Anderson B. de Jesus e Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior


“REVOLUTION UND NATION – CONSTRUINDO A NACIONALIDADE ALEMÔ: UMA PROPOSTA DE JOGO DE RPG PARA O ENSINO DE HISTÓRIA



Introdução
Atualmente inúmeras reflexões acerca das práticas pedagógicas adotadas pelos professores têm marcado o campo do Ensino de História. A mudança de perspectivas teórico-metodológicas nesse campo, segundo Bittencourt [2011], surgiu na década de 1980, sendo apenas na década de 1990, que essas reflexões tiveram como objetivos propor novas metodologias no Ensino de História.
Desta forma, inúmeros trabalhos passam a explorar linguagens alternativas, oferecendo aos professores o desafio de elaborarem propostas de aulas utilizando recursos como: jogos, imagens, produções teatrais e cinematográficas, textos literários, entre outras.
Diante do debate do uso de novas metodologias, apresentaremos uma discussão e proposta do uso de jogo RPG [Role-Playing Game] intitulado: “Revolution und Nation - Construindo a Nação e a Nacionalidade Alemã”, sobre a atuação dos diferentes grupos sociais que vivenciaram os processos revolucionários de março de 1848 nos territórios alemães, sobretudo na Prússia.

O jogo no ensino de História
Uma questão recorrente no Ensino de História, representando um desafio para professores, consiste em conseguir desenvolver atividades que aliem conteúdo, ensino e aprendizagem, despertando nos alunos o interesse em aprender.

Um fator que contribui para esse desafio são os currículos escolares, que apresentando um conjunto expressivo de conteúdos a serem trabalhados, tornam os professores reféns de métodos tradicionais, buscando repassar grande quantidade de conteúdos em menos tempo.

Entretanto, é importante ressaltar que os currículos escolares não podem ditar a prática docente, e como pontua Silva [2010], se encontram em um campo de disputa de poder, permite compreendê-los como construções culturais, marcados por relações de poder, devendo ser pensados como territórios a serem contestados, para que seja possível desconstruir propostas de conhecimentos hegemônicos, decorrentes de uma única história, trazendo abordagens que ultrapassem as propostas nos currículos escolares.

Portanto, para romper com o tradicionalismo das aulas, os jogos podem ser utilizados como recursos em sala, considerando os pressupostos teóricos que o definem enquanto produto da cultura e facilitador na aprendizagem.
Huizinga [2010], entendendo o jogo como fenômeno que antecede a cultura, o definiu como:
“[...] uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana”. [Huizinga, 2010, p. 33].
Ressaltando o caráter social do jogo, descrevendo-o como voluntário e presente em diferentes sociedades, o autor observa que mesmo sofrendo modificações, sempre mantém seus aspectos de regras e divertimento.
A utilização de jogos no Ensino de História, quando abordados no processo de ensino-aprendizagem, deve apresentar metodologias bem definidas e amparadas pela ludicidade. Fortuna [2013], discutindo sobre a ludicidade nos processos de ensino-aprendizagem, pontua que:

“[...] a questão central da abordagem lúdica dos processos de ensino-aprendizagem não é ensinar como agir, como ser, pela imitação e pelo ensaio através do jogo, tampouco obnubilar o ensino e os conteúdos escolares, manipulando o aluno-jogador, mas a possibilidade de desenvolver a imaginação, o raciocínio, a expressão, a relação com o outro e consigo mesmo”. [Fortuna, 2013, p. 81]”.

Discutindo este conceito, Leal e D’Ávila [2013] o consideram como consequência de um conjunto de vivências relacionadas ao lazer, resultantes de experiências externas, bem como de condições internas dos sujeitos que participam da experiência lúdica, através de fatores como a partilha e a convivência. Refletindo sobre esses fatores, observam ainda duas questões, primeiro que resultam da coletividade, e segundo, que antes de representar um sentimento comum, passam pela esfera individual de cada sujeito.

Portanto, como observado em Fortuna [2013] e Leal e D’Ávila [2013], ao adquirir as características inerentes a ludicidade, o jogo permite o exercício das capacidades mentais, fazendo o aluno-jogador cruzar ideias, utilizar a imaginação, mobilizar conhecimentos e desenvolver estratégias para alcançar objetivos, vivenciando um processo de interação social e troca de conhecimentos.

Diante dessas características de sociabilidade, Meinerz [2013] explora a temática do Ensino de História com jogos partindo do potencial presente nessa experiência lúdica, ressaltando a importância do jogo enquanto prática cultural e criador de vínculos entre alunos e professores, e os conhecimentos presentes dentro e fora da sala de aula. Assim, os jogos permitem processos de interação social e experimentações pedagógicas de construção do conhecimento, permitindo ainda, segundo Friedmann [1996]:
“[...] uma situação educativa cooperacional e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo”. [Friedmann, 1996, p. 41].

