Nilson Javier Ibagón-Martín


TRANSFORMAR O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA NA COLÔMBIA: ABORDAGENS A PARTIR DA IDEIA DE LITERACIA HISTÓRICA



Introdução
O debate público desenvolvido nos últimos anos na Colômbia, sobre a relevância formativa do ensino de história escolar como um conhecimento disciplinar, tem configurado durante as ultimas décadas uma série de posições na academia a favor e contra dessa iniciativa, as quais, no final do ano 2017, voltou a ter força depois da discussão e subsequente emissão de Lei 1874 de 2017. No entanto, e apesar da importância educacional deste tópico, o debate desde o início - com algumas exceções – foi/é caracterizado por uma série de limitações analíticas associadas a ideias previas que impedem a defensores e detratores do ensino da história, entender o problema em toda a sua complexidade. Diversos exemplos dessas concepções limitadas são: acreditar que ter mais horas de História no currículo oficial garantirá melhor aprendizado nesse campo de conhecimento; assumir que a discussão sobre o valor formativo do conhecimento histórico foi superada, entendendo-o como um problema curricular sem validade; assumir que o ensino da história e das ciências sociais é determinado apenas pelo que é manifestado no currículo oficial, etc.

No entanto, o principal desses pressupostos tem sido, focalizar a discussão no “retorno” da História às salas de aula. Apoiando-se nessa perspectiva, alguns acadêmicos -fundamentalmente historiadores- tem sustentado seu discurso de defesa na exaltação dos elementos formativos positivos que trazem para as novas gerações o retorno necessário da História após sua prolongada ausência da escola. Por sua vez, alguns setores que promoveram a ideia de interdisciplinaridade, conceito base das diretrizes gerais da disciplina de Ciências Sociais do currículo oficial atual, se opõem a essa presença, com base no declínio curricular que esse retorno significa para eles. Ao revisar essas posições, embora em princípio elas sejam entendidas como opostas, sua lógica argumentativa apresenta um problema analítico comum: não existe tal retorno da história, uma vez que, na Colômbia “[...] a força do conhecimento histórico como articulador do currículo oficial nunca foi marginalizada das escolas ” [Arias, 2015, p.142]. Prova disso é encontrada em algumas variáveis e realidades educacionais, como: a associação que os alunos fazem entre aulas de ciências sociais e a aprendizagem de dados históricos [Arias, 2015, 2017]; a estrutura organizacional do conteúdo dos livros de ciências sociais que circulou nos últimos trinta anos, a qual, de acordo com o nível de ensino, se baseia principalmente em conteúdos históricos desenvolvidos tematicamente a partir de uma perspectiva linear cronológica [Ibagón, 2016, 2019]; o planejamento e a prática de ensino,  que em muitos casos, continua mostrando o peso de determinados conteúdos históricos como parâmetros de orientação do que deve ou não ser estudado até certo ponto -apesar do fato de haver experiências significativas que rompem com esse critério-.

Portanto, se a História continuou presente na dinâmica escolar durante todo esse tempo, em que muitos supuseram que ela havia desaparecido como referência para o ensino e a aprendizagem no ensino fundamental e médio, uma questão que poderia levar a outro nível a discussão dando profundidade é o que significa aprender história? Essa é uma questão central que parece ser assumida como óbvia no debate, mas, dependendo do tipo de resposta, pode marcar o sucesso ou o fracasso da presença desse conhecimento na escola, definindo seu escopo formativo.

Neste sentido, a comunicação que se apresenta, se desenvolve a partir nos desenvolvimentos teóricos e práticos da corrente de pesquisa conhecida como Educação Histórica -History Education- explora brevemente as possibilidades de responder a essa pergunta, procurando demonstrar a complexidade que define a compreensão do ensino-aprendizagem da história no ambiente escolar. Para isso, três eixos de análise foram estabelecidos: primeiro, são exploradas algumas perspectivas restritas e limitadas em torno da definição de aprendizado histórico, que afetam negativamente a compreensão do lugar que a História deve ocupar no currículo; após, através das categorias literacia histórica e pensamento histórico, são analisados horizontes formativos que, ao promover o desenvolvimento de habilidades meta-históricas, transcendem os esquemas de memorização nos quais o ensino tradicional da História se baseia, e; finalmente, a partir da ideia do desenvolvimento do pensamento histórico como peça central para entender o que significa aprender história, são identificados os desafios configurados no ensino e, portanto, na prática docente.

Memorizar para não questionar: Limitações do ensino tradicional da História.
A problemática central para entender o lugar que a história tem ocupado e ocupa, entendida como um saber escolar no sistema educacional colombiano, está condensada no tipo de discursos e práticas que estruturaram seu ensino e aprendizagem na escola. Apesar do estabelecimento de algumas mudanças no currículo oficial e do desenvolvimento de algumas reflexões inovadoras no campo teórico e prático, durante as últimas três décadas o peso da memorização e do acúmulo de informações como critérios de "aprendizado histórico" tem sido muito forte. Lógica reforçada por perspectivas lineares, descritivas e acríticas sobre o estudo do passado, que direta e indiretamente continuam permeando o currículo oficial, textos escolares e algumas práticas de ensino.

