Gabriel Costa de Souza


REFLETINDO SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL/REGIONAL NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS FLUMINENSES



As territorialidades fluminenses são a autêntica expressão da diversidade, da multiplicidade e da heterogeneidade política, econômica, social e, sobretudo, cultural. Esse ambiente é um terreno fértil para o enraizamento dos aspectos locais/regionais, correlacionados à escala global, centrados no processo de ensino-aprendizagem da história.

A mobilização de um aprendizado histórico consciente das potencialidades do local/regional para a formação crítica e a observação social dos estudantes emerge enquanto uma oportunidade de aproximação das múltiplas realidades dos espaços que as instituições escolares estão inseridas, bem como na interpretação crítica dos fatos históricos que as constroem. Entretanto, esse modelo de ensino-aprendizagem exige que o docente exerça o papel de mediador das etapas, além de possuir um conhecimento dos procedimentos metodológicos e teóricos que o local/regional demanda.

O docente, ou melhor, o seu processo formativo deve considerar as multiplicidades locais que são expressadas nos territórios que os estudantes ocupam. Estas observações nos permitem levantar algumas indagações. A história regional/local está inserida nas matrizes curriculares dos cursos de história das Universidades públicas fluminenses? Como essas disciplinas se apresentam? A existência ou inexistência destas disciplinas afeta a formação docente e, consequentemente, o ensino de história?

O profícuo encaminhamento de respostas para estas questões exige a estruturação do cerne do presente artigo: as matrizes curriculares dos cursos de História das Universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro. Trilhando tal perspectiva, apresento um mapeamento analítico destas estruturas, além refletir sobre como a existência, ou não, de disciplinas ligadas ao local pode afetar na formação docente dos licenciandos, na formação teórico-científica dos bacharéis e, consequentemente, nas futuras aulas e pesquisas realizadas pelos formados nas lógicas de tais orientações.

Os cursos de história nas Universidades públicas fluminenses: a academia produz a regionalização e territorialização do ensino de história?
“Porque diferentemente das demais atividades desempenhadas pelo Historiador, a docência apresenta resultados a curto, médio e longo prazo. Por exemplo, um pesquisador não sabe quando nem que lugares sociais os resultados de suas pesquisas serão [re]conhecidos ou mesmo terão visibilidades; já o docente de História tem a noção, ao fim da aula dada, do semestre concluído, ou do ano letivo finalizado de que elementos, aspectos e acontecimentos da História seus alunos compreenderam e quais competências e habilidades estes serão capazes de desenvolver, além de poder cultivar a convicção de que os conteúdos e saberes apreendidos nas aulas de História fazem diferença no processo de formação do cidadão”. [Silva, 2011, p. 05].

Os espaços acadêmicos de pesquisa, análise e debate sobre os múltiplos modelos de ensino-aprendizagem da história têm exercido uma mobilização de pensar os mecanismos de aproximação dos agentes-protagonistas da ação educativa com os “conteúdos” mediados em sua vivência cotidiana da sala de aula. Refletindo sobre isto, emergem importantes percepções teórico-historiográficas sobre a essencialidade que a formação docente engendra em tais delineamentos para a experimentação histórico-temporal do território que a instituição escolar, a comunidade e os alunos ocupam em relação ao regional, nacional, transnacional e global.

A função social da docência, como ressalta o excerto acima do artigo Novas Metodologias no ensino de história local, aponta para uma eficaz intervenção no movimento de auto reconhecimento territorial dos estudantes e, consequentemente, na aproximação nos êxitos e adversidades destes espaços, bem como na correlação do local com os aspectos globais. Para tanto, a formação docente emerge enquanto um mecanismo basilar para o acontecimento de um letramento histórico multicultural, territorialmente consciente e, sobretudo, capaz de mensurar as correlações histórico-temporais. Como proficuamente nos faz refletir o artigo Currículo, cultura e formação de professores:

“Que professores estão sendo formados, por meio dos currículos atuais, tanto na formação inicial como na formação continuada? Que professores deveriam ser formados? Professores sintonizados com os padrões dominantes ou professores abertos tanto à pluralidade cultural da sociedade mais ampla como à pluralidade de identidades presente no contexto específico em que se desenvolve a prática pedagógica? Professores comprometidos com o arranjo social existente ou professores questionadores e críticos? Professores que aceitam o neoliberalismo como a única saída ou que se dispõem tanto a criticá-lo como a oferecer alternativas a ele? Professores capazes de uma ação pedagógica multiculturalmente orientada?”. [Moreira, 2001, p. 43].

