Wilian Junior Bonete

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E O SIGNIFICADO DA HISTÓRIA PARA ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM GUARAPUAVA, PR

 

Introdução
O presente texto apresenta um fragmento de nossa pesquisa de mestrado que foi realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em História Social [PPGHS] da Universidade Estadual de Londrina [UEL] e que teve como objetivo analisar o pensamento dos alunos da Educação de Jovens e Adultos [EJA] sobre a História. Em outras palavras, a pesquisa procurou identificar as relações que os alunos estabeleciam com o conhecimento histórico e se eles atribuíam, ou não, um sentido prático para o ensino e a aprendizagem da História.

Os dados foram coletados através de um instrumento de pesquisa inspirado no projeto “Youth and History” realizado na Europa na década de 1990 sob a coordenação de Magne Angvik e Bodo Von Borries [Pais, 1999], porém, readaptado à realidade dos alunos da EJA. A pesquisa foi realizada com um grupo de 66 alunos de uma escola pública da EJA na cidade de Guarapuava, PR, entre os anos de 2012 e 2013.

Nesse sentido os alunos responderam 10 [dez] questões históricas fechadas sobre significado, importância, gosto, interesse, confiança, temporalidade e experiência em sala de aula; 4 [quatro] questões discursivas sobre conhecimento histórico e vida prática; e uma situação hipotética baseado em Rüsen [2010]. Todas essas questões tiveram como pressuposto as teorias concernentes a consciência histórica.

As respostas foram analisadas mediante o uso da Escala Likert, habitualmente utilizada em questionários e pesquisas de opinião onde os participantes especificam seu nível de concordância.  Os dados foram tabulados, tratados estatisticamente e geraram médias [porcentagens] que possibilitaram a visualização de um quadro representativo para cada questão. As respostas discursivas foram analisadas à luz da metodologia denominada Análise de Conteúdo proposta por Bardin [1977] que procura, através da organização, categorização e interpretação, revelar as minúcias e os sentidos manifestados nos diversos tipos de discursos.

No presente texto será realizado um pequeno recorte nos dados da pesquisa que se referem às imagens ou representações que os alunos fazem acerca da História. A exposição do tema está dividida em duas partes. A primeira contempla uma breve discussão dos conceitos centrais dessa investigação: Didática da História e consciência histórica. A segunda dedica-se a expor os resultados da análise das respostas dos alunos da EJA.



Consciência histórica e Didática da História: conceitos centrais de investigação
A Didática da História ao longo das últimas décadas tem se estabelecido com um campo híbrido entre a História e a Educação, desenvolvendo objetivos e reflexões teóricas voltadas para diversos temas, dentre eles, a circulação social do conhecimento histórico, a formação de professores, aprendizagem, currículo e as práticas de ensino. [Cardoso, 2008]. Apesar dessa amplitude temática, seu objetivo vem sendo uníssono: a formação política, crítica e comunicativa dos indivíduos na qual se pretende formular conhecimentos relevantes sobre o passado, procurando transmitir o “saber histórico” de modo que possa ser transformado em habilidades sociais para as novas gerações.

Segundo Rüsen [2012], a Didática da História considera a subjetividade dos alunos, os processos de recepção da História e os interesses desses alunos como tema essencial de suas reflexões didáticas. Entretanto, o seu objeto principal de análise é a consciência histórica [em todas as suas formas e funções] e o seu papel na vida prática humana. Nas palavras do autor:

“Com esta expansão da área de competência do ensino de História, para a análise global de todas as formas e funções da consciência histórica, a didática da história desenvolveu um auto-entendimento com o qual ela se apresenta como relativamente autônoma, como uma sub-disciplina da ciência da história, com a sua própria área de pesquisa e ensino, com seus próprios métodos e com a sua própria função. Isso ocorre devido a função de orientação que o conhecimento histórico tem na vida prática humana e a didática da história pode contribuir com suas pesquisas para controlar esta função. Esta afirmação é inquestionável quando se trata da função prática que o conhecimento histórico desempenha na educação e formação, especialmente no ensino de história”. [Rüsen, 2012, p.70].