Nesse sentido, as possibilidades de questionamento, problematização e interpretação do passado são bloqueadas pelos imaginários, ideias e concepções que vinculam diretamente o ensino e a aprendizagem da História a processos de difusão de "verdades" fixas e inquestionáveis ​​que devem ser incorporadas pelos professores e estudantes, como parte da cultura geral ou como princípios de identidade ligados à origem e desenvolvimento do Estado-Nação. Essa abordagem torna o conhecimento histórico, este por uma parte, desconectado da compreensão critica do presente, uma vez que naturaliza, e por outra vinculasse a arbitrários culturais que legitimam o esquecimento como mecanismo de preservação do status quo.Com base nesses critérios, o valor educacional da História foi limitado e reduzido, assim como os princípios que regulam o que é definido como conhecimento histórico e, portanto, o que é ensinado no ambiente escolar. Em outras palavras, se tem definido um tipo de código disciplinar [Cuesta, 1997], que afeta negativamente a presença da História na escola.

Literacia histórica e pensamento histórico
Um princípio fundamental para superar essas perspectivas limitadas e restritas sobre o ensino da história, encontra-se no reconhecimento do significado contra intuitivo que determina seu conhecimento [Lee, 2006]. A partir desse princípio, a naturalização do presente e a predominância de ideias comuns e cotidianas, que geralmente impedem as pessoas de entender o passado, começam a ser vistas e repensadas criticamente. No entanto, esse processo de análise e as habilidades que o tornam possível não ocorrem naturalmente no ser humano, nem são adquiridos com o desenvolvimento psicológico deste último, o que implica que devem ser ensinados [Wineburg, 2001]. Esse treinamento especializado tem sido chamado de literacia histórica – historical literacy – [Lee, 2004, 2016; Marshall e Wassermann, 2009], um tipo de destreza baseada na aquisição de habilidades que permitem que as pessoas se orientem no tempo através de princípios meta-históricos que expandem organicamente os espectros da compreensão do passado, do presente e do futuro.

Aprender história a partir dessa lógica, portanto, implica uma reorientação cognitiva (Lee, 2016), que permite às pessoas, principalmente crianças e jovens, questionar as suposições tácitas que norteiam sua compreensão restrita do mundo. Nesse sentido, o aprendizado histórico não se explica pelo acúmulo de informações e sua memorização, mas pela capacidade de dar sentido ao que é aprendido no meio de um processo formativo que mobiliza novas formas de entender, ser e estar no mundo.

Não obstante, para viabilizar essa transformação no contexto escolar, é essencial entender a História como um método, como forma de investigação apoiada no desenvolvimento da reflexão crítica e, não apenas como uma narração. É nesse ponto que a ideia de cognição histórica situada se torna relevante no desenvolvimento da literacia histórica [Schmidt, 2009, 2019]. Por meio dessa categoria, são explicadas experiências específicas de ensino e aprendizagem, baseadas na epistemologia da ciência histórica, que, embora reconheçam a existência de estruturas gerais de cognição, desenvolvem processos formativos estruturados a partir de modos específicos de pensar e conhecer derivado da disciplina. Portanto, desta perspectiva, ensinar e aprender história sem conhecer sua epistemologia é impossível. Por esse motivo, se faz uma ênfase especial no método da História para estruturar e basear os princípios didáticos que promovem o aprendizado histórico.

Nesse processo, o trabalho com fontes históricas é central, uma vez que os exercícios de seleção, organização, comparação, análise e validação de informações derivadas de seu estudo permitem que os alunos sejam agentes ativos de aprendizagem [Gómez, Ortuño e Molina, 2014; Seixas e Morton, 2013]. No entanto, deve-se esclarecer que a busca da educação histórica não é formar historiadores profissionais na escola, mas aproveitar as dimensões cognitivas, emocionais, estéticas, éticas e políticas que derivam do aparato conceitual e metodológico da disciplina, a fim de formar pensamento histórico nos alunos. Um tipo de pensamento que não só será útil para eles nas aulas de história ou ciências sociais, mas também fornecerá ferramentas significativas para a orientação da ação em sua vida prática.

Assim, a função formativa da educação histórica não se baseia na reafirmação do que o aluno já conhece, pelo contrário, concentra-se na expansão de seu aparato conceitual, fato "(...) que pressupõe um processo de internalização dialógica e não passivo do conhecimento” [Schmidt, 2009, p.15]. Daí que, a problematização do ensino-aprendizagem da história não pode ser determinada exclusivamente para escolher os conteúdos substantivos ou de primeira ordem que devem ser ensinados, ou seja, conteúdos que “se refiram ao conhecimento de conceitos ou princípios, como datas e eventos históricos específicos ”[Gómez e Miralles, 2017, p. 58]. Além disso, a preocupação em torno do desenvolvimento de conteúdo estratégico ou de segunda ordem deve ser incorporada com força; conteúdos que ao estar vinculados à natureza intrínseca do conhecimento histórico (Lee, 2004), permitem entender sua aprendizagem em termos explicativos e não meramente descritivos, valorizando a centralidade da compreensão meta-histórica.

Esses conteúdos de segunda ordem são expressos em conceitos de pensamento que explicam a complexidade da orientação do tempo. Seu desenvolvimento promove nos alunos um senso de criticidade baseado na seleção, organização e análise das informações, bem como na solução de problemas. Alguns exemplos desses conceitos são: a) empatia histórica, entendida como a possibilidade do aluno de analisar o passado através de um processo de descentralização em relação ao seu presente, o que evita a produção de anacronismos e julgamentos de valor descontextualizados; b) causalidade histórica, ou a busca necessária para responder ao porquê de eventos e processos históricos; c) Mudança e continuidade, assumidas como capacidade focada em identificar o que varia e o que resta ao longo do tempo; d) multiperspectividade histórica, entendida a partir da possibilidade de reconhecer a diversidade explicativa que existe sobre o mesmo fato ou processo, seja a partir da análise das visões heterogêneas dos agentes históricos que participaram ou, o estudo de várias formas interpretativas que se tem construído para entender o fenômeno histórico em questão; e) relevância histórica, o que implica que o aluno compreenda o problema representado pela definição do que e quem do passado deve fazer parte da memória coletiva e, portanto, lembrado e estudado.

