OS MEMES E O
ENSINO DE HISTÓRIA: O MUSEU DOS MEMES COMO POSSIBILIDADE DE AULA OFICINA
O mundo está
passando por um processo de digitalização e a nova geração já se mostrou estar
completamente inserida neste universo, esta comunicação pretende refletir sobre
o uso de memes como ferramenta de ensino de história em uma tentativa de
aproximar os professores e alunos em sala de aula a partir de uma linguagem
comum. A
cultura escolar por muitas vezes desconsidera a vivencia dos jovens, condenando
o gosto musical, maneira de se vestir, de se comunicar e seu comportamento,
porém as comunidades virtuais incorporam todos esses elementos formando assim
um local mais atrativo para o jovem, de maior identificação. Se o professor
conseguir levar os memes para a sala de aula será como levar uma parte da vida
virtual dos alunos para o ambiente onde nem sempre são compreendidos,
construindo um ambiente mais satisfatório de aprendizado
Os memes são
elementos que possibilitam múltiplas abordagens, interpretações e intenções,
dependendo do objetivo com o qual é elaborado. Nas redes sociais eles se
espalham com grande facilidade e em algumas ocasiões esses conteúdos podem
estar vinculados a ideias ou [pré]conceitos por meio de imagens e frases
curtas. Em sua grande maioria, os memes que são produzidos e circulam na
internet, não possuem finalidades acadêmicas e não são elaborados a partir do
conhecimento ou metodologias próprias da História. Por outro lado, os memes são
elementos de comunicação, podendo servir como instrumentos de caráter
pedagógico e potencializadores da construção do Conhecimento Histórico
Sobre os memes, podemos pensar a partir de algumas
perspectivas:
como imagens associadas a textos que
abordam alguma questão pertinente de maneira humorada, no caso dos memes
históricos associam imagens já conhecidas a acontecimentos históricos. Os memes
são divulgados nas redes sociais e com isso recebem um grande alcance do público majoritariamente jovem. [Silva, 2019, p.172].
Já de acordo com a doutora em comunicação social Sandra
Henriques, o termo Meme foi citado pela primeira vez em 1976 pelo biólogo
britânico Richard Dawkins, que associou seu conceito as teorias da biologia,
comparando a capacidade de replicação do meme ao gene. Segundo o autor, em sua
definição um meme é uma ideia, compartilhamento ou estilo que apresenta a
capacidade de se multiplicar, sendo transmitido de pessoa pra pessoa dentro de
uma cultura. Para o autor, o meme seria “o ‘gene’ da cultura. [Henriques, 2007,
p. 7].
De acordo com Bárbara de Brito, o conhecimento coletivo,
apontado na teoria de Dawkins, é passado principalmente pelo compartilhamento
das ideias pela repetição. A autora afirma que, para Dawkins, do mesmo modo que
o gene busca produzir cópias de si mesmo de uma geração para a outra, as ideias
também atuam de forma a dominar o maior número possível de pessoas que são
capazes de a reproduzir, buscando assim a sobrevivência dentro das sociedades.
No pensamento de Dawkins, se o gene é uma unidade de informação biológica, o
meme seria uma unidade equivalente no campo cultural [Brito, 2013, p. 6].
Com o desenvolvimento das tecnologias, o meme funciona
atualmente como uma unidade para transporte de ideias ou símbolos culturais que
podem ser transmitidos e multiplicados através da internet. Temos também
o historiador Sílvio Cadena, que conceitua o meme como sendo “imagens estáticas
associadas a textos ou não, ou o texto em formato de imagens [gif, png, jpeg]
que foram produzidas e circuladas em redes sociais [...] sejam eles dotados ou
não de humor”. [Cadena, 2017, p. 7].
Devido a grande quantidade de recursos midiáticos
disponíveis em rede, e do elevado dinamismo oferecido por eles, em alguns
casos, pode acontecer entre os usuários da internet, a divulgação de informações
sem a devida conferência de sua veracidade. Com isso, pode haver a difusão de
conteúdos composto com elementos de preconceito, intolerância e ideias
conservadoras, decorrentes de uma equivocada ideia de liberdade de expressão
proporcionada pelo ambiente virtual [Cadena, 2017, p. 3]. Dentro deste
contexto, o Ensino de História pode ajudar para com o uso responsável destes
recursos, se utilizando do trabalho analítico e crítico dos memes através de
metodologias que incluam as novas tecnologias no processo de
ensino-aprendizagem e que não seja responsável pela disseminação de mentiras.
Embora os jovens naveguem na internet por muito tempo e
encontrem todo tipo de informação, o que muitas vezes lhes falta é o
enquadramento crítico, a utilização dos memes em sala contará com um professor
para realizar esse enquadramento. Neste sentido podemos considerar que a
construção de conhecimento se torna mais eficiente quando acontece de forma
colaborativa, as atividades em grupo geram grandes ganhos na aprendizagem, as
pesquisas colaborativas exploram profundamente as ideias e suas diferentes
perspectivas [Souza, 2019, p.203].
Analisando as possibilidades de trabalho do Ensino de
História com as metodologias ativas e o debates sobre patrimônio e o uso de
museus virtuais, propomos nesta comunicação atividades para o professores e
estudantes de história sobre o Museu dos Memes, uma iniciativa da Universidade
Federal Fluminense, que possuí exposições virtuais, e já uma importante
exposição física sobre memes e política que pode ser acompanhado no seguinte
site <
Página inicial do
Museu do Meme. Disponível em:<http://www.museudememes.com.br/>. Acesso em
17 abr. 2020.
Como podemos perceber na figura acima, há diversas possibilidades de
serem trabalhadas nessa página, como explorando os acervos e exposições,
debates sobre a sua construção e como o meme é um artefato cultural midiático
da contemporaneidade, demonstrar para os alunos que há pesquisadores que o
pensam como elemento científico e debates sobre as exposições como o exemplo
citado da exposição política.
