Regina Célia Daefiol


MUITO ALÉM DE UM RECURSO PEDAGÓGICO: O USO DE MAPAS COMO FONTES HISTORIOGRÁFICAS PARA O ENSINO CRÍTICO DE HISTÓRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL



A discussão acerca do uso de fontes historiográficas como instrumentos imprescindíveis ao ensino de História, a nosso ver, encontra-se a tal ponto avançada que corremos o risco de sermos redundantes ao mencioná-la de maneira aprofundada. É suficiente dizer que as fontes ganharam, nos últimos anos, um espaço cada vez maior na sala de aula, especialmente entre as novas gerações de professores e entre aqueles que se mantêm atualizados com os avanços da pesquisa, em especial a pesquisa relacionada ao Ensino de História.

Além de terem sua utilidade e imprescindibilidade corroboradas pela prática de boa parcela do professorado e pela academia, o uso das fontes no ensino de História ganhou ainda mais viabilidade com os avanços da tecnologia, mesmo considerando que estes avanços não se deram de maneira uniforme e igualitária no país das desigualdades que é o Brasil. Mas, é preciso considerar que mesmo escolas que contam com poucos recursos por se encontrarem em zonas periféricas do olhar governamental disponibilizam algum tipo de recurso audiovisual que facilita o uso de fontes na sala de aula. Sem contar que a criatividade de muitos professores também ajuda a superar obstáculos impostos pela ausência da tecnologia. Por exemplo, explorando com mais atenção e método as fontes históricas presentes na grande maioria dos livros didáticos adotados atualmente no país.

Esse processo de aproximação cada vez maior dos documentos históricos com o cotidiano da sala de aula acabou por dar foco a fontes que, de alguma maneira, promovem uma maior aproximação com a realidade dos alunos. Partindo dessa ideia, filmes, fotografias, games, músicas, histórias em quadrinho e até mesmo propagandas têm sido amplamente utilizados como fontes para reflexão sobre os mais diversos temas previstos nos currículos escolares acerca do ensino de História. Neste processo, um elemento tão antigo quanto o próprio modelo de sala de aula em que se assenta a educação brasileira ficou meio esquecido: o mapa, ao mesmo tempo recurso pedagógico e documento histórico.

Enquanto recurso pedagógico, os mapas são instrumentos de grande valia para o ensino de História na medida em que se constituem numa ferramenta de localização cartográfica, permitindo a elucidação e a visualização do espaço/localidade, algo essencial para a compreensão de determinados conteúdos. Segundo Ângela Katuta:

“Muitas vezes, por falta de conhecimento ou de condições materiais, o docente deixa de utilizar mapas para a elaboração de leituras geográficas dos diferentes territórios, fazendo um discurso sobre os locais como se todos soubessem sua localização ou como se essa não fosse importante para a configuração e entendimento de sua territorialidade.” [Katuta, 2001, p. 293]

A ausência de mapas em sala de aula resulta em grande perda para o processo de ensino/aprendizagem de História, porque, muito além da sua utilidade enquanto recurso pedagógico, eles se constituem em documentos de época, em fontes historiográficas, pois:

“[...] cada mapa evidencia uma narrativa histórica diferente. O passado se modifica pelo modo de intervenção do historiador e, sem dúvida, por meio do espaço, o homem pode pensar sua influência nos processos históricos. O aprofundamento acerca do processo de constituição das fontes proporciona ao aluno a ideia de se conceber como questionador do fazer histórico. O mapa do Brasil de 1500 não é o mesmo que os dos dias atuais, não tão somente por mudanças geográficas, mas também por questões sociais, econômicas e políticas que influenciam a visão que se tem hoje do mapa do Brasil. Afinal, mapa é representação, símbolo dotado de e em um contexto [Pina, 2017, p. 2]

Desde o surgimento, ainda nas sociedades primitivas, passando pelo processo de avanço da cartografia científica na transição da Idade Média para a Idade Moderna, e até os dias de hoje, os mapas tiveram como agentes produtores os detentores do poder do Estado. Dentro desta perspectiva, podemos afirmar que, ao delimitar lugares/territórios, os mapas se constituem em elementos permeados por intencionalidades que vão muito além da orientação cartográfica. Para Eduardo Quadros:

