ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL – RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO CARTILHA ÁGUAS DO PROGRESSO: O RIO ITAPECURU E AS TRANSFORMAÇÕES NA SOCIEDADE CAXIENSE.
O texto apresentado é resultado da
experiência de aplicação do projeto elaborado na disciplina Prática na Dimensão do Ensino de História do
Maranhão, componente curricular do curso de Licenciatura em História da
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA/Campus Caxias. A elaboração da
premissa teve como ponto de partida a história local. Assim, elaboramos a
cartilha intitulada Águas do Progresso: O Rio Itapecuru e as transformações na
sociedade caxiense, que foi aplicada na Escola Muncipal Antônio Rodrigues Bayma em Caxias – MA,
em turmas do 6º ano A e B.
Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi
apresentar aspectos que impulsionaram o crescimento da sociedade caxiense a
partir da utilização do Rio Itapecuru como transporte fluvial, pois a cidade
desde o início de sua povoação já contava com a via fluvial para o recebimento
e exportação de produtos. Notadamente, foi a beira do Rio Itapecuru, onde
desenvolveu seu comércio de exportação de algodão, entre outros produtos. As
pesquisas sobre o tema exposto foram realizadas por meio de livros, sites,
artigos e monografias apresentadas acerca do tema. A cartilha destina-se a
estudantes da Educação Básica, sendo possível de utilização a população em
geral e demais interessados no tema.
Introdução
Caxias
é um município no Estado do Maranhão. É a quinta mais populosa cidade do
estado, com uma população de 164 880 habitantes. Sua área é de 5 150,667
quilômetros quadrados, o que a torna a terceira maior cidade do Maranhão. É
cortada pelo Rio Itapecuru e seus afluentes. Caxias é conhecida como
"terra das águas cristalinas", pois, em seu entorno existe um rico
lençol freático.
O
Rio Itapecuru que banha a cidade nasce a uma altitude de 480 metros, no sistema
formado pelas Serras de Crueiras, Itapecuru e Alpercatas, dentro do atual
Parque do Mirador, suas águas dando início aos 1.041,66 quilômetros, no seu
percurso de Sul a Norte do Maranhão, das suas nascentes até a Baía de São José,
no Oceano Atlântico. O termo Itapecuru provém do Tupi ita [pedra] pe [caminho]
e curu [influência] e sua etimologia
significa “água caminha entre as pedras”. Este rio que teve grande importância
para o desenvolvimento da cidade de Caxias.
A
história de Caxias tem início no século XVII, com o Movimento de Entradas e
Bandeiras ao interior maranhense para o reconhecimento e ocupação das terras às
margens do Rio Itapecuru, durante a invasão francesa no Maranhão. Assim,
primitivamente, era um agregado de grandes aldeias dos índios Timbiras e
Gamelas, que conviviam pacificamente com os franceses.
Durante
muito tempo os meios de comunicação utilizados eram caminhos estreitos feitos
na mata com facão pelos pioneiros que procediam dos sertões do Brasil e a
utilização do rio Itapecuru que ligava sua povoação a capital da província São
Luís, que facilitava a exportação de algodão por grandes vapores que navegavam de
São Luís a Caxias e vice-versa.
Caxias
torna-se próspera ao cultivo de algodão, e a navegação se intensifica no rio
por meio de barcos a vapor, sendo o mais rápido transporte da época,
proporcionando as cidades que estavam as margens do rio à categorização de
entrepostos, pois atraiam comerciantes e mercadorias, produzidas nos municípios
distantes do Itapecuru.
Nesse
sentido, foi em plena Balaiada [1838-1841], uma das maiores crises da lavoura
algodoeira, que Luís Alves de Lima [1803-1880] vislumbrou a necessidade da
navegação fluvial no rio Itapecuru, e para poder acabar com a revolução, pediu
a assembleia do Maranhão vinte anos de privilégios a companhia que explorasse o
mesmo na província.
Nas
épocas de cheia o rio Itapecuru transformava-se no principal escoadouro
dos produtos caxienses, com seus barcos em direção a capital, navegação tão
favorável que em algumas horas poderia chegar-se a São Luís. As enchentes
permitiam uma navegação mais favorável e tornava as viagens mais curtas e
seguras, multiplicando as possibilidades de negócio graças ao
"encurtamento" das distâncias dos munícios.
