BNCC, O CURRÍCULO E O ENSINO: OLHARES EM FORMAÇÃO NA ESCOLA MACHADO DE ASSIS, ANANINDEUA-PARÁ
O texto que agora apresentamos é resultado de um conjunto de reflexões
desenvolvidas a partir de uma palestra realizada em 09 de março de 2020, com o
tema “BNCC e currículo”, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Machado de
Assis, localizada no município de Ananindeua, Estado do Pará. O evento fez
parte das atividades voltadas para formação continuada de professores,
auxiliares, servidores técnicos, coordenadores e gestores que atuam na escola.
Trata-se de uma atividade que os coordenadores chamam de “Planejamento
Unificado”, e que constitui em momento importante de troca de experiência, em
que os “olhares em formação” estão voltados para compartilhamento de saberes,
desafios e construção de estratégias e metas e a serem desenvolvidas e
alcançadas no ano letivo.
Localizada em bairro de periferia de Ananindeua, Guanabara, atende
alunos em sua maioria filhos de trabalhadores assalariados e de baixa renda,
característica comum das escolas públicas do município. No censo escolar de
2018, a escola apresentava um total de 86 funcionários, compondo um quadro
discente de 113 alunos na pré-escola e 586 nos anos iniciais, 1º ao 5º ano,
sendo 21 alunos da educação especial. Do ponto de vista do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica [IDEB], a escola apresenta um crescimento
significativo nos últimos anos, saltando de 3,8 em 2007 para 5,9 em 2017
[Portal Edu, 2020].
A escola passa, neste momento, por um desafio vivenciado por algumas
outras unidades de ensino da rede escolar municipal, no caso, a reformulação ou
restruturação curricular, considerando os instrumentos orientadores pautados
nas competências específicas de área, unidades temáticas, objetos de
conhecimento e habilidades, presente na Base Nacional Comum Curricular [BNCC].
Em linhas gerais a BNCC do Ensino Fundamental tem como objetivo promover a
equidade e a melhora da qualidade do ensino no país e de assegurar que
conhecimentos e habilidades essenciais estejam presentes nos currículos da
Educação Básica [Brasil, 2017] prevista na Constituição Federal, artigo 201
[Brasil, 1988] e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, artigo 26
[Brasil, 1996].
Apesar da BNCC não ser um currículo, ela preconiza o discurso de que é
mais específica e clara do que os documentos de referência, como por exemplo as
Diretrizes Nacionais da Educação Básica [DCN] [Brasil, 1998b] e os Parâmetros
Curriculares Nacionais [PCN] [Brasil, 1998ª], sobre o que os alunos devem
aprender, e coloca os objetivos de aprendizagem ano a ano. Na qualidade de
palestrante, procurei traçar um diálogo que estabelecesse uma relação entre a
BNCC, o Currículo e a atuação docente pautada em estratégias de construção dos
conteúdos curriculares em experiências de ensino.
O momento marcado pela socialização de conhecimento, prática no
exercício da docência e desafios enfrentados pelos professores e demais servidores
da escola, pautaram alguns instrumentos de reflexão que perpassam as questões
mais pontuais como as diferenciações entre competência e habilidades, redes de
ensino que devem aderir a BNCC, ou ainda a autonomia de cada escola. Outras
questões mais complexas foram também destacadas, como a atuação
interdisciplinar, relação escola e comunidades e temas que envolvem
religiosidade, sexualidade e gênero.
Ao que se observa, a qualidade deste texto se fundamenta na
preocupação em apontar as questões e os debates construídos e anteriormente
destacados, de forma a assegurar a premissa dialógica e de síntese ao que foi
debatido, considerando os olhares em formação dos professores, auxiliares,
técnicos e gestores da Escola Machado de Assis.
