Raimundo Nonato Negrão Torres e Daniel Rodrigues de Lima


DESAFIOS E DIFICULDADES NO USO DE IMAGENS NO ENSINO DE HISTÓRIA




 Introdução
Ao escolher esse tema, tem-se a oportunidade de entender a dificuldade com que os profissionais de ensino têm em abordar os vários assuntos de História de uma forma mais atraente e ao mesmo tempo cumprir com o conteúdo programático do livro didático apresentado ao público alvo. Dessa forma, entende-se que o uso de imagens, além das utilizadas nos livros didáticos, poderia ser complementado com os diversos tipos de linguagens e fontes, como os visuais que são recursos eficientes na construção do conhecimento. Várias atividades podem ser utilizadas com as ferramentas tecnológicas adequadas, disponíveis em sala de aula.

Aqui, irá se fazer uma descrição da experiência em campo de estágio durante o período do curso de Licenciatura em História, desenvolvida pelo então acadêmico Raimundo nonato Torres.

Breve discussão sobre o uso de imagens no ensino de História
Vivemos em uma sociedade onde a difusão e profusão de informações é enorme, e com isso, para estudarmos os conteúdos de história devemos fazer com que estes sejam mais bem ilustrados, em que não podemos apenas elaborar aulas a partir ou através exposições maçantes e enfadonhas de conteúdos por meio de leitura e escrita de textos. Por isso, os usos das imagens podem ser auxiliares fundamentais do professor de história em suas práticas docentes, pois possibilitam ensino com fontes que podem representar melhor um determinado processo ou acontecimento histórico passado.

As imagens, porém, não devem nesse processo serem meros materiais lúdicos ou ilustrativos do ensino, mas um suporte que seja visto não como a realidade em si, mas como a representação de uma determinada realidade, cabendo ao professor em sua prática docente de estimulador dos alunos na proposição de questionamentos. As imagens devem ser vistas como polissêmicas, pois são várias interpretações que aqueles que observam podem possuir sobre elas, seja assim, podemos interpretá-las de diversas formas.

A imagem também pode nos fornecer um efeito de realidade, mas devemos ficar atentos pois as imagens não são o real em si e devem ser vistas como representação do real. Diante disso:

“De fato, a imagem é captada pelo olho, mas traduzida pela palavra. Tomá-la como fonte para o conhecimento da História envolve vê-la como uma representação, uma estratégia, uma linguagem com sintaxe própria. Para obter informações a partir dela é indispensável desnaturalizá-la e contextualizá-la, interrogando-a com perguntas como: por quê, por quem, em contexto foi produzida. É indispensável, enfim, perceber que a imagem não reproduz o real. Ela congela um instante real, organizando-o de acordo com determinada estética e visão de mundo.” [Boulos Júnior, 2015, p.18]

Ao utilizar as imagens no ensino de História e principalmente nos conteúdos de Pré-História, acredita-se que podemos fomentar nos alunos competências como ler e escrever com auxílio do registro visual, em que acabamos por estimular a observação, a descrição, síntese, relação, produzindo uma ―educação do olhar, como informa Circe Bittencourt [2008].

A historiadora Circe Bittencourt nos orienta sobre o uso de imagens na prática docente do ensino de História da seguinte forma:

"[...] independentemente da origem da imagem, o problema central que se apresenta para os professores é o tratamento metodológico que esse acervo iconográfico exige, para que não se limite a ser usado apenas como ilustração para um tema ou como recurso para seduzir um aluno acostumado com a profusão de imagens e sons do mundo audiovisual”. [Bittencourt, 2008, p. 361-362]

Dessa maneira, o professor deve entender e identificar como aluno aprende através das imagens, e com isso, este tornar as aulas dinâmicas sendo mais proveitosas e prazerosas, e acreditamos ser essencial, pois as imagens são fundamentais para representação de um passado vivido, e assim uma melhor compreensão do contexto que este ocorreu. Acreditamos que os conteúdos de Pré-História devem ser trabalhados pelo professor dispondo destes recursos, tanto de ilustrações eletrônicas como através de filmes que abordam o tema, porém o professor deve ter essencialmente o domínio e saber os conteúdos que estão sendo passados aos alunos para assim poder problematizar as imagens.

