Fernando Tadeu Germinatti


A ESCRITA DE MONTEIRO LOBATO PARA O ENSINO: LITERATURA, RAÇA, NAÇÃO, E SAÚDE PÚBLICA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA




Introdução
Desde o fim do século XIX, o movimento de empenho dos intelectuais volta-se para a interpretação da nação e ao olhar de um momento ímpar na história do Brasil, com o pensamento abolicionista, o republicanismo, o positivismo, o darwinismo e a eugenia. Dentro desse contexto de efervescência intelectual, com efeito, a atuação de Monteiro Lobato dirige-se ao momento de busca do desenvolvimento nacional. Em um cenário de destaque de ideias, o início do século XX é essencialmente particular no envolvimento da criação intelectual e na disposição dos homens das letras, a intelligentsia nacional, para o pensar e repensar dos rumos da nação brasileira. Por conseguinte, é imperativo considerar suas produções literárias aliadas ao contexto histórico vivido pelo/no Brasil da primeira metade do século XX. Para tanto, é o momento em que o debate sobre raça, nação e saúde pública se aglutina, e provoca uma grande comoção em torno da questão, chegando a envolver médicos, advogados, jornalistas, políticos e escritores.

Monteiro Lobato [1882-1948] é um dos escritores brasileiros mais conhecidos e trabalhados como proposta pedagógica nos anos inicias do ensino infantil, com obras como Fábulas de Narizinho [1921], O Saci [192]), O Marquês de Rabicó [1922], A Caçada da Onça [1924], O Noivado de Narizinho [1924], Jeca Tatuzinho [1924]. Noutro sentido, contudo, o texto aqui presente pretende investir atenção e dialogar com a produção dos escritos lobatianos no pensamento da nação, voltado para um público adulto. Para tanto, a questão será observada de um prisma histórico-científico da produção intelectual dos escritos.

Contextualizando as obras escritas durante a primeira metade do século XX, essencialmente, Lobato envolve-se em discussões do seu tempo, Urupês de 1915, O Problema Vital publicado em 1918, O Choque das Raças ou o Presidente Negro: o romance americano de 2228 publicado em 1926, e por fim Zé Brasil, sendo e considerada por literatos como a última versão do Jeca trazida por Monteiro Lobato em 1947. Não por acaso, as produções de Lobato refletiam o contexto de sociedade vivida por ele. Pela imagem e construção específica do Jeca Tatu, é possível extrair pela vida do sertanejo um sujeito abandonado à própria sorte pelo poder público, que passava a evidenciar um poder político concentrado na oligarquia, bem semelhante ao que fora durante o Brasil Império, em que a classe escravagista dominava o país e embolsava seus lucros, fazendo “vista grossa” às necessidades de escravos, ex escravos, sertanejos e imigrantes pobres.

Imperativo é arquitetar a junção de temas propostos que podem ser levantados para o debate atual nas aulas de história, entre os anos finais do ensino fundamental e início do médio. Iniciando pela questão racial, que sem dúvidas, apresentava-se com mais força na virada do século XIX para o XX, a questão da melhor imigração tendo em mente as “melhores” raças, e posteriormente, a busca por uma identidade nacional, pensada em definir a nação, que por sua vez era essencial à modernização e civilização do Brasil, e por fim, mas não menos importante, o problema de saúde pública que envolvia num bojo de questões as epidemias, os problemas de moradia nas grandes metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo, que acumulavam muitas pessoas nos cortiços, as epidemias e os abandonados pelos sertões, o que será materializado na personificação do Jeca Tatu, personagem chave nos escritos de Monteiro Lobato para retratar o abandono no sertanejo brasileiro entregue às doenças.

