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HISTORICAMENTE E A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA: USO DE DOCUMENTOS NO ENSINO DE
HISTÓRIA
Esta pesquisa foi feita no Estágio
Supervisionado de Formação de Professores de História para o Ensino
Fundamental, realizado em 2019.2. A postura aqui adotada é de
professor-pesquisador, a qual visa uma atitude ativa e reflexiva frente
à própria realidade como também o dever profissional de um ensino significativo
capaz de ajudar aos alunos construírem uma visão mais
crítica [Azevedo, 2017].
Tal atitude é fundamental tendo em vista que
o mundo está cada vez mais conectado, de modo que é necessário ter uma postura
crítica frente na nossa realidade e às notícias que chegam até nós. Os documentos escritos e as notícias em sala aula podem
ser utilizados para despertar a postura crítica dos
alunos no processo de aprendizagem, compreendendo que nenhum documento retrata
a verdade absoluta. Desse modo, busca-se desenvolver a leitura dos alunos,
passando de simples decodificadores de símbolos linguísticos para críticos e
analistas da realidade que vivem [Franco 2009 apud Farias Junior, 2012]. Essa prática ativa por meio dos
trabalhos com as fontes e notícias, também contribui para os discentes se
perceberem como sujeitos de sua própria história, além de ajudar a desenvolverem sua autonomia de pensamento [Berl, 2011].
Dessa forma, tenta-se entender a partir do uso de documentos escritos e
notícias o desenvolvimento da autonomia. De acordo com Freire, autonomia
perpassa pelo se tornar agente da sua realidade, que se alcança por meio da
educação onde o homem consegue se emancipar. A definição de documentos
histórico operacionalizada neste texto está de
acordo com Prost, o qual considera que hoje tudo pode ser um documento, desde
que seja visto como tal. No tocante a própria historicidade do documento, no
qual o historiador responde às questões, que são “filhas de seu tempo” [Prost,
2012].
A pesquisa foi feita durante 10
semanas de estágio, na Escola Estadual Floriano Cavalcanti, localizada no
bairro de Mirassol, cidade de Natal/RN. A turma a qual foi aplicado o projeto
foi o 8º ano “B” matutino, seguindo o método do tipo etnográfico, que basear-se
principalmente no contato direto como a situação no dia-a-dia, entendendo-se
nesse caso a escola como um espaço social [André, 1995]. Com o objetivo de
conhecer mais sobre os alunos, foi aplicado um questionário de sondagem. Dos 20
alunos da turma, 16 responderam; com isso, pude identificar a faixa etária deles, que variava de 13 a 17 anos. Em relação à localidade que
os alunos moram, apenas 1 aluno mora perto da escola, os demais responderam que
residiam região metropolitana de Natal, e que por isso a grande maioria iria de
ônibus para a escola. Em relação à repetência dos 16 alunos, mais da metade dos
alunos já havia repetido pelo menos uma vez. Também foi possível
identificar que a maioria da turma não gostava muito de ler, nem de História.
O projeto foi pensado para ser
executado com 5 atividades, as quais de alguma maneira que ligassem com a
atualidade e a vida dos alunos, tanto para que os assuntos ficassem mais atraentes, como também para ressignificá-las de certo modo para os
alunos, mostrando o porque aprendê-los, o foco principal foi nos direitos que
nós possuímos e o respeito à diversidade por questões do conteúdo enfatizou-se a questão do gênero. Pensando de acordo com Neusi Berbel,
desenvolver a autonomia dos alunos é uma maneira de motivá-los a estudar e
melhorar o desempenho destes nas matérias escolares e até mesmo no convívio
social. Além do objetivo relacionado à
autonomia dos alunos essas metodologias se referem a que o aluno realmente se
aproprie do conhecimento e não apenas o decore [Berbel, 2011]. Por isso ao
longo das aulas os assuntos ministrados sempre visando algum ponto da realidade
dos alunos, como forma de estímulo, no caso dessa pesquisa o principal tema
abordado foi os direitos.
Também foi usado como base o
exemplo de Raquel Ferreira que trabalhou com documentos escritos,
principalmente de jornais, no ensino de história, com o objetivo de os alunos se perceberem como sujeitos
históricos e o desenvolvimento da postura crítica dos alunos [Ferreira, 2011]. Na minha
prática de ensino, ao invés de jornais, foram utilizadas notícias diversas e
documentos de época, entendidas como fontes históricas, com o objetivo de
desenvolver o olhar crítico dos alunos frente aos documentos escritos.