 “podemos considerar o Estado o grande patrocinador das cartas geográficas, sendo através de sua atuação que surgiu a cartografia científica na Idade Moderna. Os mapas demonstravam prioritariamente os territórios do rei. Com a expansão marítima europeia, muitas terras antes desconhecidas precisavam ser figuradas. Então, a partir do século XV, surgiram ‘escolas cartográficas’ para produzir mapas das zonas descobertas ou para apontar a extensão dos poderes régios.” [Quadros, 2008, p. 29-30]   

Sobre as relações de poder que incidem sobre as representações simbólicas dos mapas, Brian Harley considera que o ato de denominar ou mesmo de situar um território ou ponto neste documento é permeado por uma carga política. Por este motivo, o autor qualifica os mapas como uma força política dentro da sociedade:

“[...] os mapas nunca são imagens isentas de juízo de valor e, salvo no sentido euclidiano mais estrito, eles não são por eles mesmos nem verdadeiros nem falsos. Pela seletividade de seu conteúdo e por seus símbolos e estilos de representação, os mapas são um meio de imaginar, articular e estruturar o mundo dos homens. Aceitando-se tais premissas, torna-se mais fácil compreender a que ponto eles se prestam às manipulações por parte dos poderosos na sociedade”. [Harley, 2009, p. 2]

E ainda:

“A cartografia pode ser também uma forma de conhecimento e uma forma de poder. Assim como o historiador pinta a paisagem do passado com as cores do presente, o geômetra, conscientemente ou não, não reproduz somente o entorno em sentido abstrato, mas também os imperativos territoriais de um sistema político. Seja o mapa produzido sob a bandeira da ciência cartográfica, como foram a maior parte dos mapas oficiais, ou seja, um exercício de propaganda declarada, é inevitável que esteja envolvido no processo do poder. [Harley, 2009, p. 3]

Trabalhando mapas com os alunos
A observação e análise de mapas produzidos em diferentes épocas proporcionam ao estudante ter contato com as transformações ocorridas ao longo dos anos na representação cartográfica de uma determinada região, país ou continente, e a refletir sobre os motivos que levaram a tais mudanças. Fazendo isso, o aluno estará realizando operações mentais que conduzem à elaboração da consciência histórica, uma vez que conteúdos não bastam para que se dê o aprendizado histórico. Não são informações históricas que formam a consciência histórica, mas sim o entendimento de conceitos estruturais, como temporalidade, mudança e permanência, semelhança e diferença, evidências, imaginação histórica, intersubjetividade.  De acordo com Jör Rüsen:

“a didática da História se volta para aqueles processos mentais ou atividades da consciência sobre os quais afinal se funda a referência do aprendizado histórico à história. Trata-se de processos de pensamento e de formação estruturadores da consciência que geralmente encontram-se por trás dos conteúdos e que habitualmente ficam velados ao aprendiz [...]” [Rüsen, 2011, p. 42].

Ao trabalhar mapas como fontes históricas com seus alunos, o professor deve ter como primeira premissa a ideia de que um mapa é a representação simbólica de um lugar em disputa e permeado por relações de poder.  A partir dessas relações é que vão sendo construídos os símbolos que se destinam não só a representar o real, como também a ratificar essas mesmas relações de poder. A representação por meio de símbolos é, em si mesma, a institucionalização de um discurso de naturalização das relações de poder e das divisões territoriais impressas. Essa naturalização se reveste do atributo de verdade, uma vez que o mapa se apresenta enquanto documento que traz para o papel o que existe na esfera do real.   

No presente artigo, apresentamos uma proposta de trabalho com mapas enquanto fontes históricas para turmas do 6º ao 9º ano [anos finais] do Ensino Fundamental. O primeiro passo para trabalhar com essas fontes históricas passa por uma sondagem para identificar as dificuldades e fragilidades dos alunos e seus conhecimentos em relação aos elementos de um mapa. Um bate-papo inicial com a turma, interrogando os alunos sobre a importância dos elementos de um mapa pode ser um bom começo. Sugerimos, como ponto de partida para aproximação com o tema, a exibição dos vídeos “A história da cartografia”, sobre a origem dos mapas [disponível em                       http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10273], e “Mapas e projeções cartográficas”, sobre convenções estabelecidas pelos mapas [disponível em http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10358].