A iniciativa da Universidade Federal Fluminense com o Museu dos Memes
pode servir como uma plataforma segura de informações para os professores
utilizarem em sala de aula. A utilização dessa ferramenta pode ser capaz de
aproximar os professores ao universo virtual dos alunos, gerando conhecimento e
interação através de uma plataforma controlada por profissionais da área. A
utilização deste site em sala de aula também irá propiciar aos alunos uma
interação direta com um museu, um museu onde eles não precisam necessariamente
visitar presencialmente, mostrando a eles que a interação virtual também pode
gerar conhecimento. O professor pode se utilizar disso para ensinar como
funciona um museu, qual seu objetivo, como é formado o seu acervo, e isso pode
gerar nos alunos um interesse maior sobre o assunto, e dá ao professor a
oportunidade de mostrar algo que muitas vezes está longe da realidade da
maioria dos alunos.
A plataforma social que popularizou os memes foi o Facebook, páginas como História no Paint
[759 mil curtidas] e História da Depressão [683 mil curtidas] vem crescendo
cada vez mais produzindo conteúdo humorístico com temas da história, tais
páginas são acompanhadas em sua maioria por jovens. Com toda essa relevância
entre o público jovem, nos é oportuno discutir sobre a possibilidade de usarmos
os memes como uma ferramenta de ensino, Souza [2007] demonstra como os memes
podem ser apropriados no processo de Ensino-Aprendizagem.
“O meme pode
possibilitar ao professor uma maneira de se comunicar em uma linguagem digital
comum com o aluno, fornecendo assim a possibilidade de ser um recurso didático
para o ensino da história, sendo o recurso didático “todo material utilizado
como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo
professor a seus alunos” [Souza, 2007, p.111].
É errôneo pensar que somente os memes
poderiam sozinhos trazer debates aos alunos na sala de aula, pois a mídia
sozinha é somente um artefato cultural da sociedade midiática que vivemos,
sendo assim concordamos com Souza [2019] que demonstra como o professor é
importante no processo de Ensino-Aprendizagem:
Para a utilização do meme histórico dentro de
sala como recurso didático, o professor é uma peça chave, já que para o
entendimento de um meme é necessário que o interlocutor tenha informações
prévias sobre o assunto, seja capaz de entender o significado das palavras em
determinado contexto e perceber o emprego de significantes semelhantes com
significados diferentes [Souza, 2019, p.200].
Uma das várias reclamações apresentadas
pelos professores da educação básica é que os alunos possuem muitas dificuldade
sobre os conceitos, buscam uma objetividade e materialidade que não pertencem a
História, o trabalho com memes pode ajudar inclusive em conceitos que pertencem
ao debate da Teoria da História, que Rüsen [2010] estabelece como meta-história
no processo da didática da História, nesse sentido temos Rosemary dos
Santos e Felipe da Silva Ponte de Carvalho que enxergam como os memes podem
ajudar nos conceitos e nos elementos da meta-história:
“Os memes também
podem ser usados em sala de aula para sintetizar a ideia de um conceito, um
momento histórico ou experiência, desenvolver a criatividade e a colaboração e
promover a autoria entre professores-alunos e alunos-alunos” [Santos; Carvalho,
2019, p.8].
Um outro elemento que podemos destacar, é o trabalho dos memes como
fonte para as aulas de história, e pensa-los como expressões das diversas narrativas
da sociedade contemporânea. Para isso,
indicamos uma pesquisa sobre um dos itens do museu de memes, e para sala de
aula recomendamos a concepção metodológica de aula-oficina de Isabel Barca
[2004], que busca trazer o aluno como sujeito do processo de
Ensino-Aprendizagem, destacando suas percepções e como se deu o processo de
construção de consciência histórica [Rüsen, 2010], nessa concepção há o
questionamento da figura do professor tradicional, que possuí o domínio total
dos conteúdos, e os alunos apenas iriam recebe-los passivamente, o que a autora
denomina de Aula Conferência.
O uso
do museu dos memes pode ser o ponto de partida para uma pesquisa livre, a na
sequência a organização por temáticas de acordo com os seguimentos por eles
apresentados, ditadura, nazismo, comunismo, sociedade de consumo... Um dos
caminhos que poderiam ser utilizados nesse processo é a construção de grupos
por meios de grupos focais [Szlachta Jr, 2018], esse tema central e os
conjuntos de objetivos definidos por eles. Feitas essas primeiras definições, a
aula-oficina prossegue com a organização de questões onde o professor, por meio
das respostas oferecidas, detecta as noções e ideias que seus alunos possuem
sobre o tema. As abordagens e percepções históricas se construiriam através de
debates, construções de narrativas e elaborações em conjunto de uma percepção
conjunta, e todo esse processo serviria como elemento avaliativo na sala de
aula. Por meio de tal ação, o professor
molda a investigação do passado por meio das demandas apresentadas pelos seus
alunos. Sem dúvida, notamos aqui que a aula-oficina visa claramente romper com
as situações em que o ensino de história se mostra distante do aluno gerando
questionamentos sobre a importância ou relevância do assunto estudado.
Trabalhar com aquilo que faz parta da
realidade dos alunos é sempre proveitoso, pois partimos das múltiplas
consciências históricas como a exemplar, tradicional e crítica que são comuns
em espaços não formais, Rüsen, estabelece que a escola nesse processo de
trabalhar com as vivências dos alunos propõe a construção da Consciência
Genérica, amparada no debate científico, e como os estudantes estão tão
familiarizados com este tipo de linguagem. Dentro de uma sociedade digital, o
meme pode ser uma ferramenta didática para a aproximação na sala de aula [Silva, 2019, p.176], e trazer os memes para a sala de
aula além de fazer com que aluno e professor se aproximem por meio linguagem
digital comum, irá ajudar com a assimilação dos conceitos históricos. Segundo
Maria Alice de Souza
“O meme tem de ser entendido enquanto
artefato cultural que considera participantes do discurso, elementos da
enunciação, situações e intenções comunicativas, num intrincado que só faz
sentido dentro de um contexto sociocultural. Tal gênero tem de ser identificado
como forma de expressão da cultura digital, evidenciando que não apenas
compartilha um conteúdo, mas também estabelece conexões”. [Souza, 2019, p.210].
