Adriele Fonseca Silva e Francivaldo Alves Nunes


HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: UMA FERRAMENTA DE CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DAS HUMANIDADES – CASO DA GEOGRAFIA



A Geografia como componente curricular nas escolas brasileiras, perpassa por profundas mudanças, seja através das políticas públicas como os Parâmetros Curriculares Nacionais [PCNs], que orientaram a formação do currículo na escola, ou pela própria concepção de ciência. De acordo com [Callai 2005] essas mudanças decorreram de exigências da sociedade atual, pautadas na necessidade de melhor se debater a questão da formação ambiental, sustentabilidade e os impactos da atuação humana na natureza.

Por conta disso, é importante destacar que a educação geográfica é um instrumento para a vida, que permite ler o novo mapa do mundo entendendo quais os fenômenos importantes e porque se apresentam assim. Essa mesma tem início no começo da escolarização no ensino infantil e se estende ao nível fundamental e médio [Castrogeovanne, 2006].

Também é importante ressaltar a visão de Andrade [2006, p. 3], destaca que por vários anos a Geografia foi ministrada de forma tradicional, onde o aluno era conduzido a identificar seu estado-nação por meio de um mapa decorando seus rios, recursos naturais, limites, população e construindo uma ideia de suas diferenças, sendo elas culturais, sociais e econômicas, causando um ensino baseado em decorar em vez de aprender. Por conta disso, Buitoni [2010, p. 9] informa que a Geografia como ciência e como um estudo que tem por objetivo acompanhar as transformações do globo, precisava de professores que ao refletir no seu objeto de trabalho deveriam pensar em “animar” as aulas.

Sobre a questão anterior Antunes [2010] destaca que em meio as disciplinas ofertadas no ensino fundamental notam-se que nos primeiros anos muitos alunos têm uma certa dificuldade em compreender e utilizar o conhecimento geográfico no seu dia a dia, com isso demonstram desinteresse em relação a disciplina de humanidades, principalmente a Geografia, considerando que o conhecimento geográfico é inútil, sem valor social e interpretativo da realidade. O lado descritivo e conteúdista prevalece, dominando a análise e reflexão do educando, desse modo os mesmos passam a não compreender o verdadeiro significado do conhecimento geográfico e sua aplicabilidade.

Considerando as observações anteriores diríamos que o trabalho que aqui propomos e que está em fase inicial de suas pesquisas, tem se sustentado na perspectiva de abranger a importância da contribuição das histórias em quadrinhos como ferramenta metodológica no ensino. Neste aspecto trabalha-se com a ideia de que a história em quadrinhos vem proporcionar uma aprendizagem mais lúdica, ilustrativa e que enfoque um melhor aprendizado para o aluno.

Aqui embarcamos nas reflexões de Silva e Freitas para quem:

“Histórias em Quadrinhos como ótimas oportunidades para o ensino de Geografia, o mesmo propõe inserir novos métodos didáticos para contribuir com os que predominam hoje em sala de aula, auxiliando na prática pedagógica adotada pelo docente, tornando uma abordagem temporal e espacial do que se pretende aprender hoje em dia” [Silva e Freitas, 2013, p. 1].

Considerando que também a educação reconhece que as histórias em quadrinhos promovem benefícios no ensino, particularmente no nível fundamental, as mesmas estão inclusas no Programa Nacional Biblioteca da Escola [PNBE], que permite com que os discentes e docentes tenham acesso as obras distribuídas em escolas públicas, conforme aponta a Resolução nº 2 de 09 de fevereiro de 2006, que dispõe sobre o programa [Corsini, 2014].

Os PCNs, instituído em 1990, através da legislação 9.394/96, também apoiam a utilização de histórias em quadrinhos e afirmam que, nas bibliotecas escolares também é necessário que estejam disponíveis aos alunos textos dos mais variados gêneros adequados como: livro de contos, romances, jornais, quadrinhos, entre outros. Ainda sobre os PCNs considera ainda que as histórias em quadrinhos servem como um gênero adequado para a construção da linguagem e escrita [Corsini, 2014].

