POLÍTICAS EDUCACIONAIS PÓS 1988; SUAS CRÍTICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
Intentamos
analisar alguns documentos norteadores da política educacional brasileira em
vigor desde o processo de redemocratização do país ocorrido a partir de 1988.
Os temas orientadores da discussão num primeiro momento serão as Diretrizes
Curriculares Nacionais – DCN -; o Plano Nacional de Educação – PNE -, e a Base
Nacional Comum Curricular – BNCC. Em conjunto, mas não unicamente, são esses os
documentos sobre os quais se encontram estruturadas as bases nacionais da
educação brasileira juntamente com a Carta Magna de 1988 e a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394 de 1996. Num segundo momento e
considerando a BNCC, será feita a apresentação das proposições desse documento
no que concerne ao ensino de História nas etapas do Ensino Fundamental Básico.
O primeiro
documento a ser discutido serão as DCN, exatamente o último documento a ser
produzido acerca do tema. Analisar em primeiro lugar as Diretrizes permite
partir de um campo conhecido que é a forma como a educação está estruturada na
atualidade para compreender, em retrospectiva, como essa proposta educacional
foi gestada. Em seguida analisaremos o Plano Nacional de Educação, documento
cuja previsão de existência já constava da LDB 9394/1996 assim como as DCN e a
BNCC. A reflexão sobre este último documento contará com uma análise acerca da
forma como o ensino de História foi articulado para o Ensino Fundamental e
Médio. Com esses temas e conteúdos acreditamos suscitar mais interesses em
conhecer melhor as políticas que regem a Educação no Brasil do que esgotar suas
potencialidades.
É importante
considerar que o ensino no Brasil pós 1988 foi influenciado por discursos
pedagógicos marcados pela valorização da cultura e sobretudo, pelo conceito de
Noosfera, algo como o espaço ou esfera onde ocorrem interferências de diversas
instituições, como a família, a escola, os meios de comunicação sobre a
formação do conhecimento humano. Demarcando com isso, que a escola não espaço
privilegiado de aquisição de conhecimento e sim, uma dentre diversas formas de
aprendizado. Carvalho, filósofo e professor, avalia a presença desses discursos
pedagógicos da seguinte forma:
“Desde
sua difusão no Brasil, os discursos pedagógicos e as políticas públicas de
educação têm procurado explicitar o papel dos fatores extraescolares - como a
transformação de uma herança cultural de classe em capital cultural
escolarmente rentável - no desempenho dos alunos oriundos de famílias pouco
escolarizadas e de baixa renda. O impacto pedagógico desses estudos críticos se
cristalizou, grosso modo, em duas vertentes
distintas, mas solidárias. Por um lado, ele resultou no surgimento de uma visão
cética - ou mesmo niilista - para a qual a identificação da escola com os
ideais de emancipação pessoal e de igualdade de oportunidades não passaria de
um ardil ideológico cujo verdadeiro objetivo seria dissimular as estruturas de
dominação e reprodução de privilégios. Paralelamente - e em alguma medida como
resposta a essas tendências - intelectuais e responsáveis por políticas
públicas de educação se dedicaram a apresentar justificativas teóricas e propor
medidas práticas visando superar ou, ao menos, atenuar os efeitos dessa
dinâmica de reprodução das desigualdades. Seus programas de ação passaram,
então, a sugerir a necessidade de uma ruptura com os formalismos da cultura
escolar e a adoção de um currículo mais adaptado aos alunos oriundos das
classes populares.” [Carvalho, 2019 grifo do autor].
A
adoção de currículos flexíveis, plasmada na BNCC de 2018, portanto, é parte
dessa tentativa de atender às demandas de uma cultura escolar que compreende os
alunos e alunas como indivíduos com realidades extraescolares que os conformam
tanto quanto as atividades desenvolvidas nos ambientes escolares
institucionais. E, as DCN, nosso primeiro documento analisado, são parte do
processo que gestou a BNCC.
As Diretrizes
Curriculares Nacionais - DCN
Uma diretriz pode
ser tanto uma linha que determina um traçado quanto o esboço de um plano um
projeto, ou seja, uma diretriz é algo que indica um caminho, uma orientação. E,
no que tange às DCN, uma diretriz significa orientação para o pensamento e
educação em âmbito escolar e se configura como uma das políticas públicas
educacionais vigentes no Brasil.
O documento
contendo as diretrizes está disponível na internet e foi aprovado no ano de
2010 sob o Parecer emitido pelo Conselho Nacional de Educação – CNE/CEB nº
07/2010. Historicamente a produção das DCN segue o protocolo estabelecido pelo
artigo 9º alínea “c” da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN
nº 9394/1996 publicada em 1996 e pela Resolução CNE/CEB nº 02/1998.