Segundo Huizinga [2013], ao refletir sobre as vivências educativas decorrentes da utilização de jogos, é preciso levar em consideração suas características de liberdade e não-seriedade.

Fortuna [2000] observando que essas características muitas vezes, diante de atividades escolares, acabam associando o jogo à improdutividade, pontua que o ato de jogar contribui com os processos de ensino-aprendizagem, possibilitando ao aluno uma posição ativa, que ao desenvolver o papel de sujeito da experiência, busca dominá-la, vivenciado a experiência lúdica e a troca de conhecimentos.

Na mesma linha, Kishimoto [2008, p. 149] pontua que o jogo: “Para a criança e o adulto é o espaço para usar a inteligência, um banco de provas, viveiro para experimentar formas de combinar o pensamento, linguagem e fantasia”.

Portanto, os jogos constituem uma possibilidade no Ensino de História, rompendo com os saberes tradicionais e possibilitando novas abordagens nos processos de ensino-aprendizagem, que promovam a liberdade de expressão e a interação entre os sujeitos.

Caminhando rumo à Unificação Alemã
O conteúdo selecionado para a elaboração do jogo proposto se direciona na experiência nacionalista na Alemanha durante o século XIX, por considerarmos um tema pertinente para a compreensão do conceito de “Estado” e “Nação”.

O início do século XIX representou um momento de mudanças na história da humanidade. De um lado, no “Novo Mundo”, os territórios outrora colonizados lutavam por emancipação política, do outro, como pontua Guedes [2009], a Europa era sacudida por acontecimentos político-militares. 

Esses eventos que marcaram a Europa foram frutos da propagação das ideias liberais da Revolução Francesa, que em 1789 contestaram a estrutura do Antigo Regime, além da ascensão de Napoleão Bonaparte, que em 1804 chegava ao trono francês empreendo campanhas militares. 

Durante estas campanhas, as ideias francesas se propagaram, exportando os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que como pontua Hobsbawn [2016], estruturaram as bases dos movimentos nacionalistas. 
Não tardou para que as monarquias nacionais reagissem no combate à entrada das ideias que haviam promovido o declínio do Antigo Regime francês, e de acordo com Guedes [2009], o momento crucial para essa reação foi o ano de 1815, quando Napoleão foi derrotado na Batalha de Waterloo.

Com a derrota de Napoleão, as monarquias europeias organizaram o Congresso de Viena em 1815, com o intuito de restabelecer as fronteiras de seus territórios e conter as ideias que representavam perigo ao poder dos soberanos. 

Hobsbawm [1990], analisando o contexto político, econômico e social que favoreceu o surgimento dos movimentos nacionalistas no século XIX, considera que estes movimentos foram ocasionados pela reação conservadora dos soberanos e aristocratas dos Estados europeus, que preocupados com questões relacionadas à nação e a nacionalidade, traçaram um domínio político-administrativo sobre o povo. 

Embora este domínio se manifestasse nas ações dos Estados europeus, estes, foram obrigados a ouvir as demandas populares, pois os arranjos políticos existentes no período, bem como a entrada das ideias liberais, haviam dado força às insatisfações desta classe. 

Os acordos políticos desenvolvidos no Congresso de Viena, no caso dos Estados Alemães, ocasionaram na criação da Confederação Alemã, que consistiu em uma aliança na qual os representantes desses Estados, numa tentativa de se fortalecerem, formaram uma dieta sediada em Frankfurt.
A criação da Confederação Alemã representou o início do movimento constitucional, que já se desenvolvia na Europa, e da reação conservadora estabelecida pela Áustria e Prússia no Congresso de Viena.

Guedes [2009] destaca que as principais reivindicações desse período consistiram na limitação do poder monárquico e na positivação de direitos universais como na Revolução Francesa.

Em 1835, diante da postura conservadora adotada pela Áustria e Prússia, as ideias liberais ganharam espaço nos territórios alemães. Nesse ano morria o Imperador austríaco Friedrich I, e em seu lugar assumia Fernando I, que incapaz de administrar o Estado Austríaco, diante das crescentes manifestações, transferiu seu poder para um Conselho. 

As insatisfações populares, em meio às ações conservadoras adotadas pela Áustria e Prússia ganharam força em 1840. Como pontua Evans [2010], os territórios alemães nessa década foram abalados pela “fome de 40”, que gerou um contexto de pobreza, reascendendo o desejo por mudanças. Surgia então uma nova classe intelectual insatisfeita com a situação alemã.

Evans [2010] entende que as reivindicações dessa classe contribuíram para que o movimento liberal ganhasse espaço nas universidades, através de encontros e debates, fazendo com que as ideias liberais chegassem às ruas através de jornais, onde se defendia a criação de um Estado Alemão embasado em instituições que garantissem direitos fundamentais e liberdade de expressão. 