Pautados pelas reflexões anteriores, diríamos que uma prática docente que se organiza apenas em atividades retiradas dos livros didáticos e apresentada pelos professores de forma tradicional, pode inibir ou até mesmo causar determinados bloqueios na aprendizagem, uma vez que, diante de tal prática os alunos são apenas receptores de informações advindas do professor. Acreditamos que as histórias em quadrinhos podem contribuir para o ensino de uma forma mais lúdica e participativa.

Com o auxílio de histórias em quadrinhos no ensino das humanidades, no caso da Geografia, nos propomos a pensar uma estratégia que possibilite um ensino mais lúdico e com maior participação dos alunos. Para isso estamos apresentando como proposta construir histórias em quadrinhos com os alunos das séries iniciais do ensino fundamenta, principalmente o 6º ano, uma vez que se trata de um coletivo de alunos com hábito de leitura de revistas em quadrinhos.

Quando se pensa em educação e ensino, se pensa na construção do saber do indivíduo. Se pensa também na educação, a qual não se fixa só na escola, mas sim em todo meio de relação e comunicação seja em família, leituras ou convívio social, como cita Oliveira e Farenzena [2008, p. 3]. No caso ressalta:

“A escola, porém, não é só uma instituição para reprodução do sistema, ela é instrumento de libertação, contribui em grande ou pequena escala para melhorar e expandir a cidadania, para desenvolver o raciocínio, a criatividade e a humildade, pensamento crítico e reflexivo das pessoas. Para um ensino de qualidade, é preciso criar, ousar, inovar não apenas reproduzindo as demandas para a ampliação da modernidade, contribuindo para a formação de cidadãos mais ativos e críticos e, consequentemente, uma sociedade mais democrática e pluralista” [Oliveira, Farenzena, 2008, p. 3].

A escola abre portas para um círculo de conhecimento moderno, inovador da realidade deixado para trás aquele ensino que outrora feria os princípios étnicos e morais com agressões físicas e verbais, outras vezes levado até mesmo a memorização. No intuito disso, a Geografia tradicional passa a ser rompida e abre caminho a novas possibilidades de ensino onde o aluno passa não somente observar, mas também se ver dentro dessa relação no espaço, seja nos meios sociais, econômicos e políticos.

Contemplando a visão de Antunes [2010, p. 37]:

“Ensina-se Geografia para que os alunos possam construir e desenvolver uma compreensão do espaço e do tempo, fazer uma leitura coerente do mundo e do intercâmbio que os sustentam”.

Sobre esta construção conceitual Callai destaca:

“Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania. Queremos tratar aqui sobre qual a possibilidade de aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo. Para tanto buscamos refletir sobre o papel da Geografia na escola, em especial no ensino fundamental, no momento do processo de alfabetização e leitura” [Callai, 2005, p. 228].

A autora cita a leitura do mundo da vida e do espaço como importância para o aluno, pois só assim é possível saber que as marcas existentes no espaço são marcas das constantes relações entre natureza e sociedade. É compreender que por trás da diferente paisagem se tem a interferência não só natural, mas também da ação do homem em busca de sua sobrevivência, interesses ou necessidades.

Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si toda a marca da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas as representações refletem as realidades territoriais por vezes destorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é apenas uma leitura de mapa, embora ela seja muito importante. É fazer leitura do mundo da vida, construindo cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias como os limites que nos sãos postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam no âmbito da sociedade [culturais, políticos, econômicos] ”[Callai, 2005, p. 228].

Para desenvolver esta pesquisa utilizaremos como estratégia metodológica uma primeira etapa pautada na leitura bibliográfica, abordando conhecimentos de autores que tratam da temática do ensino de Geografia, humanidades e da história em quadrinhos. Também será realizada uma pesquisa qualitativa, a fim de compreender os diferentes usos destas histórias em quadrinhos, principalmente do ponto de vista didático. Também atentaremos para observar a atuação dos professores, como desenvolvem seus métodos de ensino e como os alunos se comportam diante da atuação docente.

A pesquisa será realizada em uma instituição escolar de ensino fundamental do município de Soure, na Ilha de Marajó, na área urbana do município, no caso, será uma pesquisa com foco na turma do 6º ano, do fundamental, como nos referimos anteriormente. A ideia é que com o auxílio de histórias em quadrinhos, possamos construir estratégias que possibilite um ensino e o aprendizado de uma forma mais lúdico e interativa que permita uma maior participação dos alunos com o professor.