A BNCC, o currículo e o ensino
Uma questão inicial que permeou o debate entre os participantes da
palestra estava associada a relação entre a Base e o currículo, com foco nos
elementos de diferenciação. A principal dúvida a respeito da BNCC é se é a
mesma coisa que um currículo. Neste aspecto é importante ressaltar que se
tratam de documentos diferentes, embora extremamente relacionados. A BNCC
e o currículo são, de fato, documentos diferentes, com objetivos também
distintos. No caso da primeira, trata-se de um documento
orientador que aponta o que se espera que os alunos desenvolvam ao longo da
Educação Básica. Aponta as habilidades e competências que são
consideradas essenciais e que devem ser desenvolvidas nas escolas. No caso do currículo,
compreende um planejamento do que será ensinado em sala e dos objetivos de
conhecimento esperados. Sendo assim, a Base orienta a elaboração do currículo,
que deve ser construído de maneira que as competências e habilidades previstas pela BNCC sejam aplicadas em sala de
aula. Além de ser um guia para a elaboração do currículo, a Base também deve
ser considerada no processo de criação do Projeto Político Pedagógico [PPC] da
Escola.
Importante destacar que, embora a BNCC preveja o que é essencial para
o aluno, esta permite que as escolas tenham a liberdade de decidir
aquilo que constará no currículo. De acordo com Elizabeth
Macedo [2015, p. 893], a Base incentiva que as escolas incluam pontos
referentes à sua identidade, cultura e contexto, não perdendo de vista a
identidade da escola e sua relação com os valores da comunidade. O objetivo é
garantir a igualdade e a equidade, por meio do respeito à diversidade
cultural do Brasil e dos valores regionais vivenciados pelos alunos e
professores.
O que se procurou demonstrar aos professores da Escola
Machado de Assis é que a construção do currículo da escola, considerando a
BNCC, será de suas responsabilidades. O Ministério
da Educação [MEC] ou a Rede de Ensino do Município de Ananindeua e do Estado do
Pará, a através de seus técnicos educacionais, assegurarão o apoio para que os currículos sejam adequados de acordo com o
que é apresentado pela Base, no entanto, o protagonismo destas alterações é da
escola. Em outras palavras, as secretarias de educação municipais e estaduais
vão indicar pontos importantes do contexto e da realidade locais que podem e
devem ser considerados no currículo, o que deve ser mediado com a condição
vivida pela escola e sua relação com a comunidade.
É bom ter em mente que a Base não tem o objetivo
de apontar como as habilidades e
competências serão desenvolvidas, mas sim quais são
essenciais. Neste aspecto, como adverte Ana Canen [2000, p. 139] o
que será ensinado em sala de aula não se resume apenas ao conteúdo, quando se
trata do currículo, mas também envolve experiência de vida dos professores e
dos alunos. Isto significa dizer que os conteúdos agora incorporam uma nova
demanda, ele deve ser pensado de forma a desenvolver as
competências e habilidades apontadas pela Base. Em outras palavras, os
professores deverão adaptar as suas práticas pedagógicas, reavaliar métodos de
ensino, conhecer bem a BNCC e o ambiente social da escola. Por causa disso, o
documento oficial coloca a formação continuada
dos professores como essencial.
Sobre a questão da formação e orientação docente, a BNCC
expressa a necessidade de:
“Criar e disponibilizar materiais de orientação para os
professores, bem como manter processos permanentes de formação docente que
possibilitem contínuo aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem” [Brasil,
2017, p. 17].
O documento propõe ainda a formação de um cidadão íntegro, de forma que é fundamental considerar as competências
sócioemocionais na elaboração do currículo. No caso, correspondem a
competências que ultrapassam a dimensão cognitiva e
envolvem de forma muito mais profunda o lado emocional e psicológico do ser
humano. Trata-se de uma imposição da realidade contemporânea de transformações
rápidas e constantes, o que exige, para se alcançar o sucesso, que os
indivíduos devam ir muito além dos conhecimentos cognitivos. São
características ligadas ao comportamento e à administração das próprias
emoções, o que podem impactar positivamente no aprendizado, tendo forte
influência na vida do discente [Revista Nova escola, s/d, p. 5]. Além
disso, a escola tem a flexibilidade de ir além do que é apontado pela BNCC para
contemplar a identidade e o contexto da instituição. A
partir da reelaboração dos currículos, o PPP deverá ser revisto e, se
necessário, modificado. Além disso, é extremamente importante que o material
didático seja adequado, por isso, a escolha deve ser minuciosa e com
cautela.
