A HISTÓRIA E A MEMÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO EM PORTO ALEGRE ATRAVÉS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Introdução
O
presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência do Projeto de
Extensão “Caminhos Operários em Porto Alegre”, oferecido pela Biblioteca da
Faculdade de Arquitetura da UFRGS durante o ano de 2019, sob minha coordenação.
O Projeto teve como objetivo debater a história, a memória e o patrimônio da
classe trabalhadora organizada em Porto Alegre através de aulas e caminhadas
guiadas por diferentes bairros da cidade. A partir do relato e da análise das
duas modalidades do curso, tenho como objetivo problematizar o apagamento da
presença do operariado e de seus processos organizativos quando trabalhamos com
a história das cidades.
O Projeto Caminhos Operários em
Porto Alegre:
O
projeto Caminhos Operários em Porto Alegre tem como objetivo debater e divulgar
a história e a memória da classe trabalhadora e de suas organizações em Porto
Alegre, especialmente durante a Primeira República [1889-1930], período
histórico em que uma série de fatores levaram à constituição de um movimento
operário forte, com grande incidência social, que foi um dos principais
responsáveis pelo desenvolvimento de uma consciência e identidade de classe
entre o proletariado [Petersen e Lucas, 1992; Petersen, 2001; Bilhão, 2005].
Esse processo foi desigual ao longo do tempo e foi protagonizado por uma classe
trabalhadora diversa em termos de gênero, de raça, de nacionalidade e de
orientação política. Mesmo assim, uma experiência vinculada à expansão do mundo
do trabalho, ao antagonismo com o patronato e à capacidade de construir ações
comuns neste mundo marcado pela exploração e pela violência, ajudaram a
constituir uma aguda consciência de classe entre estes homens e mulheres do
início do século XX [Thompson, 2012 e Wood, 2003].
Apesar
da importância deste movimento, que foi um dos mais pujantes de todo o Brasil
na época anteriormente referida, pouco coisa resta na memória da cidade sobre a
classe trabalhadora organizada. Quando a intelectualidade porto-alegrense
passou a se preocupar com a destruição do patrimônio histórico da capital entre
os anos de 1950 e 1970 [especialmente professores e jornalistas chamados
ironicamente de “barões do cupim”], a preocupação se voltava especialmente para
o legado dos colonizadores açorianos dos séculos XVIII e XIX [Giovanaz, 2000].
Só recentemente a preocupação voltou-se também para a memória e a presença
histórica de sujeitos subalternos e é nessa conjuntura em que emerge o Projeto
Caminhos Operários.
A
partir dos anos 2000, surge em Porto Alegre um projeto chamado Museu de
Percurso do Negro, fruto do esforço do movimento negro e contando com o apoio
da Prefeitura Municipal, ele tinha como objetivo lutar contra a invisibilidade
da comunidade negra na história da cidade. Ao longo desta década e da seguinte
outros projetos surgiram buscando resgatar a memória de diferentes grupos
sociais como o Projeto Territórios Negros, o Museu de Percurso da Ilha da
Pintada, o Pedal Pela Memória, o Caminhos da Ditadura e os Caminhos Históricos
da Ponta Grossa. Além dessas tentativas de resgate de diversas memórias
populares, desde pelo menos o ano de 2013 ocorreu uma ampliação do debate sobre
o “direito à cidade”. No caso de Porto Alegre, além deste debate mais geral,
uma discussão mais específica incidia sobre os destinos da tradicional região
fabril da capital [o Quarto Distrito], localizado ao norte do Centro Histórico,
que estava vivendo um processo de “revitalização” em que se apresentava o risco
de destruição de patrimônio por conta da especulação imobiliária. Foi neste
contexto em que surgiu a primeira caminhada que buscava chamar atenção para a
memória operária, ocorrida no ano de 2015, que daria lugar ao projeto aqui
analisado [Bartz, 2019 a].