Atualmente, a E.M.E.F. Profª Antônia Tavares, atende do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de 1ª a 3ª etapas da Educação de Jovens e Adultos, funciona em três turnos diários, com uma clientela de, aproximadamente, 580 alunos. Seu quadro funcional é composto por 36 funcionários. A pesquisa surge com o intuito de contribuir para a aprendizagem geográfica do aluno. Pois nota-se que até hoje a existência da Geografia tradicionalmente baseada somente em escritas é predominada em muitas escolas. Portanto preocupando-se com a didática do ensino é necessário propor uma metodologia eficaz para contribuir com que se aprende hoje em dia com as aulas de Geografia.

Considerando que o aluno quando passa para o 6° ano do ensino fundamental, não está preparado para lhe dar com a rotina de diferentes professores, um para cada matéria. Logo é percebível algumas formas de maus comportamentos e desanimo com o ensino.

As questões norteadoras serão prosseguidas por aulas com a temática da história em quadrinhos, mostrando o que significa, como surgiu, e como podemos construí-las, como estratégia de envolver os alunos. Depois será dada uma aula tradicional abordando um tema de Geografia, seguido da experiência de construção de uma história em quadrinhos que retrate a temática trabalhada em sala de aula.

Após a amostra e debate sobre alguns temas da geografia e de como montar uma história em quadrinhos os próprios alunos vão confeccionar suas histórias. Para confecção do material utilizaremos: folhas de papeis sem pauta, lápis de cor, lápis de grafite, figurinhas personalizadas conforme o tema aprendido. A aplicação do método será perceptível, pois, inicialmente será feito entrevista semiestruturada com perguntas ao professor para saber como está sendo ensino de Geografia em sala de aula, como: Quais as didáticas abordadas em sala de aula para ensinar o aluno? Quais são as dificuldades encontradas pelo corpo docente no ensino aprendizagem?

A proposta da pesquisa, portanto, é identificar a contribuição das histórias em quadrinhos nas aulas de Geografia, enfocando a utilização das mesmas como recurso pedagógico, mas também pensando como instrumento de dinamização do ensino e aprendizagem das humanidades. A ideia é também perceber como os alunos passam a receber esta prática, qual a sua capacidade de interação e envolvimento com a atividade.

Procuraremos observar como os discentes constroem suas histórias, a partir do assunto trabalhado e do conteúdo ministrado. Uma das questões a se atentar é quanto a melhor forma dos alunos se expressarem durante a elaboração das histórias em quadrinhos. Em outras palavras significa entender como refletem sobre as temáticas trabalhadas, como expressam isso através de desenhos, como sistematizam as ideias e como percebem a presença humana.

A perspectiva é atentar para as vantagens e desvantagens metodológicas, principalmente, se as histórias em quadrinhos, de fato, se configuraram como excelente ferramenta pedagógica, essencial para que o professor consiga inferir se o aluno desenvolveu observação sistematizada e reflexiva sobre o conteúdo. Se a utilização deste recurso contribuiu para a livre expressão dos alunos, desvinculada de qualquer roteiro ou sistematização realizada pelo professor. Salienta-se para a observação se a atividade proporcionou o desenvolvimento do potencial do aluno em assimilar o conteúdo e se expressar livremente, na forma de desenhos.

Amostra de uma HQs
Aqui propomos uma amostra de historinhas em quadrinhos que facilite a compreensão e aprendizagem dos alunos do 6ª ano. Temos o exemplo sobre o tema a questão: meio ambiente.


Fonte: http://ecologico.blogspott.com/conquistando corações
Figura 1 – Ecológico  Lógico.