A literatura como proposta pedagógica nas aulas de história
Sem titubear, que a literatura pode vir a ser, e de fato é, um importante instrumento de aprendizagem, não resta dúvida, contudo, a historiadora Sandra Jatahy Pesavento na obra História & literatura: uma velha-nova história [2006] vai pontuar a relação de intensidade discursiva que privilegia o imaginário. Tal ponto de destaque é beneficiado no processo de ensino-aprendizagem escolar, em que o professor necessita de instrumentalização material-didática com o imaginário do aluno. Nesses termos:

“A literatura é, no caso, um discurso privilegiado de acesso ao imaginário das diferentes épocas. No enunciado célebre de Aristóteles, em sua ―Poética, ela é o discurso sobre o que poderia ter acontecido, ficando a história como a narrativa dos fatos verídicos. Mas o que vemos hoje, nesta nossa contemporaneidade, são historiadores que trabalham com o imaginário e que discutem não só o uso da literatura como acesso privilegiado ao passado — logo, tomando o não-acontecido para recuperar o que aconteceu! — Como colocam em pauta a discussão do próprio caráter da história como uma forma de literatura, ou seja, como narrativa portadora de ficção” [Pesavento, 2006, p.03].

É nesse sentido que passamos a pensar a relevância da literatura de Monteiro Lobato para trabalhar o ensino da história do Brasil, especificadamente do fim do século XIX para o início do século XX, ao focar para esse período, vê-se a relevância de temas de alta conturbação política e conflitos internos, como a Guerra de Canudos [1896 -1897] sob liderança messiânica de Antônio Conselheiro [1830-1897], muito bem explorada pelo jornalista Euclides da Cunha [1866-1909] na obra Os Sertões [1902], que ali já demonstrara o descaso público com a gente brasileira. Mais adiante, a reforma Pereira Passos [1902-1906] e a Revolta da Vacina [1904], ambas com um incluso imperativo científico exorbitante. Por fim, há de ser explorada a política de comando dos coronéis na política café com leite que se remetia ao domínio político por parte dos cafeicultores de São Paulo e dos fazendeiros de Minas Gerais, no “revezamento” da presidência da República [1889-1930].

Outrossim, é dentro dessa estrutura contextual que cabe ser inserida a literatura de Monteiro Lobato na construção da imagem de Jeca Tatu que se inicia nas crônicas que escreve em 1914 ao jornal O Estado de S.Paulo no texto intitulado Uma velha praga, não obstante, naquele mesmo ano nas páginas do jornal, faria parte o conto Urupês, nele o intelectual expunha a pobreza existencial de Jeca Tatu. Destarte, é nessa contextualização que o professor de história pode passar a envolver a imagem do Jeca Tatu e comparar releituras feitas sobre o personagem. É nesse fluxo que Cruz e Germinatti [2019] afirmam que a história da literatura têm muito a contribuir com o ensino, uma vez que o aparato literário:“[...]entra em movimento dialético com a compreensão das obras enquanto formas peculiares de comunicação, cujas instâncias de tradição e ruptura dialogam com a dinâmica histórico-social” [Cruz e Germinatti, 2019, p. 78].

Ou seja, pelo diálogo com as instâncias da literatura, a história ensinada em sala de aula ganha contornos vivos e didáticos. Com efeito, parece, por assim dizer, formar uma tríade [literatura, história e ensino], numa relação quase que similar à interdependência. Com efeito, sintetizando em linhas gerais, o envolver da história literária na sala de aula, possibilita um olhar mais complexo e completo do aluno, que passa a viver pelos personagens a sua própria existência. É nessa medida que aprender história pela literatura de Monteiro Lobato e pela personificação de Jeca Tatu, torna-se possível, pois conforme leva a crer a historiadora Beatriz Polidori Zechlinski, “[...] através dos personagens são resgatadas vidas do passado ou do presente, porque, mesmo que eles não tenham existido na realidade, representam pessoas reais. Essas histórias pessoais foram construídas dentro de contextos” [Zechlinski, 2003, p.07].