A utilização dos memes em sala de aula
por meio do Museu dos Memes é uma das alternativas pedagógicas para a
aproximação aluno-professor, que se faz necessária devido a distância de
realidade que o professor vive dentro de sala de aula, além disso consideramos
que uma atividade com os memes também faria com que os alunos se envolvessem
mais entre si. Os memes além de provarem ser uma fonte de conhecimento, são uma
maneira de descontrair uma aula, de gerar debates entre os alunos, temos de
reconhecer o Museu dos Memes como uma grande ferramenta pedagógica.
Referências
Arnaldo Martin Szlachta Junior é doutor
em História pela Universidade Estadual de Maringá e professor da Universidade
Federal de Pernambuco, coordenador do Laboratório de Ensino de História
LEH-UFPE Julia Piovesan Pereira é graduanda
em História na Universidade Estadual de Maringá.
BARCA, Isabel.
Aula oficina: do Projeto à avaliação. Para uma educação de qualidade: Atas da
Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação
[CIED]/Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, p. 131-144,
2004. [artigo]
BRITO, Bárbara
de. O meme e o mestre: conhecimento
coletivo nas redes sociais. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA
REGIÃO SUDESTE, 18., 2013, Baurú-SP. Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação. Baurú-SP, 2013. Disponível
em<https://pt.slideshare.net/barbarabc/o-meme-e-o-mestre-o-conhecimen-to-coletivo-nas-redes-sociais>
acesso em: 17 abril. 2020. [internet]
CADENA, Sílvio. Entre a História Pública e a História
Escolar: as redes sociais e aprendizagem histórica. In: Anais do XXIX
Simpósio Nacional de História - contra os preconceitos: história e democracia,
2017, Brasília. Anais... São Paulo: ANPUH-SP, 2017. p. 01-16. [artigo]
HENRIQUES, Sandra Maria Garcia. A ideologia em weblogs: Uma análise dos
memes como formas simbólicas. In: XXX Congresso Brasileiro de Ciências
da Comunicação. 2007. Santos. Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação. Disponível
em<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/r1363-1.pdf>.
Acesso em 17 abr 2020. [internet]
RÜSEN, Jörn. Narrativa histórica: fundamentos, tipos,
razão. Jörn Rüsen e o Ensino de
História. Curitiba: UFPR, 2010. [livro]
SANTOS, Rosemary do. CARVALHO, F. S.
P. Meme e Educação: práticas educativas em rede. Revista Periferia, v.11, n. 1,
2019, p. 7-15. [artigo]
SILVA, Diego Leonardo Santana. Os
memes como suporte pedagógico no ensino de história. Revista Periferia, v.11,
n. 1, 2019, p. 162-178. [artigo]
SOUZA, Maria Alice de Souza. Memes de
internet e educação: uma sequência didática para as aulas de História e Língua
Portuguesa. Revista Periferia, v. 11, n. 1, 2019, p. 193-213. [artigo]
SOUZA, S. E. O uso de recursos
didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de Pesquisa em Educação, IV Jornada
de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “Infância e Práticas
Educativas”. Arq Mudi. 2007. [livro]
SZLACHTA JR, A. M. A técnica de Grupos Focais no Ensino de
História: Uma nova perspectiva metodológica. Escritas: Revista do Curso de História de Araguaína, v. 10, n. 1,
p. 231-246, 2018. [artigo]
Olá Arnaldo Martin e Julia Piovesan
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de parabenizar os dois pelo excelente trabalho, sempre é valido em meio aos avanços tecnológicos estrategias nova que viabilizem o ensino-aprendizado. Eu, particularmente, não conhecia o museu dos memes e graças ao trabalhos de vocês agora possuo mais uma ferramenta para introduzir na sala de aula. Gostaria de saber, para vocês, quais as principais dificuldades na pratica docente com o trato das novas tecnologias e os mecanismos que ela possibilita como no caso dos memes.
Obrigado, e parabéns novamente!
Ruan David Santos Almeida
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ExcluirOlá Ruan, creio que a principal dificuldade em trabalhar com Memes seja o fato de muitas vezes a linguagem do meme é muito simplificada, o que acaba por não dar a devida importância aquele conceito histórico, sendo assim é extremamente necessária a figura do professor para mediar a ação.
ExcluirGrande Abraço
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Agradecemos os elogios, Ruan. Penso que o acesso a essas tecnologias seja a maior dificuldade para a prática docente, principalmente no caso das escolas públicas, muitas vezes essas escolas não fornecem acesso a computadores, projetores ou internet, impossibilitando a utilização dos memes em sala de aula. Também temos de considerar que alguns professores não estão familiarizados com os memes e com isso não serão capazes de utiliza-los como método de ensino. Entendemos os memes como um mecanismo didático de aproximação das realidades entre professor-aluno, porém como apontado acima podem haver dificuldades.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá, Arnaldo e Julia!
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pelo texto, o qual apresenta uma perspectiva de ensino e aprendizagem de aproximação mútua entre docente-discente por intermédio do universo digital, particularmente no que tange ao uso dos memes.
Não conhecia, por exemplo, o Museu dos Memes da UFF, achei maravilhoso! O que me chama a atenção também é o potencial lúdico que o emprego dos memes possui na educação histórica. Diante disso, gostaria que vocês comentassem brevemente sobre os desafios e perspectivas para o uso dos memes, hoje, nas aulas de História. Até que ponto se pode empregá-los nas aulas, seu uso deve se limitar à ilustração de conteúdos ou vocês enxergam um protagonismo maior neste sentido?
Atte.,
Fábio Alexandre da Silva
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ExcluirAgradecemos os elogios, Fábio Alexandre. A utilização dos memes em sala de aula enfrenta o desafio principal do acesso as tecnologias necessárias, fundamentalmente em colégios públicos, porém entendemos que se existem os materiais necessários, o uso dos memes serve como uma boa tática de aproximação entre professor e aluno. O uso dos memes podem ser empregados de acordo com o ver do professor, pode ser utilizado como ilustração do tema dado em aula, como uma maneira de descontrair e gerar interesse, pode ser utilizado como um trabalho em sala de aula, ou até mesmo em uma prova, o protagonismo depende do professor, porém devemos ter em mente que as intenções do uso de memes em sala de aula deve ser sempre ditada pelo professor, como um caminho a se seguir.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira e Arnaldo Martin Szlachta Junior.
