LAICIDADE E DIVERSIDADE RELIGIOSA A PARTIR DA HISTÓRIA LOCAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DENTRO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
No atual cenário
da política brasileira, uma das principais pautas de discussão no campo das
mudanças constitucionais está no papel da laicidade e a influência da religião
como fundamento político. Como definição primaria, a laicidade representa uma
separação da esfera pública de questões relacionadas à vida privada, sobretudo
em pontos que envolvem a presença da religião.
Esta conduta arreligiosa do Estado permite o estabelecimento de três
princípios fundamentais: a neutralidade estatal, o pluralismo religioso e a liberdade
de crença e não crença [Domingos, 2009, p. 46].
A laicidade é somente estabelecida quando estes pontos atuam de maneira
convergente, nunca de forma separada. Por exemplo, uma sociedade que respeita a
pluralidade religiosa, mas possui uma religião oficial de Estado, perde a
essência da ideia da esfera pública laica.
A neutralidade da
esfera pública é colocada quando há uma isenção pelo Estado de manifestar
convicções religiosas. Isso não significa que os valores da democracia sejam
neutros. O impedimento de financiar ou apoiar publicamente as manifestações
culturais e sociais que tenham algum vínculo doutrinário com o sagrado, em
forma de proselitismo, por exemplo, tem como objetivo assegurar a laicidade de
quaisquer formas de pensamento dominante, o que, por consequência, evita a possibilidade
de discursos racistas, fascistas e sexistas dentro das instituições públicas.
Nesse sentido, os valores neutros da laicidade manifestam o direito dos
cidadãos de se autodeterminar, busca preservar os direitos humanos e assegura
um espaço de convivência em que a tolerância é garantia universal [Delahaye,
2017, p. 7-8].
A escola pública, como representante direto
dos valores laicos, tem o dever de ensinar conteúdos que permitam a diversidade
de ideias como primordial na formação intelectiva dos estudantes, evitando
qualquer tipo de interferência demagógica de doutrinas religiosas, a imposição
de perspectivas de ensino vindos de movimentos que atacam à autonomia dos
professores, ou distorções que estimulem os projetos pedagógicos curriculares a
realizar formas mascaradas de proselitismo. Como afirma Abdennour Bidar:
“Ainda mais
genericamente, a natureza crucial desta preocupação de proteger as crianças da
violência moral ou simbólica decorre assim da natureza da sociedade
contemporânea. A escola é um lugar de resistência, cuja neutralidade
doutrinária e ideológica faz parte e se destaca no oceano de uma sociedade de
espetáculo, telas e imagens, que expõe constantemente os indivíduos a uma
multiplicidade de propagandas ideológicas” [Bidar, 2012, p. 32. Tradução nossa.
Grifo do autor].
Portanto,
entendendo que a compreensão da laicidade, diante do atual cenário político, é
essencial na manutenção da democracia prática, e que a escola é um dos lugares
em que o “significado do princípio da laicidade se
torna explícito” [Coq, 2012, p. 2. Tradução livre], o nosso objetivo foi ministrar aos estudantes
do oitavo ano, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maria Uchôa, os
princípios da ideia da laicidade brasileira a partir de elementos da Constituição
de 1988. Cabe ressaltar que este
trabalho é um dos resultados de campo do grupo de estudo chamado de “meu lugar
na História”, financiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência [PIBID], nos anos de 2018/2019.
Entretanto, como
estes temas são normalmente trabalhos em sala de aula apenas do ponto de vista
nacional, sem uma reflexão com elementos da realidade do aluno [Silva, 2009, p.
206], também buscamos desenvolver, em conjunto com os estudantes, reflexões
acerca da importância da diversidade religiosa numa sociedade democrática,
utilizando elementos da história local.