Na
linha do Itapecuru, o primeiro trecho de São Luís a Rosário, era feito por
navios de setenta a cem cavalos de força e o segundo de Rosário a Caxias, por
vapores de quarenta a cinquenta cavalos. Nesse período os vapores, que
navegavam o rio Itapecuru para Caxias, significavam para a população caxiense
progresso, modernidade, luxo, prestação de serviço, dentre outras
características, a incorporação dos caxienses ao restante do mundo.
Por
isso, o objetivo deste trabalho foi apresentar aspectos que impulsionaram o
crescimento da sociedade caxiense a partir da utilização do Rio Itapecuru como
transporte fluvial facilitado, pois a cidade desde o início de sua povoação já
contava com transporte fluvial por localizar-se à beira do Rio Itapecuru, onde
desenvolveu seu comércio de exportação de algodão, dentre outros produtos.
Material e Métodos
Para a confecção
da cartilha foram realizadas pesquisas de cunho bibliográfico, em livros,
sites e monografias, sobre o Rio Itapecuru e a sua
importância para a cidade de Caxias. Fizemos uso de imagens do rio
Itapecuru e outras representativas para melhorar a compreensão e interação
dos alunos com o assunto.
A formatação da
cartilha foi feita com o auxílio do programa Microsoft Office Power Point e
Word 2010, sendo formatada em tamanho A4, fonte Times New Roman, tamanho 14.
Após a compilação do referencial teórico, as informações foram dispostas de
forma didática, ilustrada e de compreensão acessível, com auxílio de estrutura
esquemática e um texto de linguagem simples. O público alvo ao qual se destina
a cartilha é composto por estudantes da educação básica, população em geral e
demais interessados no tema.
A cartilha foi
elaborada para atender um público heterogêneo, que inclui crianças e adultos,
pertencentes a diferentes níveis sociais de escolaridade. Utilizamos
de recursos para a aplicação da cartilha, tais como: Datashow para a
exposição do slide, notebook e caderno, materiais esses que nos
ajudaram bastante.
Resultados e Discussão
A História é uma narrativa contada por alguém numa marcha viva e
de constante revisão, e é influenciada por homens e mulheres em seu tempo e
espaço. As pessoas são sujeitos de sua própria história e da história coletiva,
influenciados por seu tempo e meio. Desse modo, o ensino de história local
permite que cada geração mantenha vínculos com as gerações anteriores, pois se
faz necessário resguardar o passado como principal guia de orientação para as
dúvidas do futuro. Mas afinal o que é a história Local?
Na narrativa histórica que toma o lugar como objeto e referência
do conhecimento, o adjetivo local é relativo à circunscrição de um lugar que
pode ser associado a diversas configurações. Assim, é possível estabelecer o
local tanto como um lugar político-administrativo [munícipio, bairro, distrito]
quanto uma aldeia indígena ou até mesmo uma instituição [escola, hospital,
fábrica]. Nesse sentido, o local é mais que o recorte de uma unidade. Ele é um
lugar de sociabilidade onde o conjunto de experiências dos sujeitos individuais
e coletivos se desenvolvem em relação de complementaridade, favorecendo o
diálogo entre o passado, presente e futuro [Gonçalves, 2007, p175].
Portanto, o ensino de história local surge como caminho para a
aprendizagem histórica, pois permite o trabalho com a realidade dos alunos e as
relações sociais estabelecidas entre sociedade e o meio que está inserida. Este
ensino permite ao aluno uma reflexão crítica acerca da sua realidade social e
auxilia no seu processo de construção de identidade. Como salienta Schmidt
[2005]:
[...] a consciência histórica relaciona “ser” [identidade] e
“dever” [ação] em uma narrativa significativa que toma os acontecimentos do
passado com o objetivo de dar identidade aos sujeitos a partir de suas
experiências individuais e coletivas e de tornar inteligível o seu presente,
conferindo expectativa futura a essa atividade atual [Schmidt, 2005, p. 301].