Obrigado pelos esclarecimentos, Julia.
ExcluirAbraços,
Fábio
Parabéns pelo trabalho! De fato, os memes são uma ótima ferramenta didática. Eu costumava fazê-los quando criança, mas meus colegas de turma não viam muito potencial nisso. O tempo mostrou o oposto! Minha pergunta é a seguinte: De que forma os memes seriam utilizados para ensinar temas mais sensíveis? Como classificado por Sílvio Cadena, os memes podem ser dotados de humor ou não. No entanto, há situações em que os memes desrespeitam a memória de figuras históricas e vítimas de determinados acontecimentos trágicos. Como conciliar os memes e os momentos delicados da História humana? Há um parâmetro, uma linha? Se há uma linha, ela é tênue? Como fica?
ResponderExcluirGabriela Santos Ribeiro
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ExcluirObrigada, Gabriela. São vários os temas sensíveis na história, porém neste momento temos de nos dotar de bom senso, o professor de história saberá quando usar o bom humor com os memes. Quem escolhe o que será apresentado em sala de aula é o professor e ele será o guia na utilização dos memes, e se apresentado algo por parte dos alunos, que desrespeite a memória de figuras históricas, é papel do professor explicar porquê isso não é certo. Em minha opinião a linha seria o bom senso.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira e Arnaldo Martin Szlachta Junior.
Prezados, Arnaldo e Julia;
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns! Confesso ter ficado feliz em encontrar um trabalho aqui que reflita sobre questões tão importantes e ao mesmo tempo pouco exploradas na área de História. Venho acompanhando trabalhos sobre memes em eventos da Comunicação e tenho percebido a importância desta linguagem contemporânea na era digital. Sob a ótica de vocês, como as futuras gerações compreenderão os memes como uma linguagem da nossa sociedade? Esta indagação leva em consideração que linguagens antigas foram alvos de diversos estudos e decorreram muitos anos para serem "decifradas". Talvez brevemente, os livros de história deverão incluir também os memes como objetos do nosso período atual... Grato pela contribuição de vocês! Sou doutorando e desenvolvo estudos visuais; caso tenham interesse em trocar ideias sobre o tema, podem entrar em contato pelas redes sociais do meu projeto de divulgação científica @visualidades.br
Muito bacana, onde você faz doutorado? Estou a disposição.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Prezados, Arnaldo e Julia;
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns! Confesso ter ficado feliz em encontrar um trabalho aqui que reflita sobre questões tão importantes e ao mesmo tempo pouco exploradas na área de História. Venho acompanhando trabalhos sobre memes em eventos da Comunicação e tenho percebido a importância desta linguagem contemporânea na era digital. Sob a ótica de vocês, como as futuras gerações compreenderão os memes como uma linguagem da nossa sociedade? Esta indagação leva em consideração que linguagens antigas foram alvos de diversos estudos e decorreram muitos anos para serem "decifradas". Talvez brevemente, os livros de história deverão incluir também os memes como objetos do nosso período atual... Grato pela contribuição de vocês! Sou doutorando e desenvolvo estudos visuais; caso tenham interesse em trocar ideias sobre o tema, podem entrar em contato pelas redes sociais do meu projeto de divulgação científica @visualidades.br
Bruno de Oliveira da Silva
Olá Bruno, a mudanças na língua é um fenômeno comum há milênios, penso que logo haverá estudos aprofundados em relação a isso. Pelo menos é o que eu penso.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirDado a necessidade cada vez mais exigida aos professores dado a grande difusão de memes pela internet é importante pensar a questão. O meme contém o minimo de informação possível a respeito de determinado assunto, não requer muita reflexão, muitas vezes a imagem fala por si só. Minha pergunta seria: o uso de memes não condicionaria os alunos a pensar de forma muito sintética, sem ter uma reflexão? Digo, não seria condicionar a forma de pensamento do mundo virtual, para a sala de aula?
Muito obrigada
Sarah Nathalia Cordeiro Cim.
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ExcluirObrigada, Sarah. Entendemos seu ponto, porém enxergamos os memes não como uma maneira de sintetizar o conteúdo, mas sim como uma forma de ilustra-lo de maneira com que o aluno se sinta interessado e próximo. Lembrando que o uso dos memes seria controlado e guiado pelo professor, o meme não será responsável pela aula, ele servirá como uma ferramenta para aproximar o aluno para a realidade histórica com o auxílio do professor.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira e Arnaldo Martin Szlachta Junior.
Olá professores Arnaldo Martin Szlachta Junior e Julia Piovesan Pereira, Parabéns pelo trabalho, é bastante instigante e muito interessante à proposta do trabalho com os memes, compartilho da opinião que precisamos nos valer de meios que atraiam os alunos para o processo de aprendizagem que por vezes não são atrativos aos seus olhos. Gostei muito da seguinte citação: “Neste sentido podemos considerar que a construção de conhecimento se torna mais eficiente quando acontece de forma colaborativa, às atividades em grupo geram grandes ganhos na aprendizagem, as pesquisas colaborativas exploram profundamente as ideias e suas diferentes perspectivas [Souza, 2019, p.203].” Em minha experiência enquanto professora venho percebendo que as práticas em grupo são sempre as mais produtivas. Gostaria de saber como sugerem que seja tratado pelo professor os temáticas polêmicas, preconceituosas, partidárias que surgirão em uma aula em que se trabalha com memes, pois mesmo com a orientação do professor tal prática acaba abrindo passagem para que essas abordagens mais apreciadas nas redes sociais venham para a sala de aula. Como impedir que isso seja mal interpretado até mesmo pela comunidade escolar?