Resultados e discussão
Com reflexões da Didática e a prática pedagógica de nossos professores, procura-se compreender a História como disciplina e as diversas formas de ensino nas salas de aula de História. A questão do livro didático e suas figuras ilustrativas e as diversas abordagens e metodologias, as novas tecnologias com o uso de imagens e figuras históricas ajudam no desenvolvimento de novas práticas.
Na Escola Estadual Brigadeiro Camarão fui bem recebido pela pedagoga do turno vespertino Y, que me encaminhou a professora X, após apresentação ao diretor e concordância da professora em Supervisionar as observações de estágio I, durante o estágio. A professora Lucília é a professora do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e da 1ª a 3ª série do Ensino Médio, todas no mesmo turno vespertino.
A professora X, ao se referir sobre os seus métodos de ensino, afirma:
      
“Buscar chamar a atenção da importância da História para entender o presente através de metodologias que estão ao alcance da escola e de fácil aprendizagem, como o audiovisual incluindo as imagens, utilizando os dos livros didáticos como na utilização de filmes e documentários sobre determinados temas.” [Entrevista realizada em 29/08/2017].

Os primeiros contatos com as turmas de 9ª ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio do turno vespertino, a professora fez questão para nos apresentarmos e fez a ressalva de que estaríamos acompanhando as turmas nos dias seguintes, visualizou-se uma característica preocupante, ou seja, uma quantidade média de 40 alunos em salas de aulas.

Nos dias em que estivemos nas turmas de 9ª series, “1” e “2” respectivamente, os assuntos tratados nas aulas foi “Primeira Guerra Mundial”, onde a professora utilizou como recurso didático as imagens do livro didático e propôs que os alunos respondessem em seus cadernos, as perguntas inerentes acerca do assunto que constavam do livro didático.
No 9° ano “1”, a metodologia utilizada foi à leitura em voz alta feita pelos alunos, onde foi possível observar que alguns alunos têm dificuldades na leitura, por conseguinte, causando dificuldades em sua aprendizagem. Os recursos didáticos foram: o livro didático e o quadro branco.

No 9° “2”, a professora, antes iniciar as atividades, recolheu um exercício de fixação do conteúdo utilizado pelo livro didático, exercício este que possui o objetivo de desenvolver uma melhor prática da aprendizagem dos alunos. Além do exercício a professora utilizou uma parte de seu tempo à entrega de avaliações e chamada [frequência].

Com relação as turmas de Ensino Médio, observou-se o 3º ano da turma “1”.

Nessa turma estivemos por três dias seguintes, onde os assuntos foram “Primeira Guerra Mundial”, “A Quebra da Bolsa de Nova York” e “O Totalitarismo na Europa”.

A metodologia utilizada não mudou em relação as demais turmas, porém nessa turma as ilustrações do livro didático eram utilizadas para que os alunos pudessem dar sua opinião e sua interpretação do que via naquela proporcionou entender o cotidiano da escola, do professor e dos alunos.
O segundo estágio teve início no dia 14/08/2017 com coleta de dados para caracterização da escola continuando no dia 15/08/2017. Nos dias 22, 23, 24 e 29/08/2017, foram feitas observações na turma “3” do 9º ano do ensino fundamental II. Verificou-se nesses dias que todos os 40 alunos da sala recebem a professora de pé e a saúdam com um caloroso Boa Tarde. Após a chamada inicia uma aula expositiva sobre o crescimento da classe média urbana nos idos de 1950 a 1960 na era JK, e ainda uma leitura feita pelos anos do livro didático nas páginas 150 e 151.

Percebe-se que na sala existe caixa de som, quadro branco, sala é bem iluminada e o ar-condicionado funciona a contento, Datashow, tela de projeção, a, porém não é usado esse material e nem explicado ou solicitado ao aluno o que se verifica nas imagens do livro didático. Todos têm seu livro didático.
Através de bocejos, alguns alunos demonstram sono ou desinteresse. Outros, fazem atividades de outras disciplinas, invariavelmente dispersos. Alguns alunos têm dificuldade de leitura. Alguns alunos não prestam atenção no que é falado e lido.  As atividades de fixação são utilizadas do livro didático e são verificadas na aula seguinte.