De acordo com a cena, é percebível a demanda de atitude em relação ao lixo com o meio ambiente. Em vista disso, a partir desse cenário, podemos ensinar a educação ambiental na escola, com o tema proposto: lixo urbano. Uma vez que, as cidades produzem grande quantidade de lixo diariamente. Portanto, é necessário saber como e de que forma esse material está sendo coletado e tratado. Pois nota-se que todo lixo depositado em um lugar qualquer, sem nenhuma fiscalização e conscientização acarreta-se em consequências como: poluição do solo das águas, além da poluição atmosférica e das proliferações de doenças entre elas diarreias, cólicas e parasitas entre outros. Entretanto sabemos que o lixo utilizado na cena foi um papel, no entanto sabemos que existem diferentes origens de lixo podendo ser de origem hospitalar, domiciliar, industrial e etc.. Cada um é utilizado de acordo com cada necessidade e consumo da população.

Ao que se observa, foi possível notar que as histórias em quadrinhos podem se configurar como excelente ferramenta pedagógica, essencial para que o professor consiga inferir se o aluno desenvolveu observação sistematizada e reflexiva sobre o conteúdo, pois a utilização deste recurso pode contribuir para a livre expressão dos alunos, desvinculada de qualquer roteiro ou sistematização realizada pelo professor. Salienta-se que esta atividade pode proporcionar o desenvolvimento do potencial do aluno em assimilar o conteúdo e se expressar livremente, na forma de desenhos.


Referências
Adriele Fonseca Silva é graduando em Geografia, no Campus Universitário do Marajó, Soure.

Francivaldo Alves Nunes é doutor em História na Universidade Federal Fluminense e Professor Associado I na Universidade Federal do Pará.

ANDRADE, M. C. Trajetória e compromissos da geografia brasileira. In: CARLOS, A. F. A. [Org.] A Geografia na sala de aula. 8ª Ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 9 – 13.

ANTUNES, Celso. Geografia e Didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. [livro]

BUITONI, Marisia Margarida Santiago. Coleção: Explorando O ensino [Geografia],v, 22, pag, 09-10, Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. [livro]

CASTROGGIOVANI, A. C. [org] Ensino da Geografia: caminhos e encantos. Porto Alegre: Edipucrs, 2007. [livro]

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad. CEDES, Campinas, vol. 25, n. 227-247, maio/ago, 2005. [artigo]

CORSINE, Rodnei. Gibis na alfabetização, 2014. Disponível em: <https://revista educação.com.br >“acessado em”: 02-03-2020. [internet]

OLIVEIRA. Erilmar Dias. Analise do ensino de Geografia no ensino fundamental no município, de Porto Alegre-RN. GEOTemas, pau dos ferros, V1, n. 2, p. 101-117, jul. dez., 2011. [artigo]

OLIVEIRA, Leonise Marciel de. Ensino de Geografia em escolas públicas de ensino fundamental da escola do município de Mata. Disc. Scientia. Série: Ciências Humanas, s, Maria, RS, v.9, n.1, p. 1-16, 2008. [artigo]

TUSSI, B. G.; MARTINS. W. M. E. R. A história em quadrinhos como prática pedagógica no ensino de Geografia. Eixo temático: Educação e ensino da Geografia. [S.I.:s.n]. [livro]

SILVA, Diôgo Rodrigues da; FREITAS, Wagner Abadio d. As histórias em quadrinhos do Chico Bento e o Ensino de Geografia. VEDIPE, Goiânia , p. 1 - 20, 27 a 30 outubro 2013. [artigo]

26 comentários:

  1. Quais as principais barreiras da utilização das diferentes linguagens como ferramenta metodológica no ensino?

    Djenane Ferreira Pena

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. sabemos que dentro da sala de aula existem algumas barreiras que interferem no aprendizado do aluno pois cada um tem sua mentalidade e entendimento diferente sobre a didática do professor. por conta disso, que proporcionamos as Histórias em Quadrinhos como uma ferramenta que venha facilitar o aprendizado do aluno através das caricaturas lúdicas, onomatopeia, cenários e textos. afinal o que queremos é que o aluno expresse o que aprendeu.