A imagem abaixo
mostra como a educação, pós redemocratização foi sendo organizada a partir da
Constituição Federal de 1988:
Fonte: Elaborado
pela autora.
Como podemos
observar, as DCN são um dos últimos documentos a serem elaborados desde que em
1988 a Constituição Federal instituiu a educação para todos. Contudo, iniciar
esse texto trabalhando esse documento nos aproxima do nosso cotidiano de forma
que iremos vislumbrar, retroativamente, como se organizou o ensino no Brasil
pós redemocratização.
De acordo com a
Resolução 02/1998 cabe às DCN definir:
“[...] sobre princípios, fundamentos e
procedimento da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos
sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de
suas propostas pedagógicas” [BRASIL, 1998a].
E, são seus
objetivos de acordo com o próprio documento das Diretrizes:
“I – sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação
Básica contidos na Constituição, na LDB e demais dispositivos legais,
traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica
comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à
escola; II – estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a
formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico da escola de
Educação Básica; III – orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais
– docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos
dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da
rede a que pertençam” [BRASIL, 2013, p. 07].
Com base nos
objetivos acima, as DCN foram pensadas considerando que a sociedade tem uma
história própria marcada por tramas nas quais as diferentes dimensões sociais
se encontram, se entrelaçam e se distanciam num movimento simultâneo, contínuo
e complexo. Pois, a sociedade contemporânea movimenta-se na continuidade e na
descontinuidade, na universalização e na fragmentação [BRASIL, 2013, p. 15].
Diante dessa
complexidade, às DCN cabem garantir o direito humano universal e social
inalienável à educação de forma a potencializar o cidadão de forma plena em sua
dimensão planetária. Nesse sentido, “a educação é, pois, processo e prática que
se concretizam nas relações sociais que transcendem o espaço e o tempo
escolares” [BRASIL, 2013, p. 15] e por isso, deve atender à essa demanda social
plural. E, para que esse cidadão pleno se efetive é necessária a socialização
da cultura da vida, espalho de construção, manutenção e transformação dos
saberes, conhecimentos e valores.
Para levar a
campo seus objetivos, as Diretrizes estabelecem as bases comuns nacionais para
a os diversos níveis e modalidades da educação no Brasil como podemos ver na
imagem abaixo:
Fonte: Elaborado
pela autora.
Para atender à
demanda educacional de níveis e modalidades de ensino, as DCN se constituíram
operacionalizando e atuando diretamente nas escolas orientando o projeto
político pedagógico, o regimento escolar, o sistema de avaliação, a organização
escolar e a gestão democrática. A formação inicial e continuada do professor e
o compromisso com uma educação integral para todos são outros elementos que
constituem as Diretrizes e que foram elaborados de acordo com os princípios
constitucionais de 1988 e com a LDB 9394/1996.
Autores como
Carvalho [2019], tecem críticas ao aspecto democrático e igualitário proposto
pelas DCN. Segundo ele, o desafio é fazer da escola um espaço potencial de
experiência da igualdade, tomando-a como um princípio universal potencialmente
presente “na escola” e nas práticas cotidianas, tensão para o autor que as DCN
não foram capazes de superar [Carvalho, 2019].
O Plano Nacional
de Educação - PNE
A seguir iremos
estudar o Plano Nacional de Educação – PNE -, outro documento que direciona o
sistema educacional brasileiros e que também estava previsto na Lei de
Diretrizes de Bases da Educação Brasileira em 1996.
Embora esteja
consolidado o uso no singular do Plano Nacional de Educação, na realidade nós
já estamos na terceira versão desse documento. O primeiro deles foi elaborado
no ano de 1962 e atendeu aos pressupostos da LDB nº 5692/61; o segundo Plano
foi organizado durante o processo de redemocratização da sociedade brasileira e
se alinhou com as diretrizes da LDB nº 9394/96 assim como também ocorreu com o
Plano em vigor desde o ano de 2014 e com prazo de avaliação e término para o
ano de 2024.
Nesse sentido,
podemos dizer que no Brasil houve Planos Nacionais de Educação que se alinharam
aos momentos históricos decorridos desde os primeiros anos da década de 1960
até os dias atuais e que, certamente, sofrerão novas intervenções e modificações
uma vez que os Planos são elaborados de acordo com as demandas da sociedade e
dos modelos educacionais pretendidos pelos governos.