Nos
primeiros anos, as caminhadas foram organizadas no âmbito do GT Mundos do
Trabalho e do GT História e Marxismo da ANPUH-RS [Associação Nacional dos
Professores de História]. No ano de 2019, houve a oportunidade de desenvolver
este projeto como um curso de extensão, que seria oferecido pela Biblioteca da
Faculdade de Arquitetura da UFRGS [onde trabalho como Técnico em Assuntos
Educacionais], o que levou a desdobrar a caminhada em diversos trajetos
temáticos pelo território da cidade, em que foi possível mostrar vários locais
significativos para a história do movimento operário na capital. O primeiro
curso foi denominado “Os Caminhos Operários e a história da classe trabalhadora
em Porto Alegre”, tendo ocorrido entre março e junho daquele ano. O curso foi
composto por uma aula introdutória sobre a história do movimento operário, mais
quatro caminhadas por diferentes regiões [Centro Histórico; Cidade Baixa e
Azenha; Bonfim, Rio Branco e Parque Farroupilha e Floresta e São Geraldo],
consistindo a aula final em um debate sobre o apagamento da memória operária
nos lugares que haviam sido visitados.
O
segundo curso foi denominado “Caminhos Operários: história, memória e
patrimônio da classe trabalhadora em Porto Alegre”, tendo ocorrido entre
setembro e dezembro de 2019. Diferente do primeiro curso de extensão, aqui foi
acrescida uma aula sobre patrimônio histórico sob perspectiva de classe, foram
acrescidos dois trajetos diferentes [bairros Partenon e Santo Antônio e bairro
Tristeza], sendo a última aula dedicada a apresentação de um trabalho final,
que consistia em propostas [de parte dos alunos] de trajetos de memória
envolvendo a história da classe trabalhadora. Enquanto o primeiro curso se
voltava para a presença da história do proletariado na cidade, no segundo o
debate sobre memória e patrimônio estavam mais presentes, sendo que o objetivo
precípuo do curso era formar professores para reproduzir o debate sobre a
história operária nas escolas, razão pela qual esta edição nasceu de uma
parceria entre a Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e o Laboratório de
Ensino de História da UFRGS [LHISTE].
A
origem dos alunos e das alunas de ambos cursos foi muito diversa, destacando-se
a presença de diversos cursos de graduação e a militância de diferentes
movimentos sociais. Uma reação significativa dos participantes do curso foi o
absoluto desconhecimento dos espaços e locais ocupados pela classe trabalhadora
organizada nas diversas regiões da cidade. A aula itinerante se transformava em
um esforço por retirar o véu de esquecimento que recaiu sobre esta história ao
longo do século XX. Por um lado, impressionava a quantidade de locais públicos
que haviam sido palco de ações importantes [como a Praça da Alfandega, palco da
deflagração da Greve de 1917], por outro lado, também chamava atenção os
antigos prédios que haviam abrigado sociedades operárias [como a sede da
Federação Operária na Rua do Parque ou da Allgemeiner Arbeiter Verein, na Rua
Comendador Azevedo], que não estavam sequer assinalados com qualquer indicação
de seu passado relacionado às lutas operárias [Bartz, 2019 b].
Outro
elemento de “surpresa”, que foi se consolidando ao longo do curso, foi a
descoberta de que organizações com recorte de classe estavam presentes em todas
as regiões visitadas, não apenas junto às fábricas localizadas no antigo
distrito industrial da Zona Norte. Ao longo das caminhadas foi possível
constatar a importância da Cidade Baixa, com forte presença de trabalhadores
vinculados ao setor do transporte; da descoberta de um núcleo anarquista ao
redor de uma antiga pedreira na região do Partenon e de locais de sociabilidade
de pequenos agricultores no bairro Tristeza. A conclusão a que eram levados os
participantes é que toda a cidade de Porto Alegre era um território da classe
operária, expresso nas mais diversas formas de organização. Essa diversidade
acabou por se refletir nos trabalhos propostos pelos grupos de alunos, que
trataram com temas tão diversos como os locais do antifascismo nos anos 1920 e
30, um percurso por antigas escolas libertárias, a vinculação do Rio Guaíba com
o mundo do trabalho desde o período colonial, um trajeto por um assentamento de
pequenos agricultores, locais de vivência para a categoria dos sapateiros em
uma cidade do Vale dos Sinos e a própria universidade como local vinculado ao
trabalho.
