Daiane Arend Flores de Oliveira


ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SEGUNDO A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR



Refletir sobre ensino requer análises, aprofundamento e apropriação de conceitos, metodologias e didáticas; o mesmo se aplica se pensarmos em ensino de uma disciplina específica, como História, tema relacionado nesta produção textual. Sendo assim, se apresenta a proposta de uma interlocução sobre o ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das orientações presentes para o mesmo nas proposições da Base Nacional Comum Curricular. Para isto, realizou-se revisão bibliográfica buscando origens e características da Base Nacional Comum Curricular, bem como, ocorreram análises sobre a disciplina de História no Ensino Fundamental, para então, esboçar a articulação presente entre os dois objetos.

A educação brasileira, assim como os demais campos da sociedade política, é palco constante de discussões e reformulações, documentos norteadores anteriores [Parâmetros Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Nacionais, por exemplo] foram elaborados com o propósito de indicar orientações, buscando uma unificação de forma instrutiva sobre metodologias, conteúdos e direções a serem tomadas; estes documentos eram orientadores e permitiam grandes flexibilidades. Percebendo a necessidade de ressignificações nas regulamentações a nível nacional, foi lançada a Base Nacional Comum Curricular [BNCC], buscando unificar e padronizar objetivos educacionais; é importante relembrar que o princípio das discussões sobre a BNCC ocorreu em 2014, sendo que ela foi homologada - com muitas alterações profundas e significativas - em 2018.

A BNCC é a primeira normativa de âmbito legal nacional, que deve ser seguida por todos os envolvidos no processo escolar. Sua elaboração refletiu discursos políticos, sociais e econômicos vigentes, o que pode ser constatado ao analisar suas diferentes versões: em sua elaboração inicial ocorrida no ano de 2014, havia um cunho progressista pautado na reflexão, democracia e ciência, já na versão atual do ano de 2018, percebe-se a subjetividade neoliberal, marcada por habilidades específicas do mundo do trabalho [criatividade, adaptabilidade, flexibilidade, proatividade por exemplo]. A essência da História busca compreender contextos e processos que culminaram em determinadas circunstâncias e sobre a BNCC, a concepção atual possui justificativas em um contexto político e econômico que não busca ampliar a criticidade dos sujeitos, mas sim, formar mão de obra para a máquina vigente; isso é evidenciado ao aprofundarmos as reflexões sobre a própria BNCC, cuja iniciativa privada foi responsável por grande parte do financiamento, revelando um grupo de interesse direto sobre a mesma.

Conforme a BNCC, a disciplina de História propriamente dita, faz parte do componente curricular de nominado Ciências Humanas, e assim, segundo as determinações, possui unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, que devem ser atingidas a partir de cinco processos que ocorrem em constante desenvolvimento, sendo eles identificar, comparar, contextualizar, interpretar e analisar. Pádua [2019] afirma que estes processos ocorrem em progressão, conforme o nível de desenvolvimento de cada aluno, respeitando ciclos e faixas etárias, portanto do aspecto didático, ocorrem de modos diferentes ao longo dos anos escolares.

A disciplina História possui estreitas relações com o componente curricular Geografia, sendo que este aborda as relações do homem com o espaço onde está, explorando o uso que fazem deste espaço, enquanto o primeiro busca estudar o homem ao longo dos tempos, nos distintos lugares que se encontra. Depreende-se que tais disciplinas são indispensáveis para que os alunos possam se reconhecer enquanto sujeitos ativos, protagonistas de si mesmos e de seus meios, relacionando-se com diferentes tempos, espaços e círculos [sociais, culturais, entre outros]; o estudo contextualizado de História e Geografia possibilita a compreensão de relações em seus determinados espaços e tempos, de forma que tais conjunturas devem ser exploradas pelo professor em seu papel como mediador na construção de uma aprendizagem rica e significativa aos alunos.