Na primeira aula foi feita uma
revisão do Iluminismo, uma vez que essas ideias são basilares para os temas que
iriam ser tratados. A primeira atividade aplicada foi sobre os conceitos chaves
de liberdade, igualdade e democracia para entender os assuntos que deveriam ser
trabalhos, que eram Independência dos Estados Unidos [XVIII], Revolução
Francesa [XVIII] e Período Napoleônico [XVIII-XIX]. A atividade consistia em 3
definições desses conceitos em períodos diferentes, o primeiro de Rafael
Bluteau [1728], que seria anterior aos acontecimentos, o segundo
de Antônio de Moraes Silva [1789], ano da Revolução Francesa e uma atual
do Dicionário Online da Língua Portuguesa [2009-2019]. Nessa atividade em trio
eles teriam que comparar os conceitos e perceberem diferenças e semelhanças
entre as definições, com o objetivo de entenderem que os conceitos também
possuem historicidade, e que os documentos são uma produção histórica. Ao
pensar historicamente a partir das fontes, torna-se possível elaborar
interpretações do passado. Assim, o professor de história ajuda aos alunos a
desenvolverem o pensamento histórico deles. As fontes históricas devem ser
usadas e problematizadas estabelecendo um diálogo entre o passado e o presente,
mas isso não tem o objetivo de transformar os alunos em historiadores, mas
fazer com que eles percebam a produção histórica [Schmidt; Cainelli, 2009, apud Farias Júnior, 2012].
Dos 6 grupos, um não
respondeu nenhuma questão da atividade, os grupos 2 e 3 responderam uma
questão. O grupo 4 respondeu duas das 4 questões e conseguiu identificar o
regime político do Brasil nos três períodos e fazer as comparações sobre os
termos. Já o grupo 5, também respondeu as comparações. Além dessas respondeu a
questão sobre a importância dos conceitos, afirmando: “Porque a liberdade é
algo que permite com que sejamos livres e dependentes. A igualdade nos ensina a
respeitar o próximo seja qual for sua cor de pele, classe social etc. A
democracia é importante para o debate de leis e etc.” É um indício que os
alunos já possuem olhar crítico, e que não devemos desconsiderar a vivência
anterior do aluno.
Esse grupo também respondeu sobre
como aplicavam esses conceitos, mas somente falaram da igualdade e liberdade:
“Igualdade = Sim, tratando todos da mesma forma, sem diminuir ou somar as pessoas.
Liberdade = Sim, devemos ser livres sem extravasar muito”. Nessas respostas os
alunos deram dois exemplos interessantes, o primeiro que a igualdade teria que
ser sem “diminuir ou somar”, ou seja, que não se deveria nem desvalorizar as
pessoas e nem valorizar demais, isso também reflete possivelmente
a realidade escolar, pois em determinados casos percebemos uma valorização
de alguns alunos em detrimento de outros. No tocante a resposta sobre
liberdade, os alunos demonstram um senso crítico, na medida em que reconhecem
que mesmo dentro da própria liberdade há limites a serem respeitados.
Por fim, o grupo 6, que foi o
único que respondeu todas as questões, porém, não conseguiu distinguir os
regimes políticos de cada um os recortes. A diferença que eles apontaram sobre
a definição de liberdade foi a mulher poder participar mais, sobre igualdade
não notaram diferenças nas definições, mas apontaram que a desigualdade ainda
existe. Sobre democracia, não responderam de maneira clara. Sobre a importância
dos conceitos chamaram atenção principalmente pelo direito de escolha, e do
tratamento de todos igualmente. Nessa atividade percebi a necessidade de os
alunos serem estimulados a ligarem esses conceitos a realidade deles, ou seja,
dar sentido ao conceito.
Na atividade 2, a qual foi
adaptado o texto de Leandro Karnal [1997], sobre a população das 13 colônias. Cerca de 14 alunos
responderam essa atividade, como nem todos fizeram em grupo, foi recebido 9
trabalhos. Após o texto havia 8 perguntas, as respostas da atividade estavam ao
longo do texto, mas os alunos sentiram dificuldade, em decorrência da
necessidade de ler o texto.