A história do movimento operário
e sua necessidade púbica
A
história da classe trabalhadora e suas organizações passou a ser escrita e
publicada de forma mais sistemática no Brasil a partir da década de 1980,
fenômeno que foi sentido no Rio Grande do Sul com uma produção acadêmica e com
trabalhos de memorialistas em um período situado entre o final dos anos 1970 e
início dos anos 1990. Olhando para esta primeira produção de estudos fica
clara a busca pelo passado da classe a partir de perspectivas muito diversas,
que incluem estudos generalistas [Marçal, 1985] e ensaios sobre eventos ou
temas específicos [Bodea, 1979; Petersen, 1981 e Diehl, 1990], o experiência de
operários negros e europeus [Gonçalves e Silva, 1987 e Borges, 1993], a
história de vertentes ideológicas do movimento [MARÇAL, 1986] o estudo dos
veículos de imprensa [Jardim, 1990], memórias de militantes sindicais [Gertz,
1989 e Martins, 1989] e o levantamento de fontes inéditas [Petersen e LUCAS,
1992]. Nesta miscelânea, porém, se destaca [com muita força] a preocupação com
os processos que constituem os sujeitos como classe.
Estes trabalhos foram fundamentais para a multiplicação dos estudos sobre a classe trabalhadora que se seguiram pelos próximos anos e que ampliaram esta diversidade com trabalhos sobre as mulheres [Silva, 1998], sobre o papel do Estado [Oliveira, 2003], sobre a cultura e sobre a vida cotidiana [Bilhão, 2005 e Aravanis, 1997], sobre os movimentos grevistas [Silva Jr., 1994], sobre trajetórias individuais [Schmidt, 2002], sobre categorias específicas [Gandra, 1998], sobre cidades do interior do estado [Loner, 1999] e sobre regiões da capital [Fortes, 2001]. Para que esta lista não se torne exaustiva, me detenho nestes exemplos para mostrar que existe uma vasta produção sobre a história da classe trabalhadora e das organizações operárias, mas este acúmulo de conhecimento não se traduziu em uma divulgação sistemática para o restante da sociedade, não foi incorporado aos temas tratados em sala de aula, tampouco houve uma consagração dessas memórias nos espaços públicos de Porto Alegre. Em outros termos, a história das lutas do proletariado continua sendo ignorada em larga medida pela maior parte da população.
Para
além do problema do acesso do conhecimento já adquirido sobre o tema,
percebe-se que em um período mais recente a história do movimento operário ou a
história da classe trabalhadora organizada [especialmente a que tem como objeto
a Primeira República] foi perdendo força, como se tudo já tivesse sido dito
sobre a temática. Um elemento forte para o desinteresse ou a dificuldade com
projetos que tem como objeto a história do movimento operário é a própria
conjuntura histórica que vivemos: estamos sob uma hegemonia de longa duração do
neoliberalismo, em que o conceito de classe trabalhadora foi duramente atacado,
ao passo que uma visão de mundo centrada no indivíduo como sujeito de seu
próprio destino foi valorizada por governos e empresários. Sob outro aspecto,
as perspectivas marxistas, que oferecem especial atenção ao protagonismo de
classe, foram alvo de desconstrução, especialmente nos últimos vinte anos, em
que perspectivas pós-modernas avançaram em diversos campos do conhecimento. Por
último, existe um ataque sistemático sobre as organizações representativas da
classe trabalhadora na atualidade [como os sindicatos e as centrais sindicais],
em que é lavada a efeito uma campanha de deslegitimação e desestruturação
dessas instituições, principalmente a partir da “contrarreforma” trabalhista
que retirou direitos e fragilizou a condição de vida da maioria da população.
Nessa
disjuntiva em que se coloca a necessidade da retomada dos estudos sobre
trabalho, classe trabalhadora, organizações políticas e sindicais, além de toda
a constelação de temas vinculados à identidade de classe. Para além de estudos
acadêmicos, é necessário também que esta história e memória seja incorporada em
nossas referências cotidianas, no sentido de construir lugares de memória que
sejam significativos para diversas categorias e para a classe como um todo, até
porque estes lugares de memória não são auto evidentes [Riberioux,1992 e
Scifoni, 2013]. O estudo e a divulgação da história do movimento operário podem
ter um efeito bastante subversivo nesta conjuntura. Com isso não quero dizer
que o batismo de ruas com nomes de sindicalistas, a construção de monumentos às
greves históricas ou mesmo a constituição de centros de memória sejam um fator
decisivo para os impasses da classe na atualidade, mas são um elemento
importante de identificação, em que os sujeitos podem ser levados a pensar na
realidade existente do passado e nas condições em que emergiu determinado
movimento de resistência, e isto já seria um fator bastante relevante para o
tempo presente.