ResponderExcluirJanaina Piron Branco
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ExcluirJanaina, é importante destacar que os memes não são pensados para o ambiente escolar, assim como uma série de imagens que estão presentes nos livros didáticos. Os conceitos abordados nos memes na maioria das vezes são simplificações e se torna necessário um debate maios em sala conduzido pelo professor juntamente com o grupo de alunos, ou até mesmo confrontar com outras tipologias de fontes ou com elementos do Livro didático.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Nós professores de história vivemos tempos sombrios e ultimamente andamos sobre ovos dentro das escolas, o trabalho em grupo abre espaço para discussões, cabe ao professor guia-las de maneira respeitosa, o diálogo entre os alunos é importante para a formação de opinião, o historiador é o elo dessas discussões, ajudar os alunos a entender o surgimento dessas polêmicas sem dar sua opinião pessoal. Pode ser complicado, mas será uma atividade gratificante, pois o debate instiga o conhecimento dos alunos.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira e Arnaldo Martin Szlachta Junior.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia, prezados,
ResponderExcluirÉ realmente uma satisfação ler o trabalho de vocês sobre os Memes e o Ensino de História. E mais com a sugestão do "Museu dos Memes" para uso dos docentes em sala de aula. Vocês poderiam me explicar alguma possibilidade de trabalho metodológico com o meme? Como poderíamos refletir acerca da contextualização deles? Qual o papel do discente nessa linguagem? Como transformar a percepção discente inicial para uma percepção profunda e com conhecimento histórico?
No aguardo,
Danilo Sorato Oliveira Moreira
Olá Danilo, o encaminhamento metodológico que propomos é tratar os memes como um produto construído por uma sociedade. Sendo assim é carregado de aspectos da sua época, a partir desses elementos pensamos ações de uma aula oficina.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Ah sim, entendi, caro Arnaldo. Interessante. De repente, num próximo texto pode apresentar uma metodologia em sala com os alunos, ou mesmo o uso dos memes em instrumentos avaliativos (provas, trabalhos, etc.)
ExcluirAbraços,
Danilo Sorato Oliveira Moreira
De acordo com o texto, pude observar que há uma resistência do uso de memes por parte de alguns professores mais tradicionais. Mas, e no caso quando a própria instituição escolar critica essa metodologia? Teriam alguma sugestão de como proceder?
ResponderExcluirGrata, desde já,
Anna Elisa da Silva Gomes Mastrangelo
Creio que demonstrar que há possibilidade de trabalho, há uma série de publicações, inclusive pelo ProfHistória
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Prezados autores, a temática envolvendo a utilização de “memes” nas aulas, principalmente em História é muito interessante nos tempos atuais, tendo em vista que cada vez mais a internet faz parte das nossas vidas, tanto de forma positiva quanto negativa.
ResponderExcluirA aproximação na forma de comunicação que ocorre entre os jovens e os professores, presentes na sala de aula deve ser estimulada, sem desconsiderar a linha tênue acerca do respeito do sujeito anteriormente citado, ainda mais quando o educador que conduz as aulas tem idade e pensamentos próximos aos alunos, considero aqui os alunos de graduação recém-formados.
Existiria a possibilidade dos professores recém-formados, numa tentativa de mostrar que também fazem parte do mundo dos adolescentes, ao utilizar “memes”, considerando os cuidados citados ao longo dos artigos, cometerem erros que prejudicassem aprendizagem histórica por parte dos educandos em vez de facilitar, principalmente em relação a temas complexos como homofobia, racismo, autoritarismo, entre outros, mesmo com o cuidado de não passar explicações ou discussões anacrônicas?
Andressa dos Santos Freitas
Por conta disso que se faz necessário um trabalho conduzido por um professor que deverá ser um mediador, pois de fato a linguagem dos memes possuí simplificações de conceitos e generalizações. Por isso a necessidade de confrontar com outras fontes.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Parabéns pelo texto, sintético e preciso na abordagem da utilização dos memes como ferramenta de ensino. Minha questão é a seguinte, vocês evidenciam o valor das propostas do Museu dos Memes para fins pedagógicos. No entanto, consideram a exposição dos alunos às páginas supracitadas História no Paint e História da Depressão como uma experiência eficaz na aprendizagem, visto que os memes reproduzidos nesses espaços frequentemente não apresentam abordagens com rigor científico nas postagens?
ResponderExcluirVitória Aparecida do Prado Guedes.
Olá Vitória, os memes não possuem em sua grande maioria das vezes rigor científico. Eles trazem visões simplificadas sobre uma temática e até mesmo generalizações. Mas devido a facilidade de comunicação é um importante ponto de partida para abordagens das aulas, mas o professor deverá relacionar com outras fontes ou com o livro didático.
ExcluirAtt
Analdo Martin Szlachta Junior
Excelente discussão. A utilização dos memes enquanto ferramenta pedagógica é, de fato, proveitosa. Contudo, tratando sobre períodos mais distantes no tempo, como a Idade Média, acreditam que esse elemento cultural possa ser igualmente eficiente? Penso que, ao utilizar o humor como característica principal dessa ferramenta, boa parte das postagens de páginas relacionadas à História se distanciam de abordagens de conceitos do período que precisam ser discutidos com seriedade metodológica.
ResponderExcluirLucas Vieira dos Santos.
Olá Lucas, os memes não são construções feitas para a escola e tampouco para a pesquisa histórica. Se tratam de construções que se utilizam de uma linguagem gráfica e direta, cabendo ao professor lidar com tais elementos provocando seus alunos com os devidos conceitos e lidando para evitar iniciativas anacrônicas. Os memes se tornam o ponto de partida para qualquer debate, e não ponto conclusivo. Isso para qualquer período que se queira abordar, inclusive a idade média.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
bom dia, eu estou trabalhando um pesquisa com charges, gostaria de saber qual seria a principal diferença entre trabalhar com o memes e as charges?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Thiago, existe grande semelhanças quando pensamos a charge como uma produção que pertence a um momento e situação específica e a comunicação simplificada e generalizações que buscam o humor. Mas os memes usam de outras ferramentas que condizem com a cibercultura como apropriações, repetições, comparações e busca de contradições.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
bom dia, eu estou trabalhando um pesquisa com charges, gostaria de saber qual seria a principal diferença entre trabalhar com o memes e as charges?