Indagamos então, qual a importância do Ensino Fundamental para
trabalhar o ensino de História Local? Sua importância se dá, pois, é no ensino
fundamental que há a possiblidade de adentrar a formação de um ensino e
raciocínio de história que enxergue o indivíduo, a coletividade, onde se
apresenta as relações sociais. A história local proporciona a ciência do
entorno do aluno, mostrando o passado e o presente, e os modos de convivência.
O que permite ao professor trabalhar histórias individuais e coletivas,
inserindo o aluno em assuntos amplos.
Assim, observamos que Os Parâmetros Curriculares Nacionais de
História para o Ensino Fundamental [1997], em suas séries iniciais valoriza o
estudo da localidade:
A preocupação com os estudos de
história local é a de que os alunos ampliem a capacidade de observar o seu
entorno para compreensão de relações sociais e econômicas existentes no seu
próprio tempo e reconheçam a presença de outros tempos no seu dia-a-dia.
[BRASIL, 1997, p.40]
De acordo com o PCN:
Os estudos da história local conduzem
aos estudos de diferentes modos de viver no presente em outros tempos, que
existem ou que existiram no mesmo espaço. Nesse sentido, a proposta dos estudos
históricos é de favorecer o desenvolvimento das capacidades de diferenciação e
identificação, com a intenção de expor as permanências de costumes e relações
sociais, as mudanças, as diferenças e as semelhanças das vivências coletivas,
sem julgar grupos sociais. Classificando-os como mais evoluídos ou atrasados.
[p.40]
Estes parâmetros nos permitem pensar e desenvolver metodologias
para uma maior compreensão da História Local. De acordo com Neves [1997,
p.7], “[...] a construção do
conhecimento a partir da vivência, portanto, do local e do presente, é a melhor
forma de superar a falsa dicotomia entre a produção e a transmissão, entre pesquisa
e o ensino/divulgação, enfim, entre o saber e o fazer”.
Assim, realizou-se a aplicação da
cartilha da seguinte maneira, com os alunos acompanhando o assunto da cartilha,
numa aula expositiva e dialogada, foi-se desenvolvendo o conteúdo em questão. Após
a aplicação da cartilha utilizamos de dois tipos de métodos: discursivo e avaliativo.
Discursivo: Foi-se
discutido a importância do rio Itapecuru para a formação da sociedade caxiense,
o uso do algodão para o melhor comércio de Caxias e o crescimento da
cidade. Além de exemplificar e dialogar com as imagens expositivas nas
cartilhas e no slide. Avaliativo: Após a aplicação
do conteúdo da cartilha, as turmas foram divididas em dois grupos 6º ano A e 6º
B para o início da
aplicação do processo avaliativo.
Com a turma dividida em dois grupos, o
desenvolvimento do processo avaliativo se deu da seguinte forma: foi
feito um questionário de 20 perguntas aleatórias para os dois grupos
com opções: “A, B, e C”, os grupos responderam as perguntas propostas de acordo com as
opções dadas, e aquele grupo que teve o maior acerto acerca das perguntas feitas, receberam
um prêmio.
As perguntas foram fechadas com três
tipos de opções: A, B, C, e o grupo pode escolher apenas uma das opções,
assim, todas as perguntas estiveram relacionadas ao assunto estudado na
cartilha. Em cada pergunta acertada o[s] grupo[s] ganharia um ponto.
E no final do jogo de perguntas, optamos por uma premiação para
que incentivasse aos alunos a participarem com entusiasmo á aplicação da avaliação.
Logo após o processo avaliativo com as
20 perguntas feitas oralmente, pode-se perceber a participação total dos
alunos e a contribuição dos mesmos para o desenvolvimento da cartilha. Foram 20
perguntas do questionário, 16 acertos, com apenas 4 erros por parte
dos alunos.
O grupo vencedor foram os alunos do 6º
B que acertaram 10 perguntas, já o 6º A, grupo perdedor, apenas 6. O interesse
das turmas a cartilha e ao
tema abordado foi notório na aplicação do questionário e no desenvolvimento do
mesmo. Com isso, é perceptível o
interesse, aprimoramento e o entendimento do público alvo com o assunto em
questão. A utilização da cartilha na sala de aula como aporte didático e
pedagógico influenciou de forma satisfatória e positiva ampliando o
conhecimento dos alunos.
