O COLÉGIO ESTADUAL LEONEL FRANCA, PARANAVAÍ [PR]: CONHECENDO SUA VIDA POR MEIO DE FONTES HISTÓRICAS [1956 – 1975]
O ano de 1971,
marcado pela publicação da Lei de Diretrizes e Bases [LDB, Lei nº5692/71],
transforma a organização do ensino no Brasil. Para compreender o que isso
representou para a educação, objetivamos analisar aspectos históricos das
mudanças na formação de professores e compreender a história da Escola Normal
Leonel Franca, município de Paranavaí. Escola essa que formava professores
normalistas. Delimitamos o estudo entre os anos de 1956 e 1975. Após 1971, a escola se transforma em
Magistério, pertencendo ao Colégio Estadual Leonel Franca - Ensino Fundamental
e Médio, do Município de Paranavaí/Paraná.
No entanto, para
que possamos falar da influência da mencionada reforma, consideramos
importante, inicialmente entender brevemente a história do referido Colégio.
Isso porque consideramos que entender sua história é também entender o processo
de transformação pelos quais a sociedade estava passando naquele momento
[1956-1975]. Ademais, concordamos com Bertucci, Filho e Oliveira [2010, pg.51]
quando ressaltam os pensamentos de Thompson de que: “[...] Estudar a
escolarização significa entender a forma como a escola organiza a cultura a ser
transmitida [...], também significa aprender as tensões que marcam as relações
dos sujeitos”. Ou seja, a escola se organiza como parte da sociedade e segue
determinações governamentais para a educação nacional.
Sendo assim, para a realização desse estudo,
recorremos às fontes legislativas, bem como bibliográficas, visto que as mesmas
são essenciais para investigar a intenção do governo quanto a formação de
professores em especial na década de 1970. Vale ainda ressaltar que não
consideramos essas fontes como sendo os únicos meios de conhecimento, mas
ressaltamos que esse é o primeiro passo para nossa investigação. Em uma
pesquisa histórica as fontes são essenciais para a legitimidade e credibilidade
da pesquisa, como aponta Bloch [1976].
Ademais, de acordo com Miguel [2006, pg. 5]:
“Para o estudo da História da Educação importa recorrer à legislação enquanto a
expressão oficial de leis e normas que lhe são específicas sem, no entanto,
deixarmos de considerá-la em sua relação com as demais leis e no contexto
social [...]”. Nesse sentido, como método reflexivo para elucidar nossa
questão, nos embasaremos nos métodos de Edward Palmer Thompson, o qual
considera a importância e a relevância da cultura e da experiência nos estudos
da História da Educação.
Elencamos as principais fontes utilizadas
neste estudo. Os Livros: Memória da
Trajetória do Ensinar e Aprender, de Maria Ivonet Francisco Bana [2013]; Edward P. Thompson: História e Formação, de
Liane Maria Bertucci; Luciano M. de Faria Filho e Marcus Aurelio Taborda de
Oliveira [2010]. O Decreto Lei nº 8.529 de 2 de janeiro de 1946 [BRASIL, 1946];
Decreto Lei nº 8.530 de 2 de janeiro de 1946 [BRASIL, 1946]; a Lei nº 5.692 de
11 de agosto de 1971 [BRASIL, 1971]. Cabe destacar que ao retratar aspectos da
história da Escola Normal, teremos como base principal o livro de Bana [2013],
por este conter aspectos da trajetória do Colégio até o ano de 2012.
Desse modo, inicialmente abordaremos o
surgimento da Escola Normal de Paranavaí e na sequência, trataremos as reformas
do Ensino propostas LDB nº 5.692 de 11 de agosto de 1971.
Um pouco da
história da Escola Normal secundária de Paranavaí-Pr
Inicialmente voltaremos nosso olhar para a
década de 1950 especificamente para o ano de 1955, momento no qual, de acordo
com Bana [2013] no Município de Paranavaí ganhou volto a ideia de formar os
professores para o Ensino Primário. Para isso, seria necessário uma escola
normal. Salienta que:
“Em
1955, Paranavaí, era vista no cenário paranaense como lugar de prosperidade.
Para cá fluíam brasileiros de todos os rincões da Pátria, atraídos pelo muito
que prometia a terra nova e exuberante [...]. Em tempos de franco progresso fez
se necessário atender aos anseios dessa população que via nesta terra o vigor e
o frescor de uma terra jovem, profícua e próspera. Avançar no campo educacional
era iminente” [BANA, 2013, pg.17].