Portanto, Jeca Tatu transformado em um personagem, quase folclórico, habita[va] em todos os caboclos e pobres doentes entregues e desassistidos pelo estado e poder público, por sua imagem, é crível e aconselhável a abordagem histórica na construção de ensino por meio da literatura praticada pela existência de personagens fictícios como Jeca Tatu, mas que se espelham na realidade, e personagens não fictícios, que estiveram em vida, como fora o caso do cearense Antônio Conselheiro, líder religioso fundador do arraial do Belo Monte, exposto na obra Os Sertões [1902], já constantemente trabalhada tanto nas aulas de história como na disciplina de língua portuguesa.

Da perspectiva racial para a higiênica [1910-1920]: uma questão a ser apresentada em aula
A rigor, como afirma o historiador Vanderlei de Souza no livro Renato Kehl e a eugenia no Brasil: ciência, raça e nação no período entre guerras [2019] “no início do século XX, o Brasil era visto como uma nação ainda em formação, cuja sociedade era composta por uma população negra e miscigenada, parte dela recém-saída do sistema escravagista, abolido oficialmente em 1888” [SOUZA, 2019, p. 50]. Era mantida e professada a crença de que o Brasil tinha uma população fraca de raça, o que levara a indagar: Como uma nação assim pode atingir uma identidade nacional? Quais as raças mais aptas? E imigração mais adequada? Parecia consolidado que o problema nacional de fato era a raça formadora da nação.

Contudo, com o avanço e divulgação em massa das teorias e análises científicas, pesquisas bacteriológicas, dados sanitários e expedições científicas, levaram intelectuais e personagens da vida pública a questionar a validade dos ideais racistas e formular novas teorias e críticas de sociedade: “[...] na passagem do século XIX para o XX, as teorias raciais e climáticas foram, aos poucos, sendo substituídas por explicações de caráter histórico e sociológico sobre a realidade nacional e as condições de vida da população” [Idem, p.52-53].

Em O Problema Vital [1918], Lobato concretiza sua mudança de olhar, deixa a visão racista que compartilhara do/com o jurista e sociólogo fluminense Oliveira Vianna [1883-1951] e passa problematizar com mais rigor o abandono do sertanejo brasileiro, caracterizado na imagem do Jeca Tatu.  Jeca Tatu personifica a imagem da regeneração, personagem [ator] da divulgação da campanha cientificista e eugênica que avançara sobre o Brasil. Assim, como dizem os cientistas sociais Nísia Trindade Lima e Gilberto Hochman: “[...] na visão do movimento pelo saneamento do país, simbolizada nessa parábola de Monteiro Lobato sobre a ressureição do homem brasileiro, a higiene seria o instrumento central para a reforma do país [...]” [Lima & Hochman, 1996, p.33]. Destarte, em sentido de complementação, como apresentado, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz pontua que: “[...]Lobato parece ter mudado de posição, quando desviando a atenção para o problema racial, apresentava Jeca Tatu não como o resultado de uma formação híbrida, mas como fruto de doenças epidêmicas” [Schwarcz, 1993, p. 325].

A rigor, o problema não é a raça, mas a higiene. Admitisse-se que, ainda que a questão da higiene surja nos livros didáticos como nas situações da reforma Pereira Passos [1902-1906] e com a Revolta da Vacina [1904], encontra-se um hiato contextual ao sair da perspectiva racial e adentrar nos efeitos da higiene sob a população. Num panorama paralelo, o escritor Monteiro Lobato abandona a teoria racista ao construir seu personagem Jeca Tatu, um caboclo recheado de características negativas, consistindo-se em um ser primitivo, com educação e modos ralos, abandonado no sertão pelo estado. “[...]porque o nosso dilema é este: ou doença ou incapacidade racial. É preferível optarmos pela doença” [Lobato, 1918, P. 297]. Nessa nova configuração, a higiene passa a ser pensada pelos intelectuais e pelo próprio estado, que em uma tentativa de explorar a questão, contribui no envio de missões científicas civilizatórias de médicos e sanitaristas pelos sertões brasileiros: “A guinada teórica assumida por Monteiro Lobato transformou-se em símbolo de um amplo movimento nacionalista que ganhava força junto à elite intelectual e política brasileira” [Souza, 2019, p. 58].