O foco desse modelo de atividade foi fazer com que os alunos
compreendessem a sua história, além das semelhanças e diferenças, permanências
e transformações do modo de vida social, cultural e econômico da sua
localidade, no presente e no passado, através da leitura da cartilha.
Trabalhamos com fontes documentais e fotografias, para introduzir no aluno o
entendimento dessas fontes de informação, comparando acontecimentos no tempo,
estabelecendo relações entre passado e presente.
Conclusão
A cartilha “Águas do Progresso: Rio
Itapecuru e os processos de transformação na sociedade caxiense” pode ser
considerado um instrumento de educação histórica.
Pois, proporciona aos leitores maiores conhecimentos sobre a história
caxiense e serve como instrumento de construção do saber.
O que se percebeu é que os alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental chegam a escola com pouco ou nenhum conhecimento prévio sobre
história local. Diante dessa realidade, fez-se necessário propor um estudo que
auxiliasse na compreensão da história local, através da elaboração de material
didático pedagógico que promovesse o envolvimento dos alunos num sentido de
valorização da história local.
Quando refletimos sobre a dinâmica do processo histórico,
observamos que a escola também faz parte desse contexto. Ela possui elementos
que refletem a sociedade, porém, muitas vezes a escola não leva o aluno a se
perceber como parte da História.
[...] a escola não pode
ignorar a sua dimensão cultural, quer numa perspectiva global, no quadro da
relação que ela estabelece com a sociedade em geral, quer numa dimensão mais
específica, em função das próprias formas culturais que ela produz e transmite.
[Barroso apud Carvalho, s/d, p 3].
Faz-se necessário o ensino de História Local em sala de aula, pois
é a partir desta que o aluno inicia a construção de sua identidade. Assim, os
alunos se envolvem com sua história e passam a valorizar a história local,
colocando-se na posição de sujeito histórico.
Portanto, a importância da elaboração
de estratégias [materiais de divulgação], como a cartilha utilizada, para
tornar determinadas temáticas atrativas aos alunos e promover a integração do
conhecimento cientifico com a divulgação de novos conhecimentos a comunidade em
geral.
Referências
Marciele Sousa da
Silva, Especialista em História do Brasil pelo IESF (Instituto de Ensino
Superior Franciscano), Graduada no Curso de Licenciatura Plena em História,
pelo Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do
Maranhão – CESC/UEMA. Graduanda do curso de Pedagogia EPT pelo Instituto
Federal do Maranhão – IFMA/UAB, participante do grupo de Estudos de Gênero do
Maranhão – GRUGEM/UEMA.
Jakson dos Santos
Ribeiro Adjunto I, Doutor em História Social da Amazônia pela Universidade
Federal do Pará (2018), Mestre em História Social pela Universidade Federal do
Maranhão (2014). Especialista em História do Maranhão pelo IESF (Instituto
Superior Franciscano) (2011). Graduado no Curso de Licenciatura Plena em
História da Universidade Estadual do Maranhão (Centro de Estudos Superiores de
Caxias-MA) (2011). Coordenador do Grupo de Estudos de Gênero do Maranhão –
GRUGEM/UEMA. Coordenador do Laboratório do Teatro do Centro de Estudos
Superiores de Caxias – CESC/UEMA.
BRASIL,
Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História, Geografia – História. Brasília:
MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf
CARVALHO, Renato
Gil Gomes. Cultura global e contextos locais: a escola como instituição possuidora
de cultura própria. Revista Ibero-americana de Educación – ISSN: 1681-5653.
[livro]
GONÇALVES, Márcia
de Almeida. História Local: O reconhecimento da identidade pelo caminho da
insignificância. In: MONTEIRO, A. M. F. C.; GASPARELLO, Arlete M., MAGALHAES,
Marcelo de S.(orgs). Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de
Janeiro: FAPERJ, 2007. [livro]
NEVES,
Joana. História Local e Construção
da Identidade Social. Saeculum – Revista de História. João Pessoa:
Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba, n. 3, jan./dez.
1997. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/11226
SCHMIDT, M. A.
M.S; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A formação da consciência histórica de
alunos e professores e o cotidiano em aulas de História. Cedes, Campinas, v.
