PRÁTICA TEATRAL NO ENSINO DE HISTÓRIA
Na tentativa de
motivar e impulsionar os diferentes saberes e habilidades presentes em cada
estudante, o labor do ensino e aprendizagem em sala de aula ou em qualquer
espaço do ambiente escolar, implica em análises constantes das práticas
pedagógicas. Pensando nisso e no próprio movimento de reavaliação dos métodos e
técnicas de ensino, iniciamos no ano de 2019 uma pesquisa em conjunto entre
duas instituições públicas que contemplam o Ensino Médio no Estado do Paraná,
com o objetivo de perceber as possibilidades e contribuições da prática teatral
no ensino de História.
Entretanto, para
esta análise iremos destacar e analisar a atividade precursora desta pesquisa a
qual, se iniciou ainda no ano de 2017 quando, por meio de uma oficina, lançamos
o desafio para uma turma de segundo ano do Ensino Médio, que consistia na elaboração
de uma peça teatral como mecanismo de aprendizagem e avaliação para o conteúdo
que seria selecionado.
Nesta proposta
inicial, havia uma ressalva: era necessário que toda turma trabalhasse em
conjunto evitando a formação de grupos com temáticas ou trabalhos distintos e
todos estariam engajados em atingir o mesmo resultado, desenvolvendo as etapas
da peça em um único grupo. Algumas falas que emergiram naquele primeiro
encontro da oficina foram: “Isso nunca vai dar certo!”; “Todo mundo junto? Como
vamos fazer isso?”. Cada estudante teria a grande tarefa de buscar ajudar ao
próximo e ao mesmo tempo respeitar as limitações que cada indivíduo fosse
apresentar.
Mas porque uma
peça teatral? Ao longo do período escolar uma das preocupações está na
tentativa de identificar as diferentes habilidades e conhecimentos, bem como as
dificuldades que cada estudante carrega consigo. Constatamos que alguns
estudantes apresentavam dificuldades na forma de se expressar oralmente em
público, outros com ampla desenvoltura para a oratória não se engajavam na
leitura dos conteúdos propostos. Havia também aqueles que eram bons em
conteúdo, mas que de alguma maneira não se relacionavam com os demais colegas e
por fim, aqueles que pouco realizavam ou participavam das aulas, ou seja, não
faziam atividades e nem mesmo as tarefas. Como atingir todas essas diferenças
na tentativa de conciliá-las no processo de aprendizagem? Podemos dizer que
esta é uma das perguntas balizadoras da pesquisa que se encontra em andamento e
ocupa papel fundamental na condução dos trabalhos.
Tendo em vista a
grade curricular e os conteúdos programáticos ao qual estávamos trabalhando, o
tema selecionado para elaboração da peça teatral foi A Revolução Francesa, na
qual pela complexidade e amplitude dos diferentes movimentos que se estenderam
ao final do século XVIII, caberia aos estudantes esmiuçar cada fragmento que de
alguma maneira contribuiu para a grande mudança na conjuntura política
francesa. Os estudantes tinham como objetivo identificar os distintos atores
sociais envolvidos; como estes atores agiram nos diferentes momentos do
processo revolucionário, como os ideais Iluministas motivaram a revolução;
quais influências esta experiência levou para os demais países do mundo e como
esta experiência poderia ser pensada na contemporaneidade. Para isso, optamos
por um recorte temporal estabelecido entre 1780 até 1799, período no qual a
França reconfigurou sua estrutura política dando fim a revolução.
O objetivo geral
deste processo de aprendizagem estava pautado no entendimento do conteúdo e de
sua importância para compreender os movimentos revolucionários no mundo, mas
também, na tentativa de fazer com que este processo educativo pudesse ser
desenvolvido de maneira colaborativa onde cada estudante pudesse contribuir com
os demais colegas construindo diferentes formas de conhecimento em uma rica
experiência escolar. De forma
específica, seria possível estimular aqueles com dificuldades de expressão
oral, engajar os menos motivados e permitir a fortificação das relações
estudantis, fazendo com que todos trabalhassem pelo e para o grupo.