Rüsen define a consciência histórica como sendo um conjunto de operações mentais pelas quais os homens orientam e interpretam sua experiência no tempo e no espaço, nas diversas circunstâncias da vida prática. [Rüsen, 2001, p.57]. De maneira convergente, Heller [1993, p15] entende que a consciência histórica é uma forma pela qual os homens buscam respostas as diversas situações que o tempo e a experiência do cotidiano lhe impõem. Na concepção de ambos os autores, a consciência histórica não é única, mas múltipla. A forma como o indivíduo interpreta e lida com sua experiência no tempo, ao passo que é levado a tomar atitudes ou decisões, é passível de mudança conforme as condições do contexto social e sua realidade.

Nesse sentido, Rüsen [2007, 2010] aponta quatro “dimensões da consciência histórica”, ou “formas de geração de sentido histórico” que são manifestas no ser humano: tradicional, exemplar, crítica e genética. Heller [1993], por sua vez, propõe um quadro teórico denominado de “estágios da consciência histórica” que mostra o desenvolvimento da consciência histórica, desde os primórdios da humanidade até a atualidade. Entretanto, esses estágios não devem ser entendidos como níveis ou etapas a serem atingidas. Para a autora, a consciência histórica é a forma que possibilita o homem encontrar respostas as suas necessidades [ou carências] de orientação no tempo e no espaço, nas diferentes sociedades e também de responder à pergunta “de onde vim, quem sou e para onde vou”.

As perspectivas de Rüsen e Heller são privilegiadas, no que tange ao ensino de História, porque ambos mostram que a consciência histórica é necessariamente um fator humano, que emerge do cotidiano. Isso abre espaço para o entendimento de que os alunos, em geral, são dotados de uma consciência histórica, pois todos são levados a lidar com diversas situações diárias que exigem reflexão e interpretação da realidade e do mundo contemporâneo. Nesse sentido, parte-se do pressuposto de que à História e o conhecimento histórico, como elementos da consciência histórica, exercem um papel decisivo na vida dos alunos.

Desse modo, quando indagações sobre as ideias, os saberes e o aprendizado dos alunos são levantados, significa estar levantando reflexões sobre a consciência histórica. Segundo Rüsen [2006, p.16] “o aprendizado é uma das dimensões e manifestações da consciência histórica. É o processo fundamental de socialização e individualização humana e forma o núcleo de todas estas operações”.

Assim, com base nesses pressupostos, pode-se perguntar: O que pensam os alunos da EJA sobre a História e sua função social? Qual é a importância do conhecimento histórico para a formação da consciência histórica? O ensino de História tem importância para a vida prática? De que forma o conhecimento histórico pode influenciar nas decisões e ações da vida humana?

Os dados selecionados para o presente texto não dão conta de responder a todas essas perguntas, todavia, eles oferecem um quadro específico sobre as imagens e as representações que os alunos fazem da História, a partir de suas experiências de vida.

Jovens e adultos: imagens e representações da História
A História enquanto conteúdo da consciência histórica representa o nexo significativo entre as três dimensões temporais: o passado, o presente e futuro. [Rüsen, 2010; Pais, 1999]. Entretanto, a História não possui um sentido independente daquele que as pessoas lhe atribuem. Desse modo, uma investigação sobre a consciência histórica representa o empenho de se identificar e analisar como as pessoas veem e convivem com o passado, uma vez que o utilizam como conhecimento. Segundo Pais [1999, p.1], a consciência histórica é permeada por múltiplas representações e, no final, são elas que conferem sentido à História.