Nesse contexto, como assinala Guedes [2009], a Áustria não havia ainda realizado uma reforma administrava, como fez a Prússia em 1820, ocasionando conflitos internos que gerou um descontentamento que se espalhou pelo Império, contribuindo para que a Prússia ascendesse no cenário político, encontrando como desafio o “germe da revolução” instalado entre a população.

O movimento iniciado na França em março de 1848, rapidamente se espalhou pelos demais Estados europeus, e se antes o motivo dos principais protestos era a fome, agora a questão era a concessão de direitos fundamentais previstos em constituição. 

Diante das agitações políticas nos Estados Alemães, Metternich, na Áustria, pede demissão do cargo de Ministro das Relações Exteriores, e Fernando I, como cita Guedes [2009], aceita acatar algumas reivindicações, abolindo a censura e o sistema repressivo, mas criando, por outro lado uma Guarda Nacional. 

Já na Prússia, Friedrich Wilhelm IV promete elaborar uma constituição contendo as reivindicações populares. Assim, os revolucionários convocaram eleições, e os liberais acabaram chegando ao poder, organizando um Parlamento, que direcionou no ano de 1849 a elaboração da Constituição em uma Assembleia sediada em Frankfurt.

Mesmo com a abertura política permitida pelo rei prussiano durante a elaboração da Constituição, os revolucionários, como cita Evans [2010], não conseguiram o controle do exército por meio da legislação. Guedes [2009] acrescenta que com o movimento enfraquecendo no decorrer de 1848, e os monarcas da Prússia e Áustria ganharam novamente o apoio do exército. 
Em 1849, numa reação conservadora, Friedrich Wilhelm IV rejeita a Constituição elaborada pelos revolucionários, e outorga em 1850, uma Constituição preparada por setores da aristocracia ligados ao rei. Elias [1997] entende à reação conservadora que dissolveu a Assembleia de Frankfurt, como decorrente dos modelos militares de comando e de centralização do poder. 

Embora o projeto de Estado pensando pelos liberais tenha sido frustrada, sua essência se manteria nas reivindicações populares que surgiriam após 1850.

O recorte temporal discutido neste trabalho compreende o período de 1815 a 1850, marco no desenvolvimento dos movimentos nacionalistas e da ascensão das ideias liberais na Europa. No contexto alemão, consideramos que os processos político-sociais desse período, que culminaram na promulgação da Constituição Alemã em 1849, e em seguida na Declaração de Direitos da Prússia em 1850, constituíram a gênese do processo que levou a Unificação da Alemanha em 1871. Portanto o recorte temporal abordado torna-se fundamental para o entendimento deste evento final.

Uma proposta de jogo
Diante dos pressupostos teóricos que situam o jogo como facilitador da aprendizagem e da importância do conteúdo da experiência nacionalista na Alemanha durante o século XIX, sobretudo na discussão de conceitos fundamentais na cultura política contemporânea, como direitos políticos, liberdade de expressão, constitucionalismo, liberalismo, nação e nacionalismo, escolhemos como modalidade de jogo a ser proposto, o RPG.
A elaboração do jogo seguiu as orientações propostas por Marcatto [1996] na obra: “Saindo do Quadro”, que estabelece pontos a serem desenvolvidos na elaboração desta modalidade.

Na impossibilidade de abordar todo o conteúdo referente à Unificação Alemã, selecionamos o recorte temporal discutido anteriormente, que situa os acontecimentos revolucionários de março 1848, momento no qual os territórios alemães eram sacudidos pelo movimento liberal, também denominado pela historiografia como: “Primavera dos Povos”. 

Este recorte abarcará as questões em torno do primeiro projeto constitucional de caráter liberal da história dos Estados Alemães, iniciado em 1848, diante das reivindicações populares, e promulgado em 1849, com o título de Constituição Alemã. Ainda será abordada a reação conservadora, que derrubou em 1850 a Constituição proposta pelos liberais, e outorgou a Declaração dos Direitos da Prússia. 

O jogo é destinado aos alunos do 2º ano do Ensino Médio, momento no qual ocorre o contato com os conteúdos referentes aos movimentos nacionalistas do século XIX.

Entre as expectativas de aprendizagem a serem alcançadas pelos alunos estão: a compreensão dos processos políticos, econômicos e sociais que contribuíram com a formação dos Estados Nacionais no século XIX; e a relação entre essa formação e a ascensão do pensamento liberal.

Antes de utilizar o jogo, recomendamos aos professores que discutam com os alunos os acontecimentos que marcaram a ascensão e o declínio de Napoleão Bonaparte; a formação da Santa Aliança no Congresso de Viena [1815]; os acordos estabelecidos entre as potencias europeias que formaram esse Congresso; e a situação econômica, social e política da Alemanha a partir da década de 1840.