A partir do dia 26/09/2017 iniciou-se a regência, após a apresentação dos planos de aula e que, para acompanhar o conteúdo do livro didático, o conteúdo foi a Ditadura Militar no Brasil, divido em 5 aulas, cada uma discorrendo sobre cada um dos cinco presidentes do período.

As aulas aconteceram nos dias 26/09, onde foi utilizado o método expositivo e apresentado os fatores que levaram o golpe militar em março de 1964 e as características do primeiro presidente Castelo Branco. Nessa aula, acompanhando o livro didático, foi apresentado a imagem que ilustrava a capa do assunto e solicitado que visualizassem a mesma e após as cinco aulas as atividades dessa página seria solicitada para valer como nota avaliativa, conforme combinado com a professora.

Até se percebe uma vontade do trabalho com as imagens, contudo se percebe a falta de tempo, recursos e formação mais consistente do professor no trato com as imagens como recurso didático.

No dia 27/09, o método utilizado foi a dialogada, onde após apresentado o assunto sobre as características do segundo presidente Costa e Silva procuramos evidenciar as realizações no estado do Amazonas e as autoridades do tempo em que foi realizado o início da ditadura.

No dia 28/09, o assunto foi sobre as características do terceiro presidente Garrastazu Médici, onde foi feita leitura do livro pelos alunos aleatoriamente escolhidos, e apresentadas as imagens contidas no livro didático para que cada um pudesse descrever o que via em cada imagem.

No dia 03/10, mais uma vez a leitura do texto ficou a cargo dos alunos escolhidos e o assunto foi o quarto presidente Ernesto Geisel e desta vez, além das imagens os alunos deveriam responder as atividades contidas no livro.

No dia 04/10, foi finalizado o conteúdo com as características do quinto presidente João Figueiredo, onde ao final do assunto, que envolveu explanação e leitura foi apresentado um vídeo com o resumo do conteúdo através de Datashow.

Por fim, o que se acaba por perceber ao longo da descrição acima é que as imagens formas na maior parte das vezes utilizadas com caráter ilustrativo, sem a preocupação da análise, comparação, problematização delas.

“[...] A imagem fotográfica não deve ser tomada como ponto de partida para o resgate e montagem de uma informação, na medida em que permite que sejam vistos fragmentos de uma determinada sociedade, enquadrados em uma figura fixa, representando pessoas, objetos e roupas etc.” [Soares et al, 2012, p. 49]

As maiores dificuldades são técnicas, pois muitas escolas não possuem materiais disponíveis para podermos apresentar as imagens, além de teóricas e metodológicas por parte dos professores que muitas vezes não dominam as discussões sobre o uso de imagens como recurso didático, em que usam de maneira meramente ilustrativa.

Conclusão
O processo pedagógico em que o professor de História está mergulhado nos últimos anos, vem despertando a necessidade de tornar mais atrativas as suas aulas para que seus alunos possam, de forma prazeroso, obter conhecimento com embasamento crítico de seus conteúdos.

Os professores em sala de aula esforçam-se para dar conta de um ensino de qualidade – dentro do possível – pois não é fácil controlar 40 alunos, em média, onde o grande complicador ainda é trabalhar com a influência externa, onde os alunos são diariamente bombardeados com informações diversas e adaptar com filtros e transformar tudo isso em algo positivo na educação, abrindo discussões aonde o aluno possa formular uma opinião própria para seu crescimento como cidadão, despertar no aluno a importância de conhecer a História e como é fundamental na sua formação como pessoa humana sentir-se seguro e qual sua importância diante do mundo que se espraia.

O professor sente a necessidade de se adaptar e se utilizar de ferramentas e métodos mais eficazes como o uso da iconografia em seus mais diversos modos para fazer frente a novas realidades em sala de aula, com o auxílio, inclusive, de imagens tecnológicas.

