UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO DE
HISTÓRIA: O PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA [UFRN/NATAL]
Nos idos de
agosto de 2018, as universidades brasileiras iniciaram as atividades atinentes
a uma nova proposta de inserção dos alunos dos cursos de licenciatura no espaço
escolar: era o Programa Residência Pedagógica. Criado em um contexto político
adverso, marcado por crises institucionais, o programa já nasceu marcado por
desconfianças, principalmente, no âmbito das instituições de ensino superior.
Afinal, quais seriam os interesses atrelados à criação de um novo programa
voltado para a inserção dos alunos de licenciatura na educação básica? Era uma
proposta de fortalecimento e ampliação do diálogo universidade/escola ou uma
estratégia de fragilização do PIBID e dos estágios curriculares? Foi nesse
cenário conturbado que teve início um novo espaço de debate acerca do ensino de
História.
Diante disso,
esse artigo tem como escopo analisar a experiência inicial de execução do
subprojeto de História no âmbito do núcleo de Natal da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, ou seja, os resultados oriundos das atividades de ensino
de história entre agosto de 2018 e janeiro de 2020. A ação de articular teoria
e prática no processo de formação de professores, bem como as propostas de
inovação do ensino de história no âmbito da educação básica foram alguns dos
desafios centrais no processo de implementação do programa no âmbito da UFRN.
Neste sentido,
considerando as características específicas do Programa Residência Pedagógica,
às demandas sócio educacionais oriundas das escolas parceiras, bem como a
necessidade de se avaliar a experiência resultante da implementação do projeto,
exigem ações de caráter analítico, que respaldem o adensamento do debate, a
qualificação das novas propostas e o enfrentamento dos problemas identificados
na execução inicial. Afinal, o que pode caracterizar o ensino de história no
âmbito do Programa Residência Pedagógica? Quais podem ser os elementos
diferenciadores e as contribuições entre o Residência Pedagógica e o Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência? Quais caminhos ainda precisam
ser trilhados?
Pensar em tais
questões implica no enfrentamento da autoavaliação, da identificação das
fragilidades das propostas e, principalmente, na valorização da experiência
como elemento equacional para o enfrentamento dos novos desafios. Neste
sentido, torna-se salutar pensar sobre o lugar do ensino de história no âmbito
do Programa Residência Pedagógica, tanto no âmbito da formação inicial de
professores de história, como na questão da formação continuada.
O Programa
Residência Pedagógica é resultante de longo processo de debates sobre propostas
de qualificação no processo de formação de professores. A própria designação é
alvo de disputas, pois tem como cerne o modelo da residência médica, prática
vigente no processo de formação continuada, mas, efetivamente, o lastro central
do Residência Pedagógica encontra-se coadunado com a formação inicial de
professores. A criação do Programa Residência Pedagógica ocorreu por meio da
Portaria GAB nº 38, de 28 de fevereiro de 2018.
Tratava-se de uma
ação que atendia a demanda da CAPES em: “induzir, fomentar e acompanhar a
formação inicial e continuada de profissionais do magistério e os programas de
estudos e pesquisas em educação” [Brasil, 2018, p. 1]. A institucionalização do
programa tinha por finalidade:
“Art.1º Instituir
o Programa de Residência Pedagógica com a finalidade de apoiar Instituições de
Ensino Superior [IES] na implementação de projetos inovadores que estimulem a
articulação entre teoria e prática nos cursos de licenciatura, conduzidos em
parceria com as redes públicas de educação básica. Parágrafo único. O
público-alvo do Programa são os alunos dos cursos de licenciatura ofertados na
modalidade presencial ou no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil
[UAB], por Instituições de Ensino Superior [IES] públicas e privadas sem fins
lucrativos” [Brasil, 2018, p. 1]
De acordo com o
documento, o público-alvo eram os alunos dos cursos de licenciatura, por meio
do desenvolvimento de ações que propiciassem a articulação entre teoria e
prática, ou seja, criava-se uma oportunidade de fortalecer os vínculos entre os
espaços de formação universitária e o espaço escolar. O chão da escola
tornava-se um espaço privilegiado para a formação de professores, para a
construção de vivências que pudessem oportunizar a reflexão crítica. Além
disso, também era aberta a oportunidade de articular diferentes modalidades de
cursos de licenciatura, como os cursos presenciais e EAD, no processo de
construção de propostas para pensar o ensino.
