Cleberson Vieira de Araújo


[RE] DESCOBRINDO A GUERRA DO PARAGUAI NA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA: CAMINHOS A PERCORRER


 

Introdução

A Guerra do Paraguai é entendida como um dos maiores conflitos armados da América, tanto pela mortandade quanto pela quantidade de países envolvidos.


Mesmo fazendo parte da história de importantes países da América do Sul, esse conflito ainda possui muitas lacunas a serem contadas com as pesquisas em curso, mas, que muitas vezes ficam restritas as universidades e bem distantes da educação básica.

Se há muitas lacunas a as pesquisas em questão demoram muito a chegar à escola básica, o material que se utiliza nesses educandários, os livros didáticos, acabam sendo extremamente defasados o que coloca em cheque tudo aquilo que é ensinado e aprendido sobre o conflito em questão, dentre outras temáticas.

E, levando em conta a importância histórica do estudo da Guerra do Paraguai, essa poderia ser melhor trabalhada, tanto na questão das pesquisas históricas na academia quanto nas abordagens feitas na educação básica como forma de potencializar os estudos de história do Brasil e da América.

Com isso, esse breve trabalho tem por objetivo geral refletir sobre o ensino e aprendizagem sobre a Guerra do Paraguai na educação básica brasileira e sua relação com o livro didático.

Para tanto, faz-se uso da literatura disponível, mediante abordagem qualitativa e apoia-se em autores diversos a exemplo de Bittencourt [2004] e Doratioto [2015].

A educação básica e a Guerra do Paraguai

Entende-se que o ensino é uma forma sistemática de construção de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas.

Já a aprendizagem está ligada a ação, processo, efeito ou consequência de aprender ou mesmo, a duração do processo de aprender.

Segundo Freire,

“[...] se o educador é o que sabe, se os educandos são o que nada sabem, cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos. Saber que deixa de ser de ‘experiência feito’ para ser de experiência narrada ou transmitida”. [Freire, 2005, p. 68]

Já sobre conteúdo, entende-se como o conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes que o professor deve ensinar para garantir o desenvolvimento e a socialização do estudante. Podendo ele ser classificado como conceitual [que envolve a abordagem de conceitos, fatos e princípios], procedimental [saber fazer] e atitudinal [saber ser]. [Nova escola, 2008]

Nesse contexto que envolve o ensino, aprendizagem e conteúdo, para muitos alunos, a Guerra do Paraguai não passa de um conflito regional e de pouca importância, haja vista que é um tema pouco tratado e debatido em sua principal fonte de pesquisa, o livro didático.

Masetto [1997] também contribui com essa ideia que reflete sobre a dinâmica diferenciada e reflexiva da sala de aula, quebrado com isso as amarras e limitações impostas pelo livro didático e exemplifica que, “a sala de aula deve ser vista como espaço de vivências”, pois,

“[...] quando o aluno percebe que pode estudar nas aulas, discutir e encontrar pistas e encaminhamentos para questões de sua vida e das pessoas que constituem seu grupo vivencial, quando seu dia-a-dia de estudos é invadido e atravessado pela vida, quando ele pode sair da sala de aula com as mãos cheias de dados, com contribuições significativas para os problemas que são vividos “lá fora”, este espaço se torna espaço de vida, a sala de aula assume um interesse peculiar para ele e para seu grupo de referência”. [Masetto, 1997, p. 35]

Somando-se a isso, cabe destacar que “[...] em alguns manuais didáticos brasileiros há certa tendência em ver a guerra a partir da ótica dos vitoriosos” [Arantes, 2013, p. 4], deixando assim muitos aspectos importantes da história de lado, a exemplo da história pela ótica dos vencidos ou ainda dos outros países que dividem essa vitória com o Brasil [Uruguai e Argentina], apontando para uma nova visão sobre a Guerra do Paraguai.