Trajados dos questionamentos levantados pelo professor-pesquisador Antônio Moreira ficamos reflexivos sobre a formação dos docentes de história estruturada nos ambientes acadêmicos. Pensando nisso, proponho a construção de um mapeamento das matrizes curriculares dos cursos de história das instituições públicas fluminenses com o objetivo de refletir a mobilização de uma identidade territorial consciente da sua relação local, regional, nacional e global, bem como capaz de trabalhar uma atividade pedagógica estimuladora da investigação crítico-cidadã.

Os primeiros passos desta pesquisa foram os de mapeamento e identificação das Universidades públicas presentes no Estado do Rio de Janeiro que oferecem os cursos de Licenciatura e Bacharelado em História. Esta delimitação nos apresenta as seguintes estruturas acadêmicas: a Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ], a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro [UNIRIO], a Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ], a Universidade Federal Fluminense [UFF] e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [UFRRJ]. A pesquisa das matrizes curriculares destas instituições centrou-se no processo de formação estrutural dos licenciandos e bacharelandos em História – denominado na presente análise como Letramento Profissional, ou seja, as disciplinas obrigatórias da formação básica dos universitários dos cursos de história.

Refletir sobre uma docência mobilizada na regionalização, na territorialização e na despadronização exige observar os constructos curriculares estruturados pelas instituições formadoras no letramento dos licenciandos. Com isso, torna-se possível identificar os naturais recortes que a investigação histórica exige do seu pesquisador, ao passo que desnuda os possíveis silenciamentos, desenraizamentos e, por ventura, as normalizações histórico-territoriais realizadas nas matrizes curriculares destas instituições.

“O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social. O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidade individuais e sociais particulares. O currículo não é um elemento transcendente e atemporal – ele tem uma história vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação”. [Moreira; Silva, 2006, p. 7-8].

O constructo curricular, como proficuamente apresenta o excerto acima do artigo Sociologia e Teoria crítica do currículo, evidencia como cada disciplina é concebida, quais os objetivos desenhados com a sua mediação, as escolhas dos agentes envolvidos em sua feitura, enfim, as bases que estruturam o local em que se está, o percurso a ser trilhado e o ponto de chegada. A produção e transmissão deste ideário está enraizada nas estruturas curriculares dos cursos de Licenciatura e/ou Bacharelado em História das Universidades públicas fluminenses emergindo, a partir do exposto, a necessidade de compreender o espaço ocupado pela história local em suas bases.

O mapeamento das matrizes curriculares, especificamente da linha Letramento Profissional, nos aponta para a formação básica de todos os estudantes de História das múltiplas áreas de pesquisa, bem como nas duas modalidades de graduação nas instituições públicas de ensino do Estado do Rio de Janeiro – Bacharelado e/ou Licenciatura. Seguindo tal perspectiva, foram identificadas 61 disciplinas obrigatórias dos cursos de História, excluídas as variações de uma mesma temática, à exemplo dos estudos sobre a América: História da América I, História da América II, e assim por diante.

Vejamos o quadro comparativo das disciplinas obrigatórias dos cursos de História das Universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro:


Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

A análise aqui realizada aponta para um Letramento Profissional, seja do professor de história, seja do pesquisador de alguma área correlacionada, calcado em elementos basilares para a formação em História: o estudo dos princípios essenciais das teorias, metodologias e investigações historiográficas. Contudo, quando realizada a leitura crítica das cinco matrizes curriculares dos cursos de História das Universidades públicas fluminenses fica possível identificar uma lacuna formativa dos professores e/ou pesquisadores da área: as disciplinas obrigatórias de história local/regional correspondem apenas a 3,27% do conjunto curricular das cinco instituições públicas do Estado do Rio de Janeiro.



A Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ], única instituição pública que dedica disciplinas obrigatórias sobre a história regional/local, está acima da média apresentada pelas demais Universidades. A instituição apresenta as disciplinas “História do Rio de Janeiro” e “História do Rio de Janeiro Colonial” enquanto elementos imprescindíveis na formação dos licenciandos e/ou bacharelandos, representando 11,11% da matriz curricular total deste curso.

Os dados apresentados nos causam uma certa percepção crítica sobre o processo de ensino-aprendizagem do local/regional e, consequentemente, da formação docente nestas temáticas. No entanto, é importante destacar que a leitura destes dados deve se abrigar na compreensão de que as matrizes curriculares são documentos burocráticos das instituições de ensino, ou seja, outras disciplinas, previstas como obrigatórias nos cinco currículos, podem, ou não, trabalhar com elementos teóricos e procedimentais que integram a história local/regional e que, por ventura, não são identificadas nas nomenclaturas e/ou ementas protocoladas nos ementários dos cursos.

A fluidez na classificação do que está, ou não, delineado enquanto “regional” evidencia um aspecto primordial para o seu estudo crítico-analítico. A determinação de recortes concretos para um objeto de pesquisa intensamente complexo é uma simplificação grosseira que a perspectiva regional/local histórica não pode embarcar. Com isso, a presente investigação se estrutura a partir de um conjunto de teorizações sobre as relações histórico-territoriais que os “conteúdos” mediados nas formações dos licenciandos e bacharelandos em história exercem, ou não, em seu cotidiano acadêmico. Este ideário se encontra proficuamente estabelecido na obra Reflexões sobre o desenvolvimento regional:

“A ideia da não fragmentação dos conteúdos faz com que uma proposta de história regional não deva abordar o regional estanque em si mesmo, mas fazer a leitura do regional a partir de uma relação articulada entre o local e o global, entendendo-se o regional como o intervalo necessário entre o local e o global”. [Schallenberger, 2003, p 43].

A complexificação da relação local-regional-global, enquanto elemento inserido nas matrizes curriculares, deve ser o esteio do afastamento das percepções históricas estanques do “meu espaço”, “minha história” e dos “meus protagonistas” para engendrar uma ressignificação do estudo e mediação do local/regional. Em face do exposto, é possível observar que as disciplinas obrigatórias sobre a história regional/local da Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ] dialogam com a articulação local-global, como a leitura do excerto das ementas nos propicia observar:

“Analisar as transformações políticas, administrativas, econômicas e sociais da cidade do Rio de Janeiro, nos séculos XIX e XX. Caracterizar a expansão urbana e a modernidade na cidade do Rio de Janeiro, a partir de 1870. Relacionar a história da cidade à história fluminense, nos séculos XIX e XX, tendo como eixo os conceitos de história local e história regional”. [UERJ, 2007].

A descrição das temáticas a serem trabalhadas ao decorrer da disciplina “História do Rio de Janeiro” demonstram um movimento de articulação dos aspectos locais com os globais, ao passo que o local não exerce a função de mero cenário dos fatos históricos. Ao “relacionar a história da cidade à história fluminense”, a proposta do curso engendra uma ramificação dos processos históricos em que o território se veste do dinamismo e, consequentemente, se afasta das cristalizações geográficas. A ementa da disciplina “História do Rio de Janeiro Colonial” se enraíza neste mesmo solo:

“Conquista e colonização da capitania do Rio de Janeiro, entre os séculos XVI e XVIII. A fundação da cidade: o porto do Rio de Janeiro e as transações mercantis no Atlântico Sul. A expansão da cidade do Rio de Janeiro no século XVII. Rio de Janeiro como porto das Minas. Ameaças de súditos de outras Coroas: a defesa da cidade. Aldeamentos indígenas e estratégias de colonização na capitania do Rio de Janeiro. A cidade colonial: hierarquias e exclusões”. [UERJ, 2007].

A dimensão dinâmica das realidades históricas e a articulação de territórios, mediados nas duas disciplinas do curso de história da UERJ, movimentam uma leitura do local/regional enquanto um mecanismo de formação docente conectada com as especificidades que um recorte característico apresenta e com as universalidades das estruturas históricas globais. Esta abordagem, como destaca o artigo História regional: dimensões teórico-conceituais, mobiliza um profícuo processo de ensino-aprendizagem pois realiza uma leitura do regional:

“[...] que reconheça a efetiva complexidade da realidade concreta e suas representações, sem, contudo, perder de vista o modo como as regiões se articulam com as diferentes dimensões dos sistemas que as contém”. [Reckziegel, 1999, p. 21].