A atividade podia ser individual
ou em grupo, levando em consideração, que a
autonomia, vista não só dentro de sala, mas no ambiente escolar, permitindo que
eles fizessem escolhas de acordo com o possível para o contexto, pois quando se
desenvolve a autonomia essa não se restringirá só a sala de aula [Paro, 2011]. Dessa forma,
dar o direito de escolha para os alunos ajuda a desenvolver a autonomia. Sobre
a última questão foi se há em nossa sociedade intolerância religiosa, machismo,
racismo e pedi que citassem exemplos. Do total dos 9 trabalhos, 6 responderam
essa questão, sendo que 4 afirmaram que existia intolerância religiosa em nossa
sociedade e não deram exemplos, e 2 apresentaram exemplos e por isso esses
estão citados adiante. A primeira resposta foi de uma aluna 1: “Sim, grande parte da sociedade é racista e, preconceituosa,
sem contar com as inúmeras mortes de mulheres apenas por serem mulheres
[feminicídio]. Grande parte da população masculina acha que tem grande
superioridade em relação a população feminina e isso nos preocupa bastante”.
Essa resposta demonstra que essa
aluna percebe que a sociedade é racista e machista, e que ela relaciona isso
principalmente ao feminicídio, e conclui que essa situação e conclui “isso nos
preocupa bastante”, nessa frase ela também se inclui como sujeito histórico e
ativo de sua realidade a preocupação no que se refere à violência contra
mulher. Essa resposta foi satisfatória na medida que ela relaciona isso ao
assunto e se viu como parte da sociedade. Outro grupo respondeu: “Existe, sim, por exemplo os índios que por serem de tal cor
ou religião foram escravizados, e isso ainda acontece hoje em dia que apenas
pela pessoa ser negra sofre racismo ou por ser de tal religião e julgado por
tal grupo de pessoas e que faz com que ela possa negar sua religião”.
Esse grupo conseguiu ligar o
racismo, e a intolerância religiosa que os povos indígenas sofrem, a atividade
sobre a população das 13 colônias. Demonstrando dessa maneira que refletindo
sobre a atividade percebe em nossa sociedade de maneira crítica que as pessoas
pensam em modificar seu modo de ser por causa da intolerância e o
racismo. Em ambas respostas apareceu a questão do racismo, que demonstra
tanto a preocupação dos alunos, como a autonomia que eles estão desenvolvendo
para serem verdadeiramente cidadãos melhores.
Atividade 3, foi feito dois
quadros, um ao lado do outro, com trechos da constituição dos EUA de 1787 e a
constituição atual brasileira e do ECA.
Expliquei diversas vezes que essas são de períodos diferentes e mostram
percepções distintas. Esses quadros facilitaram a comparação, porém alguns alunos ainda ficaram com
dúvidas principalmente entre a diferença entre cidadão e a idade para votar.
Essa foi atividade em que a maioria dos alunos demonstram um progresso sobre o
olhar crítico também, pois em uma das questões era sobre se esses direitos
estavam sendo cumpridos, 10 afirmaram que já conheciam os artigos da
constituição brasileira apresentada na atividade, 3 alunos responderam que
“algumas eu já conhecia”, 9 afirmaram que os direitos não estavam sendo todos
cumpridos e 4 afirmaram que esses direitos eram importantes, não explicitando
que eles estavam sendo cumpridos ou não. Um desses 4 afirmou que era importante
saber os direitos para poder cobrá-los.
Conhecer um pouco mais dos próprios direitos também é uma forma de
ajudar a desenvolver a autonomia dos alunos frente a realidade, pois conhecendo
os direitos podemos exigi-los. Todos os 13 alunos que estavam presentes na aula
fizeram essa atividade.
A Atividade 4 foi composta de
alguns artigos da Declaração do Direito da Mulher e Cidadã [1791], e 3
notícias, as quais os grupos puderam escolher: uma se referia a objetificação
do corpo da mulher, a outra sobre a mulher no mercado de trabalho, e a última sobre o aumento de número de mulheres na Ensino
Superior. Os alunos então precisaram identificar a
data dos documentos, e outros elementos do material de acordo com as
perguntas sugeridas na atividade. Também foi
perguntado aos alunos qual a necessidade de fazer esses direitos, das 6
atividades [que foram feitas em grupo]. 4 responderam brevemente, que era
importante porque todos eram iguais perante a lei, outras duas respostas foram
um pouco diferentes, mas com o mesmo sentido, a primeira “Porque os direitos
dos homens tem que ser os mesmos das mulheres”, e a segunda “ A necessidade de
que todos temos que ter direitos iguais independentemente de sexo, cor,
religião, classes sociais. Todos temos que ter direitos”. Nesse trabalho ao
pensar que havia definições diferentes ao longo do tempo, mas que os grupos
também pensam os conceitos adaptando aos seus interesses. O documento escrito
nessa atividade foi questionado e se percebeu os diferentes interesses dos
grupos, percebendo assim que os documentos históricos não são neutros e, com
isso, desenvolvendo a autonomia frente ao documento e o olhar crítico sobre
esse. Quando perguntados se eles lutariam pela “igualdade das mulheres”, todos
responderam que sim. Portanto, nessa atividade os alunos conseguiram comparar
os documentos e pensar sobre a realidade, além de identificar os interesses
presentes nos documentos, considerando por isso que essa atividade teve êxito.