Como expressado pelos docentes que participaram da
palestra, a BNCC tem como objetivo promover uma educação que permita que o
desenvolvimento do aluno vá muito além da memorização de conteúdos. Neste
aspecto, se coloca como essencial o desenvolvimento das
habilidades e competências para que o aluno tenha a capacidade de tomar decisões
no meio social de maneira mais autônoma, além de desenvolver a habilidade de
resolver problemas, trabalhar a criatividade, comunicar-se melhor, criar a
competência de argumentação, entre outros.
O principal objetivo da BNCC é promover a igualdade educacional, o que significa dizer que todos os alunos do país terão a oportunidade e
o direito de aprender aquilo que é considerado essencial para sua formação como sujeito e cidadão
brasileiro. Pelo menos é o que se propõe a Base, embora sejam observadas pelos
professores da Escola Machado de Assis que a realidade de cada escola,
principalmente quanto as condições de aprendizagem será um obstáculo para que
se atinja esta meta. Como expressa o texto da Base:
“Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois
explicita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver
e expressa, portanto, a igualdade educacional sobre a qual as
singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa
igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em
uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se
concretiza” [Brasil, 2017, p. 15].
A Base procura desempenhar um papel de apontar aquilo que todos
os alunos devem desenvolver de maneira que a igualdade educacional permita,
também, que as singularidades de cada um sejam consideradas. Assim, a
BNCC, pelo que destaca seus propósitos, veio exatamente com o desejo de
extinguir o foco conteudista e permitir uma formação mais ampla de maneira a
preparar o aluno para os desafios da vida e do mercado de trabalho. As
instituições de ensino devem, diante disso, planejar seus currículos com um
foco na equidade, que tem como objetivo atender às necessidades
dos estudantes que, claramente, são diferentes em cada situação e em cada
contexto. O que significa:
“Diante desse quadro, as decisões curriculares e
didático-pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho
anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar
devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigualdades.
Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se
planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe
reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes” [Brasil,
2017, p. 15].
Importante destacar que a Base Nacional não tem como pretensão acabar com
o ensino de conteúdos, mas não focar apenas nisso.
Tradicionalmente, os currículos têm o costume de trabalhar somente a memória
dos alunos. Embora a memória seja uma capacidade humana extremamente
importante, não é a única característica essencial para vencer os desafios que
a realidade propõe. O desafio que se aponta para Escola Machado de Assis é que
esta deverá estimular ainda mais os alunos a trabalhar a capacidade de solucionar
problemas e desafios, por meio do desenvolvimento das competências gerais
definidas pela Base.
Elementos de conclusão e encaminhamentos
Aos participantes da formação promovida na Escola Machado
de Assis ficou definido pela compreensão das leituras estabelecidas em torno da
BNCC e sua relação com o currículo escolar, que a Educação Infantil, que
compreende a faixa etária de 0 [zero] a 5 [cinco] anos, cumpre papel
fundamental no desenvolvimento curricular no presente e futuro da criança.
Neste aspecto, cabe ao professor atentar para que o processo de ensino esteja
centrado na experiência da criança, por meio de suas relações com as práticas
sociais, para elaborar, sistematizar e produzir seu conhecimento nestas e nas
próximas etapas de educação. Portanto, a Educação Infantil não é apenas uma
fase de preparação para o Fundamental, mas uma etapa privilegiada de
aprendizagem, formação da identidade da criança, onde se deve desenvolver
cuidados e contatos com ambientes adequados e propostas desafiadoras e
estimulantes, como expressa Janaína Ornellas e Luana Silva [2019, p. 311].