O objetivo do jogo consiste na apresentação, por cada grupo político, de uma “Carta com as Reivindicações” a serem enviadas ao Parlamento de Frankfurt [grupo de ideias liberais] e ao Rei da Prússia [grupo dos conservadores]. Portanto, antes de iniciar o jogo, deve-se haver a formação de dois grupos, onde a divisão dos membros ocorrerá mediante a escolha dos jogadores.

O primeiro grupo será ligado às ações revolucionárias: formado por mulheres, jornalistas, segmentos do exército, profissionais liberais, operários, estudantes, intelectuais, artistas, componentes da classe média e alguns camponeses que tiveram contato com as ideias dos liberais [com 20 membros]. 

O segundo grupo, à reação conservadora: formado por setores do exército, juristas, aristocratas e membros da alta burguesia [com 11 membros].
Após a divisão, cada grupo receberá o material que estará na caixa do jogo, que contém as instruções que definirão suas ações, devendo ser entregues pelo “Mestre” [narrador do jogo, preferencialmente o professor]. 
A caixa contém: o Manual de Regras; as Cartas das Cenas com descrições dos contextos políticos, econômicos e socioculturais das cenas de cada [Imagens 1 e 2]; as Cartas dos Personagens [Imagens 3 e 4], com as descrições das características de cada personagem: nome, idade, ocupação, ideologia política e “Estrelas de Honra”; as “Cartas de Reivindicações” e Organização das Pautas dos Grupos, com descrição dos subgrupos que serão formados para discutir as pautas a serem reivindicadas: educação, segurança, liberdade [Imagens 5 e 6]; os Mapas do Reino da Prússia e de Berlim [Imagens 7 e 8]; os trechos da Constituição Alemã de 1849 e Declaração dos Direitos da Prússia de 1850 [Imagens 9 e 10]; a Proposta de uso do Jogo e os dados.


Imagens1 e 2: Cartas descrevendo as Cenas das Ações do Jogo.
Fonte: Autores, 2019.

Imagens 3 e 4: Cartas dos Personagens [Conservador e Liberal – Respectivamente] e suas Características.
Fonte: Autores, 2019.


 Imagem 5: Carta [frente e verso] das Reivindicações e Organização das Pautas do Grupo 1.
Fonte: Autores, 2019.

 Imagem 6: Carta [frente e verso] das Reivindicações e Organização das Pautas do Grupo 2. onte: Autores, 2019.


Imagem 7: Mapa de Berlim.
Fonte: SELTER [1846]. Disponível em: https://docplayer.com.br/40369864-Mestrado-integrado-em-arquitetura-schinkel-e-o-desenho-da-cidade-de-berlim-ana-rita-forjaz-rocha-m2016.html.


Imagem 8: Mapa do Reino da Prússia.
Fonte: WILPOT. Disponível em: http://www.1familytree.com/index.htm.


Imagens 9: Cartas com Artigos da Constituição Alemã de 1849 [frente e verso].
Fonte: Autores, 2019.


Imagens 10: Cartas com Artigos da Declaração dos Direitos do Estado Prussiano de 1850 [frente e verso].
Fonte: Autores, 2019.


Após a divisão dos grupos, cada jogador deverá definir o seu personagem e ler suas características. Em seguida o “Mestre” iniciará o jogo narrando as regras, mostrando os mapas e lendo as cenas nas quais os grupos estarão inseridos. 

Depois de reunido, cada grupo irá se dividir de acordo com os subgrupos indicados nas “Cartas de Reivindicações” e “Organização das Pautas”, e discutir os pontos em comum que cada personagem possui dentro do subgrupo.

Os subgrupos organizados irão propor pontos a serem reivindicados escrevendo uma “Carta” em uma folha disponibilizada pelo “Mestre”. Tais pontos deverão estar de acordo com os tópicos a serem defendidos por cada grupo, de acordo com o lugar social de cada personagem e pensamento político.

Cada subgrupo contém uma quantidade de “Estrelas de Honra” que representa a soma total das “Estrelas” de cada personagem. Só poderão indicar pontos a serem reivindicados nas “Cartas” os subgrupos que apresentarem cinco “Estrelas”. 

A possibilidade de indicação de pontos a serem reivindicados nas “Cartas” se dará da seguinte forma: cada subgrupo que tiver cinco ou seis “Estrelas” indica um único ponto a ser reivindicado; o que tiver sete ou oito “Estrelas” indica até duas reivindicações. 

Os grupos devem debater e produzir os itens que irão compor as duas “Cartas” a serem apresentadas. O tempo de elaboração das “Cartas” será definido pelo “Mestre”. 