Penteado [1990] postula que esta concepção de estreitamento entre as áreas fora diferente outrora, na qual o ensino era pautado em repetições, decorando nomes de ‘heróis’, datas seguindo cronologias, nomes de acidentes geográficos e seus números.  Atualmente há preocupação com a abordagem integrada, dispostos em ‘círculo concêntrico’ [questionado por Helena Callai [2005] em função da dinamicidade e complexidade das relações], no qual o problema não é partir do ‘eu’, mas em atentar para não particionar e considerar os espaços de forma isolada, desconsiderando os diversos desdobramentos ocorridos; torna-se desafiador  compreender o “eu” no mundo, ponderando sua complexidade atual, no qual é necessário visão globalizada, quebrando paradigmas e estereótipos. Deve-se considerar que ocorreram transformações na educação, e logo, a História também se modificou, seja em razão das políticas públicas ou pela própria ciência.

Temos a compreensão de que a leitura de mundo é indispensável, para que nós enquanto sujeitos de uma sociedade, possamos exercer a cidadania. Logo, quando Callai [2005, p. 228] traz a questão de: “aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo”, verificamos a importância do protagonismo e das vivências concretas para que ocorra o aprendizado real e significativo.

Verificando o papel do ensino de História na escola, especialmente no período de alfabetização consideração a afirmação de Callai [2005, p.228-229]: “ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades”. Logo, percebe-se que um dos modos de realizar a leitura de mundo é através da leitura do espaço [tanto no sentido concreto quanto abstrato], que revela as expressões e marcas humanas.

Considerando que ocorreram alterações a respeito da História, é preciso questionar como foram suas modificações relacionadas à educação. Atualmente, compreende-se que o ensino de História requer superação do positivismo e adoção de novas práticas. Rompendo com a prática tradicional, é necessário disposição docente e muito mais do que isso, é indispensável a existência de concepções teórico-metodológicas respaldando exercícios de empatia e reconhecimento de saberes [até mesmo apriori] alheios, percebendo as dinamicidades e distintas formas de percepções de mundo; este é o desafio do professor, ser o interlocutor, o mediador dos saberes, interligando os diferentes componentes curriculares, exercitando da melhor maneira possível, a prática de fazer a leitura de mundo [que vem bem antes da leitura da palavra].

Sobre o momento de alfabetização propriamente dito, é importante segundo Callai [2005] estabelecer relações entre diferentes disciplinas, sendo o diálogo entre História e Geografia indispensável trabalhar com a capacidade de autoconhecimento para ler o espaço, a aparência das paisagens, desenvolvendo a habilidade de compreender os significados que elas exprimem. O espaço possui muitas representações e simbologias, nunca é neutro, sendo que a criança constrói essa noção na medida em que vai complexificando de modo concreto, seu espaço vivido. O lugar, por sua vez evidencia as relações estabelecidas entre as pessoas, grupos e também das relações deles e entrei si e com a natureza; logo é no cotidiano que as vivências acontecem e assim, configura-se por meio de observação e análise, o espaço, delineando o lugar, com paisagens demonstrando resultados e dinamicidades entre elementos visíveis e concretos. São necessárias conexões entre vários níveis de análise, para que se possa compreender as dinamicidades, percebendo que estudar o lugar e também a cultura significa estudar o homem, visto que a cultura abrange a diversidade dos indivíduos e da sociedade de um modo bastante amplo, com signos coletivos, expressos de modo plural e também nas individualidades.

