APROXIMANDO
HISTÓRIA À VIDA – OFICINAS TEMÁTICAS DE INTERAÇÃO E SIMULAÇÃO DA HISTÓRIA EM
SALA DE AULA
O presente estudo visa apresentar, dentro das
atividades realizadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência [PIBID], subprojeto de História da Universidade Federal de Campina
Grande, Campus de Cajazeiras [UFCG-CFP] na vigência 2018/2019 na Escola Dom
Moisés Coelho numa turma de sexto ano do ensino fundamental.
O projeto trazia como temática “Leituras na História”
e, a partir deste, foram desenvolvidos trabalhos voltados para análises de
leituras de materiais que pudessem trazer mais dinâmica a relação: conteúdo,
pautada no conhecimento histórico, e a vida dos alunos, por meio da sua visão
de mundo naquilo que é trazido pela Base Nacional Comum Curricular [BNCC]
[2017, 400-401]:
“[...] um dos importantes objetivos de
História no Ensino Fundamental é estimular a autonomia de pensamento e a
capacidade de reconhecer que os indivíduos agem de acordo com a época e o lugar
nos quais vivem, de forma a preservar ou transformar seus hábitos e condutas.
[...] [Espera-se] que o conhecimento histórico seja tratado como uma forma de
pensar, entre várias; uma forma de indagar sobre as coisas do passado e do
presente, de construir explicações, desvendar significados, compor e decompor
interpretações, em movimento contínuo ao longo do tempo e do espaço. [...]
Nesse sentido, eles próprios devem assumir uma atitude historiadora diante dos
conteúdos propostos.” [BRASIL, 2017, 400-401]
Nestas leituras, por se tratar de algo bastante
específico de cada sujeito, buscamos interagir de forma que pudéssemos trazer
recursos que abarcasse diversos materiais sensitivos que abrangesse a vida e
cotidiano de cada aluno como imagens, fotografia, poesia, artesanato, música,
cinema, etc. Nisto, foram organizados
grupos que trabalhassem cada recurso determinado e que correlaciona-se com as
oficinas juntamente com os conteúdos curriculares.
Nos aparatos teóricos/metodológicos buscamos
nos alicerçar com as ideias de Paulo Freire, em sua concepção de leitura do
mundo, partindo da perspectiva de que cada indivíduo desperta seus próprios
entendimentos a partir de referenciais obtidos em sua própria vida. Também
contamos com as ideias de teóricos pós-estruturalistas Gilles Deleuze e Michel
Foucault, que nos fez refletir sobre a forma como o conhecimento curricular e
os modelos de aprendizagem são construídos, regrados e disseminados para a
escola, e dessa forma pudéssemos ter uma releitura destas dimensões
educacionais com a finalidade de transversalizar suas práticas e alcançar
possibilidades múltiplas de interação e execução das atividades de ensino e
aprendizagem, dentro de um processo rizomático que une as experiências do
aprender de uma forma horizontal, isto é, podendo buscar as singularidades
dentro de cada território em um plano que é coletivo e interconectado, que nele
desperta suas especificidades em uma multiplicidade de condições e relações que
se fazem dentro de seu próprio devir. Para refletir sobre estas questões Gallo
faz uma leitura do pensamento de Deleuze e Guattari, e seu livro Deleuze &
a Educação:
“[...] As multiplicidades são a própria
realidade, e não supõem nenhuma unidade, não entram em nenhuma totalidade e
tampouco remetem a um sujeito. As subjetivações, as totalizações, as
unificações são, ao contrário, processos que se produzem e aparecem nas
multiplicidades. Os princípios característicos das multiplicidades concernem a
seus elementos, que são singularidades, a suas relações, que são devires, a
seus acontecimentos, que são hecceidades [quer dizer, individuações sem
sujeito]; a seus espaços-tempos, que são espaços e tempos livres, a seu modelo
de realização, que é o rizoma [por oposição ao modelo da árvore]; a seu plano
de composição, que constitui platôs [zonas de intensidade contínua]; aos
vetores que as atravessam, e que constituem territórios e graus de
desterritorialização.” [Apud Gallo, 2003, p. 83].