Podemos, portanto, por meio da fala da
professora Maria Ivonet Francisco Bana, evidenciar que o município de Paranavaí
vivia um momento de grande progresso e desenvolvimento. O município havia sido
criado em 1951com o desmembramento do Município de Mandaguari, por meio da Lei
Estadual nº 790, de 14 de dezembro de 1951, e solenemente instalado em 14 de
dezembro de 1953. Portanto iniciava-se todo um trabalho para a estruturação das
bases que a sociedade iria funcionar. Percebemos ainda a importância dada à
escola e à formação dos professores nesse contexto, visto que, a ideia de
progresso associado à educação e modernização era recorrente entre os
governantes e na sociedade.
No ano de 1956 por meio do Decreto nº 2.136 de 27 de abril do mesmo ano, foi criada a Escola
Normal Secundária no município de Paranavaí, tendo como primeira diretora a
professora Jeny Miranda Lorenzetti [BANA, 2013]. A escola Normal foi Instalada
junto ao Ginásio Municipal de Paranavaí, onde permaneceu até o ano de 1971,
quando mudou-se para o prédio próprio [onde permanece até os dias de hoje] na
Rua Maranhão S/N, atualmente Rua Dr. Sylvio Vidal Coelho Leite Ribeiro, nº
1680. No início do ano de 1971, a Escola Normal e de Aplicação passaram a
funcionar em prédio próprio, pois até então havia dividido o prédio com duas
outras instituições, o Colégio Estadual [até 1965], e a Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Paranavaí [1965-197]). É então que no ano de 1974 ocorre a
implantação do Ensino de 2º Grau. E em 1975 a Escola Normal encerra suas
atividades como tal, por meio da Lei nº 5.692/71.
Em consonância com a legislação federal,
Decreto-Lei nº 8.530 de 02 de janeiro de 1946, Art. 1º. A Escola Normal possuía nesse momento as
seguintes finalidades:
1. Promover a formação do pessoal docente
necessário às escolas primárias;
2. Habilitar administradores escolares às mesmas
escolas;
3. Desenvolver e propagar os conhecimentos e
técnicas relativas à educação da infância.
Contudo, o ingresso na Escola Normal era
precedido de requisitos como: testes admissionais, ter idade mínima de 13 anos
e possuir comprovante de escolaridade. Ou seja, esses requisitos já eram uma
forma de seleção de candidatos. Foi então que no dia 20 de Maio de 1956 houve o
primeiro exame de admissão, no qual foram aprovados 24 alunos, de ambos os
sexos, no entanto em sua maioria mulheres. Já no ano seguinte em 1957 a Escola
contava com duas turmas, sendo uma de 1º ano com 33 alunos e uma de 2º ano com
22 alunos. Ainda no ano de 1957 assume a direção da escola o professor Pedro
Real, que durante sua gestão sentiu a necessidade de atribuir à escola um novo
nome [pois até então o nome Escola Normal Secundária era comum a todas as
instituições com a mesma finalidade de formação], atribuindo assim, o nome de
Leonel Franca em homenagem ao Padre brasileiro Leonel Edgard da Silva Franca
[1893-1948], passando a se chamar Escola Normal Colegial Leonel Franca. No ano
de 1958 por meio do Decreto nº 14.740 de 14 de Fevereiro de 1958, foi criada
uma Escola de Aplicação anexa à Escola Normal, a qual começou a funcionar
somente no ano de 1963, destaca Bana [2012, pg. 48], que: “[...] ainda não
tinha efetivado seu funcionamento por não ter local apropriado para atender as
crianças nos primeiros anos de escolaridade e as normalistas quanto a prática
das teorias estudadas no curso normal”. No ano de 1959, sob direção da
professora Neusa Pereira Braga, cria a primeira biblioteca da escola [BANA,
2013].
Com a Criação da Escola de Aplicação anexa, as
normalistas [alunas da Escola Normal] puderam colocar em prática os
conhecimentos aprendidos, ressaltamos dessa forma as palavras de Bana [2013,
pg.49]:
“[...] o sonho de ver os preceitos didáticos
serem finalmente postos em prática pelas normalistas. A Escola recebeu uma
grande quantidade de material didático e o nível de aproveitamento do ensino
foi considerado ótimo, levando a Escola a uma posição inigualável no Ensino de
Paranavaí. Onde quer que a escola se fizesse presente, era com brilhantismo e
competência, surgindo assim a alcunha de “A Bela Escola”.