Tais aspectos são possíveis de exploração desde a Educação Infantil, como aponta Moreira Lopes [2012], quando o autor traz a possibilidade dos ‘mapas vivenciais’, caracterizados por movimentos de representações que tragam elementos do mundo adulto e também referências das próprias crianças, evidenciados suas lógicas próprias presentes nas diversas fases de seu desenvolvimento; os mesmos podem promover ofertas histórico-geo-cartográficas, para que se encontre posteriormente, a cartografia e mapeamentos representativos diversos. O autor traz as interações na cartografia das crianças a partir das concepções de Vigostki, apontando a importância do pertencimento e da exploração daquilo que desperta o interesse infantil, elementos indispensáveis para o desenvolvimento de saberes da História e da Geografia: sua realidade, o encantamento e a contemplação, pois é na vivência das crianças que se estabelecem as relações com o mundo, os seus ‘modos de ser e estar’.
Através deles, é possível ler o lugar para se aprender a ler o mundo, reconhecendo-se como sujeito ativo, pertencente e essencial na construção de sua identidade e de sua trajetória. Este processo é possível em todas as faixas etárias, pois segundo Moreira Lopes [2012], as vivências da criança com o meio e com seu contexto histórico-cultural trazem situações do cotidiano social, definidas por Vigotski como parte do desenvolvimento humano, juntamente com as fases de maturação.

Se faz necessário compreender que o ensino de História na Educação Básica não pode ser entendido de ‘modo qualquer’, como mera narração de fatos de forma estagnada ou como se a História fosse limitada ao que consta nos livros. O ensino de História deve proporcionar que o aluno se identifique como parte integrante da História, como sujeito histórico ativo, agente de suas ações e do mundo no qual está inserido, como Carla Pinsky traz de forma bastante clara:

“Quanto mais o aluno sentir História como algo próximo dele, mais terá vontade de interagir com ela, não como uma coisa externa, distante, mas como uma prática que ele se sentirá qualificado e inclinado a exercer. O verdadeiro potencial transformador da História é a oportunidade que ela oferece de praticar a “inclusão histórica.” [Pinsky, 2005, p.28]

O ensino de História traz consigo algumas ocupações que auxiliam na construção histórica da relação do sujeito com o tempo. Desta forma, quando se percebe que a Educação Infantil faz parte da Educação Básica e que nela o ensino de História precisa ocorrer, percebe-se que as crianças já deve se perceber como agentes históricos, partes de um todo [com sua família, amigos, escola, comunidade]; Assim, o ensino de História, iniciado na Educação Infantil deve perpassar o Ensino Fundamental e Ensino Médio transcendendo aprendizagens, com continuidades no desenvolvimento, evitando rupturas. Deve-se buscar de forma significativa que a aprendizagem ocorra, sendo que o professor atue como mediador neste processo de construção de conceitos, garantindo que ocorra da maneira mais didática e significativa possível. Sob tal perspectiva, o historiador Leandro Karnal afirma que:

“Nesse sentido, os conteúdos ocupam papel central no processo de ensino-aprendizagem, e sua seleção e escolha devem estar em consonância com as problemáticas sociais marcantes em cada momento histórico. Além disso, eles são concebidos não apenas como a organização dos fenômenos sociais historicamente situados, na exposição de fatos e conceitos, mas abrangem também os procedimentos, os valores, as normas e as atitudes.” [Karnal, 2012, p.38]

É necessário relembrar que a escolha de conteúdos e temas deve ser realizado pelo professor observando interesses e necessidades dos alunos, mas também, respaldando-se em documentos norteadores. É apontado que cabe ao professor preparar e apresentar previamente os conceitos com os quais pretende trabalhar em suas aulas para que alcance o maior número de objetivos, a fim de que o aluno compreenda que os conceitos e conteúdos assimilados se aplicam fora da escola, em suas histórias sociais particulares, afim de que a educação – e o ensino de História – realmente tenham significado efetivo. Desta forma, temos a importância de ambientes além da escola, como o caso de museus, apontado muitas vezes como espaço não-formal. Cabe mencionar que este conceito possui significado distinto em termos de origem lusofônica e anglofônica, o que gera certas inquietações ao analisarmos espaços educativos além da escola propriamente dita.

Levando em consideração as normativas vigentes, percebemos que o professor encontra-se em um papel desafiador: contribuir de forma concreta na formação de saberes científicos, atrelados aos anseios subjetivos e desejo de uma boas posturas e formação de sujeitos críticos. O professor possui a capacidade de transformar, estimular sujeitos e entende-se que ministrar aulas requer primeiramente o domínio de conteúdo, envolvendo o conhecimento científico organizado em planejamentos, cujas metodologias de ensino utilizadas devem ir ao encontro com o plano de ensino e trazer novas experiências aos alunos, garantindo a aprendizagem concreta, real e significativa.