ResponderExcluirJá respondi acima
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Antes de tudo, gostaria de parabeniza-los pelo texto! A utilização de novas ferramentas de ensino tem trazido grandes diferença nas escolas.
ResponderExcluirApesar de já existir a criação de ferramentas didáticas como os memes, nessa discussão, os referidos poderiam ser desenvolvidos como uma forma de aprendizagem concisa, ou apenas uma introdução aos conteúdos, tendo em vista que podem assumir um caráter crítico/reflexivo ou humorístico , dando várias interpretações diferentes??
José Jadson Medeiros da Silva
(Jardim de Piranhas/RN)
Obrigada, José. Imaginamos os memes como uma forma de ilustrar o conteúdo para torna-lo mais palpável aos alunos. Eles podem ser utilizados no final de uma aula para gerar um alívio cômico e maior interação dos alunos, gerando uma reflexão sobre a aula dada, porém com o auxílio do professor para organizar as reflexões dos alunos e não gerar ambiguidade.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá Arnaldo e Julia.
ResponderExcluirO trabalho de vocês é bem interessante, e, como comentado aqui, acho que só em divulgar o Museu dos Memes já vale qualquer discussão. Mas aí vem as primeiras reflexões: se uma instituição se propõe a criar um museu dessa natureza, então já percebemos aí o impacto deste objeto no cotidiano das pessoas, em especial de uma geração mais juvenil. Segundo, que pesa na própria importância desse objeto, relacionando-o às práticas educativas, ou seja, um olhar atento sobre a disseminação dos memes e seus impactos na leitura, interpretação e aprendizagem.
Neste caso, aponto para uma questão que vocês abordaram, o dos memes como uma linguagem em que utiliza símbolos. Neste caso, como sugestão, indico algumas leituras da semiótica, ou talvez vocês já tenho trabalhado. Para alguns autores, como Dan Sperber, o símbolo tem a função de comunicar, mas o que está nele representado e o significado que se deseja ter, depende de alguns fatores. No caso dos memes, há contextos políticos, sociais, econômicos, religiosos e tantos outros que podem promover uma ou outra interpretação. E utilizá-los como recursos didáticos, pode sim contribuir no aprendizado dessa geração mais habituada ao mundo das imagens.
O trabalho de vocês é muito bom, parabéns.
Cláudia Cristina do Lago Borges
Agradecemos os elogios, Cláudia. E obrigada pelas sugestões.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá Profa Claudia, fico muito feliz por ter lido o nosso trabalho, e obrigado das indicações que serão muito importantes. Sobre a questão das representatividades é extremamente necessário. Obrigado
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Olá, parabenizo o trabalho e a proposta de utilizar os memes em no ensino de historia. Sou um amante dos memes e penso que podem ser uma forma lúdica e descontraída de executarmos o ensino de historia e nos conectarmos melhor com os alunos.
ResponderExcluirLendo o seu texto eu tive uma duvida. Os memes são uma mídia contemporânea e uma ferramenta de linguagem da atualidade que é utilizado para a propagação de pensamentos e ideias, gostaria de saber como essa linguagem pode ser usada nas salas de aula das décadas futuras onde os novos professores de historia terão a missão de ensinar sobre essas primeiras duas décadas do século XXI e se podemos usar os memes como fonte histórica?
Cordialmente,
Gabriel Medeiros Munhoz
Podemos sim usar como fonte, desde que seja contextualizado a sua produção e intenção do período.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Olá. parabéns aos autores pelo trabalho, creio que esse debate se faz super importante em tempos como o nosso. A minha pergunta é: para vocês quais são os maiores desafios em trabalhar com memes na sala de aula? Vocês veem uma resistência na estrutura curricular em incluir essa ferramenta no processo de ensino-aprendizagem?
ResponderExcluirGabriele Gois de Jesus
Obrigada, Gabriele. Entendo que um dos maiores desafios seja o preconceito da estrutura curricular em aceitar os memes, mas os professores podem começar a incluir eles em sala aos poucos, para descobrir como os alunos irão reagir e se será uma maneira efetiva de aprendizagem. Acredito que esse preconceito possa ser vencido se mostrarmos que o aprendizado acontece de maneira mais leve quando o professor tenta entrar no universo que o aluno está inserido.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá Arnaldo e Julia!
ResponderExcluirPrimeiramente eu também parabenizo muito vocês pela reflexão que promove um encontro com novas estruturas para o ensino de História. Achei pertinente a proposta da apresentação desafiadora dos memes como ferramentas muito úteis à prática do ensino mas que, ao mesmo tempo, sugere devidos cuidados que o(a) professor(a) precisa ter ao utilizá-los, parece que isso promove o aspecto de dinamicidade docente e ao mesmo tempo o despertar da interação discente. Pensando nisso, pode se pensar a utilização de uma interdisciplinaridade e transdisciplinaridade diante dessa dinâmica metodológica? Poderia ser dado algum exemplo desse processo?
Desde já agradeço!
Henrique Alexandro Senderski
Obrigada, Henrique. Imaginamos uma interdisciplinaridade da história com a língua portuguesa, com análise textual, semiótica e análise histórica. Recomendo a leitura deste artigo: SOUZA, Maria Alice de Souza. Memes de internet e educação: uma sequência didática para as aulas de História e Língua Portuguesa. Revista Periferia, v. 11, n. 1, 2019, p. 193-213. Neste artigo a autora explica meios de realizar essa interdisciplinaridade com atividades em sala de aula.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Parabéns pelo ótimo texto! Muito bom o assunto.
ResponderExcluirPossibilitar ao professor uma maneira de se comunicar em uma linguagem digital comum com o aluno, tem a ótima possibilidade e oportunidade de ser um recurso didático para o ensino da história e outras matérias. Do modo que, todo recurso didático é um auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos.
os memes também são de grande influência para que se tenha uma aproximação entre professor e aluno e que o professor tenha um certo conhecimento para influenciar o aluno a saber de fato se aquilo é verdade ou é mentira, explicando a parte de matéria e provando para ele se é verdade ou não, de uma maneira descontraída, fazendo com que ele, o aluno crie um interesse a mais pelo assunto. Logo, o professor em sala de aula estará fazendo a prática para sintetizar a ideia de um conceito, um momento histórico ou experiência, desenvolver a criatividade e a colaboração e promover a autoria entre professores e alunos.