Esta, por sua vez, torna-se um instrumento que permite a apropriação de
uma totalidade [Barros, 2013, p. 5], quanto à dimensão do conteúdo proposto, já
que todas as conjunturas políticas e sociais, no nosso caso, estão conectadas
diretamente com questões de interesse nacional e internacional. Quando tratamos
de Constituição, que são passiveis de reinterpretações pelos agentes de cada
período e região torna-se a necessidade de explorar este conteúdo através de
fontes locais.
Nesse sentido, a
partir dos elementos da história local presentes na documentação da cidade de
Santarém, como imagens de diferentes períodos, apresentamos aos alunos os
distintos agentes que participaram da construção da cidade, atentando sempre
aos processos de permanência e esquecimento de alguns destes no cotidiano
cultural e religioso. Além disso, a fim de sintetizar os problemas que
aconteciam na relação entre a esfera pública e privada, mostramos o documento
escrito por Dom Anselmo, em meados da década de 30, no qual está relatado um
conflito entre católicos e protestantes dentro do Teatro Vitória – um espaço
público que, dentre as suas funções usuais, estava a de palanque político.
Relato de experiência
O primeiro
objetivo do nosso projeto foi ministrar o significado da laicidade, da
diversidade e da liberdade religiosa dentro de um sistema democrático. A
laicidade é a expressão da neutralidade do Estado frente a modos de ser, de
crer e não crer, no intuito de permitir uma convivência pacífica entre as
diferentes manifestações da sociedade, evitando se rotular de doutrinas e
ideologias que não sejam os próprios valores da democracia [Cury, 2018, p. 51].
Para simplificar a prática deste conceito, mostramos e trabalhamos o
entendimento do artigo 5°, da Constituição de 1988. Ademais, perguntamos se os
estudantes já haviam passado por algum caso de discriminação por opção de
crença; como resposta, duas estudantes, que não possuem nenhuma crença,
disseram que já tinham sido constrangidas a orar dentro de uma instituição
pública. Aproveitando a situação
relatada, apresentamos o conceito de diversidade religiosa e liberdade
religiosa e a importância destes para a manutenção da democracia.
Em nossa
explicação, colocamos a liberdade religiosa como essencial para a vida de uma
sociedade civil que é pautada por princípios democráticos. A partir desse ponto, como forma de atrair a
atenção dos estudantes e mostrar os casos históricos de intolerância religiosa
que permeavam a história local, utilizamos de imagens da época e documentos
escritos para pensar a questão da pluralidade religiosa em períodos como Brasil
Colonial, Monárquico e Republicano.
Nosso objetivo, nesta parte do projeto, foi inverter os conceitos para
que os estudantes percebessem a importância da laicidade no contexto da
liberdade política.
Figura 1 – Gravura de Santarém feita por Schwebel em 1756,
indicando a fortaleza, o núcleo português e a aldeia.
A Imagem acima é
a primeira fonte iconográfica de que temos notícia, nela está representada a
frente da cidade de Santarém em 1756. Schwebel, seu autor, coloca alguns
elementos importantes para compreendermos o modelo de organização das vilas. À
beira do rio Tapajós, podemos observar, do lado esquerdo, a presença de uma
fortaleza portuguesa, destinada a evitar a invasão de outros europeus que
transitavam ilegalmente nessa região.
Além do aporte bélico, os fortes tinham espaços para comércios e
pequenos “quartos” para o descanso. No
meio, as capelas e casarões que serviam de morada para os jesuítas, que vieram
a fundar Santarém no intuito de catequizar os indígenas tapajoaras. A pequena
capela, simbolizada com uma cruz no topo do telhado, foi reformada e construída,
no ano de 1761, para ser Igreja Matriz de Santarém. Percebe-se, no lado
direito, a presença de uma tribo de tapajoaras que já tinham passado pelo
processo de conversão à doutrina cristã, no mesmo local em que posteriormente
se nomearia o bairro da “Aldeia”.