Pautados nessa concepção proposta por Deleuze
e Guattari [idem] e tomando por base as nossas observações no que tange a
interação da turma na qual aplicamos a oficina, durante as aulas de História e
como estes correspondiam aos estímulos dados pelo professor através de sua
metodologia, pensamos em trabalhar sob o viés da leitura com imagens e com a
perspectiva da simulação interativa da História, onde os discentes puderam,
dentro de uma situação proposta à turma, representar a ideia de um parlamento.
Assim, se pode buscar dentro de uma proposta específica, sendo esta,
circunscrita dentro de uma realidade pautada na vida cotidiana dos alunos,
junto ao que se busca produzir como conhecimento agregado a consubstanciação
que os alunos o fazem diante esta experiência simulada.
Para tanto, foram realizados vários encontros
a fim de elaborar e avaliar, compassadamente a oficina. Nestes, utilizamos as
observações em sala de aula e reuniões com o nosso supervisor, o Professor
Jefferson Fernandes. Após algumas considerações, realizamos um questionário,
relacionado à leitura, escrita e a disciplina de história; perguntas básicas
para que tivéssemos algo mais concreto sobre nossas observações em sala. Após os resultados do questionário iniciamos
os planejamentos da oficina no 6° ano, trabalhando com tempo histórico e
sujeito histórico.
A proposta de oficina que levamos para sala de
aula estava relacionada ao tempo histórico, e a partir disso, abordar técnicas
de leituras que permitam uma compreensão além dos textos escritos, a saber, o
uso de imagens. Com isso, buscamos trabalhar de uma forma mais dinâmica,
utilizando ferramentas interativas como, por exemplo, o datashow, e assim levar
ilustrações que ajudassem os alunos a compreender e a participar mais
ativamente da aula.
Neste sentido, observando a proposta para a
oficina, vislumbramos a oportunidade de revisitar os conceitos sobre o tempo,
importante para entender os fatos históricos. Conforme afirma Rosati, citando
BLOCH, o tempo é, portanto,
“[...] um elemento fundamental para o estudo
da História. Quando Marc Bloch definiu a história como ―a ciência dos homens no
tempo‖,
afirmou que o tempo histórico seria mais do que uma unidade de medida, mas ―o
próprio plasma em que se esgotam os fenômenos‖ e ― o lugar de sua inteligibilidade”. [Apud
Rosati, 2016, p.19].
Com isso, nos organizamos de forma que
alternamos as aulas teóricas e oficinas, assim poderíamos preparar as ideias
antes de colocá-los em atividade. Tudo foi planejado em consonância aos
conteúdos curriculares estipulados para o 6º ano, na fase de atuação estavam os
temas: Tempo Histórico, Grécia e Roma antiga.
A primeira aula teórica sobre o Tempo, foi
planejado para utilizarmos fotografias antigas e atuais da cidade de
Cajazeiras-PB, que desse modo pudéssemos utilizar a correlação e especificidade
do tempo cronológico e o histórico. Anteriormente às imagens, trabalhamos detalhadamente
cada tempo e seu tipo de utilização tanto na vida cotidiana como no
conhecimento científico historiográfico. A título de exemplo, demonstramos
vários meios de temporalização e suas funcionalidades como relógio, calendários
e uma ampulheta que foi manuseada pelos alunos na aula.
Para pensar o tempo histórico, tentamos
provocar uma abstração que consistia da imagem do historiador como um “viajante
do tempo”, no slide demonstrava-se que dele construía-se cada temporalidade de
acordo com sua análise específica da História, um tempo recortado e situado de
acordo com a leitura que o historiador fazia dela.
Nisto, simulamos situações em que colocamos os
alunos na posição de historiadores cotidianos de sua própria história, e quando
os mesmos relataram experiências corriqueiras e determinavam um recorte
temporal para uma situação específica, estavam assim, utilizando-se do tempo
histórico.
