levem os debates atualizados feitos na academia, para além dos muros universitários. Pensando nisso, junto com a profa. Dra. Julia Constança, elaboramos uma coletânea de artigos com temáticas da História Local/Regional (Maranhão) serem trabalhadas em sala de aula, que em breve sairá o volume dois. Esse livro além de impresso está disponível para download. Segue o link:
      CAMÊLO, Júlia Constança Pereira; MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio [org.]. História do Maranhão na sala de aula: formação saberes e sugestões. São Luís: EDUEMA, 2019, 213p. disponível em:
      http://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/09/coletanea-historia-do-maranhao-na-sala-de-aula-versao-final-isbn-1-1568040638.pdf [internet]

      Atenciosamente,

      Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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  3. OLÁ Yuri Givago!!! Parabéns pelo texto e pela temática. Realmente Yuri, fazer uma lista de livros didáticos sobre a História do Maranhão é tarefa complicada. Visto que os que possuímos, destoam das características do modelo didático. Ainda assim nos deparamos com uma lista de livros, considerados "clássicos", pelos usos, como é o caso do livro do Meireles e do Lima, estes conseguiram obter uma abrangência em boa parte do território maranhense, visto terem sido editados e ganharem divulgação. Minha pergunta: levando em conta a historiografia pertinente e as especificidades da história regional, o que você considera como um livro didático de História do Maranhão razoável?

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    1. Grato pelo comentário,Jessé Gonçalves Cutrim, considero um livro didático adequado aquele que permite ao estudante uma análise crítica reflexiva do local em que ele está inserido, e que mantenha uma historiografia com debates atualizados. É Preciso preciso um livro didático que não silencie conteúdos, tendo em vista que o Maranhão é diverso, como defendem estudos recentes.

      Este texto integra a minha dissertação de mestrado defendida pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIST-UEMA. Há uma lista com outros livros didáticos sobre a História do Maranhão.
      Seguem o link da Dissertação e o Paradidático (porque, o Mestrado foi Profissional)
      Dissertação:
      http://www.ppghist.uema.br/wp-content/uploads/2016/12/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Yuri-com-as-assinaturas-da-banca.pdf

      Paradidático:

      http://www.ppghist.uema.br/wp-content/uploads/2016/12/Paradid%C3%A1tico-Yuri-vers%C3%A3o-p%C3%B3s-banca.pdf

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  4. Seu texto é de bastante relevância para a sociedade, é muito importante que os alunos entendam o contexto histórico de sua cidade, já que umas das grandes problemáticas se dá porque os acadêmicos ao fazerem o seu trabalho de conclusão de curso (TCC) eles buscam pesquisarem sobre o Maranhão, sobre suas cidades, porém esses textos ficam somente dentro da universidade, em suas bibliotecas. Algo que deveria ser feito era os acadêmicos e professores ao ministrarem suas aulas, utilizassem seu conhecimento, aquilo que ele mesmo pesquisou, e ensinar para os seus alunos. Isso faria com que o conhecimento produzido dentro da universidade saísse dos muros no campo acadêmico, e passassem então a fazer parte do conhecimento dos alunos da Educação Básica. Além do livro didático, qual outro instrumento de aprendizagem você sugere com que os alunos aprendam sobre a História Local/Regional?

    (Jesus Hellen Leal Conceição)

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  5. Obrigado pelo comentário, Jesus Hellen Leal Conceição, a internet pode ser uma aliada, para que o estudante tenha acesso e aprendam sobre a História Local/Regional. Um exemplo é o material que elaboramos, eu e a profa. Dra. Julia Constança: uma coletânea de artigos com temáticas da História Local/Regional (Maranhão) serem trabalhadas em sala de aula, que em breve sairá o volume dois. Esse livro além de impresso está disponível para download. Segue o link:
    CAMÊLO, Júlia Constança Pereira; MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio [org.]. História do Maranhão na sala de aula: formação saberes e sugestões. São Luís: EDUEMA, 2019, 213p. disponível em:
    http://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/09/coletanea-historia-do-maranhao-na-sala-de-aula-versao-final-isbn-1-1568040638.pdf [internet]

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