O processo foi
dividido em quatro eixos: leitura e debate do material selecionado; confecção
do cenário e figurino; elaboração do roteiro e apresentação da peça. Com relação
aos materiais selecionados, os alunos puderam ler e discutir alguns capítulos
da obra de Roger Chartier Origens
Culturais da Revolução Francesa e de Eric J. Hobsbawm em sua obra a Era das Revoluções – 1789 – 1848. Além
disso, assistimos o documentário produzido pela History Channel intitulado A Revolução Francesa, disponível no Youtube.
Com relação aos
capítulos dos livros, os estudantes fizeram uso do aparelho celular para
fotografar as páginas selecionadas e compartilhar com os demais colegas em um
aplicativo, permitindo a circulação do material e demonstrando organização e
capacidade de gerenciamento. As novas tecnologias proporcionaram maior
agilidade e economicidade na divulgação dos materiais bem como, facilitaram a
capacidade de organização da turma proporcionando rápida comunicação em um
curto espaço de tempo.
Para
dar maior suporte teórico ao tema utilizamos a obra do historiador britânico
Eric J. Hobsbawm, A Era das Revoluções
1789-1848. Foram selecionados alguns capítulos para que servissem de
material de leitura e posteriormente fossem apresentados e discutidos em sala
por meio de rodas de conversa. Entre estes estão: Capítulo 1 - O mundo na
década de 1780 e Capítulo 3 – A Revolução Francesa. Cabe destacar que para cada
capítulo as rodas de conversas funcionaram como momentos quase informais onde
os estudantes tiveram a oportunidade de esboçar suas dúvidas e entendimentos.
Infelizmente nem todos se posicionaram e os que apresentavam dificuldades de
fazer uma explanação oral em público continuaram em silêncio. Um desafio que se
colocou desde o início, mas que seria superado.
Outra
obra utilizada como base teórica foi Origens
Culturais da revolução Francesa, do historiador francês Roger Chartier.
Nesta por sua vez, quatro capítulos foram selecionados: Introdução; Iluminismo
e revolução - Revolução e Iluminismo; será que livros fazem revoluções?; e por
fim, uma nova política cultural. Assim como na obra de Hosbbawm, para cada
capítulo foi destinado um momento de debate em rodas de conversa que permitiram
a troca de conhecimentos.
Ainda
na etapa destinada as leituras e debates em torno da temática, utilizamos uma
apresentação fílmica com o documentário A
Revolução Francesa, produzido pela History Channel e de fácil acesso no
Youtube. O objetivo principal foi permitir aos estudantes visualizar um pouco
da conjuntura francesa no século XVIII, assim como, os detalhes dos momentos
que conduziram ao processo revolucionário.
Por
meio do documentário a turma pode observar e pensar na elaboração dos elementos
que iriam constituir o cenário da peça teatral, elaborar figurinos e construir
elementos textuais para compor o roteiro teatral, elaborando frases e diálogos
para cada personagem do elenco. Com duração de uma hora e trinta minutos, a
amostra fílmica foi disponibilizada ao longo de uma semana e os estudantes
estavam orientados a realizar as anotações necessárias, tendo como norteadores
os elementos supracitados. Cabe destacar que foi disponibilizado o endereço
eletrônico do vídeo, https://www.youtube.com/watch?v=xV5g84ROXbE, para que cada
estudante pudesse de maneira individual ou em grupos menores, conforme
interesse, realizar novas leituras sobre o documentário.
É
importante salientar que as rodas de conversar foram organizadas de maneira que
pudessem contar com uma equipe mínima responsável por fomentar o debate. Esta
equipe estava formada por professor, dois alunos fomentadores e um estudante
responsável por anotar e organizar as inserções, para que desta maneira, mesmo
diante de momentos com pouca participação pudéssemos avançar com o conteúdo e
provocar outros integrantes para o debate.