      Excluir
  2. Olá AdrieLe e Francivaldo, Gostaria que vocês descrevessem como foi a respetividade das crianças ao uso dos quadrinhos e se houve algum destaque relevante na aprendizagem? abcs
    Everton Carlos Crema

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. olá senhor Everton Crema, o trabalho ainda vai ser apresentado na escola, com o intuito de contribuir na aprendizagem geográfica, mais tenho convicção que vai ser um trabalho diferente e eficaz na construção do desenvolvimento do aluno.
      Adriele Fonseca SILVA

      Excluir
  3. Olá professores, tenho um projeto de pesquisa seguindo a mesma ideia de vocês (no caso para a História),voltado para a História Local e que ainda não foi aplicado. Então, gostaria de saber quais dificuldades que vocês preveem na aplicação do projeto e se vocês pensam desse projeto ser interdisciplinar entre Geografia e Português?
    Lais Isabelle Rocha de Souza.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. bom dia Isabelle, esse trabalho foi criado, para atender as necessidades da ciência geográfica dentro da sala de aula inserido na didática do professor, porém o mesmo pode ter ligações com a língua portuguesa uma vez que possui texto verbais ou não verbais.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  4. Levando em conta que as histórias em quadrinhos constituem um genero literario com caracteristicas proprias, o projeto preve uma etapa de estudo dessas caracteristicas com os alunos (talvez interdiciplinariamente)?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. bom dia Luana, por enquanto o trabalho vai ser desenvolvido somente na ciência geográfica.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  5. Olá, gostei muito do texto, e queria saber se essa pesquisa com as histórias em quadrinhos tiver um bom resultado, vocês pretendem apresentar essa proposta para outras instituições do município ?

    Arielen dos Santos Alves

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. olá, o trabalho escrito não foi apresentado na escola ainda, mais logo após a pandemia ele será presente em sala com os alunos especificamente na aula de geografia. a proposta por enquanto será somente na escola.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  6. Bom dia Adriele, muito bom sua perspectiva, é importante que mais e mais professores(as) comecem a ver essas novas midias como um material didático válido não só como ferramenta secundária.

    Os HQs hoje em dia tomaram uma dimensão grande em relação à politica, geográfica e historicamente, dito isto qual sua visão com relação a HQs assumidamente de direita e/ou orgânicas, como o HQ brasileiro "O Doutrinador" que está para publicar brevemente histórias que colocam a China como um vilão comunista e causador da pandemia atual, visões claramente anticientificistas e errôneas do ponto de vista geo-politico? HQ essa que começa a ganhar espaço e seguidores até no cinema. Qual sua posição com relação à "critica das fontes" no tocante a essa bipolarização politica e o uso das mesmas ferramentas de mídia em ambos os lados?

    RAFAEL LEITE SOBREIRA VIANA

    ResponderExcluir
  7. Boa noite, vocês estão de parabéns com esta proposta de projeto, onde os alunos podem trazer suas vivencias para o ambito ecologico, atravez das historias em quadrinho. Este proposta , poderia gerar um projeto multidiciplinar entre Historia e Geografia, utilizando o mesmo metodo descrito?

    Angela Pessoa Gomes Correa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. sim, uma vez que a geografia e a historia são duas ciências com ligações interdisciplinar, uma fala do espaço no tempo e aa outra o tempo no espaço. por conta disso pode ser um projeto multidisciplinar.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  8. Muito bom.Minha pergunta é,como utilizar o mesmo material para aulas de História?
    Janaína Maria Baruffi

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. as HQs, podem ser inseridas não só na geografia, mais também na historia e entre outras disciplinas. basta ter o assunto e trabalhar de acordo com o que o professor eu repassar.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  9. Gostaria inicialmente de ressaltar a proposta e todo o texto em si como uma ideia de grande pertinência, tendo em vista que o contato visual que é estabelecido proporciona a muitos estudantes uma adesão e até mesmo um interesse maior pelo assunto. É nítido que estamos em uma época cheia de avanços e acredito que estes precisam acontecer até mesmo dentro das salas de aulas, seja no método avaliativo ou na transmissão de conhecimentos. Penso que explorar aquilo que nos é próximo como os dados culturais ou as diversas linguagens escritas e faladas contribuam para o aprendizado do aluno e também do professor. Gostaria portanto,em primeiro lugar, de ouvir um pouco o que vocês, que tiveram essa iniciativa, pensam sobre outras propostas enriquecedoras, seja na área de geografia ou em outra disciplina, sobre a utilização de outros métodos que saiam da maneira tradicional. Em segundo lugar gostaria de comentar também sobre a importância de se unir as disciplinas através de um trabalho conjunto. Tal abordagem me fez pensar que além de contribuir para o aprendizado de geografia, também a técnica envolveria um recurso trabalhado pela área de linguagens. Vocês concordam com essa proposta de trabalho conjunto, acreditam que isso possa estimular a escola e até mesmo gerar iniciativas por outras redes de ensino?

