Frederico Duarte Bartz


A HISTÓRIA E A MEMÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO EM PORTO ALEGRE ATRAVÉS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA



Introdução
O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência do Projeto de Extensão “Caminhos Operários em Porto Alegre”, oferecido pela Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFRGS durante o ano de 2019, sob minha coordenação. O Projeto teve como objetivo debater a história, a memória e o patrimônio da classe trabalhadora organizada em Porto Alegre através de aulas e caminhadas guiadas por diferentes bairros da cidade. A partir do relato e da análise das duas modalidades do curso, tenho como objetivo problematizar o apagamento da presença do operariado e de seus processos organizativos quando trabalhamos com a história das cidades.

O Projeto Caminhos Operários em Porto Alegre:
O projeto Caminhos Operários em Porto Alegre tem como objetivo debater e divulgar a história e a memória da classe trabalhadora e de suas organizações em Porto Alegre, especialmente durante a Primeira República [1889-1930], período histórico em que uma série de fatores levaram à constituição de um movimento operário forte, com grande incidência social, que foi um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento de uma consciência e identidade de classe entre o proletariado [Petersen e Lucas, 1992; Petersen, 2001; Bilhão, 2005]. Esse processo foi desigual ao longo do tempo e foi protagonizado por uma classe trabalhadora diversa em termos de gênero, de raça, de nacionalidade e de orientação política. Mesmo assim, uma experiência vinculada à expansão do mundo do trabalho, ao antagonismo com o patronato e à capacidade de construir ações comuns neste mundo marcado pela exploração e pela violência, ajudaram a constituir uma aguda consciência de classe entre estes homens e mulheres do início do século XX [Thompson, 2012 e Wood, 2003].

Apesar da importância deste movimento, que foi um dos mais pujantes de todo o Brasil na época anteriormente referida, pouco coisa resta na memória da cidade sobre a classe trabalhadora organizada. Quando a intelectualidade porto-alegrense passou a se preocupar com a destruição do patrimônio histórico da capital entre os anos de 1950 e 1970 [especialmente professores e jornalistas chamados ironicamente de “barões do cupim”], a preocupação se voltava especialmente para o legado dos colonizadores açorianos dos séculos XVIII e XIX [Giovanaz, 2000]. Só recentemente a preocupação voltou-se também para a memória e a presença histórica de sujeitos subalternos e é nessa conjuntura em que emerge o Projeto Caminhos Operários.

A partir dos anos 2000, surge em Porto Alegre um projeto chamado Museu de Percurso do Negro, fruto do esforço do movimento negro e contando com o apoio da Prefeitura Municipal, ele tinha como objetivo lutar contra a invisibilidade da comunidade negra na história da cidade. Ao longo desta década e da seguinte outros projetos surgiram buscando resgatar a memória de diferentes grupos sociais como o Projeto Territórios Negros, o Museu de Percurso da Ilha da Pintada, o Pedal Pela Memória, o Caminhos da Ditadura e os Caminhos Históricos da Ponta Grossa. Além dessas tentativas de resgate de diversas memórias populares, desde pelo menos o ano de 2013 ocorreu uma ampliação do debate sobre o “direito à cidade”. No caso de Porto Alegre, além deste debate mais geral, uma discussão mais específica incidia sobre os destinos da tradicional região fabril da capital [o Quarto Distrito], localizado ao norte do Centro Histórico, que estava vivendo um processo de “revitalização” em que se apresentava o risco de destruição de patrimônio por conta da especulação imobiliária. Foi neste contexto em que surgiu a primeira caminhada que buscava chamar atenção para a memória operária, ocorrida no ano de 2015, que daria lugar ao projeto aqui analisado [Bartz, 2019 a].

Nos primeiros anos, as caminhadas foram organizadas no âmbito do GT Mundos do Trabalho e do GT História e Marxismo da ANPUH-RS [Associação Nacional dos Professores de História]. No ano de 2019, houve a oportunidade de desenvolver este projeto como um curso de extensão, que seria oferecido pela Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFRGS [onde trabalho como Técnico em Assuntos Educacionais], o que levou a desdobrar a caminhada em diversos trajetos temáticos pelo território da cidade, em que foi possível mostrar vários locais significativos para a história do movimento operário na capital. O primeiro curso foi denominado “Os Caminhos Operários e a história da classe trabalhadora em Porto Alegre”, tendo ocorrido entre março e junho daquele ano. O curso foi composto por uma aula introdutória sobre a história do movimento operário, mais quatro caminhadas por diferentes regiões [Centro Histórico; Cidade Baixa e Azenha; Bonfim, Rio Branco e Parque Farroupilha e Floresta e São Geraldo], consistindo a aula final em um debate sobre o apagamento da memória operária nos lugares que haviam sido visitados.