Diante desse prisma, na Primeira República, o Brasil mestiço que se apresentava aos olhos dos intelectuais estrangeiros e nacionais, especialmente entre os médicos, jornalistas, e profissionais do direito, expressava-se como um campo fértil para realização de pesquisas e experimentos, uma vez vendo que os princípios do racismo científico foram apreendidos por um número significativo de respeitáveis intelectuais brasileiros da época. Indubitavelmente, a má reprodução das raças passa a se encaixar enquanto problema de saúde e higiene pública, e dentro dessa nova categorização, estaria condicionada ao tratamento amplo por parte dos eugenistas, assim, o historiador Vanderlei de Souza parte de que: “[...]os eugenistas promoveram durante os anos 1920 uma ampla associação entre eugenia, saneamento, medicina social, a puericultura e a psiquiatria” [Idem, 2019, p. 107]. Como bem trouxe Souza [2019], cabe ressaltar, ainda, que é diante desse cenário espacial e temporal que ao dimensionar os efeitos sanitários sobre a população, a articulação médico-cientifica surge em um cenário de incertezas, e concomitantemente, ao anseio por afirmações identitárias, de construção e fortalecimento do Brasil República.

Insta adicionar que, partindo para as conclusões, o que fica nítido é um amplo debate que cabe ser praticado quando o estudo do Brasil volta-se ao início do século XX, não sendo possível estudá-lo sem considerar as variáveis intrínsecas de ordem estrutural econômica, social, literária e médico-científica. Nesse fluxo, se posto em mente uma aula voltada aos fins do ensino fundamental e  início do médio, ao apresentar tal período histórico, o professor deve permitir uma visão mais complexa-completa do recorte e contexto temporal, expondo não só a vertente política do período, como a discussão intelectual-científica em torno de temas-chave como raça, identidade nacional, higiene, saúde pública, e influência de discurso médico-cientifico sobre a sociedade, que se fariam temas correntes nos escritos literários.

Considerações Finais
À guisa de conclusão, os escritos de Monteiro Lobato se bem trabalhados na aula e disciplina de história, abordando o contexto histórico envolvido, congrega uma potencialidade de tratar o tema por vários prismas e condicionantes, da visão racial que Lobato também compartilhara no início de sua análise ao encarar um Jeca Tatu tomado por características negativas decorridas de sua condição de miscigenada raça e, posteriormente, da alteração de visão do autor ao encará-lo como um sujeito refém do abandono público, que o deixava em miserabilidade econômica e social, que terminava por sofrer das epidemias e doenças bacterianas por falta de instrução de higiene. Para tanto, em suma, raciocinar acerca desse período histórico é repensar em sala de aula a produção intelectual-artística evocada nesse tempo.

Referências
Fernando Tadeu Germinatti é mestrando em história pela Universidade Estadual do Centro-Oeste [UNICENTRO]. Atualmente é bolsista Demanda Social da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [CAPES].

CRUZ, Artur Ribeiro; GERMINATTI, Fernando Tadeu. Diálogos entre História e Literatura na educação brasileira: perspectivas para uma prática interdisciplinar. In: André Bueno; Dulceli Estacheski; Everton Crema; Jaqueline Zarbato. [Org.]. Aprendendo História: Ensino. 1ed.União da Vitória: Edições Especiais Sobre Ontens, 2019, v., p. 72-79. [artigo]