A Base coloca a importância de as crianças conquistarem o
domínio da base alfabética e ortográfica ao final do 2º ano. No entanto, para
que isso se concretize, sem que as crianças sejam excluídas das atividades
cotidianas da sala de aula e possam acompanhar o currículo proposto, é
fundamental que na Educação Infantil elas estejam imersas em eventos de
letramento [Lerner, 2008]. Assim, ao longo de dois anos de Educação Infantil, é
possível que as crianças compreendam as funções sociais da escrita, façam uso
delas em atividades lúdicas, sejam leitoras, mesmo que apoiadas na ilustração e
na memória e se interessem em saber de que maneira as letras são usadas para
escrever. Todas essas experiências preparam um terreno fértil para que as
crianças possam, no decorrer dos próximos anos, 1º e 2º anos do Fundamental,
alcançarem um nível de alfabetização suficiente para darem continuidades as
aprendizagens seguintes. Para os docentes envolvidos na palestra, esse objetivo
tem sido conquistado progressivamente, à medida que o campo de experiência da
oralidade e da escrita foi intensivamente vivenciado na escola.
Algo a ressaltar é o trabalho desenvolvido na escola para
inclusão de pessoas com deficiência. Neste aspecto, se a BNCC indica seu
compromisso com os alunos com deficiência, ao reconhecer a necessidade de
práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme
estabelecido na Lei 13.145 de 06 de julho de 2015, que dispõe sobre a inclusão
de pessoas com deficiência, esta parece ser uma das tarefas realizadas de forma
significativa pela escola, a ponto de no evento de formação dos professores
apresentarem uma exposição com os recursos didático produzidos pela equipe
responsável pelas atividades de ensino inclusivas.
Duas outras questões geraram questionamento. Trata-se do
ensino religioso e as discussões sobre gênero e orientação sexual. Apesar de ter permanecido no documento final da Base, o
ensino religioso em escolas públicas deve ser ofertado em caráter facultativo.
Neste aspecto, as escolas precisam respeitar as escolhas das famílias e dos
estudantes. A não obrigatoriedade, nem o caráter de ensino confessional ou
catequético, são fundamentais para garantir a laicidade do Estado e o respeito
as diferentes denominações religiosas. No caso dos que optarem por cursar a
disciplina, há um sentimento entre os decentes da escola que deve se construir
uma abordagem pluriconfessional para promover respeito e tolerância no ambiente
escolar.
A Base apresenta breves menções sobre as questões de
gênero e de orientação sexual em uma das competências gerais. Sobre esse tema
se observa uma preocupação de como abordar estas questões em sala de aula, no
entanto é consenso de que temáticas associadas a assédio e violência sexual,
pedofilia, preconceito e discriminação à comunidade de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex precisam ser discutidas,
considerando a idade e desenvolvimento cognitivo das crianças. No entanto, se
admite que a escola precisa melhor se preparar para debater estas questões, uma
vez que os professores ainda não estão complemente seguros em lidar com esses
temas considerando a criança e a leitura que os pais e responsáveis podem
fazer.
A insegurança de tratar de alguns temas reafirma a
percepção de professores, auxiliares, técnicos e gestores de que a escola é o
espaço por excelência da formação. Sua matéria-prima são os conhecimentos
científicos, culturais e sociais, bem como os saberes, práticas e valores
constitutivo da diversidade inerente à população atendida pela escola. Nela, o
conhecimento se constrói de forma colaborativa e, por isso, também é um local
de expressão para todos que dela participam. No entanto, é comum que algumas
questões gerem conflitos. Nesse caso, os professores apontam como saída a
necessidade de um debate franco com todos, pautado no conhecimento e na
capacidade da comunidade escolar de discutir valores fundamentais para a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária e de promover o bem de
todos, sem preconceito de origem, raça, cor, sexo, idade e quaisquer outras
formas de discriminação, como determina a Constituição Federal de 1988.
Encerramos a palestra com a convicção de que a Escola
Machado de Assis, através de sua comunidade escolar, está disposta a promover
uma educação qualificativa, em permanente debate com a comunidade, como
instrumento de superar as dificuldades encontradas no processo de ensino e
aprendizagem. Também demonstrar na necessidade de atender as competências e
habilidades apontadas na BNCC para o Ensino Fundamental, a disposição para
apender de forma cooperativa entre os professores, auxiliares, técnicos e
gestores que formam a escola.
Figura 1 - Servidores da Escola
Machado de Assis que participaram da palestra “A BNCC e Currículo”, em 09 de
março de 2020.