Contudo, essa
finalidade de criação de projetos inovadores no campo do ensino também
expressava propósitos permeados de questionamentos, que, naquele contexto,
reforçavam as suspeitas atinentes ao desígnio do programa. De acordo com a
Portaria 38, de 28 de fevereiro de 2018, o Programa Residência Pedagógica tinha
como objetivos:
“I. Aperfeiçoar a
formação dos discentes dos cursos de licenciatura, por meio do desenvolvimento
de projetos que fortaleçam o campo da prática e que conduzam o licenciando a
exercitar de forma ativa a relação entre teoria e prática profissional docente,
utilizando coleta de dados e diagnóstico sobre o ensino e a aprendizagem
escolar, entre outras didáticas e metodologias;
II. Induzir a
reformulação do estágio supervisionado nos cursos de licenciatura, tendo por
base a experiência da residência pedagógica;
III. Fortalecer,
ampliar e consolidar a relação entre a IES e a escola, promovendo sinergia
entre a entidade que forma e aquelas que receberão os egressos das
licenciaturas, além de estimular o protagonismo das redes de ensino na formação
de professores; e
IV. Promover a
adequação dos currículos e das propostas pedagógicas dos cursos de formação
inicial de professores da educação básica às orientações da Base Nacional Comum
Curricular [BNCC]” [Brasil, 2018, p. 1].
Dois dos
objetivos elencados eram mais delicados em sua implementação. O primeiro é
atinente a preconização da reformulação do estágio supervisionado a partir da
experiência do Programa Residência Pedagógica. Certamente, trata-se de uma
proposta no mínimo, ambivalente, pois induz a repensar prática do estágio, em
grande medida, amplamente consolidada no processo de formação de professores, a
partir da experiência do Residência Pedagógica, que iniciava a sua
implementação, ainda marcada por inúmeros questionamentos. Evidentemente, a
institucionalização de um programa de ensino abre espaço para a inserção de
práticas inovadoras, que podem contribuir de forma significativa para a
qualificação do ensino. Contudo, o estágio supervisionado em cursos de
licenciatura, desde a ampliação de sua carga horária, tem se intensificado como
espaço privilegiado de inovação na prática docente e de reflexão acerca da
relação teoria/prática. De acordo com o Parecer n. 28 de 2001:
“Estágio
curricular supervisionado de ensino entendido como o tempo de aprendizagem que,
através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício
para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou
ofício. Assim o estágio curricular supervisionado supõe uma relação pedagógica
entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional
de trabalho e um aluno estagiário” [Brasil, 2002, p. 31].
De acordo com o
documento, uma característica que perpassa pela experiência do estágio
supervisionado é a relação pedagógica entre o professor que atua na educação
básica e o aluno estagiário. Neste sentido, a formação inicial dar-se-ia por
meio da inserção no espaço escolar sob a supervisão de um profissional que já
possui experiência. Com isso, tanto o estágio supervisionado, quanto o
Residência Pedagógica teriam como norte a defesa da profissão de educador como
uma prática social, que, de acordo com Selma Garrido Pimenta, a atividade
docente seria caracterizada por:
“Como tantas
outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso por meio da
educação que ocorre não só, mas essencialmente, nas instituições de ensino.
Isso porque a atividade docente é ao mesmo tempo prática e ação” [Pimenta,
2011, p. 41]. Neste sentido, o fortalecimento das práticas de ensino
constituiria uma tentativa de reforçar o entendimento da indissociabilidade
entre ensino e pesquisa, teoria e prática. O professor de história, em processo
de formação, emerge como um sujeito que interveem em sua realidade e atua como
agente de transformação. Essa demanda por intervenção desperta o olhar acerca
do segundo ponto de reflexão atinentes aos objetivos do Programa Residência
Pedagógica: promover a adequação dos currículos dos cursos de formação inicial
de professores aos pressupostos da BNCC.