As duas etapas seguintes, apesar de
acontecerem com maior ênfase nas semanas finais, foram sendo construídas de
maneira intrínseca durante os momentos de leituras e debates propostos na
primeira etapa. A confecção do cenário e figurino, bem como a elaboração do
roteiro, lentamente foi sendo inserida nas rodas de conversas.
Nesta dinâmica conforme avançamos nas leituras
dos conteúdos selecionados a turma como um todo passou a apresentar suas
demandas, perguntas e considerações referentes aos materiais que iriam utilizar
na confecção do cenário, quais os modelos de figurinos seriam adotados, quem
desempenharia cada papel, e principalmente, surgiram reflexões quanto às falas
que iriam compor o roteiro. De maneira quase orgânica, cada sujeito foi
inserindo-se nos trabalhos passando a vislumbrar um objetivo comum.
Lentamente
o sentimento de pertença com relação ao desenvolvimento da peça teatral foi
sendo desenvolvido e com isso, os sujeitos passaram a edificar identidade ao
tema. A turma como um todo gradativamente construiu sentimentos de pertença.
Eles falavam de seus personagens durante as aulas, imaginavam situações,
pensavam em como poderiam desempenhar determinadas ações e muitas vezes
lançavam mãos de anotações para cristalizar frases que seriam utilizadas no
momento final. Um único tema unificou uma turma plural, a qual superou as
diferenças e aprendeu a respeitar as limitações de cada indivíduo.
A
última etapa foi marcada pela apresentação da peça. Tendo em vista todo o
público escolar que iriamos receber, entre estes, técnicos administrativos,
professores, demais estudantes que não estivessem em horário de avaliação e
trabalhadores terceirizados, optamos por realizar esta etapa final em um espaço
da biblioteca, um local amplo, bem iluminado e com disponibilidade de inserção
de cadeiras. A escolha foi definida em conjunto durante as aulas e os próprios
estudantes fizeram a indicação do local.
A
peça em si contou com uma duração de aproximadamente 35 minutos e foi
contemplada com um público que lotou o espaço disponibilizado. No decorrer da
peça alguns momentos foram marcantes e demonstraram com clareza que o processo
de aprendizagem havia trilhado por caminhos seguros. O primeiro deles foi
quando um dos estudantes, o qual já havia constatado uma grande dificuldade
para se expressar em público realizou sua inserção. Diferente de outras
práticas avaliativas como os seminários, nos quais ele não conseguira uma boa
explanação de suas ideias, desta vez, revestido pelo seu personagem, um
intelectual Iluminista, colocou-se de maneira clara e com um bom tom de voz
dando destaque a suas narrativas. Perceber que aquele estudante em específico
estava engajado e conseguira superar as angústias de uma apresentação em
público foi o primeiro ponto positivo que a peça teatral colocou em evidência.
Outro
momento foram as narrativas de Robespierre apresentadas durante toda a peça. O
estudante que desempenhou este trabalho em outros momentos apresentara
demasiada resistência em realizar leituras, porém, sob o papel ao qual fora
designado, debruçou-se sobre o roteiro e a maneira que Robespierre estava
marcado no documentário estudado. Para desempenhar um bom papel somente com o
empenho em diversas leituras isso seria possível, e foi o resultado percebido
durante toda a apresentação.
Chamou
atenção o envolvimento estabelecido para o desempenho da apresentação. Houve
sincronia em cada cena que desenvolvida. Enquanto alguns retiravam o cenário já
utilizado, outros realizavam a montagem do próximo e consequentemente os
personagens se posicionavam, demonstrando efetividade e amadurecimento na organização,
maximizando assim a utilização do tempo e espaço.