    Tobias de Oliveira Coelho.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. sim, essa ideia de trabalhar com os quadrinhos pode ser inserida como projeto dentro e fora da escola, buscando unificar as demais disciplinas.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  10. QUANDO O ALUNO É APROVADO DO 5º PARA O 6º ANO NO ENSINO FUNDAMENTAL O ALUNO PERCEBE UM RODIZIO DE PROFESSORES, UM PARA CADA MATERIA. PERCEBE-SE ALGUMAS FORMAS DE MAUS COMPORTAMENTOS E DESANIMO NO ENSINO. COMO MUDAR ISSO?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. utilizando diferentes didáticas metodológicas, que contribua para o desenvolvimento do aluno.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  11. AO ABNDONAR A GEOGRAFIA TRADICIONAL, COMO FAZER PARA QUE O ALUNO SE VER DENTRO DO ESPAÇO, SEJA POR MEIOS SOCIAIS, POLÍTICOS E ECONOMICOS?
    HEINZ DITMAR NYLAND

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. não é abandonar a geografia tradicional, pois a mesma ensinou fatores importantes no entanto, o mundo muda, as concepções humanas também e junto com isso a tecnologia e a necessidade de avança não deixa de ser uns dos principais fatores da globalização. sendo assim como diz Buitoni é preciso acompanhar as transformação do globo.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  12. QUANDO O ALUNO É APROVADO DO 5º PARA O 6º ANO NO ENSINO FUNDAMENTAL O ALUNO PERCEBE UM RODIZIO DE PROFESSORES, UM PARA CADA MATERIA. PERCEBE-SE ALGUMAS FORMAS DE MAUS COMPORTAMENTOS E DESANIMO NO ENSINO. COMO MUDAR ISSO?
    HEINZ DITMAR NYLAND

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. é necessário que o professor planeje suas aulas com diferentes didáticas metodológicas, isso fará com que as aulas e até mesmo o professor seja visto como agradável, pois o aluno sabe que o educador sempre vai levar algo diferente dinâmico.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  13. Parabéns Adriele e Francivaldo, acho que a pesquisa de vocês tem um grande potencial, falo por experiência própria, por ser uma pessoas que basicamente aprendeu a ler o mundo através das histórias em quadrinhos. Gostaria de saber porque escolheram as histórias em quadrinhos para essa pesquisa, e se para vocês um ensino mais "ludico" com a confecção posteriormente de quadrinhos se torna uma aprendizam mais significativa.


    Muito obrigada!
    Mirielen Machado Rodrigues

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. pensando no dia a dia do aluno em sala de aula na rotina de ter mais de um professor para ministrar diferentes disciplinas, pensamos na construção do aprendizado que o aluno adquire no seu cotidiano escolar. geralmente os conteúdos repassados em sala de aula, é ministrado de forma repetitivo, com escritas no quadro e exercício com perguntas no caderno. por conta disso, muitos alunos se cansam e levam o estudo de qualquer jeito e não conseguem aprender e nem comentar a respeito do assunto, e a forma de se expressar através do desenho é uma estratégia onde o aluno cria sua criatividade e identidade como estudante e também como aluno.
      Adriele Fonseca Silva

      Excluir
  14. Caros Adriele e Francivaldo, parabenizo vocês pelo texto. No ano passado tive a oportunidade de oferecer um curso de capacitação à distância para professores de escolas públicas de Minas Gerais. Os HQs constituíram uma das estratégias ao ensino de História, ao lado do teatro, cinema, televisão, etc...Anteriormente publiquei aqui no 5º Simpósio uma comunicação na mesa de mídias, "promissores canteiros de Clio". Agradeço pelo texto, que soma esforços a tantos outros trabalhos!

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.