Conclusão
Descrevi,
nesta breve apresentação, alguns elementos do Projeto Caminhos Operários em
Porto Alegre, situando-o em uma busca pelo resgate da história da classe
trabalhadora e de suas organizações. Além disso, também contextualizei a
necessidade de tornar pública a história da formação da classe trabalhadora, de
suas lutas e de suas conquistas, como um elemento significativo para o tempo
presente. Neste esforço se situa o Caminhos Operários e a divulgação da
história das greves, das lutas sindicais e do cotidiano de trabalho tem causado
um impacto bastante significativo naqueles que participam do curso de extensão,
especialmente em relação à surpresa causada com as ausências desses sujeitos e
sua importância em nossa história. Talvez, no futuro, este impacto possa ser
multiplicado em muitos outros projetos, ajudando a fortalecer um pertencimento
de classe no tempo presente.
Referências
Frederico
Duarte Bartz é Doutor em História pela UFRGS, Técnico em Assuntos Educacionais
na mesma universidade e coordenador do Projeto de Extensão Caminhos Operários
em Porto Alegre.
ARAVANIS,
Evangelia. Uma utopia anarquista: o projeto social dos anarquistas do periódico
A Luta e o seu desejo de mudar o rumo da história em Porto Alegre [1906-1907].
Porto Alegre: PPG em História da UFRGS, 1997. [Dissertação de Mestrado]
BARTZ,
Frederico Duarte. Os caminhos
operários e a memória da classe trabalhadora em Porto Alegre. Revista História
e Luta de Classes. Marechal Cândido Rondon, v.28, 2019. [artigo]
BARTZ, Frederico
Duarte. História da Classe Trabalhadora, Memória e Patrimônio: algumas
considerações sobre o caso de Porto Alegre. In. MARCHI, Darlan de Maman, KNACK,
Eduardo Roberto Jordão e POLONI, Rita Juliana Soares [org.]. Memória e
Patrimônio: tramas do contemporâneo. Porto Alegre: Casaletras, 2019. [artigo]
BILHÃO,
Isabel Aparecida. Identidade e Trabalho: análise da construção identitária dos
operários porto-alegrenses [1896 a 1920]. Porto Alegre: PPG em História da
UFRGS, 2005. [Tese de Doutorado]
BODEA, Miguel. A Greve de 1917: as
origens do trabalhismo gaúcho. Porto alegre: L&PM, 1979. [livro]
BORGES, Stella. Italianos: Porto
Alegre e trabalho. Porto Alegre: Escola Superior
de Teologia e Espiritualidade Franciscana, 1993.
[livro]
DIEHL, Astor Antônio. Círculos
Operários no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Edipucrs, 1990. [livro]
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito...:
a classe operária porto-alegrense e a Era Vargas. Campinas: PPG em História
Social da UNICAMP, 2001. [Tese de Doutorado]
GIOVANAZ, Marlise. Os barões do
cupim: A atuação dos intelectuais na luta pela preservação do Patrimônio
Histórico e Cultural da cidade de Porto Alegre. Ciências & Letras, Revista
da Faculdade Porto – Alegrense de Educação, Ciências e Letras. Porto Alegre, n.
27, jan/jun. 2000. [artigo]
GANDRA, Edgar Alves. O cais da resistência: a
trajetória do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Portuário de Rio Grande.
São Leopoldo: PPG em História da UNISINOS, 1998. [Dissertação de Mestrado]
GONÇALVES e SILVA, Petronilha Beatriz.
Histórias de operários negros. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e
Espiritualidade Franciscana. 1987. [livro]
KNIESTEDT, Friedrich. Memórias de um imigrante
anarquista. Tradução, Introdução, Epílogo e Notas de Rodapé: René E. GERTZ.
Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana. 1989. [livro]
MARTINS,
Eloy. Um Depoimento Político: 55 anos de P.C.B. Memórias de um metalúrgico.