Por último a atividade 5, a qual
contava com 3 documentos: o primeiro uma adaptação de um artigo sobre o Código
Napoleônico que trata sobre educação, o segundo uma notícia de 2018, sobre o
STF negando que as crianças tivessem apenas um ensino domiciliar, e por último
artigo 6º da nossa Constituição sobre a educação, e por fim, 8 questões
sobre os textos. Uma das perguntas era se havia diferença e/ou semelhanças entre
os documentos, dos 12 alunos que estavam presentes no dia da atividade, apenas
2 alunos responderam, um dos alunos colocou que havia diferença por causa dos
direitos, e outro disse que não havia diferença, mas que eram 2 tipos de
educação. No que se refere às semelhanças 4 alunos consideraram que essa
existia, por exemplo um dos alunos alegou que todos os documentos tratavam
sobre educação, família e Estado. A última questão da atividade era para eles
darem a opinião deles sobre o assunto, 4 responderam que era importante para a
vida, essas respostas foram bem curtas, outros dois alunos desenvolveram mais
as questões, por isso elas foram escolhidas para serem transcritas. Um aluno
afirmou: “[...] a notícia está certa, em casa gente pode aprender algumas coisas,
mas na escola a gente vai aprender mais, é precisamos do ensino completo para
arrumar qualquer tipo de trabalho.” Já outro aluno: “Que é o certo, porque as
crianças merecem educação de qualidade só temos na escola”. Dessa forma os 2
alunos enfatizaram que a educação precisa ser tanto em casa como na escola, um
deles até acrescentou que era necessário ter concluído os estudos para
conseguir “qualquer emprego”. De certo modo os alunos conseguiram desenvolver a
autonomia, comparando 3 documentos diferentes, com o olhar crítico sobre a
realidade e se vendo como agentes ativos de sua realidade. Além disso, nas
respostas dos alunos percebe-se que eles reconhecem a educação como um direito
e que essa deve ser de qualidade.
Como forma de ter um feedback dos
alunos sobre o trabalho com esse tipo de fontes foi feito um questionário
perguntando tanto sobre o desempenho deles, com o uso de documentos escritos. A
pergunta era qual nota eles dariam a eles mesmos, 1 aluno afirmou que merecia
10, 7 alunos afirmaram que mereciam notas de 8 á 9, 5, 1 aluno afirmou que sua
nota deveria ser 7, e outros dois afirmaram 5 e 4. Essas questões mostram que
eles se avaliaram criticamente e de certo modo autônoma, reconhecendo que
precisava melhorar em alguns casos.
A pergunta sobre o que eles
acharam sobre a ajuda dos documentos na aprendizagem, 5 alunos disseram que
sim, 1 disse que “sim, bastante”, 1, afirmou “sim, é bem mais fácil”, 1 disse “
não muito”, 1 afirmou que sim, mas preferiam algo digital, 1 disse que sim, mas
preferia explicação, e outro disse que gostou um pouco, mas que ajudou a
entender melhor. Dessa forma, a maioria dos alunos consideraram que o documento
escrito auxiliou na aprendizagem, como também refletiram sobre as atitudes,
essas ações demonstram que de certo modo conseguiram desenvolver a capacidade
de criticidade para consigo mesmo, além do documento.
Outro ponto importante no
desenvolvimento da autonomia é conseguir agir sobre a própria realidade, como
afirma Freire, e por isso se decidiu que os alunos deveriam auto se avaliar de
modo que conseguissem assim agir sobre sua própria realidade escolar e decidir
autonomamente que pontos deveriam ser melhorados, desse modo sendo sujeitos de
sua própria história. Considerar que a opinião dos alunos sobre seu próprio
aprendizado também é dar voz a esse para se sentir sujeito de sua própria vida.
Referências
Sarah Karolina Sucar Ferreira
aluna de graduação em História-Licenciatura na Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, bolsista de Iniciação científica, orientada pelo Professor
Doutor Magno Francisco de Jesus Santos.