A maioria dos livros didáticos hoje em uso no Brasil apresenta apenas um informativo breve, resumido e com poucos detalhes que,

“[...] abordam o conflito de uma forma sucinta, apresenta um breve histórico dos antecedentes da Guerra, fala da falta de acesso ao mar que o Paraguai tinha, da intervenção brasileira no Uruguai na disputa entre blancos [apoiados pelo Brasil] e colorados [apoiados pelo Paraguai de López]. Fala do aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda. Anuncia o dia 1° de maio de 1865 como da assinatura do Tratado da Tríplice Aliança. Aponta uma só batalha, a de Riachuelo, onde os paraguaios foram derrotados. Aponta o dia 1° de março de 1870 como final da guerra, com a morte de Solano López em Cerro Corá no Paraguai. Fala também do fortalecimento do exército brasileiro ao final da guerra”. [Arantes, 2013, p. 10] [Masetto, 1997, p. 35] [Nova escola, 2008] [Freire, 2005, p. 68]

Maia [2014, p. 1692] ao citar Fraga [2004] aponta que “[...] se nos livros Paraguaios ela tem mais importância que a Independência, é estudada sumariamente na maior parte nos manuais brasileiros e argentinos, enquanto os livros uruguaios a tratam como episódio circunstancial [...]”.

Os alunos, reféns da opinião dos professores e fortemente ligados ao livro didático, como fonte de informação, acabam ficando sem opção para o tão desejado conhecimento pleno acerca do assunto, com isso proporcionando um conhecimento fragmentado do tema, fato esse que também ocorre em outros países que participaram do conflito como afirma Maia afirma que:

“[...] cada país da o enfoque da guerra numa visão puxada para identidade nacional, tendo o Brasil a sua afirmação do Exército Nacional e grandes nomes da guerra, no Uruguai o enfoque no momento de guerra civil que o país encontrava-se, a Argentina afirmando que mantinha-se neutra e entrando neste conflito quase que por obrigação, além de ressaltar o expansionismo do Império brasileiro, e por último o Paraguai, que ao nosso entender constitui a guerra como seu marco histórico maior, juntamente com sua independência. Solano López aparece nos livros didáticos ora como vilão, ora, como herói e, nem a própria historiografia paraguaia tem um consenso em sua figura”. [Maia, 2014, p. 1694]

Portanto, não há como descartar os diversos aspectos de um conflito tão latente na história da América Latina e, a Guerra do Paraguai ou mais propriamente a guerra contra o Paraguai, marca indelevelmente a História contemporânea da América Latina. Essa foi a maior guerra da América do Sul e ainda precisa ser mais bem estudada na academia e fora dela, nos bancos escolares. [Mota, 1995].

O livro didático e a Guerra do Paraguai
Os livros didáticos no Brasil, em especial aqueles que são utilizados no ensino fundamental e médio, não costumam explicar os conteúdos temáticos de forma detalhada fazendo com que o tema que deveria ser aprendido e refletivo fique apenas na mera informação parcial, o que dependerá da formação do professor para complementar ou mesmo dinamizar seu uso formativo.

“A familiaridade com o uso do livro didático faz que seja fácil identificá-lo e estabelecer distinções entre ele e os demais livros. Entretanto, trata-se de objeto cultural de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo. Possui ou pode assumir funções diferentes, dependendo das condições, do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares. É um objeto de “múltiplas facetas”, e para sua elaboração e uso existem muitas interferências”. [Bittencourt, 2004, p. 301]

Ao mesmo tempo, o livro se apresenta como uma grande e importante ferramenta para o ensino e aprendizagem de história, e demais disciplinas, ainda mais se levar em conta as escolas sucateadas e a falta de investimentos, de verdade, na educação brasileira.

“O livro didático é uma das ferramentas mais importante no ensino de história. Entretanto, trata-se de objeto cultural de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo, assim sendo, dependendo das condições, do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares, é objeto de múltiplas facetas, e para a sua elaboração e uso existe intervenções”. [Silva et al, 2014, p. 02]

Segundo Stamatto [2009] não se pode negligenciar a importância do livro didático para a disciplina de história, com a qual possui estreita relação, mesmo que esse venha carregado e limitações.