LIMA, Nísia Trindade; HOCHMAN, Gilberto. “Condenado pela raça, absolvido pela Medicina: o Brasil descoberto pelo Movimento Sanitarista da Primeira República” in MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura. Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro, Ed. FIOCRUZ/Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. [artigo]
LOBATO, Monteiro. O problema vital. São Paulo; Sociedade de Eugenia de São Paulo; 1918. [livro]
PESAVENTO, Sandra Jatahy et al. História & literatura: uma velha-nova história. Nuevo mundo mundos nuevos, n. 6-2006. [livro]
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil [1870-1930]. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. [livro]
SOUZA, Vanderlei S. de. Renato Kehl e a eugenia no Brasil: ciência, raça e nação no período entreguerras. Guarapuava: Editora Unicentro, 2019. [livro]
ZECHLINSKI, Beatriz Polidori. História e Literatura: questões interdisciplinares. História em Revista, v. 9, n. 9, 2003. [artigo]

4 comentários:

  1. Cláudia Sena Lioti18 de maio de 2020 às 17:42

    Olá Fernando!
    Concordo quando você escreve sobre a possibilidade de se aprender história através da literatura de Monteiro Lobato. No entanto, acho que o professor deve estar atento para não cometer o erro de direcionar um papel sem importância ou no máximo de coadjuvante, para aqueles que foram protagonistas na história, como quando ensinam na escola sobre a abolição da escravatura e direcionam à princesa Isabel um papel de destaque, deixando esquecidos, ou em segundo plano os negros que lutaram por sua liberdade, assim como a pressão social e internacional. Monteiro Lobato foi um homem muito importante para a construção da história de nosso país, porém, o professor deve destacar que, durante um período, suas obras eram carregadas de racismo, machismo e do pensamento social típico da classe dominante. E dar ênfase também ao fato de que eram pensamentos comuns aos homens daquele tempo, mas que a sociedade de hoje exige uma outra concepção. Concorda? É preciso contar a história como ela é, ainda que haja a necessidade de expor uma face não tão positiva dos ilustres da história.
    Parabéns pela pesquisa!

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  2. Bom dia, Cláudia.

    Agradeço pela leitura atenta e pela análise do texto que tu fez. Concordo plenamente, e mais, ainda que Monteiro Lobato tenha acompanhado a teoria racial no início, ele de certa forma abandona essa teoria, que por si era proveniente da classe dominante a altamente segregacionista e racista, e parte para análise e olhar do homem comum, como o caso do Jeca Tatu, um homem vítima do estado, de certa forma abre espaço para acompanhar a história vista de baixo. Agradecido!

    Fernando Tadeu Germinatti

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  3. Bom dia, Fernando Germinatti,
    Sua pesquisa é muito interessante por trazer para a cena a invenção ou reinvenção do Brasil pelos intelectuais do período da Primeira República. Acredito que pensar como se deu essa reinvenção no âmbito literário é muito importante, principalmente, a partir da polêmica figura de Monteiro Lobato. A minha questão é se, em algum momento da pesquisa (na dissertação), você vai tentar articular a questão do negro em Monteiro Lobato com outros intelectuais de seu tempo, que pensavam sobre o lugar do negro na sociedade brasileira. Penso, por exemplo em Nina Rodrigues e Sílvio Romero. Parabéns pela pesquisa e sucesso.
    Magno Francisco de Jesus Santos

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  4. Boa Tarde, Magno.

    Agradeço pelo comentário, é sempre importante contar com a visão de análise de um leitor externo. Sobre sua questão, minha dissertação intitulada "Eugenia, raça e nação no jornal Correio Paulistano (1918-1930)", tem como orientador o professor Dr. Vanderlei Sebastião de Souza, o qual cito aqui no texto, estamos trabalhando numa perspectiva intelectual mesmo, de forma abrangente ao relacionar intelectuais, pensamento nacional, o pessimismo racial e a onda eugênica. Para tanto, além de Monteiro Lobato, um intelectual singular, diga-se, contamos com as teorias de Nina Rodrigues e Sílvio Romero, sim, além de Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, momento em que foco na Semana da arte de 1922, e Roquette Pinto e Oliveira Vianna no envolver das questões de "melhor" de imigrante, o mais desejável, as "melhores" raças, etc. Espero ter respondido a questão,

    Abraços.

    Fernando Tadeu Germinatti

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