Assim, com o objetivo de refletir sobre qual a imagem que os alunos possuíam sobre a História, foi elaborado a seguinte pergunta:



·         Para você a História é:
Discordo
Concordo
Concordo totalmente
Não Responderam
Total
a)  Uma matéria da escola e nada mais.
83,3%
12,1%
3,0%
1,5%
100%
b)  Uma fonte de coisas que estimula minha imaginação.
7,6%
68,2%
24,2%
-
100%
c)  Uma possibilidade para aprender com os erros e acertos dos outros.
21,2%
56,1%
22,7%
-
100%
d)  Algo que já morreu e passou e que não tem nada a ver com a minha vida.
87,9%
9,1%
3,0%
-
100%
e)  Mostra o que está por trás da maneira de viver no presente e explica os problemas atuais.
7,6%
63,6%
27,3%
1,5%
100%
f)  Um amontoado de crueldades e desgraças.
78,8%
10,6%
6,1%
4,5%
100%
g)   Uma forma de entender a minha vida como parte das mudanças na História.
4,5%
66,7%
22,7%
6,1%
100%

Pelos dados verificou-se claramente uma desvalorização do componente estritamente letivo da escola. O índice de “discordância” em relação à História enquanto “[a] Uma matéria da escola e nada mais” chegou a 83,3%, contra 15,1% [na somatória de “concordo” e “concordo totalmente”]. Notou-se também um grande índice de rejeição em relação às imagens negativas da História. A alternativa “[d] Algo que já morreu e que não tem nada a ver com a minha vida”, foi discordada por 87,9% dos alunos contra um grupo de 12,1% [na somatória de “concordo” e “concordo totalmente”]. Já a alternativa “[f] Um amontoado de crueldades e desgraças” obteve 78% das respostas assinaladas em “discordo” contra 16,7% [na somatória de “concordo” e “discordo totalmente”].

Por outro lado, no que se refere às imagens positivas da História, foi constatada a valorização dos aspectos críticos e reflexivos que o conhecimento histórico, por si próprio, carrega. Os alunos indicaram principalmente que a História “[e] Mostra o que está por trás da maneira de viver no presente e explica os problemas atuais”; é “[g] Uma forma de entender minha vida como parte das mudanças na História” e também “[c] Uma possibilidade de aprender com os erros e acertos dos outros”. Isso revela que os jovens e adultos se afastam da noção da História como a imagem de um passado sem significado ou ainda como mero registro de guerras, desgraças ou crueldades.

O aluno é um ser social, alguém que vive em uma determinada época e contexto histórico, sendo proveniente de uma determinada classe social e contemporâneo de determinados acontecimentos. Ou seja,

“[...] Ele é um homem do seu tempo, e isso é uma determinação histórica. Porém dentro do seu tempo, dentro das limitações que lhes são determinadas, ele possui liberdade de optar. Sua vida é feita de escolhas que ele, com grau maior ou menor de liberdade, pode fazer, como sujeito de sua própria história e, por conseguinte, da História Social do seu tempo”. [Pinsky, Pinsky, 2009, p.28].
        
Conforme Pinsky e Pinsky [2009], o aluno deve enxergar-se enquanto sujeito histórico. Deve entender que a História é feita por seres humanos e que “gente como a gente vem fazendo História” ao longo do tempo. Desse modo, quanto mais o aluno sentir a História como algo próximo, mais terá vontade de interagir com ela.

Nessa perspectiva, grande parte dos alunos questionados percebe que o conhecimento histórico pode expandir os horizontes reflexivos acerca de si mesmos e dos mecanismos de funcionamento da sociedade e do mundo contemporâneo.

Outro dado importante aparece na alternativa “[b] Uma fonte de coisas que estimula minha imaginação”, que representa a somatória das opções “concordo” e “concordo totalmente”, 92,4% das respostas dos alunos. A explicação desse significado da História no imaginário dos jovens e adultos pode estar relacionada à influência dos meios de comunicação em massa, principalmente dos filmes, novelas, minisséries ou documentários, cujos conteúdos, muitas vezes, abordam temas históricos.