Porto Alegre: Edição do Autor, 1989. [livro]
LONER,
Beatriz. Classe Operária: mobilização e organização em Pelotas: 1888-1937.
Porto Alegre: PPG em Sociologia da UFRGS, 1999 [Tese de Doutorado].
LUCAS,
Maria Elisabeth e PETERSEN, Sílvia R. F. Antologia do movimento operário gaúcho
[1870-1937]. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ Editora Tchê, 1991. [livro]
MARÇAL, João Batista. As primeiras
lutas operárias no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1985. [livro]
MARÇAL, João Batista. Comunistas
gaúchos. Porto Alegre: Tchê, 1986. [livro]
JARDIM, Jorge Luiz Pastoriza.
Comunicação e militância: a imprensa operária no Rio Grande do Sul [1892-1923].
Porto Alegre: PPG em História da PUCRS, 1990. [Dissertação de Mestrado].
OLIVEIRA, Tiago Bernardon.
Mobilização operária na República excludente: um estudo comparativo entre
Estado e movimento operário nos casos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande
do Sul, Porto Alegre: PPG em História da
UFRGS, 2003. [Dissertação de Mestrado]
PETERSEN,
Sílvia Regina Feraz. Origens do 1° de maio no Brasil. Porto Alegre: Editora da
Universidade/UFRGS, 1981. [livro]
PETERSEN, Sílvia Regina Ferraz.
"Que a união operária seja nossa pátria": história das lutas dos
operários gaúchos para construir suas organizações. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2001. [livro]
RÉBÉRIOUX, Madeleine. Os lugares
da memória operária. In: O Direito à Memória. Patrimônio Histórico e Cidadania.
São Paulo: Departamento de Patrimônio Histórico, 1992. [livro]
SCHMIDT, Benito Bisso. O patriarca e o
tribuno: caminhos, encruzilhadas, viagens e pontes de dois líderes socialistas
- Francisco Xavier da Costa [187?-1934] e Carlos Cavaco [1878-1961]. Campinas:
PPG em História Social da UNICAMP, 2002. [Tese de Doutorado]
SCIFONI, Simone. Lugares de memória operária
na metrópole paulista. GEOUSP Espaço E Tempo [online], v.17, n.1, São Paulo,
2013. [artigo]
SILVA, Maria Amélia Gonçalves. Rompendo o
silêncio: mulheres operárias em Pelotas e Rio Grande. Porto Alegre: PPG em
História da PUCRS, 1998. [Dissertação de Mestrado]
SILVA Jr., Adhemar Lourenço da.
“Povo! Trabalhadores!”: tumultos e movimento operário. [Estudo centrado em
Porto Alegre, 1917]. Porto Alegre: PPG em História da UFRGS, 1994. [Dissertação
de Mestrado]
THOMPSON, Edward Palmer. A
formação da classe operária inglesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.
[livro]
WOOD, Ellen
Meiksin. Democracia contra capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2003. [livro]
Caro Frederico, história é vida e como é bom quando ela se apresenta concreta em um caminho que percorre a história operária. Parabéns! Gostaria de saber o que mais chamou atenção dos alunos que participaram das caminhadas? e se os trajetos são reconhecidos pelo IPHAN? Abcs
ResponderExcluirEverton Carlos Crema
Tudo bem Everton!
ResponderExcluirO que mais chamou atenção dos alunos foi o número de locais em que era forte a presença do movimento operário e como estes lugares haviam sido esquecidos ao longo do tempo. Isto pode ser percebido diversas praças, ruas, prédios, casas particulares ou sedes de sociedades, que, no entanto, não guardam marcas dessa memória. Mesmo em alguns casos, como os edifícios que possuem algum brasão ou simbolo, isto também não é evidente. Então, para além deste silêncio, fica a necessidade de marcar estes locais como lugares de memória significativos para a classe trabalhadora. Este trajeto não é reconhecido pelo IPHAN, é uma iniciativa da Universidade Federal, mas eu acredito que seria importante tornar alguns destes espaços em patrimônio histórico.
Frederico Duarte Bartz
Obgd. Abcs. Vou copiar a ideia por aqui!!!!
ResponderExcluir