Juntos e de maneira relacional, esses conteúdos estratégicos nos permitem entender a história como conhecimento inacabado, em construção contínua e definido por constante reflexão crítica [Barca 2019; Gómez e Miralles, 2017; Ibagón e Minte, 2019; Prats, 2016]; reflexão que só é possível na escola através da promoção de maiores capacidades intelectuais, ou seja, a possibilidade do aluno de apresentar e resolver problemas, tomar decisões e pensar criticamente [Minte e Ibagón, 2017]. A partir desse horizonte de formação, a aprendizagem histórica como objeto de reflexão escolar torna-se mais complexa, apresentando desafios significativos nos campos específicos da História a ser ensinada -Currículo Oficial-, História ensinada -prática de ensino- e História aprendida -Aprendizagem do aluno-.

Transformar o ensino da história para impactar positivamente o seu aprendizado.
Fundamentar e justificar a presença da História na escola por meio da alfabetização histórica e do desenvolvimento do pensamento histórico dos alunos, pressupõe como base o questionamento da ideia do ensino baseada na reprodução da informação. Embora essa crítica ressalte a necessidade de revisar o escopo dos objetivos de treinamento e das mediações pedagógicas contidas no currículo oficial, ela não se limita exclusivamente a essa área, uma vez que as possíveis transformações dela derivadas só são viáveis desde que impactem práticas de ensino e, consequentemente, processos de aprendizagem dos alunos.

Assim, transformar o ensino da história em busca de melhorias em seu aprendizado é um processo diretamente relacionado à modificação do papel do professor como simples reprodutor/ transmissor de conhecimento; posição a partir da qual a aprendizagem do aluno tende a ser passiva. Portanto, o desenvolvimento do pensamento histórico e da alfabetização histórica nas salas de aula exige que os professores se tornem produtores/facilitadores de conhecimento. Esse trânsito implica para os professores: 1) estabelecer uma reflexão sistemática constante em torno de seu trabalho; 2) empreender um conhecimento sistemático das ideias e concepções dos alunos; 3) valorizar os alunos como agentes educacionais produtores de conhecimento; 4) desenvolver sua prática de ensino por meio de metodologias de investigação e problematização; 5) reconhecer e abordar criticamente outras formas públicas de socialização da história que tenham um impacto significativo na aprendizagem dos alunos; 6) Conhecer o funcionamento interno da disciplina histórica, a fim de orientar e fundamentar sua aprendizagem; 7) Compreender as diferenças e a proximidade entre a disciplina histórica e seu ensino escolar.

Todas as ações listadas são fortalecidas quando se relacionam e são apoiadas pela análise crítica de perguntas sobre o que, por que, para que e como ensinar e aprender história. Discussão que não é nada simples, na medida em que contém as chaves, seja para pensar um ensino-aprendizagem da história que responda à sua complexidade intrínseca ou, pelo contrário, legitimar a manutenção das limitações que enfraqueceram significativamente sua razão de ser como saber escolar.

Algumas considerações finais
A reivindicação do valor formativo do ensino e da aprendizagem da história no ensino fundamental e médio colombiano, não deve ser inscrita exclusivamente em requisitos associados a questões formais como ser uma disciplina independente no currículo oficial ou ter maior carga horaria para seu estudo -sem que isso pretenda negar a importância relativa desses tópicos-; Em princípio, implica questionar as lógicas limitadas e restritas que vincularam sua presença a processos de memorização descontextualizada e acrítica de informações, propondo simultaneamente possibilidades teóricas e práticas de transformação em torno de como a aprendizagem histórica é entendida e quais são os objetivos perseguidos com o seu desenvolvimento.

Nesse ponto, as noções de alfabetização e o desenvolvimento do pensamento histórico configuram-se como referentes da mudança nas formas e sentidos através dos quais a importância do ensino e da aprendizagem da história na escola é fundada e compreendida.

Embora essas noções se apoiem em lógicas disciplinares, fato que estabelece uma primeira distância com perspectivas que defendem a inter e a transdisciplinaridade como princípios norteadores do estudo das ciências sociais da escola no país, seu vínculo direto com os processos formativos baseados na promoção da meta-cognição, o repensar da prática de ensino e, aprender com base na construção do conhecimento, permite projetar um diálogo frutífero a médio prazo com essas apostas curriculares.

Referências
Professor do Departamento de História, Universidade do Vale (Cali-Colômbia).  Membro do grupo de pesquisa “Pesquisas históricas em Economia, Política e Educação”. Doutorando em Educação Universidade do Murcia (Espanha). Mestre em História (Pontifícia Universidade Javeriana); Mestre em Ciências Sociais com ênfases em Educação (Flacso-Argentina); Especialista em Currículo e Pedagogia (Universidade dos Andes); Especialista em Políticas Educativas (Flacso-Argentina); Licenciado em Ciências Sociais (Universidade Distrital).