O ensino de disciplinas ligadas ao local/regional na formação estrutural dos estudantes dos cursos de história das instituições públicas fluminenses é, como o panorama apresentado neste artigo evidencia, uma realidade para um grupo minoritário de futuros professores-pesquisadores. Pleitear a construção de currículos integrados ao local-global, sobretudo relacionados ao ensino de história local/regional, não se trata da defesa do “bairrismo” ou da história estanque da “minha cidade”, da “minha família” e os “meus heróis”, muito pelo contrário, trata-se do compromisso da interdisciplinaridade e da aproximação do aluno com os fatos, em outras palavras:

“pretende se distanciar da velha narrativa de um passado morto, sem significado para a maioria dos homens e mulheres do presente, porém busca constituir um novo olhar histórico, onde o objeto de estudo se torne dinâmico, problematizador e mais próximo do pesquisador, consequentemente, possibilitando uma verdadeira relação entre o passado e o presente, que proporcione aos estudantes a elaboração de uma concepção critica acerca do mundo em que vive, capaz de suscitar possíveis transformações na sociedade em que estão inseridos”. [Silva, 2013, p. 05].

É evidente que os ambientes acadêmicos públicos do Estado do Rio de Janeiro são estruturas de excelência em investigações dedicadas aos aspectos históricos locais/regionais que, é fundamental destacar, são compostos por notáveis intelectuais que mobilizam nestas Universidades uma série de conceituados grupos de pesquisas desta temática. Entretanto, a presente análise demonstra que grande parte dos estudantes de história, majoritariamente futuros professores, não possuem, nos currículos mínimos dos cursos, o letramento basilar de conceitos, teorizações e, sobretudo, metodologias de um ensino local interligado ao global.

As ponderações do fragmento do artigo A importância do estudo de História Regional e Local na educação básica, referido acima, nos instiga a refletir a importância do local/regional no reconhecimento territorial, bem como na centralidade de mediação que o professor exerce na ação pedagógica em que o aluno passa a ser investigador. O docente mediador do local/regional articulado com o global tem a oportunidade de autonomizar o estudante em sua mobilização do conhecimento, ao mesmo tempo que oportuniza uma dinamização da relação do estudante com o seu território com o objetivo de transformar e interferir no “normal”.

As Universidades públicas fluminenses devem ser mecanismo de ressignificação dos processos formativos docentes e, consequentemente, do letramento dos discentes da educação básica – o interesse sociológico e a observação social devem ser os guias de uma educação territorializada e global. É necessário, portanto, abranger um heterogêneo conjunto de territorialidades para expandir as compreensões teóricas e, sobretudo, as metodologias que oportunizem esse letramento.

Conclusão
Nesta comunicação foi possível observar que a maioria dos estudantes dos cursos de história das Universidades públicas fluminenses não possui, em sua formação obrigatória, disciplinas dedicadas exclusivamente aos aspectos metodológicos e teóricos da pesquisa e ensino de história local/regional. A investigação realizada, entretanto, ressalta que outras disciplinas das grades curriculares podem, ou não, auxiliarem na profícuo trabalho de correlação local-global na pesquisa/ensino histórico.

Verificou-se também que o processo de formação docente consciente da complexificação da história local com os aspectos históricos globais é a oportunidade de descontruir a massificação do processo de ensino-aprendizagem da história a partir do reconhecimento territorial, identitário e multicultural dos territórios que as escolas ocupam.

Ao final deste percurso, portanto, é possível compreender que o regional/local não se constitui de uma mera construção teórico-metodológica de familiarização do protagonista com uma temática, mas se organiza nas múltiplas conexões – geográficas, econômicas e socioculturais – que são ressignificadas em uma observação social da história. A pesquisa realizada aponta para a necessidade, no processo de formação de professores-pesquisadores fluminenses, de compreender que a gênese da desconstrução de perspectivas dicotômicas, excludentes e homogeneizadoras se dá pela organização de uma matriz curricular territorializada, descolonizada, identitária, descentralizada e, sobretudo, na formação docente que integre os diversos territórios ocupados pelo protagonismo estudantil.