Do ponto de vista da consciência histórica, a interpretação que o homem faz de si mesmo, do tempo, da sociedade e da coletividade começa muito antes da sua escolarização e é permeada por diversas imagens, elementos ou saberes que não são provenientes da escola [Cerri, 2011].  Nesse caso, entende-se que o ensino de História possui uma função de orientação no tempo, corrobora para a formação da consciência histórica, todavia, isso não é um pré-requisito seu.

Considerações finais
Mediante a breve análise da questão acerca das imagens e representações que os alunos fazem sobre a História, percebe-se que o conhecimento histórico possibilita os alunos identificarem e explicarem as permanências e rupturas entre o passado, o presente e futuro. A essa perspectiva acrescente-se a experiência individual, que, no caso dos alunos da EJA, já possuem uma trajetória de vida, uma bagagem cultural mais ampla, além de ideias e opiniões arraigadas sobre si e o mundo que os cerca.

Nessa direção, infere-se que, somente um ensino de História, pautado no diálogo entre professores e alunos, que valorize as muitas experiências, as histórias, as memórias, as vivências, a ideias, os saberes e as opiniões, poderão contribuir para a formação e o desenvolvimento da consciência histórica.

Assim, conhecer os alunos jovens e adultos com quem se trabalha é essencial para um trabalho frutuoso. O aprofundamento do tipo de pesquisa aqui relatado poderá produzir importantes informações para aprimorar o ensino de História e poderá contribuir para as discussões no âmbito dos estudos da Didática da História.


Referências
Wilian Junior Bonete é Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História [PPGHIS] da Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT]. Atualmente é Prof. Adjunto da Faculdade Guairacá e Faculdade Guarapuava, na cidade de Guarapuava, PR.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. [livro]

CARDOSO, Oldimar Pontes. Para uma definição de didática da história. In: REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA. São Paulo, v. 28, nº 55, p. 153-170 – 2008 [artigo]

CERRI, Luis Fernando. Ensino de História e Consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. [livro]

HELLER, Agnes. Uma teoria da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993. [livro]

PAIS, José Machado. A consciência histórica e identidade: os jovens portugueses num contexto europeu. Oeiras: Celta: 1999. [livro]

PYNSKY, Jaime; PYNSKY, Carla Bassanezi. Por uma história prazerosa e conseqüente. In: KARNAL, Leandro. [org.] História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 2ª Ed. São Paulo: Contexto, 2009. [livro]

RÜSEN, Jörn. Aprendizagem histórica: fundamentos e paradigmas. Curitiba: W.A. Editores, 2012. [livro]

____________. O desenvolvimento da competência narrativa na aprendizagem histórica: uma hipótese ontogenética relativa a consciência moral. In:  SCHMIDT, Maria; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão [Org.].  Jörn Rüsen e o Ensino de História. Curitiba: Editora UFPR, 2010, p. 51-77. [artigo]

_____________. Razão histórica. Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001. [livro]

________________________História Viva: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora da UnB, 2007. [livro]

6 comentários:

  1. Wilian, primeiramente gostaria de parabenizar pelo excelente texto. Pensando o Ensino de História e o uso de fontes para jovens da educação básica na modalidade de EJA, ao trabalharmos fontes de certos períodos podemos nos deparar com alunos que tenham vivenciados certos momentos, como a ditadura civil-militar por exemplo, e por mais que as fontes apontem uma direção o sujeito venha a negar os acontecimentos, qual seria sua opinião sobre o choque das fontes com o discurso de vivencia desses alunos e como o professor poderia lidar com isso?

    Grande abraço
    Arnaldo Martin Szlachta Junior

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  2. Olá Arnaldo, obrigado pela leitura do material e pela pergunta. Esse seu questionamento, que foi uma angústia na época da dissertação, eu consegui uma resposta mais clara na minha tese quando eu entrevistei um grupo de professores e recaímos neste assunto, então vou me utilizar destes dados.