ARIAS, Diego Hernán. “La enseñanza de las Ciencias Sociales en Colombia: lugar de las disciplinas y disputa por la hegemonía de un saber” In REVISTA DE ESTUDIOS SOCIALES, n. 52, abr-jun, 2015, p. 134-146. [artigo]

ARIAS, Diego Hernán. Relatos de nación y escuela. Colombia en los imaginarios de docentes en formación. Bogotá: UD Editorial, 2017.  [livro]

BARCA, Isabel. Literacia e Conciencia histórica. In EDUCAR EM REVISTA, n. especial, 2006, p. 93-112.
BARCA, Isabel. Narrativas históricas de los jóvenes: una cara de su orientación temporal. In HISTORIA Y ESPACIO, Vol. 15, n. 53, jun-dez, 2019, p. 309-332. [artigo]

CUESTA, Raimundo. Sociogénesis de una disciplina escolar: la Historia. Barcelona: Pomares, 1997. [livro]

IBAGÓN, Nilson Javier. Entre ausencias y presencias ausentes. Los textos escolares y el lugar de lo negro en la enseñanza de la historia de Colombia. Bogotá: Pontificia Universidad Javeriana, 2016. [libro]

IBAGÓN, Nilson javier. Una historia difícil de narrar. El periodo de la Violencia en los textos escolares de Ciencias Sociales. Santiago de Cali: Programa Editorial de la Universidad del Valle, 2019. [libro]
IBAGÓN, Nilson e MINTE, Andrea. El pensamiento histórico en contextos escolares. Hacia una definición compleja de la enseñanza de Clío. In ZONA PRÓXIMA, n. 31, jun-dez, 2019, p. 100-124. [artigo]

GÓMEZ, Cosme, ORTUÑO, Jorge e MOLINA, Sebastián. Aprender a pensar históricamente. Retos para la historia en el siglo XXI. In TEMPO E ARGUMENTO, Vol. 6, n. 11, jan-abril, 2014, p. 5-27. [artigo]
GÓMEZ, Cosme e MIRALLES, Pedro. Los espejos de Clío. Usos y abusos de la Historia en el ámbito escolar. Madrid: Sílex, 2017. [libro]

LEE, Peter. Historical literacy: theory and research. In INTERNATIONAL JOURNAL OF HISTORICAL LEARNING, TEACHING AND RESEARCH, vol. 5, n.1, jan-jun, 2004, p.  1-12. [artigo]

LEE, Peter. Em direção a um conceito de literacia histórica. In EDUCAR EM REVISTA, n. especial, 2006, p. 131-150. [artigo]

LEE, Peter. Literacia histórica e história transformativa. In EDUCAR EM REVISTA, n. 60, abr-jun, 2016, p. 107-146. [artigo]

MARSHALL, Maposa e WASSERMANN, Johan. Conceptualising Historical Literacy-a review of the literature. In YESTERDAY & TODAY, n. 4, out, 2009, p. 41-66. [artigo]

MINTE, Andrea e IBAGÓN, Nilson. Pensamiento crítico ¿competencia olvidada en la enseñanza de la historia? In ENTRAMADO, vol. 13, n. 2, jun-dez, 2017, p.186-198. [artigo]

PRATS, Joaquim. Combates por la historia en la educación. In REVISTA ENSEÑANZA DE LAS CIENCIAS SOCIALES, n. 15, jan-jun, 2016, p. 145-153. [artigo]

SEIXAS, Peter e MORTON, Tom. The big six historical thinking concepts. Toronto: Nelson College Indigenous, 2013. [livro]
 
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Literacia Histórica: um desafio para a educação histórica no século XXI. In HISTÓRIA & ENSINO, n. 15, ago, 2009, p. 9-22.  [artigo]

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. (2019). El turno de la didáctica de la historia: contribuciones para un debate. In HISTORIA Y ESPACIO, vol. 15, n. 53, jun-dez, 2019, p. 21-42. [artigo]

WINEBURG, Sam. Historical Thinking and Other Unnatural Acts. In: WINEBURG, S (Ed.). Historical Thinking and Other Unantural Acts. Philadelphia: Temple University Press, 2001, p. 3-27. [artigo]

37 comentários:

  1. Olá professores, diante da profundidade e coerência do tema e da ideia de "alfabetização histórica", minha questão é:
    Sendo a Literacia histórica "a capacidade de se orientar no tempo, de dar sentido e questionar", estariam os atuais professores de história capacitados para com essa forma de "ensinar história" baseada na produção de sentido, investigação e narrativa?
    Minha questão se baseia no fato de que, por ter sido professora da rede pública entre os anos de 2012 e 2016, observei que o modelo: questionário/respostas do livro ainda é o mais aplicado.

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    1. De fato, uma das dificuldades que existem atualmente no desenvolvimento de projetos na escola com base na alfabetização histórica é o tipo de posição que alguns professores têm em relação à aprendizagem histórica: perspectiva linear de acumulação e memorização de conhecimentos. Seguindo as idéias da professora Maria Auxiliadora Schmidt, os professores não podem formar um pensamento histórico em seus alunos se eles próprios não tiverem esse tipo de pensamento. Por isso, é muito importante incentivar e fortalecer na formação inicial e contínua dos professores, discussões e práticas que lhes permitam entender os fundamentos epistêmico e metodológico do que significa ensinar e aprender história.

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    2. Olá Marcia,

      De fato, uma das dificuldades que existem atualmente no desenvolvimento de projetos na escola com base na alfabetização histórica é o tipo de posição que alguns professores têm em relação à aprendizagem histórica: perspectiva linear de acumulação e memorização de conhecimentos. Seguindo as idéias da professora Maria Auxiliadora Schmidt, os professores não podem formar um pensamento histórico em seus alunos se eles próprios não tiverem esse tipo de pensamento. Por isso, é muito importante incentivar e fortalecer na formação inicial e contínua dos professores, discussões e práticas que lhes permitam entender os fundamentos epistêmico e metodológico do que significa ensinar e aprender história.