Além desta introdução básica, a utilização do mapa como fonte histórica vai exigir do professor a iniciativa de ir além do que está enunciado, ou seja, além das representações das divisões territoriais e geográficas, da localização de países, estados, cidades, mares, rios e outros marcos geográficos. Isso porque a análise de um mapa enquanto fonte histórica prescinde da mesma crítica que deve ser feita por todo pesquisador a qualquer outro tipo de documento. Ou seja, a fonte precisa ser problematizada.

Algumas perguntas carecerão de respostas preliminares, que o professor deve levantar no ato de preparação da aula, a título de trazer uma base de informações mínima para que os alunos estejam habilitados a refletir sobre a fonte. A crítica a esse tipo de fonte requer a problematização por meio de questões como: O mapa é uma representação natural do espaço geográfico ou uma representação construída? Quem construiu a divisão territorial demonstrada? Em que temporalidade? Em que contexto? Com que espécie de recursos/financiamento? Com quais objetivos este mapa foi constituído? Para atender a que tipo de interesse/intenção? De que forma o mapa deixa transparecer a ideia de poder na representação de um território, estado ou país?

A intermediação do professor se faz necessária para destacar a característica do mapa enquanto um documento que, mais do que representar divisões territoriais e geográficas, traz um relato histórico. Carolina Pina coloca que:

“Em meio à diversidade de documentos visuais, ressalta-se os mapas como testemunhos concretos de um tempo, de uma mentalidade, da cultura, seja em seu caráter expansionista, político ou científico. O professor deve se referir ao mapa como construção social, ou seja, um documento elaborado - muitas vezes - com objetivos específicos e permeados de interesses, sobretudo, econômicos e políticos.” [Pina, 2017, p. 3]

A comparação pode ser uma metodologia interessante para a exploração dos mapas enquanto fontes históricas. A apresentação para os alunos de diferentes versões, de diferentes épocas, do mapa do Brasil, por exemplo, pode ajudar a compreender que se trata de uma construção que tem historicidade.

O professor pode partir da análise do mapa da América Portuguesa de 1519 e as representações que traz dos povos nativos, para refletir sobre a maneira como os indígenas eram vistos pelo colonizador português: como semelhantes? Ou como selvagens que precisavam ser submetidos e que ali estavam para servir aos interesses da coroa portuguesa?


Mapa da América portuguesa, de 1519, representando a exploração do Pau Brasil http://www.mapas-historicos.com/atlas-miller.htm

Na proposta de comparação, o professor pode apresentar o “Pequeno Atlas do Maranhão e Grão-Pará”, mapa produzido pelo cartógrafo português João Teixeira Albernaz no século XVII, que destaca as aldeias indígenas, os rios e as províncias da região. A partir desta fonte é possível analisar como o olhar do colonizador português sobre os povos nativos permaneceu representado a partir de uma relação de subjugação. A representação da presença dos indígenas por meio das aldeias demonstra que o colonizador enxergava nos povos nativos forças que precisavam ser contidas e mantidas sob controle estrito da Coroa. 

Pequeno Atlas do Maranhão e Grão-Pará, 1630, João Teixeira Albernaz
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart555828/cart555828.htm

Com um mapa múndi também é possível fazer essa reflexão comparativa, analisando versões produzidas em diferentes temporalidades e até mesmo por diferentes instituições [reinos, governos, igreja, instituições acadêmicas]. O professor pode colocar em questão as mudanças operadas no mapa ao longo do tempo e de que forma seus elementos representativos foram se transformando; a importância dos mapas antes e depois da expansão marítimo-comercial dos séculos XV a XVII; as ausências e presenças de territórios/países nas diferentes temporalidades – por exemplo, até o século XV a América não aparecia nos mapas do mundo conhecido, como demonstra o mapa do globo terrestre, produzido em 1490 pelo  cartógrafo alemão Heinrich Hammer; como o continente passou a ser representado depois do “descobrimento”.