O segundo curso foi denominado “Caminhos Operários: história, memória e patrimônio da classe trabalhadora em Porto Alegre”, tendo ocorrido entre setembro e dezembro de 2019. Diferente do primeiro curso de extensão, aqui foi acrescida uma aula sobre patrimônio histórico sob perspectiva de classe, foram acrescidos dois trajetos diferentes [bairros Partenon e Santo Antônio e bairro Tristeza], sendo a última aula dedicada a apresentação de um trabalho final, que consistia em propostas [de parte dos alunos] de trajetos de memória envolvendo a história da classe trabalhadora. Enquanto o primeiro curso se voltava para a presença da história do proletariado na cidade, no segundo o debate sobre memória e patrimônio estavam mais presentes, sendo que o objetivo precípuo do curso era formar professores para reproduzir o debate sobre a história operária nas escolas, razão pela qual esta edição nasceu de uma parceria entre a Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e o Laboratório de Ensino de História da UFRGS [LHISTE].
A origem dos alunos e das alunas de ambos cursos foi muito diversa, destacando-se a presença de diversos cursos de graduação e a militância de diferentes movimentos sociais. Uma reação significativa dos participantes do curso foi o absoluto desconhecimento dos espaços e locais ocupados pela classe trabalhadora organizada nas diversas regiões da cidade. A aula itinerante se transformava em um esforço por retirar o véu de esquecimento que recaiu sobre esta história ao longo do século XX. Por um lado, impressionava a quantidade de locais públicos que haviam sido palco de ações importantes [como a Praça da Alfandega, palco da deflagração da Greve de 1917], por outro lado, também chamava atenção os antigos prédios que haviam abrigado sociedades operárias [como a sede da Federação Operária na Rua do Parque ou da Allgemeiner Arbeiter Verein, na Rua Comendador Azevedo], que não estavam sequer assinalados com qualquer indicação de seu passado relacionado às lutas operárias [Bartz, 2019 b].

Outro elemento de “surpresa”, que foi se consolidando ao longo do curso, foi a descoberta de que organizações com recorte de classe estavam presentes em todas as regiões visitadas, não apenas junto às fábricas localizadas no antigo distrito industrial da Zona Norte. Ao longo das caminhadas foi possível constatar a importância da Cidade Baixa, com forte presença de trabalhadores vinculados ao setor do transporte; da descoberta de um núcleo anarquista ao redor de uma antiga pedreira na região do Partenon e de locais de sociabilidade de pequenos agricultores no bairro Tristeza. A conclusão a que eram levados os participantes é que toda a cidade de Porto Alegre era um território da classe operária, expresso nas mais diversas formas de organização. Essa diversidade acabou por se refletir nos trabalhos propostos pelos grupos de alunos, que trataram com temas tão diversos como os locais do antifascismo nos anos 1920 e 30, um percurso por antigas escolas libertárias, a vinculação do Rio Guaíba com o mundo do trabalho desde o período colonial, um trajeto por um assentamento de pequenos agricultores, locais de vivência para a categoria dos sapateiros em uma cidade do Vale dos Sinos e a própria universidade como local vinculado ao trabalho.

A história do movimento operário e sua necessidade púbica
A história da classe trabalhadora e suas organizações passou a ser escrita e publicada de forma mais sistemática no Brasil a partir da década de 1980, fenômeno que foi sentido no Rio Grande do Sul com uma produção acadêmica e com trabalhos de memorialistas em um período situado entre o final dos anos 1970 e início dos anos 1990. Olhando para esta primeira produção de estudos fica clara a busca pelo passado da classe a partir de perspectivas muito diversas, que incluem estudos generalistas [Marçal, 1985] e ensaios sobre eventos ou temas específicos [Bodea, 1979; Petersen, 1981 e Diehl, 1990], o experiência de operários negros e europeus [Gonçalves e Silva, 1987 e Borges, 1993], a história de vertentes ideológicas do movimento [MARÇAL, 1986] o estudo dos veículos de imprensa [Jardim, 1990], memórias de militantes sindicais [Gertz, 1989 e Martins, 1989] e o levantamento de fontes inéditas [Petersen e LUCAS, 1992]. Nesta miscelânea, porém, se destaca [com muita força] a preocupação com os processos que constituem os sujeitos como classe.

Estes trabalhos foram fundamentais para a multiplicação dos estudos sobre a classe trabalhadora que se seguiram pelos próximos anos e que ampliaram esta diversidade com trabalhos sobre as mulheres [Silva, 1998], sobre o papel do Estado [Oliveira, 2003], sobre a cultura e sobre a vida cotidiana [Bilhão, 2005 e Aravanis, 1997], sobre os movimentos grevistas [Silva Jr., 1994], sobre trajetórias individuais [Schmidt, 2002], sobre categorias específicas [Gandra, 1998], sobre cidades do interior do estado [Loner, 1999] e sobre regiões da capital [Fortes, 2001]. Para que esta lista não se torne exaustiva, me detenho nestes exemplos para mostrar que existe uma vasta produção sobre a história da classe trabalhadora e das organizações operárias, mas este acúmulo de conhecimento não se traduziu em uma divulgação sistemática para o restante da sociedade, não foi incorporado aos temas tratados em sala de aula, tampouco houve uma consagração dessas memórias nos espaços públicos de Porto Alegre. Em outros termos, a história das lutas do proletariado continua sendo ignorada em larga medida pela maior parte da população.