Mas, quando se está estudando história, essa é uma preocupação ainda maior por necessitar do máximo detalhamento dos conteúdos e em uma realidade onde, na maior parte das vezes, o estudante só tem acesso ao livro como fonte de informação, se esse for falho irá comprometer todo o conhecimento que o aluno, ou aluna, possa a vir a ter de determinado tema. Criticado, ou não, o livro didático é ainda muito importante no cenário educacional brasileiro, mesmo em tempos cada vez mais tecnológicos.

“Por seu caráter conteudista, ele tem se firmado como peça integrante de um quebra-cabeça da aprendizagem, proporcionando o Norte também na formação do aluno frente à sociedade, pois acompanha todas as mudanças que os costumes e culturas sociais têm sofrido ao longo do tempo. Um exemplo é a modificação da estrutural que passa da tradicional historiografia francesa para novas possibilidades de abordagens ou da diversificação cultural presente, diferindo-se do que outrora foi um ensino de História eurocêntrico destinado as camadas elitizadas”. [Ramos, 2018, p. 4]

Com isso, alguns temas são simplesmente negligenciados no currículo escolar, que ate o presente momento é de responsabilidade do professor, que tem o poder de escolha sobre os mesmos, o que pode levar alguns desses a mais completa ignorância por parte de alunos e alunas. Mas, se a discussão é sobre o livro didático não se deve deixar de lado que,

Um dos principais objetivos do livro é estimular os alunos a participarem ativamente do estudo de História. Trazendo uma seleção de temas e interpretações do processo histórico. No entanto, o conteúdo desta coleção deve ser discutido, questionado e ampliado. Esperando assim que o estudante, através da reflexão histórica, amplie a consciência do que fomos para transformar o que somos”. [Cotrim, 2005, p. 3]

Assim, alguns conteúdos e temas são escolhidos para serem trabalhados no ambiente escolar, em detrimento de outros, sempre a critério do professor, na ausência de um currículo único e nacionalmente definido para todo o país.

É nesse contexto, que a Guerra do Paraguai, muitas vezes é deixada de lado já que o livro quase nunca apresenta dados que venham a cativar os educandos e docentes em uma discussão acalorada e reflexiva, fazendo com que a temática seja tratada de forma superficial ou, pior, nem mesmo entre na relação de conteúdos separados pelo professor para discussão ao longo do ano de trabalho, geralmente no 8º ano do ensino fundamental ou o 2º ano do ensino médio.

Em face desse distanciamento, o livro didático passa a ser um reflexo de tudo isso ao não ponderar sobre facetas importantes do conflito, a exemplo das tentativas de paz, patrocinadas pela Inglaterra, repúblicas sul-americanas e mesmo os Estados Unidos da América, sem sucesso. [Doratioto, 2015]

Assim, o livro didático passa a ser um reflexo da sociedade e do esquecimento, ou pouco caso, que se faz de episódios da história que deviam ser mais bem estudados já que um dos objetivos da escola é a formação do cidadão pleno que conhece a história de seu país em plenitude.

Considerações finais
A Guerra do Paraguai tem importância histórica, mas ainda é muito negligenciada no contexto escolar em face de muitas pesquisas não chegarem facilmente na educação básica, ou mesmo do pouco estímulo oferecido para o estudo da História do Brasil.

Diante dessa temática de estudos, Guerra do Paraguai, muitas linhas de investigação, estudos e analises podem surgir e todas essas pesquisas, muitas vezes, ficam restritas aos centros acadêmicos de educação superior, por motivos diversos, o que distancia também o interesse do público da educação básica em relação ao tema.

Se a educação básica brasileira tem muitas debilidades, essas são acompanhadas pelo material didático defasado que não acompanha as ultimas pesquisas, mas que em muitos casos pode representar a única ponte entre os estudantes e o conteúdo tratado, mesmo em tempos de forte aparato tecnológico voltado a educação, o que se apresenta como um longo caminho a percorrer, mas repleto de possibilidades.

Portanto, ao levar em conta a importância do tema e o seu tratamento secundário na educação básica, demonstra-se a importância do professor ao incentivar a alunos e alunas irem além do que é ensinado e discutido nas escolas e, a procura constante de outras fontes de informação e estudos para além do livro didático, mesmo sem descartar a sua importância para a educação básica.