De
maneira louvável a turma conseguiu estabelecer uma ponte reflexiva entre o
movimento revolucionário vivido na França do século XVIII e a conjuntura
nacional na contemporaneidade. Ao final da peça, após consumado todos as
etapas, a estudante que havia interpretado a rainha Maria Antonieta, surgiu
como narradora e declamou um texto produzido pelos próprios alunos, um texto
crítico lançando olhares para o presente a partir das lutas sociais do passado.
Foi um momento que definitivamente delineou o grau de amadurecimento teórico
que a turma desenvolvera ao longo de todo o período.
Por
fim e para refletir sobre os sentimentos de pertença e identidades construídos
e vivenciados pela equipe, uma cena em específico chamou atenção e por sua vez
não fazia parte do roteiro. Após a finalização da peça e no momento que os
convidados já se retiravam, todos os integrantes se reuniram na parte de trás
do palco, e numa espécie de círculo, cada qual com sua mão estendida ao centro
umas sobre as outras, bradaram fortemente e comemoraram a etapa vencida.
Para
muitos pode parecer algo simples, entretanto, aquele momento marcou com clareza
todo o esforço desenvolvido, todo enfrentamento e tensão que cada debate gerou
e mesmo assim, diante de todas as diferenças e particularidades tornaram-se uma
força em conjunto trabalhando por um bem comum. Aquele brado, as risadas que se
sucederam posteriormente, as vozes exaltadas, a necessidade de contar ao outro
o nervosismo vivenciado, foram mensagens que marcaram e definiram que a
atividade havia cumprido o seu papel. Restava para todos nós apenas contemplar
as emoções em que estávamos envolvidos.
As dificuldades de
oralidade foram superadas, a capacidade organizativa ampliada, houve ampla
participação nas leituras e debates com objetivo de obterem um maior número de
informações em torno do tema, e por fim, a turma passou a respeitar e entender
as diferenças como elementos que agregam valor às praticas sociais, cada qual,
capaz de contribuir para o bem-estar do grupo. Houve dedicação, organização e
engajamento permitindo que o conteúdo fosse discutido, fugindo dos velhos
modelos de aulas expositivas e estimulando nos estudantes a vontade de criar e
descobrir.
Na semana seguinte,
com todos os trabalhos já concluídos realizamos uma pequena confraternização em
sala onde cada integrante pode contribuir com algum alimento. Foi um momento de
descontração, mas também repleto de reflexões das etapas vivenciadas. Em um
clima cordial, conversamos sobre as experiências e quais aprendizados haviam
sido construídos. Neste bate papo, chamou-me atenção os vários relatos que
mencionavam que a prática do teatro havia permitido aprender com maior vigor os
conteúdos propostos e que de alguma maneira aqueles conhecimentos estavam
consolidados em suas memórias. Certamente uma experiência como tal, é algo que
perdurará nas lembranças destes estudantes, e para além dos conteúdos, foram
consolidadas relações de reciprocidades que passaram a fazer parte de suas
memórias de vida.
Diante das
incertezas estabelecemos como principal critério a tentativa de realização de
avaliação contínua em cada etapa, com intuito de encontrar falhas e tentar
superá-las o mais breve possível. Para isso, foi primordial o diálogo com a
turma e as rodas de conversas que forneciam elementos capazes de medir a
evolução e o amadurecendo dos estudantes em torno do tema. Após a conclusão, o
que ficou enquanto experiência docente foi uma grande vontade de realizar novas
tentativas em outras turmas e com outras séries de ensino, tornando o espaço
escolar um ambiente que permita a valorização da amplitude dos conhecimentos
trazidos por cada sujeito. Transformar o ambiente escolar em um lugar que
promova a autonomia dos estudantes tornou-se um dos grandes objetivos agora
traçados.