Em suma, pode-se afirmar que a proposta pedagógica desenvolvida nas escolas voltadas ao ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve acolher o respaldo legal apresentado pela BNCC [tanto na parte comum quanto na diversificada], atendendo os interesses e curiosidades dos alunos, ao mesmo tempo que proporciona um ambiente seguro, acolhedor e desafiador para que os mesmos desenvolvam-se de modo integral nos mais diferentes aspectos [afetivo, cognitivo, motor e social], pensando-os em suas particularidades e complexidades, ou seja, não particionando os conhecimentos de acordo com o tempo disponível. Essa visão também contempla a maneira como os alunos constroem a sua identidade, ou seja, a ação deles sobre o mundo modifica-os e transforma aqueles com quem convivem, tornando-os protagonistas na formação de sociedades futuras.

 

Referências

Daiane Arend Flores de Oliveira - Mestre em Processos e Manifestações Culturais e licenciada em História pela Universidade Feevale. Professora da Rede Pública Municipal de Taquara/ RS e Rede Estadual do Rio Grande do Sul.

ASSESSORIA HISTÓRIA FILOSOFIA E SOCIOLOGIA. BNCC: História nos Anos Iniciais e Finais. Youtube, 27 nov. 2018. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=bDKshMudvHs&feature=e      mb_title> Acesso em 12 abr. 2020. [internet]

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular [BNCC]. Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <568http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em 10 abr. 2020. [internet]

BORGES, M. A. Q.; BRAGA, J. L. M. O Ensino da História nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental [Disponível em: Fonte: www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/01/.../artigo_09]. [internet]

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br> Acesso 04 abr. de 2020. [internet]

HISTORIAR-SE. BNCC e Ensino de História: o que muda? Youtube, 24 nov. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=077cOJfXBA8&feature=emb_logo>. Acesso em 12 abr. 2020. [internet]

KARNAL, Leandro, org. História na Sala de Aula: Conceitos, Práticas e Propostas. São Paulo. Editora Contexto, 2012 [livro]

Museu e escola: educação formal e não-formal. Material produzido pela TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Educação Ano XIX, n. 3, maio/2009., p. 1-36. Educativo. [internet]

MOREIRA LOPES, JADER JANER. Mapa dos cheiros: cartografia com crianças pequenas. Revista Geografares, n°12, p.211-227, Julho, 2012. Disponível em: <http://ojs1.ufes.br/geografares/article/view/3193/2403> Acesso 04 de abr. de 2020. [internet]

PÁDUA, Márden de. Ensino de História na BNCC [Anos Iniciais]. Youtube, 17 jul. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=CMX6iLkSz7g&feature=emb_logo> Acesso em 12 abr. 2020. [internet]
PENTEADO, Helena Dupas. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez Editora, 1990. [livro]

PINSKY, Carla Bassanezi, org. Fontes Históricas. São Paulo. Editora Contexto, 2005. [livro]

10 comentários:

  1. Considerando as orientações da BNCC (2017, p. 353) condizentes ao Ensino de História para a etapa do Ensino Fundamental I (ANOS INICIAIS), como o Espaço Biográfico pode se fazer presente e ser problematizado nos currículos dos municípios que estão em elaboração?
    ANDERSON DANTAS DA SILVA BRITO