É notório que os
cursos de licenciatura apresentam como escopo central a formação de professores
que terão como principal espaço de atuação a educação básica. Contudo, quando
pensamos na adequação do currículo e das propostas pedagógicas dos cursos aos
padrões estabelecidos pela BNCC, essa questão se torna delicada, principalmente,
se considerarmos as especificidades do processo de aprovação da BNCC, no
tocante aos conteúdos da área de História, pautados em três versões que pouco
dialogavam entre si. Trata-se de uma proposta que exige a reflexão e
envolvimento de historiadores que atuam tanto nas instituições de ensino
superior, quanto aos que labutam na educação básica, para de forma democrática
e sem hierarquias, possam ser pensadas propostas viáveis para a redefinição do
que deve ser ensinado na formação das novas gerações.
Apesar dos
questionamentos acerca dos méritos desses dois pontos, a elaboração do projeto
institucional da UFRN buscou construir uma proposta de ensino de fortalecesse a
atividade de estágio supervisionado como um elemento fundante na formação de
professores, bem como, o fortalecimento dos vínculos da universidade com
escolas de educação básica, não somente para a recepção de alunos de graduação
no processo de formação inicial, mas a partir da parceria com professores da
educação básica para instituir a reflexão sobre o ensino e a formação
continuada.
No âmbito do
subprojeto de História, os desafios perpassaram pela necessidade de encontrar
uma proposta de intervenção que aglutinasse demandas oriundas de diferentes
realidades socioespaciais. Inicialmente, o subprojeto tinha como cerne três
núcleos, envolvendo distintos cursos de licenciatura em História: o núcleo do
curso de História Licenciatura presencial do Campus Ceres [em Caicó], o curso
presencial do Campus CCHLA e o curso EAD também do campus CCHLA [ambos em
Natal]. A ideia inicial era fortalecer a prática do ensino de história tanto
nos dois cursos presenciais, como na modalidade EAD, incluindo as ações de
articulação de discentes das duas modalidades de ensino.
Essa proposta
inicial não chegou a ser executada. Infelizmente, o curso de História
Licenciatura na modalidade EAD acabou sendo excluído do programa, em
decorrência da baixa adesão de alunos. Essa baixa adesão de alunos do curso EAD
foi resultante de duas questões: a primeira, a oferta das turmas não ocorre
anualmente e, no momento do edital, haviam poucos alunos matriculados com carga
horaria integralizada superior a 50%. Outro motivo é decorrente do público alvo
da primeira turma do curso, no qual a maior parte do corpo discente está cursando
a segunda graduação e, em grande medida, são pessoas que já se encontram
inseridas no mercado de trabalho.
O subprojeto de
História teve como eixo norteador dois pilares: o uso de fontes no ensino de
história e a valorização da história local no âmbito da história ensinada.
Dessa forma, as propostas estavam pautadas na ideia de fomentar o
fortalecimento ensino de história como campo investigativo, no qual a prática
docente dos residentes tivesse como lastro a reflexão crítica no processo de
planejamento, as demandas oriundas de cada escola e ação combativa de pensar o
ensino a partir da metodologia da história. O espaço e a cultura escolar
passariam a ser alvo da inserção do graduando, mas também da análise crítica,
ou seja, a inserção na qual o residente atuaria com o olhar etnográfico,
investigativo.
No tocante ao uso
das fontes históricas no ensino, o subprojeto tinha como intuito o uso do
potencial já existente no Departamento de História da UFRN em Natal, no qual
existem cinco laboratórios: Memorial do PNLD, Laboratório de Arqueologia,
Laboratório de Restauração, Laboratório da Imagem e Laboratório de História
Social. De alguma forma, cada laboratório possui a custódia de fontes
históricas, geralmente, usadas nas pesquisas históricas e que seriam repensadas
para o ensino. Diante disso, o subprojeto propôs:
“Nos núcleos de
História de Natal [CCHLA e EAD], a permanência deve ocorrer nas dependências
dos seguintes laboratórios: Memorial do PNLD, Laboratório de Arqueologia[LARQ],
Laboratório de Restauração [LABRE], Laboratório da Imagem [LABIM] e Laboratório
de Experimentação em História Social [LEHS]. Esses laboratórios têm sido
espaços relevantes no processo de preservação de fontes históricas e de
materiais didáticos, além da produção de jogos educacionais de História”
[UFRN, 2018, p. 14].