Com relação aos
históricos dos Planos, o primeiro deles adotado em 1962 foi divido em duas
partes e num primeiro momento buscava “traçar metas para um Plano Nacional de
Educação e, numa segunda parte, estabelecer as normas para a aplicação dos
recursos correspondentes aos Fundos de Ensino Primário, do Ensino Médio e do
Ensino Superior” [COMISSÃO..., 2020].
Esse primeiro Plano
foi superado por propostas pedagógicas que acordavam com o contexto histórico
dos anos 1980 marcado pelo processo de redemocratização da sociedade
brasileira. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 o Plano de
educação foi mencionado no artigo 214 desse documento que visava fomentar uma
sociedade nos modelos democráticos de administração, educação e cidadania
dentre outros aspectos. A Carta Magna, portanto, se opunha ao período militar
que vigorara entre 1964 e 1985 no Brasil.
Sobre o PNE, assim
está exposto na CF/88:
“Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em
regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes
públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto” [BRASIL, 1988b].
E, na LDB nº 9394
de 1996, é referido como sendo de incumbência da União a elaboração do PNE em
colaboração com Estados, o Distrito Federal e os municípios. De acordo com o
Artigo 87, parágrafo 1º da LDB 9394/96:
“§1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei,
encaminhará ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes
e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre
Educação para Todos” [BRASIL, 1996].
Esse segundo
Plano foi sancionado pela Lei nº 10.172 de nove de janeiro de 2001 e teve, como
indicado pela LDB 9394/96, vigência decenal e, atualmente a educação brasileira
se organiza a partir do PNE publicado em junho de 2014 e tem vigência até o ano
de 2024. De acordo com esse documento, os objetivos do PNE são:
“[...] induzir e articular os entes federados na elaboração de políticas públicas
capazes de melhorar, de forma equitativa e democrática, o acesso e a qualidade
da educação brasileira. Como sintetiza o documento do Ministério da Educação [MEC], “Planejando a
Próxima Década – Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação” [Brasil.
MEC, 2014, p. 7], um plano “representa, normalmente, reação a situações de insatisfação e, portanto, volta-se na
direção da promoção de mudanças a par r de
determinadas interpretações da realidade, dos problemas e das suas causas,
refletindo valores, ideias, atitudes políticas e determinado projeto de
sociedade” [BRASIL, 2015, p. 11 grifos no original].
Para atender aos
desafios presentes na sociedade brasileira e colocar em prática os objetivos
pretendidos, o PNE 2014-2024 estabeleceu dez diretrizes e metas que foram
sintetizadas da seguinte forma:
Fonte: BRASIL,
2015, p. 13.
Críticas ao PNE
Em crítica vinda
do campo do Direito, Silva e Leme [2017], consideram que as proposições do PNE
não condizem com a prática. Sendo uma de suas metas a elaboração da base
curricular comum, as autoras consideram que o documento não é claro quanto ao
que se espera que os alunos aprendam. Criticam ainda o fato de que a formação
docente não tem sido prioridade enquanto questionam se o investimento proposto
de 10% do PIB proposto para o período venha de fato a se efetivar.
A Base Nacional
Comum Curricular
A Base Nacional
Comum Curricular, ou BNCC, é o documento que direciona os conteúdos das
disciplinas escolares em escolas públicas e privadas e foi elaborado por
especialistas com a participação de profissionais de ensino e da sociedade
civil e foi finalizado no ano de 2017 sendo publicado em 2018.
A BNCC é um
documento considerado plural, contemporâneo e que estabelece o conjunto de
aprendizagens essências para as diversas etapas da Educação Básica, que como
vimos, se divide em três momentos: Educação Infantil, Educação Fundamental e
Ensino Médio o que o configura como uma política educacional nacional sob a
orientação do Ministério da Educação, o MEC.
De forma objetiva
a BNCC é:
“[...] um documento de caráter normativo que define o conjunto
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos
devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades a Educação Básica, de modo
a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em
conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação” [PNE] [BRASIL, 2018,
p. 07 grifos no original].
E, por ser fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais,
visa à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
Como está
organizada a BNCC
A BNCC se
organiza a partir do desenvolvimento, nos estudantes, de dez competências
gerais. Por competências, compreende-se a “mobilização de
conhecimentos [conceitos e procedimentos], habilidades [práticas, cognitivas e
socioemocionais], atitudes e valores” [BRASIL, 2018, p. 08] que colaborem na
formação de cidadãos capazes de “resolver demandas complexas da vida cotidiana,
do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” [BRASIL, 2018, p. 08].
Além disso, as competências gerais se articulam nas três etapas da
Educação Básica.