Nesse sentido, vemos por meio dessas palavras
que a Escola para a sociedade possuía uma grande importância enquanto formadora
de profissionais, bem como percebemos a importância da escola de aplicação que
funcionava como um “laboratório” para as Normalistas [BANA, 2013]. No decorrer
de sua trajetória a Escola foi reconhecida e respeitada, organizando diversos
eventos como: desfiles, bailes, jogos, entre outras atividades.
A Escola Normal e Reforma Do Ensino de 1971-
Lei nº 5.692/71.
O contexto em que
o país se encontrava no ano de 1971era de Ditadura Militar sendo determinante
para a publicação da LDB 5692/71 que reformou o ensino [BRASIL, 1971]. A
Ditadura Militar foi iniciada no ano de 1964 por meio de um golpe militar que
afastou do poder o então presidente eleito de forma democrática João Goulart.
Assumiu o seu posto o Marechal Castelo Branco, sendo sucedido por vários outros
militares, até o ano de 1985, quando civis retornam ao poder e inicia-se o
processo de redemocratização do país. [FERREIRA JUNIOR; BTITTAR, 2006]. A
ditadura militar influenciou a Educação nesse período, visto que: “A política
educacional do regime militar abrangeu, ao longo dos seus vinte anos de
duração, todos os níveis de ensino, alterando a sua fisionomia e provocando
mudanças, algumas das quais visivelmente presentes no panorama atual” [FERREIRA
JUNIOR; BTITTAR, 2006, p. 1161].
Segundo Vieira,
[2007, p. 301] as principais reformas e mudanças ocorreram após o ano de 1967,
como a publicação da Lei nº5.540/68, a qual promoveu a reforma do Ensino
Superior, bem como a Lei nº5.692/71, que fixou as Diretrizes de Base para a
Educação de 1º e 2º grau, reestruturando assim a educação básica. [BRASIL,
1968; 1971]. Até então, as escolas normais e escolas primárias eram regidas
pelos Decretos Lei nº 8.529 de 2 de janeiro de 1946 [Lei Orgânica Do Ensino
Primário] e a Lei nº 8.530 de 2 de janeiro de 1946 [Lei Orgânica do Ensino
Normal]. [BRASIL, 1946a; 1946b].
Até 1971 o Ensino
Primário era comporto por duas categorias: o ensino primário fundamental, que
atendia as crianças de sete a doze anos e o ensino primário supletivo, que
destinava-se aos jovens e adultos. O ensino primário possuía em sua estrutura o
curso primário elementar e complementar, que eram ministrados de forma
sucessiva, conforme o Art. 3º da referida lei. O curso primário elementar era
composto por quatro anos de estudos e o complementar apenas um ano, compondo
assim cinco anos de estudos. E o ensino supletivo era composto por dois anos de
estudo. [BRASIL,1946ª]
Já com relação ao
Decreto-Lei nº 8.530, de 2 de Janeiro de 1946, a Lei Orgânica do Ensino Normal,
Art. 2º regulamentava que “o ensino normal será, ministrado em dois ciclos. O
primeiro dará o curso de regentes de ensino primários, em quatro anos, e o segundo,
o curso de formação de professores primários, em três anos”. Havia três tipos
de curso normal, sendo eles: o Curso Normal Regional, a Escola Normal e o
Instituto de Ensino. Nos incisos I, II e III do Art. 4º destacam-se as
disposições para cada instituição. A escola normal regional era destinada a
ministrar somente o primeiro ciclo de ensino normal; a escola normal era
destinada a dar o curso de segundo ciclo e ciclo ginasial de ensino e o
Instituto de educação destinava-se para cursos próprios da Escola Normal,
ministrava ensino de especialização do magistério e de administradores
escolares do grau primário. No Artg. 6º dessa mesma Lei orgânica, inciso III,
regulamenta que os concluintes do segundo ciclo do ensino normal teriam a
possibilidade de ingressar em curso de faculdade [BRASIL, 1946].
Contudo, com a
Lei nº 5.692 de 11 de agosto de 1971, reestrutura-se toda a composição do
Ensino primário e ginasial, para ensino de 1º e 2º grau. O Art. 20, estabelece
como obrigatório o Ensino de 1º grau dos 7 aos 14 anos de idade e não mais dos
7 aos 12 anos, passando, portanto, o Ensino de 1º grau ser composto por 8 anos
e não 5. Para o ingresso no 2º grau era necessário ter concluído o 1º grau. O
ensino de 2º grau poderia ter duração de três a quatro anos dependendo de sua
finalidade. Possibilitava o ingresso em universidade, mas também ofertava
habilitação profissional, conforme o Art. 5º. [BRASIL, 1971].