Neste caso, o desafio do subprojeto de História
do Programa Residência Pedagógica perpassava pela necessidade de potencializar
o uso das fontes históricas como material didático, assim como na possibilidade
de uso dos documentos na produção de recursos didáticos para o ensino de
história. Tratava-se, portanto, de um processo de formação inicial de
professores no qual o ofício do historiador seria pensado de forma ampla, na
qual a documentação analisada no âmbito da pesquisa acadêmica seria repensada
na produção de narrativas voltadas para a educação básica, para crianças,
jovens e adultos.
Além disso, outra potencialidade desencadeada
pela articulação dos laboratórios no planejamento das atividades de ensino não
âmbito do Residência Pedagógica estava atrelada ao fortalecimento do ensino da
história local como recurso provocador. A ideia era articular os conteúdos
históricos nacionais com a história local, potencializando o fortalecimento da
autoestima de alunos e a compreensão da pluralidade espacial das experiências
históricas.
A execução do
subprojeto de história na UFRN/Natal foi marcada pelo enfrentamento cotidiano
de desafios, questionamentos e debates. Primeiramente, em decorrência das
inevitáveis comparações com a experiência do PIBID. No âmbito departamental, o
PIBID de História é tido como uma das mais exitosas propostas de ensino e que
mudou drasticamente o processo de formação de professores de história,
principalmente, a partir da ideia de “ensinar história como se faz história”. A
maior parte da primeira turma dos residentes era constituída por ex-pibidianos
e as comparações e expectativas se tornaram inevitáveis.
Contudo, o
processo de implementação do subprojeto também foi acompanhada pela construção
da identidade do Residência Pedagógica, tanto em âmbito institucional, por meio
da produção de resoluções que possibilitaram o reconhecimento e a avaliação da
prática docente no Residência Pedagógica como substituta do estágio
supervisionado; como também em âmbito nacional, no qual, corriqueiramente, a
CAPES apresentava novas diretrizes que norteavam o programa e,
consequentemente, exigia novas reflexões e redirecionamentos das atividades
desenvolvidas. Desse modo, a construção da identidade do programa tornou-se
consideravelmente lenta, marcada por idas e vindas e que resultou na
constituição de sensação de insegurança entre os envolvidos.
A articulação
entre os residentes e os preceptores [docentes das escolas que recebiam os
alunos da graduação] tornou-se uma das ações mais contribuições mais exitosas
do subprojeto de História em Natal. Primeiramente, pelo fato das escolas
selecionadas serem instituições educacionais de bairros periféricos da cidade,
com alunos oriundos das camadas populares. O diálogo envolvendo a experiências
de historiadores que já atuavam a longos anos na educação básica, com jovens
licenciandos em História tornou-se um campo profícuo na constatação das
demandas existentes na escola pública e na construção de propostas de enfrentamento.
As formações inicial e continuada foram articuladas para pensar o ensino de
história na educação básica como um problema a ser enfrentado no ofício do
historiador.
A atuação dos
residentes de história nas escolas de Natal repercutiu no debate sobre a
pluralidade de públicos que perpassa pela educação básica, como o ensino
fundamental e médio, além da surpreendente atuação na Educação de Jovens e
Adultos do Ensino Fundamental e Médio. Com público discente plural, tornou-se
necessário pensar na construção de diferentes estratégias de enfrentamento dos
problemas atrelados ao ensino, como também no desafio de pensar na
multiplicidade de narrativas a serem construídas para atender a públicos tão
variados.