      Prof. Javier Ibagón Martín

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  2. El texto expone una discusión que rebasa la actualidad colombiana pues yuxtapone de manera acertada constructos como: memorización vs reflexión crítica, cronología vs método histórico, pasividad vs dirigir acciones, unidireccionalidad vs diálogo, reproducción vs conocimiento inacabado, descripción vs multiperspectividad, entre otros. No , la tarea de lograr ese tránsito vía la alfabetización histórica y el pensamiento histórico, parece recaer únicamente en el o la docente. ¿Qué otros agentes contemplas para no cargar al docente y a sus formadores con toda la responsabilidad?
    Paulina Latapí

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    1. Es muy interesante la pregunta por que me permite aclarar la razón por la cual, la parte final del texto se centra en la dimensión de la Historia enseñada -práctica docente-, y no tanto en la Historia a enseñar -currículo oficial, dispositivos pedagógicos- y la Historia aprendida -agencia de los estudiantes-

      En principio, centrar la atención en los docentes, tiene como fin llamar la atención sobre la necesidad de impulsar transformaciones radicales en la formación inicial y continua del profesorado de Ciencias Sociales en Colombia. En este país no es claro el lugar de la didáctica de la Historia -entendida como ciencia del aprendizaje (Rüsen, 2015)- en el marco del proyecto de integración curricular que define la enseñanza de las Ciencias Sociales.

      Es claro que los docentes no son los únicos responsables en el proceso de alfabetización histórica de los niños y jóvenes, pero lo que sí creo, respaldado en el principio de cognición histórica situada, es que su agencia basada en del ejercicio de una intelectualidad orgánica, puede romper los esquemas tradicionales de transmisión del conocimiento. En otras palabras, aunque el currículo oficial siga anclando su racionalidad operativa en la memorización y la reproducción acrítica de información, el docente puede generar contranarrativas curriculares si conoce y reconoce los principios epistemológicos y metodológicos de lo que implica desarrollar el pensamiento histórico de su estudiantes.

      En lo que coincido es que, la defensa y fortalecimiento de este tipo de proyectos, implica el compromiso de legisladores, directivos docentes, intelectuales, padres de familia, medios de comunicación y los propios estudiantes. El aprendizaje histórico al desarrollarse en diferentes esferas de la cultura histórica, supone la intervención directa e indirecta de diversos intereses que pueden entorpecer o dificultar la labor del profesorado que está comprometido con la formación histórica de sus estudiantes.

      Prof. Javier Ibagón Martín

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    2. Gracias. Coincido en la multiplicidad de factores interactuantes y en la necesidad de fortalecer la formación docente.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Como academica de licenciatura história, me preparando para ser futuramente professora achei essa discussão bastante interessante e esclarecedora.

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  5. Entretanto pode se perceber que existem vários fatores que contribuíram para o desenvolvimento da alfabetização histórica levando em conta que cada professor tem seu modo de transmitir a história, seguindo cada um seu pensamento prático e com fundamentos metodológico nas escolas baseada na produção de sentido, investigação e narrativa.
    ass: Lucinda Silva de Almeida Tossi

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  6. Estimado profesor Ibagón, me parece muy interesante su apuesta por la alfabetización histórica. En el desarrollo de habilidades relacionadas con la consciencia histórica y el manejo de las fuentes, no se estaría cayendo en la formación de un pequeño historiador? ¿ qué pasa entonces con los diferentes estilos de aprendizaje(teórico, el practico, el sensible, etc...) como se ajustan a esta propuesta?

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    1. Profesor Fabián, interesante tema de discusión. La respuesta resumida es un No rotundo. Lo que se defiende es el lugar que tiene la epistemología de la Historia en el proceso de pensar el alcance e implicaciones de la enseñanza y el aprendizaje de la historia, y la posibilidad que tienen los contenidos meta-históricos de formar pensamiento temporal en los estudiantes. No se busca que los profesores y estudiantes se conviertan en historiadores, lo que se busca es aprovechar el método de la historia como anclaje para desarrollar habilidades de pensamiento que les permitan ser y estar en el mundo desde la acción.

      Es necesario tener presente que desde la corriente de Educación Histórica, el aprendizaje histórico, no solo está definido desde la dimensión cognitiva, sino que integra con igual importancia fundamentos éticos, estéticos y políticos. Sin estas dimensiones no se puede hablar de formación de la conciencia Histórica.

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    2. Profesor Fabián, interesante tema de discusión. La respuesta resumida es un No rotundo. Lo que se defiende es el lugar que tiene la epistemología de la Historia en el proceso de pensar el alcance e implicaciones de la enseñanza y el aprendizaje de la historia, y la posibilidad que tienen los contenidos meta-históricos de formar pensamiento temporal en los estudiantes. No se busca que los profesores y estudiantes se conviertan en historiadores, lo que se busca es aprovechar el método de la historia como anclaje para desarrollar habilidades de pensamiento que les permitan ser y estar en el mundo desde la acción.

      Es necesario tener presente que desde la corriente de Educación Histórica, el aprendizaje histórico, no solo está definido desde la dimensión cognitiva, sino que integra con igual importancia fundamentos éticos, estéticos y políticos. Sin estas dimensiones no se puede hablar de formación de la conciencia Histórica.