Para além do problema do acesso do conhecimento já adquirido sobre o tema, percebe-se que em um período mais recente a história do movimento operário ou a história da classe trabalhadora organizada [especialmente a que tem como objeto a Primeira República] foi perdendo força, como se tudo já tivesse sido dito sobre a temática. Um elemento forte para o desinteresse ou a dificuldade com projetos que tem como objeto a história do movimento operário é a própria conjuntura histórica que vivemos: estamos sob uma hegemonia de longa duração do neoliberalismo, em que o conceito de classe trabalhadora foi duramente atacado, ao passo que uma visão de mundo centrada no indivíduo como sujeito de seu próprio destino foi valorizada por governos e empresários. Sob outro aspecto, as perspectivas marxistas, que oferecem especial atenção ao protagonismo de classe, foram alvo de desconstrução, especialmente nos últimos vinte anos, em que perspectivas pós-modernas avançaram em diversos campos do conhecimento. Por último, existe um ataque sistemático sobre as organizações representativas da classe trabalhadora na atualidade [como os sindicatos e as centrais sindicais], em que é lavada a efeito uma campanha de deslegitimação e desestruturação dessas instituições, principalmente a partir da “contrarreforma” trabalhista que retirou direitos e fragilizou a condição de vida da maioria da população.

Nessa disjuntiva em que se coloca a necessidade da retomada dos estudos sobre trabalho, classe trabalhadora, organizações políticas e sindicais, além de toda a constelação de temas vinculados à identidade de classe. Para além de estudos acadêmicos, é necessário também que esta história e memória seja incorporada em nossas referências cotidianas, no sentido de construir lugares de memória que sejam significativos para diversas categorias e para a classe como um todo, até porque estes lugares de memória não são auto evidentes [Riberioux,1992 e Scifoni, 2013]. O estudo e a divulgação da história do movimento operário podem ter um efeito bastante subversivo nesta conjuntura. Com isso não quero dizer que o batismo de ruas com nomes de sindicalistas, a construção de monumentos às greves históricas ou mesmo a constituição de centros de memória sejam um fator decisivo para os impasses da classe na atualidade, mas são um elemento importante de identificação, em que os sujeitos podem ser levados a pensar na realidade existente do passado e nas condições em que emergiu determinado movimento de resistência, e isto já seria um fator bastante relevante para o tempo presente.

Conclusão
Descrevi, nesta breve apresentação, alguns elementos do Projeto Caminhos Operários em Porto Alegre, situando-o em uma busca pelo resgate da história da classe trabalhadora e de suas organizações. Além disso, também contextualizei a necessidade de tornar pública a história da formação da classe trabalhadora, de suas lutas e de suas conquistas, como um elemento significativo para o tempo presente. Neste esforço se situa o Caminhos Operários e a divulgação da história das greves, das lutas sindicais e do cotidiano de trabalho tem causado um impacto bastante significativo naqueles que participam do curso de extensão, especialmente em relação à surpresa causada com as ausências desses sujeitos e sua importância em nossa história. Talvez, no futuro, este impacto possa ser multiplicado em muitos outros projetos, ajudando a fortalecer um pertencimento de classe no tempo presente.

Referências
Frederico Duarte Bartz é Doutor em História pela UFRGS, Técnico em Assuntos Educacionais na mesma universidade e coordenador do Projeto de Extensão Caminhos Operários em Porto Alegre.

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BARTZ, Frederico Duarte. História da Classe Trabalhadora, Memória e Patrimônio: algumas considerações sobre o caso de Porto Alegre. In. MARCHI, Darlan de Maman, KNACK, Eduardo Roberto Jordão e POLONI, Rita Juliana Soares [org.]. Memória e Patrimônio: tramas do contemporâneo. Porto Alegre: Casaletras, 2019. [artigo]
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3 comentários:

  1. Caro Frederico, história é vida e como é bom quando ela se apresenta concreta em um caminho que percorre a história operária. Parabéns! Gostaria de saber o que mais chamou atenção dos alunos que participaram das caminhadas? e se os trajetos são reconhecidos pelo IPHAN? Abcs

    Everton Carlos Crema

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  2. Tudo bem Everton!
    O que mais chamou atenção dos alunos foi o número de locais em que era forte a presença do movimento operário e como estes lugares haviam sido esquecidos ao longo do tempo. Isto pode ser percebido diversas praças, ruas, prédios, casas particulares ou sedes de sociedades, que, no entanto, não guardam marcas dessa memória. Mesmo em alguns casos, como os edifícios que possuem algum brasão ou simbolo, isto também não é evidente. Então, para além deste silêncio, fica a necessidade de marcar estes locais como lugares de memória significativos para a classe trabalhadora. Este trajeto não é reconhecido pelo IPHAN, é uma iniciativa da Universidade Federal, mas eu acredito que seria importante tornar alguns destes espaços em patrimônio histórico.

    Frederico Duarte Bartz

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  3. Obgd. Abcs. Vou copiar a ideia por aqui!!!!

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