Dessas demandas
resultaram ações como o envolvimento no fortalecimento do grêmio estudantil e o
debate sobre república, na provocante ação de discutir questões de gênero,
feminicídio e empoderamento das minorias. No uso de múltiplas narrativas no
ensino, como teatro, literatura e música como estratégias de aproximação do
aluno dos conteúdos históricos. Mas, o cerne central, que uniu as diferentes
experiências de residentes e preceptores, foi o esforço de fortalecimento da
cidadania, ou seja, pensar o ensino de história como instrumento de
fortalecimento do aluno como sujeito ativo da aprendizagem e sujeito
protagonista de sua própria história.
Neste sentido, a
ação inicial do processo de implementação do subprojeto de História na
UFRN/Natal foi marcada pelo enfrentamento de grandes desafios, que por vezes
geravam incertezas acerca da pertinência das ações e da própria necessidade de
permanência do programa. Contudo, os impactos gerados no âmbito da cultura
escolar das três escolas de atuação dos residentes demonstram o potencial do
Programa Residência Pedagógica como instrumento de reflexão acerca da prática
docente e do próprio papel do conhecimento histórico como instrumento de
transformação social. O desafio continua.
Referências
Magno Francisco
de Jesus Santos é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e
professor do Departamento de História da UFRN, atuando nos programas de
pós-graduação em História e em Ensino de História. Foi coordenador do Núcleo de
Natal do Subprojeto de História do Residência Pedagógica.
BRASIL. Parecer CNE/CP 28/2001. Diário Oficial da União. 18 de janeiro
de 2002, Seção 1, p. 31.
BRASIL. Portaria GAB nº 38, de 28 de fevereiro de
2018. Brasília: CAPES, 2018.
PIMENTA, Selva
Garrido. Estágio e Docência. 6ª ed.
São Paulo: Cortez, 2011. [livro]
UFRN. Subprojeto
de História. In: Projeto da UFRN no
Programa Residência Pedagógica. Natal: UFRN, 2018. [livro]
Professor Magno Santos, esse texto traz à tona diversas reflexões sobre as ações para com a escola pública articuladas à academia e sobre os programas realizados em prol dessa articulação. Foi mencionado sobre o acompanhamento do licenciando por parte do professor da educação básica. De acordo com a proposta do Residência Pedagógica, poucos preceptores estavam inclusos para trabalharem junto a grandes grupos de residentes. O senhor avalia que ter um número maior de preceptores seria algo positivamente relevante para o projeto em decorrência de possibilitar, talvez, um maior contato entre preceptor e residente ou isso seria irrelevante para os fins do programa?
ResponderExcluirO senhor acredita que há uma perspectiva e possibilidade reais para que o Residência Pedagógica tenha sobre si uma aprovação tão grande quanto o PIBID? Seriam necessárias mudanças em sua proposta?
Benigna Ingred Aurelia Bezerril
Ingred Bezerril, muito obrigado pela leitura e pelas questões.
ExcluirO Programa Residência Pedagógica teve muitos problemas de execução em decorrência desse momento inicial, marcados por incertezas e ainda pela própria construção da proposta. Isso repercute em instabilidade no âmbito de edificação de uma identidade e, principalmente, pelas comparações inevitáveis com as ações exitosas do PIBID, projeto já consolidado.
Acredito que ao avaliar as experiências da primeira edição, precisamos rever alguns posicionamentos e ajustar as novas propostas para que se tornem mais eficazes. Com certeza, a principal delas é a tentativa de tornar a equipe mais coesa, próxima, no intuito de promover o debate sobre o ensino de História. Então, concordo com você que a aproximação dos preceptores para maior diálogo pode ser uma estratégia relevante. Mas não só isso. É preciso construir uma identidade para o RP e uma identidade que elucide que o foco não é a burocracia do projeto, mas a construção de ações didático-pedagógicas que realmente transformem o ensino de História nas escolas. Isso implica, no meu entender, na necessidade de diálogo mais intenso com outros espaços e projetos onde se debate o ensino de História: PIBID e ProfHistória, ou seja, se reinventar partir do diálogo com ações mais experientes e exitosas.
Abraço,
Magno Francisco de Jesus Santos
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