A cada reivindicação proposta pelo subgrupo ocorrerá a rolagem dos dados, caso o número tirado seja par, a reivindicação será aceita, caso seja ímpar a reivindicação não será aceita e o subgrupo terá que elaborar uma nova. Assim que as “Cartas” estiverem prontas os grupos irão entregar ao “Mestre” que deverá ler os resultados. Em seguida o “Mestre” e os jogadores, irão comparar as “Cartas” produzidas às Constituições que foram promulgadas em 1849 e 1850.

Considerações finais
O exemplo de jogo de RPG aqui apresentado aborda como eixo temático a formação de organizações políticas e sociais dos Estados Alemães no século XIX, lançando olhares sobre conceitos como: nação, nacionalismo, liberalismo e constitucionalismo, evidenciando os conteúdos históricos na criação de jogos a serem utilizados no Ensino de História.

Ao discutirmos os aspectos teórico-metodológicos da produção e utilização de jogos nos processos de ensino-aprendizagem, com a experiência do jogo apresentado, consideramos que este recurso pode ser utilizado como uma linguagem alternativa para se trabalhar conteúdos pedagógicos, por permitirem uma aproximação entre a realidade dos alunos e as demandas escolares.

Referências
Anderson Bezerra de Jesus é graduando em Licenciatura Plena em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco [UFRPE], Gestor de Turismo no Instituto Federal de Pernambuco [IFPE], Especialista em História e Cultura do Brasil na Estácio. Membro do Laboratório de Estudos e Intervenções em Patrimônio Cultural e Memória Social [LEPAM-UFRPE]. [http://lattes.cnpq.br/0156112897210399].
Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior é graduando em Licenciatura Plena em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco [UFRPE]. Membro do Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica [NEPARQ-UFRPE]. [http://lattes.cnpq.br/5369785841074865].

BITENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2011.  [livro]
ELIAS, Norbert. Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Tradução: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997. [livro]
EVANS, Richard J. A chegada do Terceiro Reich. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010. [livro]
FORTUNA, Tânia Ramos - Brincar é aprender. In: GIACOMONI, Marcello Paniz; PEREIRA, Nilton Mullet [Orgs.] - Jogos e ensino de história. Porto Alegre: Evangraf, 2013, p. 63-98.  [artigo]
FORTUNA, Tânia Ramos - Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, Maria Luiza Merino; DALLA ZEN, Maria Isabel H. [Orgs.] - Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000, p. 147-164. [artigo]
FRIEDMANN, A - Brincar: crescer e aprender - o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996. [livro]
GUEDES, Marco Aurélio Peri. Os direitos fundamentais nos documentos constitucionais alemães de 1850 a 1871. Revista Eletrónica del Instituto de Investigaciones Ambrosio  L. Gioja, n. 4, p. 125-138, 2009. [artigo]
HOBSBAWN, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Tradução: Maria Célia Paoli, Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. [livro]
HOBSBAWN, Eric. A era das revoluções [1789-1848]. 37 ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016. [livro]
HUIZINGA, J - Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 6ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. [livro]
KISHIMOTO, Tizuko Morchida - Bruner e a brincadeira. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida [Org.] - O brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage Learning, 2008, p. 139-153. [artigo]
LEAL, Luiz A. B.; D'ÁVILA, Cristina M. - A ludicidade como princípio formativo. Interfaces científicas – Educação [Em linha]. Vol. 1, nº 2 [2013], p. 41-52. [artigo]
MARCATTO, Alfeu. Saindo do quadro. São Paulo: A. Marcatto, 1996. [livro]
MEINERZ, Carla Beatriz. Jogar com a história na sala de aula. In: GIACOMONI, Marcello Paniz; PEREIRA, Nilton Mullet [Orgs.] - Jogos e ensino de história. Porto Alegre: Evangraf, 2013, p. 99-116. [artigo]
SELTER, J.C. Planta de Berlim, 1846. Disponível em: <https://docplayer.com.br/40369864-Mestrado-integrado-em-arquitetura-schinkel-e-o-desenho-da-cidade-de-berlim-ana-rita-forjaz-rocha-m2016.html > Acesso em 20 nov. 2019. [internet]
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. [livro]
WILPOT, Jay. Mapa do Reino da Prússia 1700-1871. Disponível em: <http://www.1familytree.com/index.htm > Acesso em 20 nov. 2019. [internet]

20 comentários:

  1. Olá Anderson e Jonas. O uso de games no ensino vem crescendo e também, salvo melhor juízo, esbarrando em problemas como infraestrutura nas escolas e os próprios limites dos games. Outra questão é a logística e tempo de aula para inseri-los de forma adequada e educacionalmente válida. Vocês pensaram a possibilidade e a validade de trabalhar com os games também num contra turno ou atividade extra curricular: Abcs


    Everton Carlos Crema

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    1. Boa tarde professor, certamente a falta da infraestrutura das escolas, sobretudo nas públicas, é um entrave para a aplicação de atividades como jogos, sejam eles no formato RPG ou jogo de tabuleiro, contudo existe a possibilidade da aplicação dos mesmos com a confecção própria do docente. Neste caso em específico, elaboramos todo o jogo, sem um custo maior, tendo em vista que até os dados foram confeccionados, desta forma acredito ser viável a proposta e sua aplicabilidade.
      A questão do tempo da jogabilidade é de fato um complicativo, no caso de jogos de RPG, onde é necessário um tempo considerável para uma boa dinâmica, é recomendável que seja feito em aulas germinadas, ou seja, em duas aulas seguidas; outra alternativa válida seria uma prática integrativa com outras disciplinas da escola.