Essa Reforma
impactou profundamente as Escolas normais, bem como na Escola de Paranavaí.
Tornou-se o magistério, uma habilitação de segundo grau, para o concluinte
exercer o magistério para a docência do 1º grau. E é assim, que após formada a
última turma, “De acordo com parecer nº 087/74, a partir de 1976 a Escola
Normal Colegial Leonel Franca deixou de existir como Escola Normal e passou a
compor uma das modalidades de ensino ofertadas pelo Colégio Estadual,
denominada de ‘Magistério’, habilitação para o Ensino de 1ª a 4ª séries”
[BANA,2013, p.146].Percebemos como foi impactante e profunda essa reforma para
a Normal Colegial Leonel Franca por meio do relato da diretora Graça Elisabeth
F. Marchesine em 1975:
“Em todos os
grandes momentos históricos há sempre os heróis, os líderes, os que encabeçam
os movimentos, e é claro, são os que representam esses movimentos e com eles
passam para a posteridade. Mas há também os que se doam anonimamente, os que se
sacrificam e corajosamente se deixam imolar no altar dos holocaustos. São como
sírica que se deixa queimar silenciosamente no altar dos sacrifícios. Assim foi
a Leonel Franca... Brava, garbosa, galharda. Entrou na Reforma do Ensino e
deixou de existir... A Escola foi chamada a participar da reforma e respondeu:
presente, doando seu belo e confortável prédio, doando seu bem-estar, doando
sua liberdade e autonomia e, finalmente, doando-se a si própria...
anulando-se... consumindo-se para sempre. A tradicional ESCOLA NORMAL COLEGIAL
ESTADUAL ‘LEONEL FRANCA’ passou a integrar a UNIDADE DE I E IIº GRAU DE
PARANAVAÍ, constituindo-se na área de HABILITAÇÃO PARA O MAGISTÉRIO”
[MARCHESINE, 1975; apud BANA, 2013,
pg. 146].
Conhecer a
história permite compreender com medidas legislativas, por diversos motivos
podem alteram o cenário educacional de uma região e de um país. A Escola Normal
Ginasial Leonel Franca foi apenas um exemplo dos reflexos da Reforma do Ensino,
marcando profundamente a educação na cidade de Paranavaí, pois essa instituição
ajudou na formação e capacitação de muitos professores que trabalharam na
educação do município de Paranavaí, bem como da sua região, pois chegou a
abranger vários municípios. Os arquivos localizados, em particular notícias do
jornal O Diário do Noroeste, disponíveis na câmara municipal de Paranavaí,
registram fatos e relatos da importância que a Escola Normal Ginasial Leonel
Franca tinha para a sociedade.
Essa pesquisa
está em fase inicial de levantamento de dados e terá andamento nos próximos
anos. Os arquivos são fundamentais para manter a memória sócio educacional de
uma população vivas. Contextualizadas, permitem compreendermos o papel da
educação na formação da sociedade e no desenvolvimento de uma região.
Referências
Sthefany Matheus
da Silva é Mestranda em Ensino. Docente na Escola Doutor Raul Martins-
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, São Jorge do Ivaí. Integrante do
grupo de estudos: História e Memória oral. E-mail: sthsilva@outlook.com
Márcia Marlene
Stentzler é doutora em Educação. Docente no curso de Pedagogia da Unespar,
campus de Paranavaí. Docente no Programa de Pós-Graduação PPIFOR, Unespar.
Líder do NUCATHE. Coordenadora do Centro de História e Memória oral. E-mail: mmstentzler@gmail.com
BANA, Maria
Ivonet Francisco. Memória da trajetória
do ensinar e do aprender. 1 ed. Paranavaí: Gravil Artes Gráficas, 2013.
[livro]
BERTUCCI, Liane
Maria; FILHO, Luciano Mendes de Faria;
OLIVEIRA, Marcus Aurelio Taborda. Edward
P. Thompson: história e formação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
[livro]
BLOCH, Marc –
Introdução à história. 3ª ed. Mem Martins, Publicações Europa-América, 1976.