25, n. 67, p.297-308, out. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n67/a03v2567.pdf
SOARES, André
Luís. A transição do
transporte fluvial para o férreo em Caxias – MA, fim do século XIX e
início do XX. [1891-1907] / André Luís Soares. – Caxias / CESC /
UEMA 2011. [livro]
Olá, Marciele e Jakson. Muito bacana a proposta de ensino. Acredito que vocês ao trabalharem a história do Rio Itapecuru e sua relação com a cidade com uma turma do sexto ano, naturalmente abordaram uma história de longa duração! Queria saber como vocês trabalharam a grande duração, quais conceitos foram utilizados e ensinados aos alunos e como eles reagiram a essa metodologia? Abcs
ResponderExcluirEverton Carlos Crema
Olá, Muito obrigado pelas considerações.
ExcluirMuitos dos cidadãos caxienses não conhecem a história da cidade, propriamente a sua também, assim, viu-se necessário aplicar um trabalho metodológico às turmas do ensino fundamental maior, onde é nesse período que os alunos adentram no ensino de História mais amplo e social. Nós trabalhamos com essa temática da maneira mais didática possível com aula expositiva e dialogada, com slides e imagens do Rio Itapecuru, e das navegações, imagens retiradas de sites, jornais e monografias acerca da temática. A cartilha foi entregue aos alunos, e eles puderam acompanhar e levar pra casa. Focamos na discussão sobre tempo, as mudanças ocorridas na sociedade caxiense, a importância do Rio Itapecuru para a cidade. O interesse das turmas á cartilha e ao tema abordado foi notório na
aplicação do questionário e no desenvolvimento do mesmo. Com isso, foi perceptível o interesse, aprimoramento e o entendimento do público alvo com o assunto em questão. A utilização da cartilha na sala de aula como aporte didático e pedagógico influenciou de forma satisfatória e positiva ampliando o conhecimento dos alunos.
MARCIELE SOUSA DA SILVA E JAKSON DOS SANTOS RIBEIRO
Marciele e Jakson, parabéns pelo texto. A proposta do Ensino de História Regional a partir do material elaborado é muito interessante. Mas, e no caso de locais que não contam com produções historiográficas em nenhum aspecto, para a elaboração de um material? Em qual perspectiva poderíamos trabalhar o ensino de história local? Há alguma sugestão neste sentido? Seria possível disponibilizarem o material produzido? Na cidade em que estou pesquisando o ensino de História Regional, a grande queixa dos docentes é que não há fontes para pesquisa da história do município.
ResponderExcluirDanielle Luzia Ramos de Moraes Navarro
Oie, Obrigado pelas considerações.
ExcluirAs produções historiográficas são extremamente necessárias, pois fornecem informações para subsidiar nossos textos, e em locais que tem poucas produções, o desenvolvimento de certas temáticas se tornam mais complicadas. Mas não é impossível, acredito que há diversos modos de trabalhar a história local, por exemplo, utilizando a história oral, buscando pessoas que viviam ou sabem contar as experiências que teve ou vivenciou, em determinada época. A utilização de fontes documentais como cartas, registos de casamento, nascimento, jornais, revistas, livros de paróquias, entre outros, são fontes que podem ser utilizadas. Diga-se de passagem, existem trabalhos que envolvem essas fontes, que podem ser utilizados como base para compreensão de uma determinada comunidade e sociedade. É preciso analisar também se não há registos ou fontes em arquivos, ou museus, em outras cidades ou estados, e se esses arquivos estão disponíveis para pesquisa. Os alunos podem usar outros trabalhos já publicados e conhecidos, para ter embasamento teórico de como utilizar determinadas fontes, e como montar a construção de suas teses, projetos, TCC e etc.
O meu trabalho é um relato de experiência, mas a cartilha foi produzida com alguns colegas sob a orientação do professor Jakson Ribeiro, entrarei em contato com os demais, sobre a possibilidade de disponibilizar o material. Você pode deixar seu e-mail ou contato pra que a gente possa dar um retorno.
Peça aos seus alunos que não desistam, pesquisem, a história local e regional é muito significativa para manter as memórias e a história de uma determinada comunidade.
MARCIELE SOUSA DA SILVA É JAKSON DOS SANTOS RIBEIRO
Marciele e Jakson, obrigada pelas dicas. Meu e-mail é
Excluirdaniellenavarro.tutoria@gmail.com
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