De certa forma, aquilo que faz parta da realidade dos alunos é sempre proveitoso, dentro de uma sociedade digital, o meme pode ser uma ferramenta didática para a aproximação na sala de aula, e trazer os memes para a sala de aula além de fazer com que aluno e professor se aproximem por meio linguagem digital comum, irá ajudar com a assimilação dos conceitos históricos.
Essa é uma das propostas quando pensamos em trabalhar com memes, a aproximação com os alunos é um tema muito caro a nós, mas por conta disso é preciso prestar atenção nas metodologias aplicadas.
ExcluirGrande Abraço.
Att
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Saudações Arnaldo e Julia, gostaria de dizer que achei o trabalho de vocês simplesmente impressionante. Sem dúvidas os memes apresentam para nós professores (já formados e em formação) uma imensa potencialidade no tocante ao seu emprego no ensino, pois são um inegável chamariz da atenção dos alunos para a aula e o conteúdo, possibilitando a estes se perceberem acercados pelo objeto de estudo (conteúdo) por meio de uma reflexão próxima a estes (meme), evidenciando é claro o papel do mediador (professor) neste processo.
ResponderExcluirSobre o que vocês escreveram aqui não me ficaram dúvidas, achei o artigo bastante conciso e objetivo, novamente parabéns. Gostaria apenas de saber o que vocês acham sobre a aplicação dessa atividade mais na prática. A metodologia vocês muito bem já expuseram aqui sem falar da fonte, o que fizeram brilhantemente. Porém gostaria que se possível vocês me apresentassem questões mais referentes ao tempo de aplicação de uma atividade, visto que muitas vezes este se torna escasso em sala de aula. Assim gostaria de saber questões sumárias como do tipo: por mais que varie muito o tempo da análise de um meme junto aos alunos dependendo do professor, em uma aula de 50 minutos, quantas figuras vocês utilizariam, e quanto tempo acreditam que despenderiam em média para a análise de cada uma. O que penso aqui não é nada além de um exemplo para melhor ilustrar a genial proposta de vocês em um sentido mais prática, pois são pormenores como estes que fazem muita a diferença no planejamento de uma aula.
Que a FORÇA esteja com vocês nesta importante missão
João Matheus Ramos
Obrigado, João. Quanto as aplicações penso que podem ser dadas de diversas maneiras, como um trabalho em sala de análise dos memes dentro do seu contexto, podem ser utilizados em provas para serem interpretados pelos alunos e também podem ser utilizados ao final de uma aula para ilustrar o tema dado. As possibilidades são variadas.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá João, o planejamento é fundamental para a Aula Oficina, e essa sua pergunta é importante visto que muitas pessoas acreditam que se trata de um improviso em sala de aula.
ExcluirAtt
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Excelente texto!
ResponderExcluirQual seria a melhor maneira para os professores abordarem os memes em sala de aula,com uma visão crítica, junto com os livros didáticos que são utilizados em escolas públicas?
Att.
Ana Letícia Fernandes Lopes
Obrigada, Ana. Devido os conceitos abordados nos memes serem na maioria das vezes simplificações isso torna necessário um debate maior em sala conduzido pelo professor juntamente com o grupo de alunos, ou até mesmo confrontar com outras tipologias de fontes ou com elementos do Livro didático, com o acompanhamento do professor a visão crítica andará sempre ao lado.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Ivanize Santana Sousa Nascimento
ResponderExcluirBoa-noite,Arnaldo e Júlia!
Estou aqui em um recanto da Bahia me deleitando com a temática que vocês trouxeram para abordar.E fiquei curiosíssima com o museu de memes...visitei e achei um relevante recurso para as aulas de História!Realmente, a digitalização vem trazendo mudanças bruscas na sociedade e,a juventude é a que mais absorve tudo.Às vezes, fico achando até controverso, pois,enquanto países de primeiro mundo ainda usam jornal escrito, carta, cartões-postais,por aqui,essas formas de comunicação viram até memes! É como cita Frei Beto,que nós temos uma geração mais imagética do que literária." E, como vocês dizem,nem tudo no mundo dos memes é sadio. Realmente, o caminho da reversão é levá-los para a sala de aula.Os jovens estão cheios de informação e não de conhecimento que os leve à critica e à consciência política. Por isso a confusão com a LIBERDADE DE EXPRESSÃO. ACHAR QUE TUDO PODE. Parabéns PELA AMOSTRAGEM HISTÓRICA E SUGESTÕES!
Obrigada, Ivanize. Acreditamos que os memes sejam a chance do professor entrar no universo dos alunos e tirar disso uma chance de construir o pensamento crítico de uma maneira bem humorada.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Assim como a comédia standup, os memes conseguem nos fazer rir de uma situação ruim. Acredito que em um futuro próximo os memes serão vistos como o reflexo de um determinado tempo na internet. Pergunta: Em sua opinião, assim como as charges, os memes podem ser usados em provas? Quais critérios devem ser utilizados nessa utilização?
ResponderExcluirEduardo Augusto Barreto de Queiroz
Eduardo, acredito que os memes podem ser utilizados em provas, inclusive alguns vestibulares já utilizaram deste recurso ilustrativo. Os memes podem ser incluídos em provas em questões de interpretação do contexto histórico, fazer com que os alunos expliquem o humor do meme e como ele está relacionado com o evento histórico em questão.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá, parabéns pelo texto!
ResponderExcluirO uso de recusos midiáticos em sala de aula, não é bem uma novidade, pois, por vezes quando se é aluno, depara-se com um professor que goste de trabalhar por meio de vídeos, slides e outros recursos visuais. Entretanto, os memes conseguem trazer uma característica mais bem humorada a certas situações, o que nos faz lembrar das charges, que muitas vezes trazem um assunto ou crítica para debate, mas com um tom mais bem humorado. Dessa forma, pode-se pensar na introdução de memes no processo de ensino aprendizagem, tal qual acontece com as charges?