[livro]
BRASIL,
Decreto-Lei n.8.529 de 2 de janeiro de 1946. Que trata da Lei Orgânica do
Ensino Primário. Disponível em: <
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-8529-2-janeiro-1946-458442-publicacaooriginal-1-pe.html
> [internet]
BRASIL,
Decreto-Lei n.8.530 de 2 de janeiro de 1946. Que trata da Lei Orgânica do
Ensino Primário. Disponível em: <
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-8530-2-janeiro-1946-458443-publicacaooriginal-1-pe.html
>[internet]
BRASIL. Lei nº
5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as
Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º grau, e dá outras providências.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5692.htm
>[internet]
FERREIRA JUNIOR,
Amarilio; BITTAR, Marisa. A ditadura militar e a proletarização dos
professores. Educ. Soc., Campinas,
v.27, n.97, p.1159-1179, set./dez. 2006. Disponível em: < http://www.cedes.unicamp.br
>[internet]
MIGUEL, Maria
Elisabeth Blanck. A legislação educacional: uma das fontes de estudo para a
história da educação brasileira, In: Navegando pela História da Educação
Brasileira. Em: LOMBARDI, J C; SAVIANI, D; NASCIMENTO, M I [org.] Campinas:
S.P: Graf F E: HISTERDBR, 2006. Disponível em:
<https://scholar.google.com.br/scholar?cluster=14954320980330192353&hl=pt-BR&as_sdt=0,5>[internet]
PARANÁ. Lei nº
790, de 14 de Novembro de 1951. Dispõe sobre a divisão Administrativa do Estado
no quinquênio de 1952 a 1956. Disponível em: < https://leisestaduais.com.br/pr/lei-ordinaria-n-790-1951-parana-dispoe-sobre-a-divisao-administrativa-do-estado-no-quinquenio-de-1952-a-1956>[internet]
VIEIRA, Sofia
Lerche. A educação nas constituições brasileiras: texto e contexto. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos,
Brasília, v.88, n.219, p.291-309, maio/ago.2007.Disponívelem:<http://rbepold.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/749>[internet]
Olá Sthefany!
ResponderExcluirMuitas cidades, não só no Paraná, mas em todo o país, no início e até meados do século XX criaram escolas normais e anexas aos seus espaços estavam também escolas para atender as crianças pequenas. Essas escolas tinham também o objetivo de ser o local onde os normalistas poderiam colocar em prática o que aprendiam. Em muitos municípios, a oportunidade de ingresso em uma escola normal, assim como a possibilidade de uma futura nomeação para assumir uma classe, eram direcionadas às moças e rapazes que pertenciam a classe dominante do município. O mesmo acontece em Paranavaí?
Parabéns pela pesquisa!
Cláudia Sena Lioti
Oi Cláudia! Primeiramente agradeço o tempo dedicado para realizar a leitura do trabalho!
ExcluirSim, o mesmo ocorre com a Escola Normal de Paranavaí, tanto para o ingresso na Escola quanto para lecionar.Pois, para o ingresso na Escola Normal além de exames admissionais era necessário comprovar escolaridade anterior (primária). E Para compor o corpo docente, havia a exigência de no mínimo ter formação em uma Escola Normal Secundária, o que na época resumia-se a um grupo seleto de pessoas, e conforme docentes com nível mais elevado de Ensino chegava ao município, eram convidados a compor o corpo docente.
Espero ter respondido sua pergunta.
Atenciosamente
Sthefany Matheus da Silva
Oi Sthefany!
ResponderExcluirUma pesquisa histórica compreende a existência de fontes, em geral disponíveis em arquivos. Alguns bem cuidados e organizados, outros nem tamto. Sua pesquisa é muito relevante e necessária para conhecermos a organização educacional no interior do estado do Paraná. O que a motivou a realizar essa pesquisa? Que tipos de arquivos você está utilizando? O que mais lhe agradou? Conte um pouco sobre essa caminhada.
Oi Márcia!
ExcluirPrimeiramente agradeço o tempo dedicado a minha pesquisa!
As motivações para realização dessa pesquisa além de um interesse pessoal pela história da Educação, esta pautada na busca por um compreensão sobre como a formação de professores foi se delineando no Estado do Paraná, e por considerar importante procurar entender as relações estabelecidas entre homem, sociedade e educação, e as influências dessas relações.
Nessa pesquisa os arquivos utilizados foram Leis e Decretos, bem como jornais e livros. Nesse sentido o que me agradou muito poder acompanhar a trajetória da Escola Normal Secundária de Paranavaí, visto que com as pesquisas pude ter contato com fontes que embora não apareçam nesse trabalho demonstraram a importância que a Escola teve para o município e região, assim como as representações que a mesma teve para a sociedade local.
Espero ter respondido suas perguntas...
Atenciosamente
Sthefany Matheus da Silva
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