Referências

Gabriel Costa de Souza é licenciando em História pela UFRRJ, atuou como Membro Discente do Colegiado do Curso de História [2019/2020], além de ter sido bolsista ID do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência/Subprojeto História [05-2018/01-2020].

MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. Sociologia e Teoria crítica do currículo: uma introdução. IN: MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. [org.], Currículo, Cultura e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2006, p. 7-38. [livro]

MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Currículo, cultura e formação de professores. Educ. rev. [online]. 2001, n.17, pp.39-52. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602001000100004&lng=en&nrm=iso. [internet]

RECKZIEGEL, A. L. S. História regional: dimensões teórico-conceituais. História Debates e Tendências, Passo Fundo, v. 1, n. 1, p. 15-22,  jun. 1999. [artigo]

SCHALLENBERGER. E. Reflexões sobre o desenvolvimento regional. Cadernos – Cultura, Fronteira e Desenvolvimento Regional,  Marechal Cândido Rondon: UNIOESTE, 2003. [artigo]

SILVA, Luis Carlos Borges dos Santos. A importância do estudo de História Regional e Local na educação básica. XXVII Simpósio Nacional de História, Natal, 2013. Disponível em:
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1372277415_ARQUIVO_ArtigoHistoriaRegional_NATAL_.pdf. [internet]

SILVA, Samara Mendes Araújo. Novas Metodologias no ensino de história local: a gincana cultural como estratégia didática para o ensino da História do Piauí. XXVI Simpósio Nacional de História, São Paulo, 2013. Disponível em:
http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300847543_ARQUIVO_NOVASMETODOLOGIASNOENSINODAHISTORIALOCALagincanacultu ralcomoestrategiadidaticaparaoensinodaHistoriadoPiaui.pdf. [internet]

UERJ. Deliberação nº 024/2007. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http://www.boluerj.uerj.br/pdf/de_00242007_07082007.pdf>. [internet]



3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Estimado Gabriel,
    primeiramente, devo dizer-lhe que muito me alegra ler seu texto, o qual, além de muito bem construído, demonstra o quão bom aluno e pesquisador você é. Sua inserção nesse Simpósio me foi mais que oportuna para conhecer um pouco mais daquilo que há tempos defende: O ensino de história Regional. Portanto, parabéns por sua comunicação eletrônica e muito obrigado por essa oportunidade.

    Devo-lhe, contudo, expressar meu questionamento: ficou claro em todo o artigo a sua defesa com relação ao Ensino de História articulado com a História Global e com a interdisciplinaridade. No entanto, gostaria de uma perspectiva pessoal sua no que diz respeito àqueles que, já estando formados ou quase, possuem uma lacuna a ser preenchida, um déficit na formação no que diz respeito às bases para a aplicabilidade de uma prática de ensino voltada ao ensino de História regional. Como preencher essa lacuna e transpor esse déficit?

    Kayo Eduardo M. de Almeida

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  3. Olá Gabriel

    Gostaria de parabenizá-lo pelo texto e pela iniciativa de trazer essa reflexão tão importante sobre a formação acadêmica em História. Achei super pontual e emblemático sua colocação de que os currículos possuem intencionalidades, assim como, acredito que sejam espaços de disputas tanto social, como de representatividade. Me inquieta, assim como em ti, os reflexos de nossa formação acadêmica na atuação escolar, principalmente nos vínculos com os estudantes e na própria identificação destes com os conteúdos estudados. Muitas vezes me parece que uma barreira que as práticas de História Regional têm encontrado é a própria História quadripartite, que me aparenta dificultar, principalmente nas escolas, uma relação direta do local com o global, dificuldade esta aprofundada pela apresentação feita pela maioria dos livros didáticos. Tu acreditas que a superação da organização da História em quadripartite seria um auxílio para potencializar práticas de História Regional?
    Essa pergunta é mais uma reflexão em conjunto. Novamente, parabéns pela sua discussão, uma análise como está poderia ser feita em nível nacional, para refletirmos qual/is historiador/es as universidades brasileiras estão formando.
    Abraço!!!

    João Felipe Alves de Morais

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