É preciso provocar o raciocínio no aluno, problematizando o conhecimento histórico e orientá-lo a perceber historicamente os verdadeiros conceitos de democracia, poder, organização social, trabalho, lutas de classe e os preconceitos históricos no ensino de História tradicional.

Ao acreditar que o ensino de História tem inúmeras possibilidade de compreensão, percebe-se que é imperiosa a necessidade de se romper com a história tradicional e preparar-se para fomentar análise e a reflexão que o aluno precisa para entender os conflitos e o processo no ensino de História.

O grande desafio analisado é a necessidade do despertar o interesse dos alunos e incentivá-los a ter uma participação mais ativa nas aulas de História e pondo-se como sujeitos de sua própria história e instigá-los a participar das aulas de História, situando-se como sujeitos de sua própria história. 

Os professores precisam oferecer aulas mais prazerosas, superando as dificuldades de metodologia, despertando interesse dos alunos, pois não se pode mais estudar o passado pelo passado. É preciso preparar o aluno para relacionar o passado com o presente, dialogando com outras fontes.

 A exploração de ilustrações, fotografias, caricaturas, pinturas, filmes, são excelentes recursos didáticos e metodológicos que servem como estratégias de ensino de História, transformando numa aprendizagem prazerosa.

O uso dessas linguagens não vai resolver os problemas do ensino de História, mas com certeza essa estratégia de aulas ministradas com dinâmica diferente, levam os alunos a serem mais participativos e atuantes, com o prazer em pesquisar através de novas fontes e novas versões contextuais de fatos históricos já concebidos. Os professores em sala de aula esforçam-se para dar conta de um ensino de qualidade – dentro do possível – pois não é fácil controlar 40 alunos, em média, onde o grande complicador ainda é trabalhar com a influência externa, onde os alunos são diariamente bombardeados com informações diversas e adaptar com filtros e transformar tudo isso em algo positivo na educação, abrindo discussões aonde o aluno possa formular uma opinião própria para seu crescimento como cidadão, despertar no aluno a importância de conhecer a História e como é fundamental na sua formação como pessoa humana sentir-se seguro e qual sua importância diante do mundo que se espraia.

Entende-se que o professor precisa estar em contínua preparação e formação para descobrir novas dinâmicas e metodologias para enfrentar todo esse processo de enfrentamento as crises por que passa nossa educação no que tange ao ensino de História.

Dos objetivos propostos o principal foi de entender como os professores trabalham em sala de aula as imagens como método do ensino de História, onde as entrevistas e a fundamentação teórica utilizada, permitiram compreender que o professor bem preparado consegue transmitir o interesse pelo ensino da História.

Referências
Raimundo Nonato Negrão Torres é Graduado em Licenciatura em História UNIASSELVI e folclorista.
Daniel Rodrigues de Lima é Graduado em Licenciatura em História UNIASSELVI. Especialista em Ensino de História- FETREMIS. Mestrando em História- PPGH- UFAM. Ex-Tutor-Externo do Curso de Licenciatura em História no Centro Universitário Leonardo Da Vinci UNIASSELVI-COSMOS/MANAUS. Email: drdelima@hotmail.com.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos.  2ª Edição. São Paulo: Cortez Editora, 2008. [livro]
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. 6º Ano. São Paulo: FTD, 2015. [livro]
Entrevista concedida pela professora X, professora de História da Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, onde leciona do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, no turno Vespertino, em 29.08.2017.
OLIVEIRA, Regina Soares etal. História. São Paulo: Bluncher, 2012. [livro]

14 comentários:

  1. Olá, interessante o estudo relacionando as imagens com ensino de história. Em algum momento da entrevista ou da prática da professora de sala foi discutido se ela já usou o recursos das imagens de outra maneira em sala de aula? Os alunos tiveram uma resposta positiva quando expostos as imagens? Partiu deles algum questionamento sobre o tema trabalhado na aula?

    Letícia Fernochi

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    1. Boa noite, a professora utiluzou sempre de maneira ilustrativa e passiva, o que seria interessante é a utilização de maneira problematizada e contextualizada, em que oa discentes possam perceber questões da representação da realidade e, com isso, possam perceber que as imagens são excelentes testemunhos de memória histórica.