      Prof Javier Ibagón-Martín

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  7. Prezado Professor, importante o seu texto e reflexão sobre o ensino de história para além da narrativa, mas visto como um método de investigação do passado e leitura crítica, o que é trazido da língua inglesa Literacy, no português com uma tradução literal como alfabetização. Os estudos acadêmicos brasileiros, em especial a partir de Magda Soares, estabeleceram uma diferenciação entre alfabetização e letramento (Literacy), sendo o letramento mais amplo, pois introduz a leitura crítica. Nesse sentido o ensino e a aprendizagem histórica como uma forma de letramento histórico, a metodologia histórica ganha importância para evitar os negacionismos e ou revisionismos históricos. Quais ferramentas de análise são importantes para evitar tais erros procedimentais para não ficarmos presos nas narrativas? Abs. Alysson Isaac Stumm Bentlin

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    1. Obrigado pelo comentario e a pergunta.

      Em primeiro lugar, concordo com os esclarecimentos que você faz sobre o escopo dos conceitos e sua tradução. A partir deste princípio, você descobrirá que no texto em português que proponho, o termo "Alfabetização" não é usado, sempre usa-se"Literacia" .Essa situação é diferente no espanhol, pois a noção de "literacia" ou "letramento" não existe nesse idioma. A única possibilidade de tradução do conceito "Literacy" em espanhol é "alfabetização". Então, em uma das respostas que eu fiz, eu uso essa noção.

      Em relação à sua pergunta específica, acho essencial defender a cognição histórica situada como uma lógica epistemológica e metodológica indispensável no ensino e aprendizagem da história. Nesse sentido, conteúdos meta-históricos, como empatia histórica, multi-perspectiva histórica e trabalho com evidências históricas - entre outras - são centrais para assumir narrativas históricas como construções humanas sujeitas a debate, e não como verdades reveladas.

      Prof. Javier Ibagón Martín.

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  8. Gostaria de saber se o sistema educacional colombiano propicia as escolas o acesso as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), ferramentas pedagógicas para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem em História?
    Vanessa da Silva

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    1. No sistema colombiano, existe uma lacuna importante nessa questão, não apenas em termos de materialidade (equipamento) e acesso (conectividade), mas no processo de formação de professores. Nesse sentido, temos escolas (uma pequena porcentagem) equipadas para desenvolver processos de ensino e aprendizagem baseados nas TICs, mas que, devido à falta de preparo dos professores, são subutilizadas ou, na pior das situações, não são utilizadas.

      Prof. Javier Ibagón Martín

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    2. Obrigada, pela pertinente explicação Prof. Martín. De fato, não apenas no sistema educacional colombiano, mas também enfatizo a educação básica brasileira, que possui estas lacunas em suas escolas. Para além da falta de equipamentos e acesso as TICs em sua maioria nas escolas públicas do Brasil, vemos a falta de professores proficientes com as diversas tecnologias, ferramentas inerentes ao contexto dos alunos. Em suma, presumo que com o fim desta lacuna, o sistema educacional será promissor.
      Vanessa da Silva

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  9. No sistema colombiano, existe uma lacuna importante nessa questão, não apenas em termos de materialidade (equipamento) e acesso (conectividade), mas no processo de formação de professores. Nesse sentido, temos escolas (uma pequena porcentagem) equipadas para desenvolver processos de ensino e aprendizagem baseados nas TICs, mas que, devido à falta de preparo dos professores, são subutilizadas ou, na pior das situações, não são utilizadas.

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  10. No sistema colombiano, existe uma lacuna importante nessa questão, não apenas em termos de materialidade (equipamento) e acesso (conectividade), mas no processo de formação de professores. Nesse sentido, temos escolas (uma pequena porcentagem) equipadas para desenvolver processos de ensino e aprendizagem baseados nas TICs, mas que, devido à falta de preparo dos professores, são subutilizadas ou, na pior das situações, não são utilizadas.

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  11. Profesor Javier Ibagón Martín. Soy Gustavo Lorenzana Durán. En México, la autoridad educativa desde hace algunos años atrás a expresado en el discurso cambiar el rol de los profesores y las profesoras: de reproductores/transmisores de conocimiento a productores y facilitadores del conocimiento. Hasta este momento, no se han presentado las evidencias de que ello haya sucedido. En el caso de Colombia, ¿es sólo discurso o tienen evidencias del deseado tránsito en el rol de los profesores y profesoras?

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    1. Cordial saludo profesor Gustavo. Lamentablemente este tipo de discusiones en Colombia aún son incipientes. Ni siquiera han logrado permear los discursos del Ministerio de Educación. Sin embargo, desde el Departamento de Historia de la Universidad del Valle, hemos adelantado durante los últimos tres años una reforma curricular en los programas de formación inicial de los docentes de Historia. Dicha reforma ha establecido espacios concretos en el plan de estudio dirigidos al fortalecimiento teórico y práctico de nuestros estudiantes alrededor de discusiones sobre cognición histórica situada y su impacto en la didáctica de la historia. Pasamos de tener un curso sobre esta temática a tener seis con un componente importante de práctica. Además, hemos comenzado a fortalecer el intercambio académico internacional de ideas con investigadores reconocidos en el campo de la didáctica de la historia. En este punto ha sido muy importante nuestra relación con la Asociación Iberoamericana de Educación Histórica.

      En resumen, está todo por hacer, pero creemos firmemente en que vamos por un buen camino y, que en el mediano plazo, lograremos posicionar esta discusión en el país.

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    2. Profesor Javier gracias por su respuesta ya que perfila uno de los cambios que debemos hacer en el plan de estudios de la Licenciatura en Historia, que es reforzar el área de la Didáctica de la Historia.
      Gustavo Lorenzana Durán.