Referências
Dr. Cleberson Vieira de Araújo é professor de História da SEECT-PB e da SEDUC – Nazarezinho/PB.

Arantes, Cleber de Araujo. Fronteira e guerra nos livros didáticos de história do Brasil e Paraguai: A educação no pós-guerra, 2013. Disponível em: www.uems.br. Acesso em 22 de junho de 2015. [internet]

BITTENCOURT, C.M. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. [livro]

Cotrim, Gilberto. Saber e Fazer - História – 5ª série – 3ª edição revista. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005. [livro]

Doratioto, Francisco. Tentativas de paz na Guerra do Paraguai. Navigator: subsídios para a história marítima do Brasil. Rio de Janeiro, V. 11, no 21, p. 119-131 – 2015. Disponível em:
http://www.revistanavigator.com.br/navig21/dossie/N21_dossie9.pdf. Acesso em 15 de abril de 2020. [internet]

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 49º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. [livro]

Maia, L. P. A construção do Herói: Francisco Solano López e os Livros Didáticos de História. In: I Encontro de Pesquisas Históricas da PUCRS, Porto Alegre. Oficina do Historiador. Porto Alegre: EDIPUCRS. p. 1683-1696, 2014. [artigo]

Massetto, Marcos T. Didática: A aula como centro. São Paulo: FTD, 1997. [livro]

Mota, Carlos Guilherme. História de um silêncio: a Guerra contra o Paraguai [1864-1870] 130 anos depois. Revista Estudos Avançados, São Paulo, v. 9, n.24, p. 243-254, 1995. [artigo]

Nova Escola. O que são objetivo, conteúdo e conceito?, 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2755/o-que-sao-objetivo-conteudo-e-conceito. Acesso em 20 de janeiro de 2019. [internet]

Ramos, A. E. Livro didático de História: Uma análise de estrutura, abordagens e conteúdos contemporâneos. Ananindeua: UFPA, 2018. [livro]

Silva, Dirceu; Lopes, E. L.; Braga Junior, S. S. Pesquisa quantitativa: elementos, paradigmas e definições. Revista de Gestão e Secretariado, v. 5, p. 1-18, 2014. [artigo]

STAMATTO, M.I.S. Legislação e Livro Didático de História. In: OLIVEIRA, M.D.; OLIVEIRA, A. [Org.]. Livros didáticos de História: escolhas e utilizações. 1ªed.Natal: EDUFRN, p. 21-32, 2009. [artigo]

10 comentários:

  1. Olá, Cleberson. Sinto que esta lacuna deixa de lado a importância da Guerra do Paraguai para os estudos de História nas séries finais, pois este conflito nos dá a dimensão das disputas territoriais nas quais o Brasil Império se envolveu e as consequências sociais e econômicas para todos os envolvidos. É de suma necessidade que para além dos livros didáticos nos professores aprofundemos este assunto em nossas turmas.
    Lidiane Álvares Mendes

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    1. Verdade Lidiane.
      E vou além, muitas universidades deixam a desejar no estudo desse importante tema. Vale ressaltar que somente na pós-graduação estudei sobre Guerra do Paraguai. Talvez, esse contexto explique um pouco do que se passa com o material didático.
      Obrigado pela reflexão.
      Dr.Cleberson Vieira de Araújo

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  2. Olá Cleberson, em seu texto você escreve "A Guerra do Paraguai tem importância histórica, mas ainda é muito negligenciada no contexto escolar em face de muitas pesquisas não chegarem facilmente na educação básica, ou mesmo do pouco estímulo oferecido para o estudo da História do Brasil". Concordo com a proposição, mas também penso que se a historiografia pensasse o ensino de história, naturalmente os conteúdos olhariam com mais detimento ao ensino, por consequência o livro didático por exemplo. Evidente que a pesquisa exige método, mas o conhecimento histórico produzido precisa chegar a sala de aula e a dicotomia entre pesquisa e ensino e grande e em parte determina nossa realidade. O que você acha?
    Abcs