Mapa do globo terrestre, 1490, Heinrich Hammer, sem a América
https://pt.quora.com/Como-a-cartografia-evoluiu-com-as-grandes-navega%C3%A7%C3%B5es-entre-o-final-do-s%C3%A9culo-XV-e-do-XVI




Theatrum Orbis Terrarum [Teatro do Globo Terrestre], 1570, de Abraão Ortélio, considerado o primeiro atlas moderno, já com a América
https://pt.wikipedia.org/wiki/Theatrum_Orbis_Terrarum#/media/Ficheiro:OrteliusWorldMap.jpeg

Na análise dos mapas também é possível estabelecer uma reflexão acerca das transformações operadas no poder da Igreja em relação ao poder das ciências ao longo da história.  Como o avanço dos conhecimentos científicos influenciaram as representações e os símbolos nos mapas? É possível analisar, por exemplo, a grande presença de símbolos e imagens religiosas nos mapas produzidos durante a Idade Média, que foi sendo reduzida na medida em que os avanços tecnológicos levaram às grandes navegações, que por sua vez proporcionaram aos europeus o conhecimento e o contato com novos mundos. O Mapa dos Salmos, de 1260, onde a cidade de Jerusalém aparece como o centro do mundo, é um exemplo de fonte que pode ajudar nessa reflexão.


Mapa do mundo, conhecido como Mapa do Salmo, 1260
https://www.researchgate.net/figure/Figura-T15-Mapa-do-mundo-conhecido-como-mapa-dos-salmos-porque-foi-encontrado-numa_fig2_271842421

Por meio da comparação entre mapas é possível também refletir com os alunos sobre a concepção eurocentrista de História - a Europa como ponto de partida e referência de civilização -  em diferentes temporalidades e de que maneira esse pensamento foi ou não se modificando na medida em que novos territórios e novos continentes foram sendo incorporados ao “mundo conhecido”.

A análise do planisfério [representação do globo terrestre] datado de 1689 pode suscitar uma reflexão sobre a maneira como a representação dos países europeus expressa uma relação de poder. Por que se convencionou que o território europeu deve ser representado na parte superior do mapa, acima da linha do Equador?



Mapa Múndi, 1689, G. van Schagen
Fonte http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=492&evento=5

Considerações finais
O uso das fontes no ensino de História contribui para o exercício da crítica às narrativas consagradas do passado, na medida em que possibilita um múltiplo olhar dos atores envolvidos no processo de ensino/aprendizagem. A análise e a observação da fonte, a formulação de hipóteses, a busca por respostas, processos tão inerentes ao trabalho do historiador, são ações que, dentro da sala de aula, permitem aos estudantes avançar no conhecimento histórico. 

Albuquerque Júnior coloca que a grande missão da História é “fazer defeitos nas memórias”, já que História e Memória são duas categorias distintas e, em certa medida, conflitantes. Especialmente no que se refere às memórias monumentalizadas e que se tornam referência quase que obrigatória na história de uma sociedade. [Albuquerque Júnior, 2012, p. 37].

Os mapas se revestem de um aspecto de memória monumentalizada, produzida a partir de determinados posicionamentos político, social e econômico de um determinado grupo em uma determinada época. Por meio de sua linguagem simbólica, não só convencionam como naturalizam interpretações e representações permeadas por relações de poder.

Como fontes históricas, os mapas devem ser utilizados em sala de aula como ferramentas por professores e alunos no exercício de, como descreve Albuquerque Júnior, “provocar defeitos na memória” e, assim, construir o conhecimento histórico de maneira crítica e questionadora.