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    1. Olá Anderson! Penso que o Espaço Biográfico é um elemento primordial no Ensino de História, especialmente ao nos referirmos aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, onde os alunos passam a perceber de forma efetiva e abrangente as diferentes interações que ocorrem em seus meios, verificando que são únicos, envolvidos em contextos que englobam a diversidade e pluralidade de sujeitos. Para que ocorra a compreensão das relações humanas com o ambiente e mundo que os cerca, os alunos precisam perceber-se como sujeitos ativos, reconhecendo também a importância de seus lugares de vivência e experiências ocorridas nos mesmos, já que partindo de suas realidade e daquilo que conhecem, podem ampliar significativamente sua capacidade de articulação entre o tempo vivido com o espaço vivido, problematizando o Espaço Biográfico. A "parte diversificada do currículo" apontada pela BNCC possibilita a abordagem de aspectos presentes na realidade regional e local, respaldando que o Espaço Biográfico se faça presente nos currículos municipais para que os alunos possam perceber a contextualização de fenômenos e relações, identificando transformações e permanências em diferentes tempos e espaços, partindo da exploração de elementos da sua realidade. Att.: Daiane Arend Flores de Oliveira

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  2. Olá, parabéns pelo texto!

    Ao contrapor o primeiro projeto da BNCC, que não teve êxito, a atual versão da BNCC de 2017, evidentemente notamos retrocessos. Nesse sentido, você acha que a BNCC tende a reforçar um ensino de história linear, fragmentado e superficial ou existem avanços embutidos nela que pesam mais do que esses aspectos negativos?

    Willyan da Silva Caetano

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    1. Olá Willyan! Obrigada pelas palavras! Levando em consideração que objetos diversos atendem a discursos políticos, sociais e econômicos em seus contextos vigentes, percebo que na própria BNCC, temos também este reflexo. Assim, acredito que sobre as Ciências Humanas, a versão atual da BNCC é bastante restritiva, pois não privilegia a reflexão, democracia, valorização da diversidade e da ciência; penso que enquanto professores, devemos primar sim pela criticidade, buscando romper o ensino fragmentado e retrógrado indicados. Att. Daiane Arend Flores de Oliveira

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  3. Olá, Daiane! Interessante sua discussão sobre BNCC e o ensino de História nos anos inciais do ensino fundamental. Sabemos das dificuldades encontradas na implementação da Base no famoso "chão da escola" e particularmente o ensino de História nos anos iniciais me preocupa. O professor polivalente/regente acaba dando enfoques diferentes para as outras disciplinas e em muitos casos a História é a pura reprodução do manual didático. Nesse sentido, como a Base prevê ou dispõe um ensino não mais engajado, mas com maior afinco para História com os pequenos? Patricia Lúcia do Nascimento, professora de História na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.

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    1. Olá Patrícia! Agradeço pela tua apreciação e questionamento. Percebe-se que a BNCC em sua versão atual é bastante restritiva sobre questões relacionadas às humanidades, reflexões e valorização da História enquanto ciência. Particularmente, creio que temos um perigoso retrocesso, pois ela não evidencia preocupações reais e significativas com o ensino verdadeiramente contextualizado e desenvolvimento do senso crítico dos alunos. Att.: Daiane Arend Flores de Oliveira.

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  4. Prezada autora Daiane. Ao ler a BNCC é visível a falta de referências a quaisquer teorias educacionais, vemos referência aos organismos
    internacionais, como a OCDE, que delinearam os objetivos de aprendizagem presentes no documento. Assim, gostaria de saber: foi possível identificar o referencial teórico utilizado na construção da proposta da disciplina de História da BNCC? Foi possível identificar a concepção de História utilizada pelo documento?

    Janaina Soares Cecilio dos Santos

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    1. Olá Janaina. Infelizmente, não foi possível identificar. Att.: Daiane Arend Flores de Oliveira

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  5. Letícia Maria Machado Ermelindo21 de maio de 2020 às 16:31

    boa tarde!
    levando em conta as considerações apresentadas no texto e as recomendações da BNCC para o ensino nos anos iniciais do ensino fundamental e a possibilidade de uma aula interdisciplinar quais seriam as dificuldades que os alunos poderiam apresentar com essa dinâmica, interdisciplinariedade, as competências e habilidade a serem desenvolvidas, e como soluciona-las?

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