Após muita
reflexão, vivenciar esta experiência promoveu alguns aprendizados. O primeiro
deles foi perceber que a juventude está apta e apresenta interesses em aprender
e discutir temas relacionados às conjunturas políticas, sociais e econômicas. O
anseio por mudanças e o desejo de ser parte atuante em seus espaços de
convivência, também foi algo que ganhou notoriedade neste trabalho. Os
estudantes em diversos momentos, conforme foram conhecendo o tema e
debruçando-se sobre os desdobramentos da Revolução Francesa, perceberam que a
história da humanidade está marcada por acontecimentos feitos por pessoas
comuns e não por heróis, as quais são os motores de transformações ao longo do
tempo.
Além disso, foi
possível compreender que a prática pedagógica deve ser também pautada pelos
desafios e que muitas vezes, o mais sensato a ser feito é fugir das zonas de
conforto para que possamos alcançar os objetivos traçados. Sair da rotina de
sala de aula, organizar os estudantes em grupo, traçar métodos e referenciais teóricos,
permitir espaços de debate e divergência, são situações que muitas vezes vão
além da formação de muitos professores, e por isso, são deixadas de lado, pois
demandam tempo e empenho. Fico feliz em dizer que cada segundo de trabalho
desempenhado nesta atividade foi extremamente enriquecedor e que demonstrou
melhores resultados do que qualquer aula expositiva outrora realizada na turma
em questão.
Cabe destacar que
apesar do sucesso obtido, deve ser levado em consideração todos os aspectos
culturais, sociais e econômicos presentes no espaço escolar. A réplica de
metodologias nem sempre alcança os mesmos objetivos ou colhe os mesmos
resultados, pois deve ser adaptada para cada ambiente encontrado. Não se trata
de uma receita que deve ser seguida, apenas de experiências que poderão ser
pensadas e utilizadas como modelos para outras formas de avaliação. O que
relatamos aqui foi uma experiência dentre outras que estão em desenvolvimentos
e análise e cada qual com pontos peculiares ligados principalmente a realidade
estudantil de cada espaço. Também cabe dizer que identificamos pontos comuns
que permitem lançar ponderações significativas sobre a prática docente.
Esta prática
pedagógica foi capaz de demonstrar como a relação professor e aluno pode muitas
vezes ser construída de maneira horizontal e democrática. Estabelecemos
diálogos, traçamos estratégias e definimos cenários, figurino e local de
apresentação tudo por meio dos debates e quando não havia um consenso,
estabelecíamos uma votação que era respeitada. Foi um processo transparente,
democrático e que proporcionou autonomia aos estudantes colocando-os como
sujeitos provedores de mudanças no espaço escolar. Ainda hoje me pego
refletindo sobre as relações recíprocas e mútuas desenvolvidas, algo que me deixa
completamente feliz por simplesmente ter tentado.
Os resultados
alcançados nesta prática demonstraram a superação das dificuldades em equipe, a
valorização e respeito às distintas habilidades presentes no ambiente escolar,
a assimilação e aprendizado do conteúdo de forma eficaz e estimulante, a
ampliação das relações de reciprocidades, a consolidação das relações entre
professor e aluno e a demonstração da capacidade organizativa dos estudantes e
de sua autonomia. Mas também podemos concluir que a mesma atividade não pode
ser replicada, pois deverá sofrer as devidas alterações conforme cada espaço
escolar. O tempo de execução, o número de estudantes em sala e até mesmo a
carga horária semanal, são alguns mecanismos que promovem modificações na aplicação
desta forma de ensino.
Referências
Dr.
Rudy Nick Vencatto. Doutor em História Cultural pela Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC. Docente do Instituto Federal do Paraná – IFPR.
Dra.
Franciele Aparecida de Araujo. Doutora em História Social pela Universidade
Federal de Uberlândia – UFU. Docente da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná – SEED/PR.