Toda a aula foi mediada por slides que se
pontuava conceitos e imagens abstrativas que despertavam melhor entendimento na
aula expostas pelos bolsistas. Após a aula expositiva propomos uma atividade
escrita, na qual os alunos deveriam escrever o que entenderam sobre tempo
histórico. A proposta visava a prática de competências leitoras ao solicitar
que estes organizassem em um dado formato os saberes assimilados durante a
aula. Contudo, os alunos não desenvolveram a atividade como esperávamos,
demonstrando que, para os alunos, a escrita ainda tem certos tabus que
necessitam ser superados e que supere a velha visão da simples cópia.
Apesar do percalço apresentado neste momento
inicial, vislumbramos a ideia de atrair os estudantes para atividades mais
lúdicas, que envolvessem a participação ativa dos estudantes. Desta forma, para
finalizar esta oficina fizemos em dois momentos: em um, propomos a construção
de dois tipos de medidor do tempo, um seria a representação de um relógio
analógico e o outro, uma ampulheta, nessas atividades os alunos demonstraram
bastante interesse e todos participaram. Pautamos essa proposta ancorados na
perspectiva defendida por Norbert Elias que:
“[...] os relógios exercem na sociedade a
mesma função que os fenômenos naturais - a de meios de orientação para homens
inseridos numa sucessão de processos sociais e físicos. Simultaneamente, servem-lhes,
de múltiplas maneiras, para harmonizar os comportamentos de uns para com os
outros, assim como para adaptá-los a fenômenos naturais, ou seja, não
elaborados pelo homem”. [Elias, 1998 p. 8]
Posteriormente, abordamos os conteúdos Grécia
e Roma Antiga e, seguindo a mesma lógica dada da oficina anterior, utilizamos
imagens que ajudassem na explicação e chamassem a atenção dos alunos. Esta já
constituiu de um momento diferente, de grande desconcentração durante a aula,
mas com momentos em que participaram à medida em que as imagens faziam com que
se lembrassem de algo, como por exemplo, jogos e filmes, ou elementos do
próprio cotidiano.
A atividade foi dividida em dois momentos, a
primeira uma atividade escrita com consulta ao livro e a segunda uma dinâmica.
Mais uma vez os alunos demonstraram dificuldades ao realizar a atividade
escrita, alguns alunos manifestaram falta de interesse, perceptível, em nossa
observação no ato de apenas folheava as páginas do livro e a recusa, mesmo com
intervenções pontuais, de buscar o norte da resposta; outros, observamos que, a
cada linha lida ou escrita buscava auxílio nosso ou do professor titular da
turma, fato analisado por nós como uma insegurança, visto que estes não
acreditavam que sua resposta estaria certa.
Diferente da atividade escrita, a dinâmica
trouxe um interesse maior por parte dos alunos. Aqui buscamos trabalhar o
conteúdo aplicado em sala de aula de uma forma que aproximasse a realidade dos
alunos com o conteúdo trabalhado em sala, possibilitando a compreensão de como
funcionam os direitos, deveres, cidadania e uma democracia, e assim fazer com
que eles percebessem a importância que tem o conhecimento político em suas
vidas.
A dinâmica foi realizada da seguinte maneira: PASSO I: Nos propomos a realizar uma
simulação interativa que buscamos representar uma votação democrática sobre
direcionamento de riquezas, estas que foram representadas por salgados. Os
alunos foram distribuídos em dois lados: os plebeus e os patrícios. Após isso,
dividimos em três recipientes os salgados e, em seguida apresentamos os pontos
e conceitos chaves para o desenvolvimento da dinâmica como: cidadania, direito,
república, lei, democracia, etc. Cada ponto seria utilizado por eles na tomada
da decisão final.
No PASSO
II, os alunos, junto às
explicações trabalharam a partir de uma representação de democracia, tal qual
aspectos trabalhados das sociedades antigas da Grécia e Roma. Por fim, o
desafio dado aos alunos era de decidir quem ficaria com a maior quantidade de
salgados, utilizado para figurar o direito de cada grupo.