Fonte: Acervo da Escola Machado de
Assis, 2020.
Referências
Francivaldo
Alves Nunes é doutor em História na Universidade Federal Fluminense e Professor
Associado I na Universidade Federal do Pará.
BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília: Congresso Nacional, 1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9394/96. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto.
Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CEB n. 4/98.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, DF:
MEC/CNE, 1998b.
BRASIL. Ministério da Educação e do
Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998a.
BRASIL. Secretaria Geral da
Presidência da República. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base
Nacional Comum Curricular. 2017.
CANEN, Ana. Educação multicultural,
identidade nacional e pluralidade cultural: tensões e implicações curriculares.
Cadernos de Pesquisa, n. 111, p. 135-149, dec., 2000. [artigo]
MACEDO, Elisabeth. Base Nacional
Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem?
Educação e Sociedade, Campinas, v. 36, n.133, p. 891-908, out./dez. 2015.
[artigo]
ORNELLA, Janaína Faris de; SILVA,
Luana Cristeisen. O Ensino Fundamental da BNCC: proposta de um currículo na
contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo, Jão Pessoa, v. 12, nº
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Disponível em: https://www.qedu.org.br/escola/22433-emef-machado-de-assis/censo-escolar
[internet]
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[internet]
Lerner, Delia. Ler e escrever na
escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2008. [livro]
Olá professor Francivaldo!
ResponderExcluirSeu texto muito me interessou, pois compartilho da mesma realidade, que é a implantação da BNCC ao currículo do Estado do Paraná, por meio da elaboração e implementação do CREP. O professor coloca que em linhas gerais a BNCC do Ensino Fundamental tem como objetivo promover a equidade e a melhoria da qualidade do Ensino no país, assegurando que conhecimentos e habilidades essenciais estejam presentes nos currículos da Educação Básica.
Reiterando a fala dos professores com quem o senhor teve a oportunidade de trabalhar na escola Machado de Assis de que "a realidade de cada escola, principalmente quanto as condições de aprendizagem será um obstáculo para que se atinja esta meta" Gostaria de saber sua opinião com relação a conquista de equidade, visto que o ambiente escolar é um espaço plural e diverso, essa equidade não seria um tanto quanto utópica?
Joelma da Costa Aranha Hortêncio.
Joelma, obrigado pela pergunta. Entendo que esta observação da equidade, embora seja compreendida como algo presente nas proposições da BASE, é comprenndida pelo professor no âmbito utópico, pelas dificuldades enfrentadas no ambiente da escola.
ExcluirSoy Gustavo Lorenzana Durán. MI pregunta es ¿se presentan tensiones entre los docentes y entre estos y los alumnos por las dos formas de trabajo: los recuerdos de los estudiantes y resolver problemas y desafíos?
ResponderExcluirObrigado Unknow pelas pergunta. O que temos observado é que nas escolas de ensino fundamental o trabalho de forma colaborativa entre os professores é mais efetiva. O que faz com que as dificuldades sejam superadas com mais facilidade. Na relação com os alunos, as realidades sociais diferentes e a violencia tem sido um dos varios problemas enfrentados nas escolas publicas.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa noite Francivaldo, sou professora da de sociologia da rede pública, no oeste do Paraná, e nossa realidade não é muito diferente em relação às dificuldades em se trabalhar com algumas temáticas em sala de aula. Nesse momento a minha curiosidade é em saber, se como aqui, existe uma caracteristica comum entre os professores e demais atores da educação, que preferem não abordar essas temáticas?!
ResponderExcluirSônia Oracilio Duarte
Sonia, obrigado pela pergunta. Alfumas tematicas, vinculadas a religiosidade ou sexualidade, são as que os professores tem mais preocupação em trabalhar. Por insegurança e em muitas casos pela pressão que são feitas pelos pais, ou por intoleráncia, ou por preconceito. A saída para superar essas dificuldades tem sido o trabalho desses temas através de projetos, envolvendo professores de varias disciplinas. Isso tem dado mais segurança e tranquilidade aos docentes.
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