      Anderson Bezerra de Jesus

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    2. Boa tarde professor, obrigado pelas considerações! Essa questão da falta de infraestrutura esteve em discussão durante toda a elaboração do jogo. Quando começamos a elaboração do jogo, pensamos em uma forma de fazer com que fosse de fácil acesso pelos professores, tanto em termos técnicos, quanto financeiros,principalmente porque muitos professores não dispõem de tantos recursos (no caso materiais didáticos) no espaço da escola. Diante dessas reflexões foi que pensamos na elaboração do jogo de RPG cujos recursos necessários para a jogabilidade possuíssem como suporte papel.
      Junto com o material do jogo vai um roteiro para guiar as possibilidades do professor de usar esse material na sala de aula. Devido a limitação na extensão do texto, optamos por não apresentar, mas nesse roteiro está dicas de como otimizar o tempo durante a aplicação do jogo, o que deve ser trabalhado com os alunos antes e após a utilização do jogo.

      Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior

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  2. Boa noite! A partir da leitura acima gostaria de saber como acontece o processo avaliativo mediante o ensino por meio de games? Essa avaliação envolve a participação e o domínio de conteúdo? Desde já agradeço a atenção.

    Camilla Mariano

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    1. Boa tarde Camilla, a avaliação pelas atividades que envolvem o jogo fica a cargo de cada docente. Particularmente acredito que no momento do jogo o envolvimento do aluno nesta prática deve ser observado pelo professor, porém o uso do jogo numa aula de história tem a função de trazer conteúdos, estes podem ser cobrados numa avaliação posterior independentemente do jogo em si, que apesar de estar repleto de informações ainda tem um caráter lúdico.

      Anderson Bezerra de Jesus

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    2. Boa noite! Contribuindo com o que escreveu Anderson, ressalto que junto com o material do jogo vai um roteiro para guiar as possibilidades do professor de usar esse material na sala de aula. Devido a limitação na extensão do texto, optamos por não apresentar, mas nesse roteiro está dicas de como otimizar o tempo durante a aplicação do jogo, o que deve ser trabalhado com os alunos antes e após a utilização do jogo, além de dicas de possíveis avaliações a partir da atividade.

      Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior

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  3. Boa tarde! A pergunta que eu tenho é bastante simples, gostaria de saber o porque de vocês terem optado pelo formato de RPG e quais vantagens ele apresentou em relação à outros.
    Parabéns pelo ótimo trabalho!

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    1. Anderson Bezerra de Jesus19 de maio de 2020 às 16:19

      Boa tarde Aissa, este jogo em particular veio de uma proposta que nos foi dada por orientação de nossa professora de História Contemporânea, escolhemos o formato RPG pelo fato de suportar bastante informações para passar aos alunos, além de ser um formato que agrada os mesmos. Já trabalhamos com jogos de tabuleiro, que posso dizer que é bastante atrativo, porém não suporta tantas informações quanto o RPG, assim o jogo de tabuleiro é mais indicado para assuntos menos densos.
      Em se tratando de vantagens, posso dizer que os alunos interagem mais com a prática do jogo, e se esforçam para compreender o conteúdo para ter uma boa jogabilidade com a turma. Contudo o complicativo seria o tempo utilizado nesta prática, seria recomendável mais de uma hora/aula para o bom desenvolvimento do jogo e da assimilação do conteúdo, a opção seria executar em aulas germinadas ou através de práticas integrativas com outras disciplinas.

      Anderson Bezerra de Jesus

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  4. Boa tarde! A pergunta que eu tenho é bastante simples, gostaria de saber o porque de vocês terem optado pelo formato de RPG e quais vantagens ele apresentou em relação à outros.
    Parabéns pelo ótimo trabalho!
    (Comentando novamente porque esqueci de assinar o meu nome :D)