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  12. ¿Cuál es la articulación del pensamiento creativo en éste proceso de alfabetización histórica como habilidad procedimental en la construcción de pensamiento histórico?

    Profra. Daniela Lica

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    1. Cont.: ya que el pensamiento creativo es siempre crítico.

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    2. Hola Daniela, es importante tener en cuenta que el pensamiento histórico no está definido exclusivamente desde la dimensión cognitiva; integra problemas éticos, estéticos, políticos y creativos. En esta medida, la intersección entre estos núcleos es la que compeljiza su configuración epistemológica y metodológica.

      El pensamiento creativo es una pieza central para pensar históricamente. Sin embargo este debe estar articulado a procesos de producción de evidencia histórica, con el fin de no incurrir en relativismos y análisis limitados.

      Prof. Javier Ibagón

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  13. Ola, professor Javier Martín. ao ler o texto fiquei perplexo com modo de se estudar a história na Colombia. Fazendo uma pequena comparação com o Brasil, onde somente em 2003 foi sansionada a Lei 10639 na qual obriga os professores de história incluir no currículo a temática da história da África e seus descendente aqui no Brasil. outras questão, aqui no Brasil, alguns autores de livros didáticos começaram a se preocupar com as questões do colonialismo presente nas aulas de história até hoje. Então lhe pergunto: como é tratado as questões referente aos negros escravizado e as questões que envolve a colonização e o colonialismo no sistema de ensino na Colombia?

    Att: Atenor Junior Pinto dos Santos

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    1. É uma pergunta muito interessante. Colômbia em termos de legislação é pioneira na América Latina em torno do reconhecimento da importância histórica das comunidades negras. Em 1993, foi emitida a Lei 70, que reconheceu os direitos sociais, culturais, políticos e econômicos às comunidades afrodescendentes negadas até então. Nesse contexto, foi feita uma reivindicação da importância da matriz africana na história da Colômbia. Essa lei, acompanhada de lutas sociais de organizações da sociedade civil, gerou uma política educacional chamada “Cadeira de Estudos Afro-Colombianos” ( Cátedra de estudios Afrocolombianos -CEA-), que buscava introduzir na escola temas associados ao lugar da África e dos afro-colombianos na História da Colômbia. No entanto, devido à política curricular mencionada no texto deste simpósio e à força do racismo estrutural que ainda permeia a sociedade colombiana, os avanços em mais de duas décadas foram lentos. Os estereótipos e a invisibilidade da África e dos afrodescendentes para entender o que é ser colombiano ainda são muito fortes. Um problema sério é que a escravidão é a figura que define o lugar histórico das comunidades negras no currículo e nos textos escolares. Assim, se difunde uma imagem de passividade e derrota, sem advogar fenômenos de resistência e construção de vários modos de ser e ser no mundo.

      Sobre o assunto, escrevi alguns textos que podem ser mais ilustrativos e profundos e esclarecer sua pergunta. Alguns deles podem ser encontrados nos seguintes links


      LIVRO: Entre ausencias y presencias ausentes. Los textos escolares y el lugar de lo negro en la enseñanza de la historia de Colombia, 1991-2013.
      https://www.researchgate.net/publication/314115902_Entre_ausencias_y_presencias_ausentes_Los_textos_escolares_y_el_lugar_de_lo_negro_en_la_ensenanza_de_la_historia_de_Colombia_1991-2013

      ARTIGO: La Cátedra de Estudios Afrocolombianos: tensiones y limitantes.
      http://revistasum.umanizales.edu.co/ojs/index.php/plumillaeducativa/article/view/830

      ARTIGO: La enseñanza de la historia de África en el currículo oficial de Ciencias Sociales colombiano.
      https://revistas.apps.uepg.br/index.php/tel/article/view/13743

      Prof. Javier Ibagón Martín

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  14. Caro Javier. Parabéns pelo texto e lucidez de análise. Sua escrita traz: " na Colômbia “[...] a força do conhecimento histórico como articulador do currículo oficial nunca foi marginalizada das escolas ” [Arias, 2015, p.142]. Prova disso é encontrada em algumas variáveis e realidades educacionais, como: a associação que os alunos fazem entre aulas de ciências sociais e a aprendizagem de dados históricos [Arias, 2015, 2017]" Pergunto essa condição ou perspectiva acontece em função do conhecimento histórico estar ligado diretamente a vida cotidiana, ou seja os elementos ontológicos da história são, seriam, os que fundamentam o conhecimento e a narrativa histórica? Prescindindo de um modelo de analise curricular do ensino de história escolar? ABCS

    Everton Carlos Crema

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    1. Caro professor,

      A citação a que você refere-se, pretende questionar as posições de alguns acadêmicos que disseram na Colômbia que, no âmbito do ensino de ciências sociais, a história não era mais ensinada; algo que na prática educacional não é verdade. No entanto, as noções históricas que os alunos têm, infelizmente, continuam a se basear em uma perspectiva linear e de memória. Por isso, eu proponho no texto que, além de uma defesa da aparência nominal da história no currículo oficial, o importante é debater o porquê, por que, o que e como ensinar e aprender história.

      Prof. Javier Ibagón Martín.

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  15. Boa tarde!
    Nilson Javier Ibagón-Martín.

    Aqui, é o Marcelo Azevedo Trindade. Sou aluno do curso de Licenciatura Plena em História, pela Universidade Federal do Maranhão. Estou no terceiro período.

    Parabéns pela sua belíssima exposição sobre: "Transformar o ensino e a aprendizagem da História na Colômbia: Abordagens a partir da ideia de literacia histórica. Nos permitindo assim conhecer melhor o ensino de história na Colômbia.