    Everton Carlos Crema

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    1. Concordo plenamente com essa linha de pensamento professor, já que há um distanciamento entre a historiografia e o ensino de história e não deveria existir. Mas, talvez essa demora das pesquisas chegando a Universidade perpasse também pelos nomes que escrevem esses livros, já que são os mesmos de sempre, que esperamos que passe por mudanças profundas a partir da BNCC e da aprovação de um Currículo Nacional.
      Essa questão da historiografia, história acadêmica e história escolar, daria um belo trabalho.
      Obrigado pelo comentário professor.
      Dr.Cleberson Vieira de Araújo

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  3. Tudo bem Cleberson!
    A Guerra do Paraguai foi um episódio muito importante para as redefinições do estado e da sociedade brasileira, sendo um ponto importante de transformação em direção a Republica. Mas ela também foi apropriada também foi apropriada de diferentes formas ao longo tempo (tanto como exemplo de heroísmo, quanto de violência e intervencionismo contra os países vizinhos). Pergunto se tratar das formas como a Guerra do Paraguai foi vista ao longo do tempo não seria um modo interessante de tratar as mudanças sociais na sociedade brasileira depois daquele conflito?
    Frederico Duarte Bartz

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    1. Bom questionamento.
      A história pode ser manipulada, se o trabalho do historiador não servir a ciência. Lembre de López que, em algumas interpretações, é apontado como o causador do conflito e responsável pela destruição do Paraguai mas, hoje é considerado um herói por parte da população de lá em face da manipulação da história no período da ditadura.
      Assim também ocorreu no Brasil, já que a guerra não trouxe resultados positivos mas, tudo isso foi suprimido pela glória da vitória de três contra um.
      Como diz um dos narradores e comentaristas do documentário "Guerra do Paraguai: A nossa guerra", "História é escolha".
      Muito obrigado pelo comentário e questionamento.
      Dr.Cleberson Vieira de Araújo

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    2. Obrigado pela resposta e parabéns pelo levantamento destas questões necessárias.
      Frederico Duarte Bartz

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    3. Muito obrigado!
      Dr.Cleberson Vieira de Araújo

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  4. Boa tarde professor Cleberson.
    Seu texto a exemplo de alguns outros, traz a eminente preocupação acerca da defasagem em que hora o ensino de história tende a está, bem como reflete sobre o conteúdo "Guerra do Paraguai" o que é necessário. As discussões sobre esse assunto mostram-se cada vez mais importantes a medida que, um público está tendo contato com algo que "foge" de sua realidade e que de algum modo será(ão) impactado(s) com os desdobramentos oriundos dos debates, sejam em sala de aula ou ainda em conversas entre grupos de amigos. Sabemos que o livro didático atua diretamente na construção tanto do saber escolar como também na questão de uma identidade nacional. Preocupa-me e muito saber que as futuras gerações possam não desenvolverem um senso dito crítico tendo em vista as novas formas de ensino, onde já se tem propostas e efetivação de aulas virtuais. Gostaria de saber frente o exposto, como professores de história e aqueles que estão graduando podem agir para continuar proporcionando um ensino de história que além de trazer a tona a tão importante IDENTIDADE NACIONAL, possam também dar voz e vez aos esquecidos historicamente? Como fazer uma seleção de conteúdo uma vez que tem-se que seguir um currículo que por vezes mina a abordagem de alguns temas?

    Att.

    Antonio Marcos de Lima
    Graduando em História.

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    1. Ótima abordagem.
      No Brasil o currículo é muito flexível. Mas, sabemos, que o ENEM dá o tom de nossas ações, principalmente no ensino médio. Nos restando contrabalancear e fazer o possível para, primeiro, atrair a a atenção de alunos e alunas para o tema de estudos e por fim transformar a informação em conhecimento, e não é tarefa fácil.
      Para tanto, mesmo em tempos de tecnologia latente, o livro didático muito pode nos ajudar, se esse for bem produzido e se a formação do professor for sólida (já encontrei erros grosseiros nos livros com os quais trabalho).
      Então, os desafios se impõem. Vamos correr ou fazer como López e morrer pela pátria?
      Dr.Cleberson Vieira de Araújo

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