    Aissa Fernanda Pereira Santos

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    1. Boa noite. Além do que já expresso por Anderson acima, ressalto que além da questão de que no jogo de RPG há uma maior possibilidade de mobilização do conteúdo - ou tema - histórico a ser discutido, pontuo que em um jogo de RPG, na medida em que o alunos incorporam as ações dos personagens para promover as decisões necessárias para o andamento do mesmo, estes participam ativamente no processo de construção do conhecimento histórico a ser discutido durante o jogo. A partir das ações dos personagens, suas personalidades, suas inclinações políticas, seus espaços de atuação social, observados durante a atividade, os alunos podem refletir, e assim discutir, o papel desses personagens no próprio processo histórico em questão, contribuindo com o aprendizado histórico e a construção de uma consciência histórica, ao perceber as diferentes formas como a história é vivida e concebida.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Caros autores,

    achei muito interessante a prática de vocês. Faço mestrado em Ensino de História (ProfHistória) pela UFRGS, e tenho o objetivo de construir um RPG narrativo sobre a história de nossa cidade, Esteio/RS, com meus alunos e alunas. Fomos pegos por esta pandemia, então alguns ajustes à proposta terão de ser refeitos, como a própria presencialidade.

    Acerca da prática de vocês, achei muito interessante como tinham de objetivo reconstruir certos processos históricos e trabalhar conceitos com eles. Observei, porém, que uma das escolhas de vocês foi retirar (ou pelo menos não dar ênfase) para algumas características no RPG de vocês, notadamente a narratividade (que não está ausente, mas é relativamente fechada) e interpretação de papéis (que está presente dentro de um conjunto de regras bastante fechado, como atuar na construção das reivindicações). O quê levou vocês a fazerem estas escolhas para a prática pedagógica?

    Muito obrigado pela atenção.

    Atenciosamente,

    Guilherme Garcia Sumariva
    Professor de História - Esteio/RS

    P.S.: Caso tenham interesse de trocar ideias, eis meu e-mail: guilherme.sumariva@gmail.com . Produzo, também, um podcast chamado "Acontece no Ensino", falando sobre boas práticas de nossa rede. Seria interessante um episódio especial falando sobre RPGs em sala de aula.

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    1. Estimado Guilherme, agradecemos seus questionamentos!

      Este jogo partiu de uma proposta de elaboração de jogo como parte da avaliação da disciplina de História Contemporânea I, na qual através de um sorteio foi nos dado o tema da construção da Unificação Alemã, e a professora sugeriu a elaboração de um jogo na modalidade RPG. Como o processo histórico intitulado de Unificação Alemã se estendeu durante um período significativo do século XIX, considerando todos os movimentos sociais, mudanças políticas, além das questões econômicas e culturais, nos voltamos para um recorte específico do processo que levou a Unificação Alemã. Este recorte consistiu no período revolucionário de 1848 à 1850, mas especificamente na Prússia, com a primeira experiência constitucionalista nos moldes liberais. A escolha partiu da possibilidade em se trabalhar as ideias nacionalistas e liberais, bem como a atuação de diferentes grupos sociais na elaboração de um projeto de estado, por meio de movimentos sociais, proposta inclusive presente nos PCN’s, ainda em vigência quando o jogo foi elaborado.

      Particularmente não éramos jogadores deste tipo de modalidade, apenas havíamos dito contato em outras experiências pedagógicas com a mesma professora. Para nos auxiliar na elaboração deste projeto foi indicada a obra “Saindo do Quadro” de autoria de Alfeu Marcatto, publicado em 1996, que apresenta algumas discussões sobre as possibilidades de utilização de jogos de RPG no ensino, além de alguns exemplos. Após a leitura da obra consideramos a proposta do autor bastante interessante, e assim o jogo seguiu os pressupostos estabelecidos por Marcatto (1996). Além da leitura desta obra, também consultamos jogos de RPG para observar a jogabilidade e a forma como foram construídos.

      Sobre a questão levantada: como estávamos trabalhando com um conteúdo histórico, precisamos tomar alguns cuidados em relação ao trabalho desse conteúdo, afinal, mesmo tratando-se de um jogo, no qual a liberdade e o caráter de não seriedade são algumas marcas, como discutido no texto, ele tem um objetivo pedagógico. Esse objetivo consistia em possibilitar aos alunos uma reflexão sobre as diferentes reivindicações dos grupos políticos que atuaram a favor ou contra os processos revolucionários de 1848 nos território alemães e quais as propostas de Estado feitas pelos diferentes grupos sociais durante os conflitos. Precisamos então construir uma narrativa, sobretudo com a apresentação do contexto histórico, do local de atuação dos grupos políticos (representado na cena e ambiente onde o jogo se passa) e dos objetivos desses grupos no jogo, para que o aluno ficasse ambientado na proposta e no que representou esse momento, para assim tirar suas próprias conclusões, questionamentos, observações, importantes na construção do conhecimento histórico escolar. Para trabalhar o conteúdo histórico de forma a levar o aluno a refletir sobre o processo e os diferentes modos como ele foi pensando pelos grupos políticos, segundo o que é apresentado pela historiografia, precisamos construir uma narrativa que tivesse um ponto de partida bem definido. Durante o jogo os alunos vivenciam as principais pautas e reinvindicações dos grupos sociais que participaram desse processo histórico, e como atuaram para promover suas reinvindicações, no caso através da discussão política e dos movimentos sociais e de forças contrárias aos processos revolucionários. A partir do papel dos personagens, e suas inclinação políticas e sociais, os alunos podem observar: quais setores defendiam a manutenção da monarquia absolutista e porque defendia; quais eram contra; o espaço que a mulher tinha; a atuação dos artistas e intelectuais; dos trabalhadores do campo e da cidade; dos setores militares; etc.
      Nosso e-mail para contato: Anderson Bezerra de Jesus (pordompedro@hotmail.com) e Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior (clevisonjonas@gmail.com). Seria mesmo interessante um podcast para discutirmos jogos de RPG e ensino de história.