Keven Alves de Souza Santana
Obrigado, Keven. Acredito que os memes e as charges se pareçam, utilizando algumas figuras de linguagem e imagem que se diferenciam. Penso que os memes podem sim ser introduzidos no ensino de aprendizagem, mas isso será processual, não acho que seja necessária a substituição de um pelo outro, ambos trazem uma ilustração de episódios e alívio cômico.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá, desde já gostaria de parabenizar os autores por este trabalho extremamente relevante, principalmente para os professores que gostam de inovar e levar diferentes fontes para a sala de aula. O museu de memes foi um grande achado, obrigada pelo compartilhamento.
ResponderExcluirComo mencionado, o meme carrega simplificações e generalizações e é uma atribuição do docente contextualizá-lo e debater conceitos presente no meme com seus alunos. Um problema presente em nossa contemporaneidade digital é confundir informação com conhecimento. Acredito que seja relevante discutir tal temática com nossos alunos, pois como foi mencionado o meme sozinho não não gera debates.
Pensando o meme como ferramenta didática inserida na sala de aula, que filtro o docente deve ter ao propor alguma atividade em que serão os próprios alunos a apresentarem memes para a turma?
Abraço,
Amanda Cristina Souza dos Santos.
Obrigada, Amanda. Acredito que o melhor filtro para evitar alguns constrangimentos seria o próprio professor pré selecionar os memes e dar para os alunos escolherem antes de realizar a atividade. Dessa forma o professor já conhece os memes e sabe o que esperar da análise dos alunos.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Parabéns pelo texto. Achei muito interessante a proposta de vocês. Como educadores temos que acompanhar essas ferramentas. Mas gostaria de saber se o meme poderia ser utilizado como uma ferramenta avaliativas ?
ResponderExcluirEliane Lins Cesar.
Obrigada, Eliane. Imagino que isso dependa do professor e sua proposta, mas ele pode funcionar como avaliação, por exemplo, após uma aula sobre um conteúdo específico o professor levar alguns memes (selecionados por ele) e dar para os alunos interpretarem e relacionarem eles ao conteúdo dado. Isso serve como uma avaliação e também faria com que os alunos interagissem mais com o conhecimento.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Boa noite. Ao ler o texto percebi que os memes podem ser usados de forma diferente de apenas entreter os jovens. Minha questão seria: A utilização dos mesmos poderia ser feita de forma interativa em sala de aula certo? Tendo em vista que muitas vezes os alunos não entram em sites propostos por professores por “falta de coragem” ou por pensarem que é apenas mais um blog com “palavras chatas” (De acordo com os pensamentos deles)
ResponderExcluirGostaria de parabenizá-los pelo excelente texto
Renan Braga Taveira
Olá Renan. Penso que o professor poderia levar os memes para a sala de aula já selecionados e a partir daí sugerir o site para os alunos, que com isso já teriam um primeiro contato com o conteúdo disponível nele e se interessariam mais.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá, Arnaldo e Julia
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de parabenizá-los pela ótimo trabalho que vocês tem realizado. Bastante pertinente para os dias atuais. Desconhecia o site e podem ter certeza que a partir de agora irei utilizá-lo nas minhas aulas. O texto foi breve, mas com uma riqueza de detalhes muito bacanas. A pergunta que gostaria de fazer é se vocês em algum momento da pesquisa experimentaram trabalhar com os alunos os memes? Como foi a reação? Quais segmentos ? Os alunos do Ensino Fundamental reagiram de maneira diferente que os do ensino médio?
Agradecida
Bruna Lana Prado Velozo Barroso.
Bruna, não pois essa pesquisa foi pensada na Universidade Estadual de Maringá quando era docente lá e orientei a Julia nesse trabalho, mas a partir de agosto assumi como professor efetivo na Universidade Federal de Pernambuco. Mas creio que a Julia poderá continuar a pesquisa seguindo essas orientações.
ExcluirObrigado
Att
Arnaldo Martin Szlachta Junior
Muito bom o texto, gostei muito.
ResponderExcluirMinha pergunta é:
Como podemos "quebrar" esse preconceito que algumas instituições tradicionais ainda tem com os memes? É não acha que a linguagem dos memes não é muito simplificada? É que acertos assuntos que devido a sua complexidade, não possa ser transformada em memes?
Daniel Augusto Pereira Garcia
Obrigada, Daniel. Acredito que o preconceito só será quebrado quando demonstrarmos que a utilização dos memes é funcional, isso só ira ocorrer quando levarmos isso para as salas de aula. A linguagem dos memes é sim simplificada, é a sua intenção, os memes não serão a base da aula, servirá como uma ilustração do tema dado pelo professor anteriormente. Acho que todo assunto é passível de virar um meme, mas devemos ter bom senso e entender o uso do humor em algumas situações.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Parabéns, belo texto! Fiquei intrigada com uma questão: como podemos trazer essas reflexões a partir dos memes como fonte de pesquisa para trabalhos? Há uma resistência da escola ou até dos professores para essa proposta de ensino?
ResponderExcluir-Eduarda Thaís dos Santos
Obrigada, Eduarda. O meme pode ser utilizado em trabalhos de análise de contexto histórico, mas precisa de uma aula prévia do professor explicando suas funcionalidades, pois somente o meme não pode ser uma fonte de conhecimento isolada, precisa ser encaminhado pelo professor. O preconceito ainda existe e o professor pode enfrentar resistência, mas acredito que a solução para isso seja demonstrar que o método é funcional e aproxima professor a aluno.
ExcluirAtt, Julia Piovesan Pereira.
Olá, Arnaldo e Julia!
ResponderExcluirTexto singular sobre a questão. Já pensei em usar o meme em minhas aulas algumas vezes, mas sempre recuei pelo medo de fugir das questões históricas pertinentes. Com o conhecimento do Museu dos Memes e do tratamento histórico dado aos memes, vejo que a alternativa pode ser muito produtiva.
Dito isso, seria o mais viável tratar o meme como uma fonte histórica imagética em uma sala inclusiva com surdos?