A partir disto os alunos iam sendo incitados a
votar, e hora havia vantagem de um lado com maior quantidade de salgados, hora
para outro lado. Em todo decorrer, é claro, o conflito era nítido, sempre havia
algo desfavorável em algum momento para ambos.
Os estudantes participaram dando sua opinião,
quando questionados para qual grupo deveria ficar os salgados, cada grupo se
favorecia, alguns sugeriram a divisão por igual. Foi então nesta representação
que tivemos por finalidade despertar o senso político crítico dos alunos, todos
eles eram estimulados a se posicionar perante suas necessidades, alicerçados
pelos recursos conceituais que eram demonstrados em slide no decorrer da
simulação pelos bolsistas.
A aula ao fim demonstrou-se muito produtiva,
todos os alunos se envolveram na dinâmica, e muito satisfeitos, é claro, já que
todos ao final comeram os salgados. Assim, ancorados na BNCC [2017], buscamos
trabalhar os saberes, considerando, segundo o documento supracitado:
“[...] estimular a autonomia de pensamento e a
capacidade de reconhecer que os indivíduos agem de acordo com a época e o lugar
nos quais vivem, de forma a preservar ou transformar seus hábitos e condutas. A
percepção de que existe uma grande diversidade de sujeitos e histórias estimula
o pensamento crítico, a autonomia e a formação para a cidadania. [BRASIL, 2017
p. 400]
Toda esta construção permitiu desenvolver no
aluno um melhor entendimento de sua posição de vida na sociedade, apesar de ainda
se tratar de crianças que ainda não votam, mas que permitiu desenvolver um
senso político junto aos conteúdos de História, tornando as aulas muito
atrativas e estimulantes.
Percebemos, com esta prática, que os alunos do
6° ano ainda estão muito enraizados com o método utilizado na etapa anterior,
com atividades lúdicas, - o que não chega a ser um problema de larga escala,
acreditamos ter outros ainda maiores como, por exemplo, o desinteresse ou
dificuldades na leitura - porém aproveitar esse interesse pode ajudar na sala
de aula para que ocorra uma mudança gradual na forma que irão estudar a partir
da leitura e escrita. Trabalhar com atividades mais dinâmica nos ajudou a ter
uma interação melhor com a turma, como também ajudou para que eles participassem
da atividade desenvolvida demonstrando interesse na aula.
Nossa experiência possibilitou perceber, como
o estreitamento entre a vida dos alunos e os conteúdos da História proporcionam
uma melhor aceitação das aulas. O conhecimento da História sempre se coloca,
meio que implicitamente, em um lugar de distância, longe da realidade em que se
é tratada, por isso, aproximar estes lugares trazem um modo de aprender
específico ao colocar os alunos nestas situações. Claro, não devemos aqui nos
recair em anacronismo ou etnocentrismo ao elaborar estas dinâmicas, temos de
ter o cuidado e prudência na elaboração e na forma em que é contextualizado e
direcionada a cada realidade. Assim, estas metodologias se mostram inovadoras
para um melhor entendimento e contribuição para a vida dos alunos. Estes que
sempre se mostraram empolgados com as atividades que seriam desenvolvidas
semana a outra. A ideia de se colocar parte da história, dentro claro, de uma
ficção simulada que trata um conteúdo específico, faz com que os alunos sejam
instigados a interagir nela, e agregado a isto, se pode trabalhar a História de
maneira mais aproximada, sem perder de vista, a essência do conhecimento
Histórico, ou seja, trata-se ainda do passado, mas em uma revitalização que se
produz no presente, em uma funcionalidade que é direcionado ao público em que
se é trabalhado. E o que é a História, se não estas inter-relações do
passado/presente, dentro de uma leitura que se fala para lugares políticos e
sociais.
Referências
Eliane Lins Cesar e Petrônio Fernandes de
Oliveira são graduandos do curso de Licenciatura em História pela UFCG
[Universidade Federal de Campina Grande], campus Cajazeiras – PB, no CFP
[Centro de Formação de Professores]; foram bolsistas no PIBID [Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência] no período de 2018/2019.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular [BNCC].
Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: < 568
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em:
02 jun. 2019. [internet]
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___________; __________. O que é a filosofia?
Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992; [livro]
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Roberto Machado. 6. Ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017; [livro]
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Observa-se que foram realizadas oficinas com a turma do 6º ano cujo tema era tempo histórico e o sujeito histórico a partir da imagem e da utilização de recursos tecnológicos de modo que foi proposta a construção de medidor de tempo, o que lhes despertou mais interesse se comparado ao relato da experiência escrita. Percebe-se ainda que aproximar a história fez gerar maior entendimento e interesse do conteúdo “Grécia” “Roma”, mas apesar disso, existe uma certa dificuldade de leitura desses alunos com relação ao conteúdo, sobretudo quando se tem palavras desconhecidas no texto. Desse modo, como vocês trabalharam esse aspecto?
ResponderExcluirDaiane Lima dos Santos
No decorrer de cada fase de oficina, sempre foi mediado por aulas expositivas, que nelas eram expostos justamente esses conceitos básicos inerentes aos conteúdos trabalhados no livro, no caso os tipos de tempo, e a cultura da Grécia e Roma, conceitos como democracia, cidadania, república, etc. Foi por meio da dinâmica que tentamos ligar os sentidos do qual os conceitos tratam em uma forma interativa. Então, para um melhor entendimento era expostos tais conceitos, e que de forma prática eram utilizados de imediato nas dinâmicas de simulação, isto possibilitava uma ação prática tanto do sentido teórico do termo, como sua aplicabilidade na dinâmica realizada em sala. Unimos o conhecimento do conteúdo curricular, mas sendo trabalhado de forma direta no desenrolar da simulação. Isto possibilitou um melhor entendimento e funcionalidade na aprendizagem dos alunos sobre essa nomenclatura, que necessitavam utiliza-las em seus posicionamentos em sintonia com as atividades, tanto no voto parlamentar, quanto no tempo histórico, que deveria atuar como um "viajante do tempo". Portanto, os conceitos eram unidos à sua aplicabilidade prática, já que apenas expondo, lendo ou escrevendo, não era suficiente, mas quando foram estimulados a utiliza-los nas simulações, obtiveram um melhor desempenho de aprendizagem. Foi possível perceber isto nos exemplos dados pelos próprios alunos, quando colocados na situação daquela simulação.
ResponderExcluirEliane Lins Cesar
Petrônio Fernandes de Oliveira
Olá, Eliane e Petrônio. Gostei bastante da dinâmica adotada porque consistiu num meio facilitador da aprendizagem e que envolveu o diálogo com os alunos. Grata pela resposta e parabéns pelo trabalho!
ExcluirOlá Eliane e Petrônio. Bacana a proposta de trabalho de vocês, gostaria de saber se vocês conversaram com as crianças buscando compreender as diferenças entre o que eventualmente seria uma aula tradicional e a proposta realizada por vocês? As crianças se manifestaram acercas das diferenças cognitivas, as formas ou linguagens desenvolvidas nas aulas? Perceber as diferenças nas narrativas das crianças é perceber como elas conceberam o processo de aprendizado. Pergunto porque estou preparando uma pesquisa nesse sentido! Abcs
ResponderExcluirEverton Carlos Crema
Olá, Everton. Com relação a ter conversado com os alunos sobre essa diferença entre uma aula tradicional ou dinâmica não foi realizada. Nossa proposta desde do início foi levar oficinas em que os alunos participassem e compreendessem o que estava sendo proposto. Para isso, observamos algumas aulas antes de realizarmos as oficinas, e foi justamente isto que nos fez perceber como eles agiam diante das atividades mais dinâmicas. Outra ferramenta que auxiliou foi um questionário aplicado para os alunos, onde pudemos conhecer um pouco sobre questões de leitura, compreensão e assuntos referentes a história. Nas aulas teóricas percebemos as dificuldades que eles tinham de participar,as imagens nos slides ajudaram para que eles participassem das aulas.
ExcluirEliane Lins Cesar
Petrônio Fernandes de Oliveira
Obgd. abcs
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