Referências
Regina Célia Daefiol é historiadora e jornalista. É mestranda do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. “Fazer defeitos nas memórias: para que servem a escrita e o ensino da história?”, in GOLÇALVES, M. A.; ROCHA, H.; REZNIK, L.; MONTEIRO, A. M. [Org.]. “Qual o valor da História hoje?” Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012, p. 21-39. [artigo]

HARLEY, Brian. “Mapas, saber e poder”, in Confins, n.5 | 2009. Disponível em:
http://confins.revues.org/index5724.html [internet]

KATUTA, Ângela M. “A reprodução do não-saber: o uso de mapas por professores e alunos do ensino fundamental” in IV Colóquio de Cartografia para Escolares e I Fórum Latinoamericano, 2001, p. 293-302. [artigo]
PINA, Carolina T. “Os mapas e o ensino de História”. 2017. Disponível em: http://eventos.udesc.br/ocs/index.php/STPII/IIISIHTP/paper/view/594/373 [internet]

QUADROS, Eduardo. “A letra e a linha: a cartografia como fonte histórica”, in Mosaico, vol. 1, n.1, Jan-Jun, 2008, p. 27-40.  [artigo]

RÜSEN, J. “Aprendizado histórico”. In SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. R. [Org.]. “Jörn Rüsen e o ensino de história”. Curitiba: Editora UFPR, 2011. [livro]



13 comentários:

  1. MANOEL ADIR KISCHENER

    Olá Professora! Olá a todos!
    Instigante proposta. Tentando contribuir, se for pensar a partir dos mapas atuais, por exemplo, ao se observar nomes de cidades com origem indígena, que sejam a partir de grafia em alguma de suas línguas ou dialetos (e que normalmente são desconhecidas pelo grosso da população), certa feita sugeri a alunos a pesquisa sobre a versão da história do município que ganha ares de oficial, pois quando consta nos sites das prefeituras, se com nome indígena, o que constaria a respeito dos indígenas na descrição; na maioria dos casos, nenhuma; mas há possibilidades de brechas, por exemplo, em município que omitia a história indígena em sua versão do site se encontrou nomes de ruas com associação a indígenas, demonstrando, de alguma forma (e se deve pesquisar) que ocorreu certo descompasso entre os legisladores e o poder municipal, o que permite ao professor de História pistas para tratar de uma história que possa ter sentido e mesmo de crítica a oficiosa aos/pelos alunos, em suas mais diversas temporalidades (origens socio-temporais diversas), aliás, como é comum encontrar em muitas das salas da Educação Básica que se adentra.
    Agradecido!
    Abraços!

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    2. Muito agradecido, Professora Regina!
      Grande abraço!

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    3. MANOEL ADIR KISCHENER
      Muito agradecido, Professora Regina!
      Grande abraço!

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    4. Olá Manoel! Primeiramente, muito obrigada por seu interesse e leitura do meu artigo. Muito importante sua contribuição e concordo que o uso de mapas como fontes historiográficas pode contribuir muito na abordagem por você sugerida. Considerando que os povos nativos acabam sendo abordados quase sempre forma tangencial no ensino de História, a leitura dos mapas como fontes pode proporcionar oportunidades de tratar o tema de forma mais aprofundada. Muito interessante o trabalho que você propôs aos seus alunos. Buscando referências indígenas na atualidade é possível aproximar o conteúdo do cotidiano dos alunos, o que ajuda no trabalho dos conceitos históricos e na formação da consciência histórica. Parabéns! Grande abraço!

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  2. Prezada autora, excelente discussão acerca da utilização de mapas como fontes historiográficas, tendo em vista que a utilização destes ocorre mais no meio geográfico.
    Seus apontamentos acerca da necessidade fazer leituras nas mudanças históricas, politicas, sociais, econômicas ideológicas e religiosas na produção destes são muito pertinentes. Minha duvida está em assuntos/discussões são mais pertinentes o uso apenas dos mapas com fontes e quando este deve estar associado à outra fonte, seja no ensino História, seja a conteúdos transversais a História?
    Andressa dos Santos Freitas

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    1. Olá Andressa. Obrigada por seu interesse e leitura do meu trabalho. A utilização dos mapas pode ser associada a outras fontes, imagéticas ou não, para trabalhar determinados temas. Por exemplo, podemos utilizar mapas da Amazônia para o estudo da expansão da fronteira agrícola durante a ditadura militar, ressaltando as transformações territoriais e ambientais resultantes da política de exploração da região durante os governos militares, associados a trechos de documentos governamentais da época que tratam do assunto. Ou até mesmo a propagandas - músicas, jingles, peças publicitárias para TV - veiculadas pelo regime. Creio que o uso exclusivo ou não dos mapas como fontes em sala de aula dependerá não só do tema a ser tratado, mas também da abordagem e da metodologia a ser utilizada pelo professor. Espero ter respondido sua questão. Abraço.