Uma das maiores
características da BNCC é sua capacidade de se adequar às realidades regionais
sendo o tripé igualdade, diversidade e equidade, as palavras chave para
compreender essa capacidade de adequação. Assim, o documento enseja a igualdade
de oferta de educação para todos os brasileiros respeitando as singularidades
regionais assim como também a diversidade econômica, social e de raça dos
brasileiros. A equidade, portanto, pressupõe ofertar ensino educacional de
forma que sejam contempladas as diferenças presentes na sociedade.
A BNCC e o ensino
de História
Com relação ao
ensino de História, a BNCC orienta os conteúdos para as três etapas do Ensino
Básico. Para os Anos Iniciais, os conteúdos direcionam para a construção dos
sujeitos. Saber identificar o “Eu” e o “Outro” e compreender as noções de tempo
e espaço são prerrogativas dessa etapa. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental,
os conteúdos históricos visam capacitar para a contextualização, comparação,
interpretação e proposição de soluções. Ou seja, amplia a complexidade das
relações humanas no tempo e no espaço ao problematizar os conteúdos e assim,
exige que o aluno reflita acerca dos eventos históricos estudados em sala de
aula.
Estudar as formas
de registro histórico da memória [evento, tempo, espaço]; a documentação como
fonte de registro dessa memória e a problematização dos conteúdos e temas, são,
de acordo com a BNCC elementos essenciais para um estudo histórico baseado na
complexidade das sociedades atuais. No Ensino Médio, a História foi submetida a
grande área das Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas e se orienta para uma
formação ética. Articulada com outras disciplinas, visão a formação para a
solidariedade, para a autonomia e justiça notadamente na compreensão e respeito
às diferenças e aos direitos humanos e o combate ao preconceito [BRASIL, 2018,
p. 561].
Em certo sentido,
no Ensino Médio a disciplina de História aprofunda a temática sobre os sujeitos
históricos assim como as noções acerca das dimensões de tempo e espaço
articulando conteúdos de forma a levar os alunos e alunas a refletirem sobre o
presente problematizando as temáticas a partir de suas realidades.
Dada sua
novidade, uma avalição considerando as experiências em sala de aula com os
conteúdos propostos pela BNCC ainda está para ser realizada.
Críticas à BNCC
Educadores como
Silva e Santos [2020], questionam o fato de que a BNCC possa trazer melhorias
para a educação no Brasil. O argumento dos autores é o de que a Ementa
Constitucional nº 55/2016, que estabelece um limite para os gastos públicos nos
próximos vinte anos possa comprometer o investimento na educação, elemento
essencial para a efetivação da BNCC. Questionam ainda se a BNCC irá reduzir as
desigualdades educacionais e sociais como propõe o texto do documento, tendo em
vista a homogeneização dos conteúdos, o que para os autores contribui para um
distanciamento dos sujeitos de conhecimento [Silva; Santos, 2020].
Palavras finais
Os documentos
analisados embora essenciais, representam parte das proposições relativas ao
campo educacional brasileiro. E, as críticas aos mesmos, embora reduzidas,
demonstram que as políticas educacionais são objeto de avaliação por
especialistas das mais diversas áreas e servem para demarcar tanto os limites
quanto as potencialidades dos documentos norteadores. Este texto-comunicação
objetivou discutir alguns elementos que conduziram ao atual cenário das
políticas educacionais no Brasil e serve como um chamariz para estudos
complexos envolvendo tanto a documentação quanto sua interferência na
disciplina de História e seu ensino.
Referências
Marcia Regina de
Oliveira Lupion é doutoranda em História Cultural com ênfase em História das
religiões e religiosidades na Universidade Estadual de Maringá – UEM.
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Cara Márcia. Obrigado pelo texto. Saviani já defendeu uma significativa alternância de documentos curriculares e a seguida desconstrução educacionais em função de projetos partidários! De certa forma podemos afirmar que grande parte do professorado vê nos currículos uma mera formalização com data de vencimento. Até que ponto precisamos olhar para o currículo real, posto na sala de aula? ABCS
ResponderExcluirEverton Carlos Crema
Olá prof. Everton, grata pela experiência.
ExcluirSobre sua questão me lembrei de quando o chefe do núcleo local insistiu no fato de que o professor de história deveria, no mínimo, desenvolver quatro capítulos do livro didático em um bimestre. Já a BNCC traz um currículo amplo e ao mesmo tempo regional. Diante da demanda proposta pelo núcleo de educação e a BNCC penso que, por vezes, o professor de história não possa exercer com autonomia seu trabalho.
Grata...