Utilizamos a
imagem para estimular os alunos a perceberem dois movimentos históricos na
cidade. O primeiro é o da chegada dos jesuítas no século XVII, tendo como
objetivo a catequização em massa dos indígenas moradores daquela área que,
parcialmente, teve resultados positivos segundo o catolicismo do período. Já o
segundo movimento, era o de dominação demográfica da tribo Tapajós em toda a
região do Baixo Amazonas, tal qual seu desenvolvimento em atividades como a
agricultura ou a sofisticada produção de cerâmicas, bem como a movimentação
econômica em larga escala [Tapajós; Neto, 2019, p. 16]. Este cenário contrasta
com o da imagem, no qual há poucas moradias no território em processo de
“civilização”. Dessa forma, os alunos perceberam que, através da observação
detida da fonte, podemos visualizar um cenário de conflitos e resistências
geográficas e culturais que, implicitamente, revela a intolerância religiosa
emanada do Estado colonial e monárquico.
Figura 2 –
Gravura de escravos na beira do rio Tapajós, na frente da cidade de Santarém no
século XVIII. Autor desconhecido.
No caso da imagem
acima, traz representada as mulheres escravas que cuidavam de atividades
domésticas na frente da cidade de Santarém, que se utilizavam do rio para lavar
roupas e dar banho nos filhos de seus patrões. O interessante, foi
explicitarmos a presença de mulheres negras na sociedade santarena, ligadas a
funções que não estavam relacionadas necessariamente ao trabalho no campo;
mesmo os homens escravos, normalmente trabalhavam em comércios no centro urbano
da cidade. Isso porque uma das características dos financiadores do tráfico
negreiro na região era ter poucos escravos em suas propriedades, o que manteve
certa autonomia na sociabilização entre os escravos. Também foi nesse período,
no século XVIII, que o maior número destes agentes históricos se concentrou na
região do Baixo Amazonas [Junior, 2018, p. 10].
Embora a gravura
não demonstre nenhuma manifestação sobre a religiosidade afro-brasileira, mas
ela nos permite perceber se os valores culturais dos escravos chegaram a
influenciar a cultura do tempo presente na cidade. Houve um processo de
inclusão das práticas deste grupo étnico na tradição festiva, nas datas
comemorativas, ou manifestações públicas dentro da cidade? São estes
questionamentos que levantamos com os alunos. A resposta dos estudantes foi
negativa à pergunta, e eles não conseguiram identificar nenhuma ação de eventos
da cultura santarena em que os valores do sagrado afro-brasileiro estivessem sendo
apropriados como o centro de alguma festividade. Ou seja, podemos dizer que
houve uma obliteração dessas crenças minoritárias.
Na última parte
do projeto, apresentamos através do Diário de Dom Anselmo, um conflito entre
católicos marianos e protestantes sabatistas dentro do Teatro Vitória.
Ocorrendo em meados da década de 30, época que as reformas Constitucionais
tentam colocar o ensino religioso na base curricular nacional [Cury, 1993, p.
27], e período da ascensão do ex-presidente Getúlio Vargas, e a implantação de
suas convicções católicas no campo da Constituição [Mariano, 2011], o conflito
político e religioso sintetiza os problemas de compreensão do delineamento
entre a esfera pública e privada. Além disso, por tratar- se de uma fonte
dialógica, ou seja, aquelas “que envolvem, ou circunscrevem dentro de si, vozes sociais diversas [ainda que feita de um ponto de vista unilateral]”
[Barros. 2012, p.10], ela nos permitiu inquerir junto aos alunos sobre assuntos
como os primeiros caminhos para a instalação do cristianismo protestante nessa
região. Para concluir as atividades, passamos
uma avaliação em forma de texto dissertativo, em que os estudantes tiveram que
relacionar o cenário religioso da história da cidade e a importância da
laicidade para uma sociedade democrática.