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  2. Geilza da Silva Santos18 de maio de 2020 às 20:47

    Boa noite, Raimundo e Daniel. Gostaria de parabenizar pelo texto exposto e a discussão bem apresentada sobre o uso de imagens em sala de aula. Sobre a experiência de vocês, gostaria de saber se foi possível perceber o retorno dos alunos com a inserção do uso de imagens sobre o tema abordado, se houve um interesse maior por parte destes no assunto tratado em sala?
    Geilza da Silva Santos

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    1. Boa noite, da maneira meramente ilustrativa que foi utilizada sem um explicação problemática e contextual, penso que causa pouco interesse, mas com problematização e análise das tomadas das imagens e as críticas sobre a produção documental das imagens este procedimento torna as aulas mais prazerosas.
      Daniel Rodrigues de Lima

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    2. Dessa maneira, o professor deve entender e identificar como aluno aprende através das imagens, e com isso, este tornar as aulas dinâmicas sendo mais proveitosas e prazerosas, e acreditamos ser essencial, pois as imagens são fundamentais para representação de um passado vivido, e assim uma melhor compreensão do contexto que este ocorreu.

      Daniel Rodrigues de Lima

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  3. Olá! Meu nome é Irenilda Costa da Silva.A minha pergunta vai para os dois comunicadores: Raimundo Nonato Negrão Torres e Daniel Rodrigues de Lima.

    1.Vocês falam dos desafios e dificuldades no uso de imagens no ensino de história. Eu gostaria de saber quais os resultados positivos observados por ambos ao se utilizar as imagens no ensino de história?

    2.Como os alunos reagem a esse estímulo em sala e qual a maior dificuldade encontrada na hora de utilizar está metodologia?

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    1. 1-O grande desafio analisado é a necessidade do despertar o interesse dos alunos e incentivá-los a ter uma participação mais ativa nas aulas de História e pondo-se como sujeitos de sua própria história e instigá-los a participar das aulas de História, situando-se como sujeitos de sua própria história.
      Além disso, fornecer diversas linguagens nas discussoes historicas permitem que seu ensino/aprendizagem se torne mais prazeroso e dessa forma não enfadonho.

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    2. 2-
      As maiores dificuldades são técnicas, pois muitas escolas não possuem materiais disponíveis para podermos apresentar as imagens, além de teóricas e metodológicas por parte dos professores que muitas vezes não dominam as discussões sobre o uso de imagens como recurso didático, em que usam de maneira meramente ilustrativa.
      Daniel Rodrigues de Lima

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  4. O artigo articulado por vocês descreve alguns avanços, porém, dificuldades no processo do Ensino/aprendizagem da História. Sendo alguém que também gosta de trabalhar com imagens, principalmente, através das narrativas fotográficas, sou defensor do uso de imagens nas salas de aula. Nesse sentido, formulo minha pergunta: Não seria pertinente tentado propor, aos professores em questão, uma análise a partir do "jogos de escalas" (Giovanni Levi, 2000) - comparando narrativas fotográficas que representam nuances da história local (por exemplo, a cidade de Manaus nos anos de 1939-1945)com narrativas que representam vestígios da história nacional e global (cidades da Europa durante a II Guerra Mundial) e assim verificar o qual "a tomada de posição das imagens" (Georges Didi-Huberman, 2017) - uma pergunta que, penso, cabe como sugestão?

    Parabéns pelo artigo.

    Arcângelo da Silva Ferreira

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    1. Boa noite, ocorre que o presente artigo foi oriundo do Estágio de observação, em um segundo momento em Estágio de Regência foram aplicadas metodologias utiluzando as imagens de maneira que pudessemos estimular a capacidade de compreensão e de comparação histórica, onde estabelecemos a comparação de imagens da cidade Manaus antigas e imagens atuais, assim fizemos o exercício de maior reflexão e discussão com nossos alunos, mas saliento que este artigo não contemplou essa temática.
      Forte abraço.

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