      Atenciosamente,
      Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior.

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    2. Anderson Bezerra de Jesus20 de maio de 2020 às 23:01

      Boa noite Guilherme, primeiramente gostaria de agradecer pelo convite em participar do seu projeto.
      O Jonas já respondeu bem a pergunta, mas apenas complementando, de fato por ter sido um projeto com orientação, o uso das fontes para compor o jogo foi priorizado, além do fato de termos que resumir bastante nosso projeto para se enquadrar ao evento. De toda forma poderemos enviar o projeto original para um melhor entendimento.
      Atenciosamente,

      Anderson Bezerra de Jesus

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  8. Boa noite!
    Parabéns aos autores! Adorei a proposta. Sou professora da educação básica e recentemente tenho me aventurado mais nesta proposta de gameficação. Utilizo uma estratégia parecida também, só para compartilhar, que é o teatro do improviso.
    Gostaria de saber se, por acaso, o jogo criado por vocês está disponível online? Ou se pretendem publica-lo de forma completa para o uso na educação básica?
    Obrigada!

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    1. Anderson Bezerra de Jesus20 de maio de 2020 às 23:15

      Boa noite Carolina, respondendo sua pergunta, temos a intenção da publicação do projeto original, mas por enquanto ainda não o fizemos. De toda forma gostaria bastante de conhecer o uso do teatro de improviso.
      Com certeza este evento está nos rendendo bons contatos e experiências.
      Nossos e-mails para contato: Anderson Bezerra de Jesus (pordompedro@hotmail.com) e Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior (clevisonjonas@gmail.com).
      Assim podemos trocar as experiências e se for do seu interesse enviamos o projeto original.

      Atenciosamente,

      Anderson Bezerra de Jesus.

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  9. Willian Bonfanti do Nascimento21 de maio de 2020 às 18:50

    Olá. Parabéns pelo texto. Meu questionamento é sobre o uso de jogo a em plataformas digitais (vídeo games, celulares, pcs). Eu costumo usar jogos dessas plataformas em alguns conteúdo do ensino regular. Por exemplo, o uso do JOGO assassins creed. Vocês já pensaram numa estratégia de usar esse tipo de plataforma na pesquisa de vocês?

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    1. Anderson Bezerra de Jesus21 de maio de 2020 às 21:59

      Boa noite Willian, ainda não tivemos a oportunidade de utilizar o ensino de história pelo meio digital, mas certamente é uma ótima iniciativa, sobretudo o RPG que com a devida pesquisa trará mais conteúdo historiográfico ao game. Uma boa plataforma seria a criação de um aplicativo que poderia contar com a ajuda dos próprios alunos em uma atividade interdisciplinar com a informática da escola. Grato pelo comentário.
      Atenciosamente,

      Anderson Bezerra de Jesus

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    2. Boa noite Willian. A questão da virtualização de um jogo é algo bem complexo, falo do ponto de vista do acesso. Vejo constantemente profissionais justificando a necessidade de utilizar as mídias digitais no ensino, de modo que alegam um uso geral por parte dos alunos por exemplo, quando na realidade muitos não possuem celulares e computadores, e muito menos acesso a internet diariamente. Acho importante a introdução de tecnologia no ensino, tendo em vista o cenário atual, entretanto muitas vezes vejo uma fetichização do digital, como se atualmente devido a a demanda por novas tecnologias no ensino, outras práticas pedagógicas que não utilizem a tecnologia fossem mais simples ou não tivesse o mesmo peso, o que não é verdade. O jogo, em superfícies de madeira ou em outros tipo de suporte, de papéis por exemplo, é algo de mais fácil acesso aos professores e alunos, inclusive do ponto de vista do curso de adoção de tais materiais didáticos. E uso de tais jogos já mostraram a partir de diversos estudos, como os citados no trabalho, como esses tipos de jogo promovem uma maior interação social e troca de conhecimentos a partir da convivência e da partilha de experiências. Esse foi nosso ponto de partida para pensar essa proposta.

      Atenciosamente,
      Jonas Clevison Pereira de Melo Júnior.

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