ANDRÉ, Marli. Etnografia da
prática escolar. São Paulo: Papirus, 1995. [livro]
AZEVEDO, Crislane B. [Org.]. Docência em História: estágio
supervisionado e formação do professor-pesquisador. Natal: EdUFRN, 2017.
[livro]
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As
metodologias ativas e promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências
Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, Jan.-Jun. 2011, p. 25-40. [artigo]
FARIAS JÚNIOR, José Petrúcio. Estratégias
de leituras para fontes históricas escritas na educação básica. CAMINE –
Caminhos da Educação, Franca, 2012, p.n.n. [artigo]
FERREIRA, Raquel França dos
Santos. Ensino de história com o uso de jornais: construindo olhares
investigativos. Revista Travessia. Cascavel, v. 5, n. 1, 2011. [revista]
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. ed. 25º. São Paulo: Paz e
Terra, 1996. [livro]
KARNAL, Leandro. Estados Unidos:
da colônia à independência. 4. ed. São Paulo: Contexto, 1997. [livro]
PARO, Vitor Henrique. Autonomia do
educando na escola fundamental: um tema negligenciado. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 41, Jul-Set,
2011, p. 197- 213. [artigo]
PROST, Antoine. Doze lições sobre
a história. ed. 2. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. [livro]
Olá Sarah Ferreira, excelente texto e relato.
ResponderExcluirGostaria de saber qual foi a sua percepção quando se trata da funcionalidade da utilização de documento em sala de aula e se você percebeu uma melhor aprendizagem na turma?
Lais Isabelle Rocha de Souza.
Obrigada! Levando em consideração a experiência nesse estágio, acredito que a utilização de fragmentos de documentos históricos se mostrou proveitoso. Inicialmente, os alunos mostram-um pouco resistência a leitura, mas nas semanas seguintes eles demonstram mais interesse nas fontes. No quesito de aprendizagem foi possível perceber a melhora na interpretação dos documentos. E outro ponto relevante do uso da documentação foi que os alunos conseguiram perceber que os documentos não são neutros.
ExcluirSarah Karolina Sucar Ferreira
Oi, Sarah. Parabéns pelo trabalho, a iniciativa é uma ótima proposta quanto ao processo de ensino e aprendizagem da disciplina de história e pode ser tida até mesmo como metodologia interdisciplinar. Os documentos de fato, são um dos principais alicerces da produção científica e trabalhar este na sala de aula em prol da melhor dinâmica no ensino, aperfeiçoando as habilidades nos estudantes é de grande mérito ao trabalho docente. Você acredita que com fotografias essa criticidade e autonomia também pode ser agenciada, até mesmo com o uso dos atuais memes tão populares nas redes sociais constituintes da vivência do alunado?
ResponderExcluirAtenciosamente, Mariana Solange Rocha Silva.
Obrigada Mariana. Considero sim, que o uso de imagens, memes e fotografias são uma forma bastante interessante de ajudar aos alunos a desenvolverem sua criticidade e autonomia. Ao longo do estágio, além da apliação desse projeto trabalhei com charges e tirinhas em duas aulas e os alunos se mostram bem interessados na análise de imagens. Além disso, como você citou a utilização dos memes em sala de aula ajuda a aproximação da História com o cotidiano dos alunos.
ExcluirSarah Karolina Sucar Ferreira
Olá Sarah.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.
Realmente difícil o trabalho com fontes, em todos os exemplos que você mencionou acho que o do Karnal por ser mais atual ajudou um pouco mais, mas quando trabalhamos com jornais fica bem complicado, não pelos jornais em si, mas pelo fato dos alunos não saberem o que é um jornal hoje em dia o impresso claro.
Eu tenho trabalhando com eles cartas da II Guerra Mundial, foge um pouco mas consegui bons resultados.
Você já pensou em ampliar mais as fontes usadas? E quais?
Anderson da Silva Schmitt
Obrigada Anderson. Nessa mesma turma apliquei atividades com charges e tirinhas, já pensei em usar mais fontes em sala de aula, mas, ainda não tive oportunidade. Acho muito interessante tentar levar para sala de aula fontes, gostaria de futuramente trabalhar mais com escritos da época (jornais, cartas, constituições, notícias e livros), escritos atuais (notícias, livros, constituições), imagens (tirinhas, fotografias, memes, etc) e audiovisuais, como trechos de filmes e documentários.
ExcluirSarah Karolina Sucar Ferreira