Resultados e discussões
A proposta de
associar os elementos da laicidade brasileira com o contexto da história local
nos permitiu abrir novas possibilidades de abordagem de um assunto que muito é
tratado na disciplina de sociologia, mas perde espaço no ensino de
História. Através do uso de iconografias
e documentos, percebemos a passagem de instituições públicas que manifestavam a
intolerância religiosa, para uma sociedade que se encontra cada vez mais em
processo de respeito à diversidade. É um caminho lento, e mesmo com diversos
casos de violência contra as crenças, sobretudo as indígenas e
afro-brasileiras, fica em evidência um processo gradual do estabelecimento na
sociedade civil dos valores da laicidade, enquanto utilitário ético.
As atividades que
envolveram as fontes iconográficas apresentaram resultados positivos. Quando
perguntamos se os discentes já tinham contato com a história da cidade, todos
disseram que não houve nenhum professor que ministrou um conteúdo com os elementos
históricos do contexto local. A
percepção da construção da cidade, por meio da paisagem e dos agentes
históricos, possibilitou uma boa interação na relação professor-aluno. Muitas
perguntas foram feitas, principalmente sobre a presença dos escravos na cidade
e sua ocupação no trabalho forçado nos comércios urbanos da região. Portanto,
certo desconhecimento da presença de escravos em Santarém e de suas práticas
religiosas foi notado, o que nos serviu para questionar o esquecimento cultural
de elementos constitutivos de nossa cultura.
Observamos que
muitos alunos estavam utilizando Muiraquitãs, elemento típico da cultura
tapajoara, e levamos o fato em consideração em nossos diálogos com eles,
ressaltando as diversas apropriações de elementos da cultura indígena em nossa
sociedade. Por outro lado, quando perguntamos se alguém sabia sobre o
significado do objeto, nenhum estudante soube responder. Nesse caso, problematizamos a perda do
sentido da religiosidade de símbolos tapajoaras, e a apropriação dos objetos
apenas para fins de comercialização regional. Por este aspecto, sabemos que
alguns indígenas tapajoaras, símbolos da resistência direta contra o projeto
missionário dos jesuítas, mas que passaram pelo processo de conversão ocuparam
uma das principais ruas da cidade no século XVII. Isso permitiu a presença de
alguns elementos desta cultura na tradição santarena, como o Muiraquitã,
amuleto que representava poderes místicos, servindo de proteção para os
tapajoaras.
A apresentação do
documento textual, que tratava sobre os conflitos entre católicos e
protestantes no contexto político, nos pareceu, no primeiro momento, a parte da
ministração do projeto que mais chamaria a atenção dos estudantes, já que esta
discussão girava em torno de instrumentos doutrinários de fácil assimilação
pelos discentes. Entretanto, talvez pela dificuldade de compreensão e
interpretação do material, nas provas que colocamos aos alunos, pouco
desenvolvimento houve no uso desta problemática como forma de demonstrar a
intolerância religiosa no contexto local do século XX.
O encerramento da
ministração do conteúdo, apresentando aos alunos algumas manifestações de
tolerância religiosa no tempo presente, a partir das informações de jornais e
publicações recentes, fortaleceu a eles a prática da alteridade. Embora a fonte
que exploramos envolvesse somente variantes do cristianismo, e que demonstrou
certa positividade quanto à relação de respeito, reforçamos que muito ainda
deve ser feito pela integração dos indígenas e afro-brasileiros nas tradições
culturais da cidade. Já existem alguns caminhos para que isto ocorra, como as
festividades financiadas pelo setor público municipal – no caso da região, o
Festival Borari, Sairé, e eventos celebrados em datas especiais, como o show
chamado de “Brasil Mestiço”, no dia da consciência negra.