CHARTIER,
Roger. Origens Culturais da revolução Francesa. UNESP, 2009. [livro]
HOBSBAWM,
Eric J. A Era das Revoluções 1789-1848. Paz e Terra,2009. [livro]
HISTORY
CHANNEL. A Revolução Francesa. Disponível em:
Meus parabéns ao trabalho, pela forma como é narrado consigo quase que sentir as cenas e experiências vividas, fiz um trabalho utilizando o Teatro no Ensino de História também e vi com meus próprios olhos muitas dessas cenas contadas, é um trabalho muito gratificante, e que muda totalmente a forma que os professores se relacionam com os alunos, como os alunos se relacionam com os próprios alunos, e como estes também se relacionam com os temas. Ao realizar minha experiência, apesar de pesar na balança mais aspectos positivos ao final, percebi algumas dificuldades, principalmente em choques com a organização escolar e com as questões de uso de tempo e uso de espaço, vocês tiveram problemas semelhantes? Como conciliaram exigências curriculares e escolares? Que tipos de situações desafiadoras se apresentaram?
ResponderExcluirAbraço.
Matheus Siqueira Barboza
Oi Matheus tudo bem ? Estou desenvolvendo uma pesquisa sobre o uso do teatro nas aulas de história. Não sei se seria interessante. Gostaria de bater um papo sobre o assunto ?
ExcluirOlá Matheus Siqueira Barboza, muito obrigado pela leitura e por compartilhar vossos olhares conosco. Fico feliz por conhecer colegas de área que também atuam e vislumbram campos do saber historiográfico comuns. Quanto a sua primeira pergunta no que se refere aos choques com a gestão escolar e questões de uso do tempo e espaço, nesta atividade narrada o tempo de alguma forma excedeu aquilo que havia sido planejado. Entretanto, entendemos que como a aprendizagem estava ocorrendo de forma produtiva optamos por encarar este desafio. No que se refere aos embates com gestão escolar nesta atividade isso não ocorreu mas se trata de uma situação que emergiu em experiências posteriores. Infelizmente por conta de décadas de um modelo educativo pautado na exposição de conteúdos nem todos conseguem compreender os usos e contribuições de outras metodologias. O grande desafio nesta experiência narrada foi administrar o tempo e fazer com os estudantes passassem a perceber o papel educativo da ação, algo que ocorreu ao longo da atividade. Muito obrigado pelas considerações e fico a disposição para intercâmbio de ideias e experiências. Grande Abraço.
ExcluirRudy Nick Vencatto
Observei no texto os referenciais para o objeto de conhecimento Revolução Francesa. Porém, gostaria de saber quais os referenciais teórico-metodológicos utilizados para Teatro no Ensino de História.
ResponderExcluirANDERSON DANTAS DA SILVA BRITO
Gostaria de saber tb.
ExcluirOlá Anderson Dantas da Silva Brito. Quanto aos referenciais para o uso teatral no Ensino de História, utilizamos a obra de Libéria Rodrigues Neves e Ana Lydia B. Santiago, "O uso dos jogos teatrais na educação", a qual fornece conceitos introdutórios e exemplos práticos que auxiliam a pensar atividades no campo da História.
ExcluirObrigado pela leitura e fico a disposição para a troca de conhecimentos.
Rudy Nick Vencatto
Parabéns Rudy Nick pelo trabalho desenvolvido, achei formidável a forma a qual foi aplicado. Gostaria de saber se podemos vè essa forma de ensino como um ensino construtivista?
ExcluirSim podemos. Os alunos são verdadeiros protagonistas neste processo e o professor atua como um grande mediador provocando e inserindo conteúdos que gradativamente vão gerando problemas e sendo resolvidos pelos estudantes.
ExcluirRudy Nick Vencatto
Olá Rudy nick e Franciele!
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de parabenizar pelo belo trabalho!
A docência é um profissão que exige saber remediar vários aspectos que influenciam no processo ensino/aprendizagem, tanto com relação aos conteúdos quanto a subjetividade de cada aluno, portanto me agradou muito a alternativa de trabalhar com o teatro. No decorrer do texto vocês relatam como ocorreu o processo de implantação da proposta e como a mesma ocorreu, no entanto, gostaria de saber como foi essa experiência para vocês? O que mais agradou vocês no decorrer do processo?