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  3. Olá Profa Regina, parabéns pelo belíssimo texto com reflexõs importantes. Gostaria de saber se você acredita que o uso de mapas, assim como outras fontes imagéticas, podem trabalhar com compartivos de ontem de hoje.
    Grande abraço

    Arnaldo Martin Szlachta Junior

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    1. Olá, Arnaldo! Muito obrigada pelo seu interesse e leitura do meu trabalho. Acredito, sim, que podemos trabalhar a comparação de fontes imagéticas em sala de aula, em especial os mapas. Trabalhando a comparação de mapas antigos com mapas atuais, por exemplo, podemos estimular entre os alunos uma reflexão sobre as transformações ocorridas ao longo do tempo num determinado território. Essa reflexão contribui para um visão crítica, considerando os fatores políticos, econômicos e sociais envolvidos no processo de constituição de um país, um estado ou mesmo uma cidade. A metodologia da comparação é bastante útil no trabalho com fontes imagéticas de um modo geral. As imagens são fontes que oferecem ricas possibilidades para a comparação, permitindo analisar mudanças, permanências, continuidades. Por isso tudo, gosto muito de trabalhar com este tipo de fonte, porque oferece inúmeras possibilidades e permite a utilização das mais diversas metodologias e abordagens dentro da sala de aula. Abraço.

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  5. Olá, cara autora. Parabéns pelo trabalho. O uso de mapas é fundamental, principalmente no nível fundamental, uma vez que nossos alunos são muito atraídos pela imagem, sendo ainda indispensável que consigam entender de qual espaço estamos falando.
    Não é uma tarefa fácil trabalhar com fontes históricas, esse é um desafio que nós, professores de história, buscamos vencer com maestria. Quando trata-se do trabalho com alunos especiais esse desafio se torna muito maior.
    Nessa lógica, como desenvolver a utilização de mapas quando trabalhamos com alunos especiais, especialmente os deficientes visuais?
    MARIA FABÍOLA DA SILVA
    mariafabioladasilva@yahoo.com.br

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  6. Olá, Maria Fabíola. Obrigada pelo interesse pelo meu trabalho e pela formulação da questão. O trabalho com fontes em sala de aula é, com certeza, um grande desafio. E, certamente, as fontes imagéticas são as que mais atraem o interesse dos alunos. Não tenho experiência prática no trabalho com alunos portadores de deficiência visual, mas acredito que, enquanto professores, temos que nos adaptar para o desafio de tornar nossas aulas acessíveis a todos e todas. Um caminho para atender os deficientes visuais em relação à proposta do meu artigo seria estabelecer estratégias como o uso dos mapas táteis - o pessoal da área de Geografia trabalha bastante com este recurso - ou mesmo a descrição narrativa mais detalhada dos pontos e aspectos que pretendemos abordar no mapa enquanto fonte. É preciso ressaltar que o professor de História, na trajetória de sua formação, não é preparado tecnicamente para lidar com a inclusão dos alunos portadores de deficiência. Numa situação ideal, além desta formação específica, o professor deveria poder contar com recursos tecnológicos em sala de aula para que o portador de deficiência visual pudesse acessar de forma natural não só mapas, como também outras fontes visuais. Como na maioria das vezes o professor atua em realidades bem distantes do ideal, temos que nos adaptar e buscar alternativas. No caso dos mapas, um diálogo com as práticas dos professores de Geografia pode apontar caminhos interessantes. Espero ter respondido sua questão. Forte abraço!

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    1. Muito obrigada pela resposta e, mais uma vez, parabéns pelo trabalho.
      Abraços!

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