    Os professores relataram que alguns alunos que vivenciaram esta etapa não concordam com a ideia de que a ditadura militar foi algo ruim, mas pelo contrário, "que não havia bagunça, que não havia desordem, que a economia era boa, etc.". O trabalho do professor consiste em trabalhar esse posicionamento dos alunos, evidenciando algumas fontes, alguns documentários, e mesmo que o aluno não concorde, que entenda que há diferentes posicionamentos e interpretações sobre este período, e que as experiências dos indivíduos que viveram nesta época podem ser muito variáveis. Por outro lado, os professores acabam se sentindo muito frustrados por alguns alunos compreenderem a situação, mas manterem seu posicionamento inicial. Na época das minhas entrevistas, umas das professores estava indignada com seus alunos participando das manifestações de caminhoneiros de 2018 e pedindo intervenção militar, o que era muito contraditório.

    Resumindo, a ideia básica é sempre procurar apresentar as diferentes visões e interpretações sobre o tema, mesmo havendo discordância. É uma tema delicado e muitas vezes uma discordância abrupta, pode levar a evasão destes alunos.

    Abraços.
    Wilian Bonete

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  3. Claudio Correia de Oliveira Neto20 de maio de 2020 às 23:27

    Parabéns! Que pesquisa massa! Minha questão é Qual o perfil dos sujeitos pesquisados? É possível estabelecer uma relação de recortes espaciais, etários, étnicos, socioeconômicos e de gêneros e as representações dos sujeitos pesquisados?

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    1. Olá Cláudio, obrigado pelo comentário. Em relação ao seu questionamento, ele é muito amplo para eu descrever para você aqui neste espaço. Eu vou deixar para você o link da minha dissertação, e se você tiver mais interesses em saber como eu levantei os dados e como eu analises outras questões, o perfil dos alunos, como eu elaborei o questionário, etc, te convido a baixar o PDF no google drive.

      https://drive.google.com/file/d/11s7KuMMtcT8RArL13xTyWVW2X-C2wS7F/view?usp=sharing

      Grande abraço.

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  4. Olá Wilian, parabéns pelo belo trabalho que você desenvolveu. No entanto sabemos que a EJA representam um público vitimado pela sociedade, logo, tem pressa de recuperar o tempo perdido. Com base na sua experiência de pesquisa quais são os recursos que os professores podem utilizar para trazer uma maior aproximação dos alunos da EJA para o ensino de história? tendo como foco incentivar o interesse pelo conhecimento e compreensão da
    História como um processo.

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  5. Olá Jamilly, tudo bem? Muito pertinente suas questões. Eu respondi parte delas na minha tese de doutorado, pois lá eu investiguei o lado dos professores (identidade docente) e como eles lidavam com essas demandas de sala de aula. Vou elencar alguns pontos, mas se tiver interesse em saber mais a fundo essa questão, te convido a baixar minha tese de doutorado.

    1) Os professores relataram que é sempre importante empreender o ensino de História partindo inicialmente das ideias prévias dos alunos sobre o assunto histórico abordado, procurar perceber suas opiniões e concepções. Em seguida o professor precisa mostrar que a História consiste em formas de interpretações e visões sobre o assunto. O que eles precisam saber é X e X mas a História também é aberta para novas interpretações;

    2) Uma forma de abordar a questão entre Criacionismo e Cientificismo no surgimento do mundo e seu povoamento, seria começar destacando aspectos ligados a Biblia Sagrada (que é comum entre os alunos), mostrar que se trata de uma narrativa, etc..e depois apresentar uma forma alternativa de interpretar o surgimento da vida na terra (criacionismo).

    3) Os professores relataram que na EJA você nunca pode bater de frente, entrar em choque de maneira abrupta com os alunos, precisa ir aos poucos mostrando os fatos, os processos de modo que vão se abrindo para o conhecimento. Caso contrário, os alunos podem até sair da escola.

    Link da tese: https://drive.google.com/file/d/1kkdR3EDsX8_efgr3seZpuDz0OukKKyh6/view?usp=sharing

    Abraços.

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