Att
Sthefany Matheus da Silva.
Olá Sthefany. Obrigado pela contribuição e por dividir nossos anseios. Confesso que no início havia muitas dúvidas e principalmente angústias, pois a possibilidade de não funcionar anda atrelada aos desafios que nos colocamos. Ao final de tudo podemos afirmar que foi extremamente exitosa e o que mais nos agradou não foi apenas o envolvimento com a temática e o conteúdo, mas principalmente as relações interpessoais e os laços e sentimentos de pertença que a turma desenvolveu. O engajamento em buscar um bem comum foi algo que superou nossas expectativas. Outro ponto, algo mais especifico e individual, foi ver aflorar habilidades outrora pouco exploradas ou escondidas. Um dos estudantes mais tarde se envolveu em um projeto de extensão com a prática teatral, e foi justamente nessa atividade que ele despertou para este conhecimento. Foi extremamente gratificante.
ExcluirFranciele Aparecida de Araujo
Boa noite Nathália. Muito obrigado pela leitura e por compartilhar este momento conosco. Sim podemos definir como construtivista tendo em vista que os estudantes atuam como sujeitos ativos deste processo, verdadeiros protagonistas conduzindo as atividades e buscando superar as dificuldades de forma gradativa. O professor atua como um mediador estimulando e provocando situação que permitem questionamentos e avaliações por parte dos envolvidos. Trata-se de uma atividade onde todos os envolvidos poderão construir conhecimento inclusive o próprio docente.
ExcluirFranciele Aparecida de Araujo
Boa noite Rudy Nick.
ResponderExcluirQuero parabenizar pelo trabalho, como é importante perceber que podemos, ensinar ao estudantes utilizando outros meios. Quero saber se podemos definir essa forma que foi trabalhado com os alunos, como um ensino construtivista?
Nathália Vieira de Abreu
Boa noite Nathália. Muito obrigado pela leitura e por compartilhar este momento conosco. Sim podemos definir como construtivista tendo em vista que os estudantes atuam como sujeitos ativos deste processo, verdadeiros protagonistas conduzindo as atividades e buscando superar as dificuldades de forma gradativa. O professor atua como um mediador estimulando e provocando situação que permitem questionamentos e avaliações por parte dos envolvidos. Trata-se de uma atividade onde todos os envolvidos poderão construir conhecimento inclusive o próprio docente.
ExcluirFranciele Aparecida de Araujo
Olá professores, parabéns pelo trabalho! Muito proveitoso e importante para o ensino da história pelo corpo em movimento. Sou graduando em história pela UFPA e Intérprete Criador pela Escola de Teatro e Dança da UFPA. Atualmente estou escrevendo meu TCC sobre a mesma temática, porém ampliei para a Dança também. Gostaria de apontar que senti falta dos aportes teóricos artísticos. Trabalho de voz, aquecimento e alongamento são importanticimos e precisam ser esclarecidos. Creio que para ampliação da pesquisa devem procurar referências como Augusto Boal, Viola Spolin, Olga Reverbel que são do teatro. Estas últimas possuem livros próprios sobre teatro na sala de aula. Também não deixo de comentar que possuo artigo publicado sobre a temática e espero que contribua. Artigo: A História em Corpos Interpretativos. Anais Eletrônicos do evento História e Parcerias. 2019.
ResponderExcluirOlá Felipe, muito obrigado pela leitura e principalmente pelas contribuições. Tendo em vista que a comunicação permitia um número reduzido de páginas optamos por dar maior fôlego para a narrativa da prática com o intuito de demonstrar que é possível aplicar metodologias que vão além do ensino expositivo e deixamos um pouco a desejar no referencial. Fico feliz pelas referências citadas uma das quais é nossa norteadora teórica para pensar essa ação. Muito obrigado por indicar seu artigo, tenha certeza que iremos desfrutar desta troca de conhecimentos. Grande abraço.
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