A avaliação, em
forma de texto dissertativo, demonstrou que os alunos se apropriaram com
clareza da história local, algo desconhecido até então, e conseguiram
relacionar estes pontos de intolerância religiosa sob uma perspectiva
histórica, bem como a valorização da importância da esfera pública de ser
democrática e laica. A presença de indígenas e escravos na cidade do século
XVII e XVIII despertou um interesse dos estudantes de entender o universo de agentes
indígenas e escravos a partir de elementos históricos da região do Norte que,
até então, só tinham conhecimento dentro de um olhar nacional, centralizado
numa abordagem inteiramente presa nos livros didáticos.
Por isso,
ressaltamos ainda a relevância de utilizar de temáticas conceituas, como a
laicidade, que são tratados somente no contexto nacional e internacional, a
partir de elementos históricos locais que permitissem aos agentes do ensino de
história perceber os movimentos de conflitos e estabilidades. A prova, nesse
aspecto, permitiu que os estudantes tivessem uma perspectiva crítica do
conteúdo durante todo o percurso do projeto, a fim de estimular um olhar
diferente para as fontes históricas e, principalmente, para questões que estão
em constante divulgação nas mídias.
Dessa forma, ao apresentarmos o
conteúdo para os alunos, buscamos sintetizar as noções de diversidade
religiosa, neutralidade da esfera pública e liberdade de consciência, de crença
e não crença, no intuito do estudante compreender a importância da democracia
para a permanência da liberdade política, bem como a necessidade dos próprios
alunos de garantir a manutenção do respeito pelo próximo. E como ressalta Rojas [2000, p. 24]: “la educacíon es
indispensable en la democracia y para la democracia”.
Referências
Silvio Lucas
Alves da Silva é graduando em Licenciatura de História pela Universidade
Federal do Oeste do Pará. Ex-bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência, e atualmente bolsista do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação Científica/CNPq.
Thiago Martins
Moura é graduando em Licenciatura de História pela Universidade Federal do
Oeste do Pará. Ex-bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência, e atualmente bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica/CNPq.
BARROS, José C. D’Assunção. O lugar da história local. A Expansão da História. Editora Vozes:
Petrópolis: 2013. [livro]
BARROS, José C. D’assunção. O
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BIDAR, Abdennour. Pour une pedagógie de la laïcité à l’école. Ministère De L’éducation Nationale:
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2012. [artigo]
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Meridional: Porto Alegre, v. 1, 2018, p. 20. Disponível em: <
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[internet]
Obrigado pelo texto, a discussão da laicidade dentro da escola e sociedade e da pluralidade religiosa é um tema importante e relevante atualmente. Dentro da proposta da mesa, pautada na educação histórica, retomar conteúdos com significativa inferência sobre o cotidiano atual é criar conhecimento para a orientação para a vida de nossos alunos, pois respondemos a suas demandas e inquietações. Provocar temas que ficam escondidos embaixo do tapete é fundamental! Parabéns. Pergunto depois da experiência do PIBID, a escola ou vocês continuaram com a proposta? ABCS
ResponderExcluirEverton Carlos Crema
Meu caro Everton, nós que agradecemos sua leitura. Respondendo à pergunta, infelizmente, não houve até agora por parte da escola qualquer demonstração de interesse em continuar o projeto de alguma forma. Isto porque iniciamos o estágio de observação tardiamente dentro do Programa de Iniciação à Docência, faltando pouco menos de três meses para o encerramento, o que não nos permitiu criar um vínculo com os estudantes e professores. Não obstante, como corolário desta experiência é uma forma de dar continuidade ao projeto (para além das possíveis pesquisas que podem futuramente ser desenvolvidas em torno do tema em questão), pretendemos organizar e sistematizar as atividades que produzimos em um material didático básico, para uso dos professores e escolas que queiram trabalhar o assunto; é uma forma de dar visibilidade e acesso ao tema da laicidade, bem como esclarecimento a muitos docentes que, por vezes, o veem de modo tão confuso e polêmico.
ExcluirSílvio Lucas Alves da Silva.
Thiago Martins Moura
OBGD, publica o material na rede!!! ABCS
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