    Segue as minhas perguntas:

    1. É possível fazer dentro da sua linha de raciocínio
    uma relação entre Brasil e Colômbia, sobre os avanços do ensino e aprendizagem Histórica. Dentro da proposta de "...transformar o ensino da história para impactar positivamente o seu aprendizado..."(Nilson Javier Ibagó - Martin)?

    2. Existe alguma diferença entre o código disciplinar(Cuesta, 1997) da Colômbia para o código disciplinar do Brasil sobre o ensino e aprendizagem da história?

    3. Qual é a importância do Simpósio Eletrônica Internacional de Ensino de História. Para ampliação de sua ideias acerca do ensino de história na Colômbia?

    4. Fale - me um pouco mais sobre Literacia Histórica?


    5. Qual é a importância do Simpósio Eletrônico Internacional de ensino em história. No que se refere ao ensino e aprendizagem histórica?

    Parabéns!

    Um forte abraço e um axé do povo negro!
    Amém! Axé! Aleluia! Saravá!

    Atenciosamente,

    Marcelo Azevedo Trindade.
    Aluno do curso de Licenciatura Plena em História.
    Universidade Federal do Maranhão.
    Terceiro período.

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  16. É uma pergunta muito interessante. Colômbia em termos de legislação é pioneira na América Latina em torno do reconhecimento da importância histórica das comunidades negras. Em 1993, foi emitida a Lei 70, que reconheceu os direitos sociais, culturais, políticos e econômicos às comunidades afrodescendentes negadas até então. Nesse contexto, foi feita uma reivindicação da importância da matriz africana na história da Colômbia. Essa lei, acompanhada de lutas sociais de organizações da sociedade civil, gerou uma política educacional chamada “Cadeira de Estudos Afro-Colombianos” ( Cátedra de estudios Afrocolombianos -CEA-), que buscava introduzir na escola temas associados ao lugar da África e dos afro-colombianos na História da Colômbia. No entanto, devido à política curricular mencionada no texto deste simpósio e à força do racismo estrutural que ainda permeia a sociedade colombiana, os avanços em mais de duas décadas foram lentos. Os estereótipos e a invisibilidade da África e dos afrodescendentes para entender o que é ser colombiano ainda são muito fortes. Um problema sério é que a escravidão é a figura que define o lugar histórico das comunidades negras no currículo e nos textos escolares. Assim, se difunde uma imagem de passividade e derrota, sem advogar fenômenos de resistência e construção de vários modos de ser e ser no mundo.

    Sobre o assunto, escrevi alguns textos que podem ser mais ilustrativos e profundos e esclarecer sua pergunta. Alguns deles podem ser encontrados nos seguintes links


    LIVRO: Entre ausencias y presencias ausentes. Los textos escolares y el lugar de lo negro en la enseñanza de la historia de Colombia, 1991-2013.
    https://www.researchgate.net/publication/314115902_Entre_ausencias_y_presencias_ausentes_Los_textos_escolares_y_el_lugar_de_lo_negro_en_la_ensenanza_de_la_historia_de_Colombia_1991-2013

    ARTIGO: La Cátedra de Estudios Afrocolombianos: tensiones y limitantes.
    http://revistasum.umanizales.edu.co/ojs/index.php/plumillaeducativa/article/view/830

    ARTIGO: La enseñanza de la historia de África en el currículo oficial de Ciencias Sociales colombiano.
    https://revistas.apps.uepg.br/index.php/tel/article/view/13743

    Prof. Javier Ibagón Martín

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  17. Boa tarde!
    Obrigado!
    Muito interessante!
    Vou aprofundar o estudo!

    Marcelo Azevedo Trindade

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  18. Olá!
    Adorei a proposta do texto!
    Já que este estreitamento do diálogo e pensamento científico historiográfico na forma como se é abordado no ensino de história em sala, nos leva a questionar toda a forma no qual se baseia a construção de conteúdos e de como são trabalhados no ensino básico.
    O que é muito bom! Mas desenvolver este "raciocínio de historiador" nos alunos é um desafio e tanto, ainda mais, quando estes assuntos teóricos são trabalhados no 6º ano. Então, vejo como uma tarefa não só da escola, mas com toda a cultura que prolifera os conhecimentos históricos pelas diversas vias de comunicação, e como isso é recebido pelo senso comum. Com isso, vejo crucial pensar a posição do próprio professor diante do campo de saber científico da história, ou seja, o debate sobre esta ciência não deve estar separado da prática docente, afinal o professor de história ainda é um historiador. Por isso, como vc enxerga os distanciamentos teóricos da academia com as realidades da escola no ensino básico diante estas novas propostas de ensino, que busca sincronizar a prática do fazer história à forma de aprender história.

    Petrônio Fernandes de Oliveira

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  19. Professor! Não compreendo logo na introdução, uma citação bem pequena,que diz assim "Perspectiva linear cronológica".?

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  20. Professor! Não compreendo logo na introdução, uma citação bem pequena, que diz assim "Perspectiva linear cronológica".?

    Aluno: Josafá Torres de Araújo

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  21. Ao ler um parágrafo do artigo, que retrata o significado "aprender história" veio a seguinte afirmação "definindo seu escopo formativo" Quando o significado dessa pronúncia?

    Aluno: Josafá Torres de Araújo

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  22. Logo no final do artigo, o auto pronuncia o seguinte " conhecer a epistemologia da história",Qual o significado dessa pronúncia?

    Aluno: Josafá Torres de Araújo

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